- Se você voltar solteiro dessa viagem, posso ficar com o Artur?? - Lucas perguntou ao ver o Pedro.
- Não. - Respondi bravo.
- Deixa de ser guloso, divide com os amigos.
- Não seja por isso, divido meu trabalho com você. - Ironizei.
- Isso daí eu não quero. - Fez cara feia.
- Se contenta, é o máximo que vai conseguir. - Respondeu a Nat.
- Por que vocês olham tanto pra lá?? - Artur se aproximou perguntando curioso.
- Ai ai, acho que machuquei o pé, ai ai. - Fingi pra que ele não visse o pedro, sabia que ia dar treta se ele visse.
- Mas não tem nada no seu pé amor. - Respondeu ele após analisar meu pé.
- Acho que foi da minha cabeça, como é bom ter meu próprio médico hehe. - Respondi.
- Ainda não sou médico né.
- Mas já é meu haha.
- Isso eu sou mesmo. - Ele sorriu bobo.
- Ele é tão perfeito, não vai dividir nem um pedacinhoooo. - Luc fez voz manhosa.
- Noooo. - Respondi aos risos.
Todos começaram a rir alto, Artur ficou com cara de bobo por não entender nadinha, embora fosse meio óbvio por conhecer o Luc a tanto tempo né, mas ser meio lerdo é uma característica dele que nunca muda. Os professores começaram a organizar os alunos por ordem de preferência deles, ou seja , eu iria viajar sem o Artur, Lucas, Luan, Victoria e todo o resto, só com a Nat, mas já tava valendo , pelo menos poderíamos escolher quem ficaria com quem nos quartos. Os ônibus que eu já conhecia tão bem por já ter feito várias excursões com eles, eram grandes e de uma cor azul marinho com faixas brancas, e em uma letra grande estava escrito " UFSC Universidade federal de Santa Catarina" e em baixo estava escrito em uma letra menor" Uso exclusivo para alunos, professores e convidados".
Antes de embarcarmos, fui me despedir do pessoal e principalmente do meu grandão, que eu já estava com saudades, seriam três horas e meia de viagem e longe dele, eu já estava sofrendo.
- Vai sobreviver sem mim por quase quatro horas??? - Ele ironizou com um sorriso e me abraçando.
- Acho que não, já ouviu falar na doença" Falta aguda de Artur Quintino?", é terrivelmente perigosa e deve ser cuidada muito de perto por um médico especialista. - O beijei.
- Eu sou especialista em curar essa doença sabia. - Ele continuou a me beijar.
- É...É... Então vais cuidar de mim bem de pertinho.
- Muito de pertinho haha. - Colou mais meu corpo no dele e ficamos nos beijando.
- Também sofro dessa doença e está em estágio terminal... - Lucas fazendo drama de novo.
- Não sente não, a única doença que sentes é falta de piroca no rabo, para de atrapalhar o clima do casal.- Nat arrastou Lucas nos deixando sozinhos.
- Mas é sério, estagio terminal, cuida de mimmmm. - Podíamos ouvir Lucas falar ao longe.
- Tem como não amar esse guri?? - Nos matamos de rir depois daquela.
- Ele é uma figura mesmo. - Respondi.
- Agora precisamos nos despedir, se cuida e se não me responder no Whats, arranco teu piru fora. - Falei pra ele.
- E vai brincar com o que se fizer isso???
- Seu safado haha. - Voltamos a nos beijar.
- O Romeu e Julieta versão Romeu e Romeu, vamos logo que estamos atrasados. - Falou meu professor de direito civil.
- Já vamos Seu Mario. - Respondi pra ele.
- Romeu e Romeu, esse teu professor é muito engraçado. - Artur disse.
- Seu Mario é uma figura.
- Se cuida e até daqui a pouco. - Artur me deu um ultimo beijo.
- Se cuida também, e até. - Nos beijamos pela ultima vez de novo.
Depois mais uns beijos, ta bom só mais um e será o último kkk.
- Vem logo, são só por três horas seus dramáticos. - Nat me arrastou pro ônibus, e Artur foi pro dele.
O motorista ligou o ônibus e deu partida, era engraçado ver tantos ônibus iguais um atrás do outro em fila, bem organizadinho, ele virou a praça quinze e pegou a avenida beira mar, e iniciamos a viajem, Avistei meu apartamento e me despedi dele novamente. Estávamos em uma velocidade razoável e não se via nada além das luzes dos prédios ao redor e aos enormes refletores que iluminavam a Avenida e o mar, agora calmo e silencioso, aos poucos qualquer luz foi desaparecendo e fomos tomados pelo escuro das arvores e estradas vazias de qualquer vida, exceto a nossa própria.
O ônibus estava completamente em silêncio, apenas se ouvia o som do motor e mais nada, todos estavam cansados e dormiam profundamente, menos eu é claro, fiquei acordado imaginando quanta confusão aquela viagem poderia causar, Artur já não gostava do Pedro, ainda mais agora que eles estão tão próximos um do outro, sentia que aquilo era uma bomba prestes a explodir, mas por outro lado eu ficava aliviado ao pensar que ele não fez mais nada para atrapalhar meu namoro depois daquele ocorrido do telefonema, isso é claro se ele não for o tal anônimo, mas não era cara do Pedro fazer aquilo sabe, eu sei que já faziam quatro anos que eu não o via, ele podia sim ter mudado e muito, mas será que nada daquele garoto pelo qual me apaixonei a tantos anos atrás ainda existia?? Será que ele mudou tanto assim??
Eu pensava em varias pessoas que poderiam acabar com meu namoro e o por que de querer fazer isso, mas cada hipótese e desconfiança era mais improvável que a outra. Thiago era um ótimo concorrente ao cargo de maluco anônimo, mas ele jamais iria perder o gostinho de rir na minha cara, então não se esconderia no anonimato, eu pensava e pensava cada vez mais, até o celular da Nat apitar e aparecer na tela, uma grande desvantagem do iPhone era isso. " Filha, como está?? Como vai a viagem e o Higor, Artur , Lucas, como vão todos?? Espero que bem, mamãe te ama e se cuida." Achei tão lindo e tão fofo e logo em seguida apareceu outra, meu deu como eu era folgado, " Ainda podemos conversar?" essa o número não estava salvo e não reconheci, achei bastante estranho, mas não liguei e fechei os olhos.
Meu cel vibrou e vi uma mensagem do Artur.
- Todo mundo apagou aqui .
- Aqui também amor, só eu acordado. - Respondi.
- Ta preocupado e pensando na história do anônimo né. - Perguntou.
- Não, só sem sono mesmo. - Menti.
- Seiiii, ele não voltou a mandar mensagem não né?
- Claro que não. - Menti novamente.
- Viu, quando não responde as provocações, eles param de incomodar. - Respondeu ele.
- Você tem razão amor, bem melhor. - Como eu queria que aquilo fosse verdade.
- Mentindo pra ele de novo?? - Nat falou baixinho e com uma cara de quem acabou de acordar.
- Eu sei que é errado, mas não quero preocupa-lo. - Olhei pra ela.
- Sabes que ele odeia mentira, não esconde isso dele por favor, até por que é um problema de vocês dois, não só dele. - Ela sussurrava para ninguém ouvir.
- Eu sei .
- Sabe sabe mas não fala nada. - Sussurrou irritada.
- Eu vou falar, ok?
- Vai falar quando chegarmos, se tu não falar, eu mesmo falo, ele tem o direito de saber também, esse anônimo ta brincando com vocês dois e ele tem que saber.
- Ta bom saco, eu falo pra ele.
- Sabe de quem eu to começando a desconfiar agora?? - Nat disse.
- De quem? - Perguntei curioso.
Quando ela ia responder, Maria se vira para nós e nem tinha percebido que ela estava no banco na frente ao nosso, ela fez sinal de silêncio e nos mandou aproximar o ouvido a boca dela, bem baixinho ela sussurrou e quase não ouvimos, " Não falem disso aqui, ouvidos em todos os lugares" , ela se virou pra frente sem dizer mais nada, olhei pra Nat assustado, ela partilhava da mesma expressão aterrorizada que eu, olhei para os lados e todos pareciam dormir tranquilamente , ela sabia de alguma coisa então, e onde estavam esses ouvidos que ela disse?? Agora eu já desconfiava de todos, não era pra ser um find de tranqüilidade e relaxamento longe dos problemas?? Pelo jeito esse final de semana seria tudo, menos tranquilo e calmo.
Olhei para o celular e nada do Artur responder, que raiva, odeio quando me deixam no vácuo, será que aquela miséria dormiu?? E me deixou falando sozinho, ele me paga.
- Já parou pra pensar no que vai fazer depois que terminar a faculdade?? - Nat perguntou olhando pra janela.
- Acho que me focar apenas no serviço, e você??
- Também.
- Acho que é a prioridade né.- Falei.
- Ta vendo como o ser humano é errado?? Serviço é importante, mas não é a prioridade, mas sim a família e os amigos. - Ela falou meio desapontada.
- Você tem razão, as vezes eu penso em uma coisa. - Falei.
- No que?
- Meu pai e minha mãe sempre me deram de tudo, pra mim e pro meu irmão, nunca nos faltou nada, mas eles viviam para o trabalho pra isso, minha mãe no hospital salvando vidas e meu pai no exército e depois no comando da PM da minha velha cidade, usando uma farda e protegendo as pessoas, eles passavam horas e até dias fora de casa, só pra que hoje eu e meu irmão pudéssemos ter a vida boa que temos, será que eu vou ser assim com meus filhos um dia??
- Só me responde uma coisa, alguma vez eles deixaram faltar amor e carinho??
- Não, nunca.
- Então se espelhe neles e você vai ser o melhor pai do mundo.
- Obrigado Nat.
- Não sabia que seu pai foi do exército. - Ela disse.
- Ele serviu anos, Foi comandante, coronel e sargento, depois que meu irmão casou, ele se aposentou do exército e ficou como sargento da polícia militar na minha cidade, pra ficar mais tempo comigo.
- Ah entendi, seu pai e foda.
- É mesmo.
Tentamos dormir um pouco, mas logo acordei com o sol na minha cara, fraquinho ainda por estar nascendo ao longe das montanhas, uma grande variedade de arvores e plantas surgiram a nossa frente, uma linda paisagem verde e bela se apoderou da nossa vista, lagos e cachoeiras só tornavam o lugar mais belo, e ainda faltava um bom caminho de chão pela frente pensei eu por não ver nenhuma praia ainda, só rios e mais rios. Era de uma beleza estonteante tudo que eu via, parecia que eu estava na Europa novamente, já viajei tanto para fora do Brasil que nunca tinha parado pra ver como nosso país é de uma beleza única e resplandecente, principalmente o sul, era tudo tão lindo, que essas leves palavras não poderiam descrever quanta beleza meus olhos viram, uma pena existir pessoas que não vêem isso e insistem em destruir tudo, os seres humanos estão se esquecendo do que significa ser humano. Após alguns minutos, comecei avistar o oceano ao longe, já estávamos quase chegando, acordei a nat.
Após alguns minutos, passamos por um lindo portal de madeira rústica, realmente o resort ficava na beira da praia e era lindo, enorme digasse de passagem, quantas atrações não deveria ter ali, o ônibus foi estacionando e fiquei observando, fazia um lindo dia de sol, mas nessa época já era pra ser frio por aqui, mas estava bem quente, o que eu gostei, queria aproveitar muito aquela praia e a Piscina hehe. Era tudo muito lindo, um gramado perfeito, coqueiros que deixavam o local ainda mais lindo, uma vista deslumbrante do mar azul, o resort era todo branco com vidros transparentes que brilhavam de tão limpos, era muito grande e todo decorado com objetos de praia e da natureza, impossível descrever,todos de encontraram na recepção do hotel e foi aquela bagunça, mala pra cá e pra lá, gente perdida e assim foi, já tínhamos decidido quem ficaria com quem nos quartos, só tinha que esperar a recepcionista com as chaves e o discurso chato das regras que obviamente iriamos quebrar. Artur me encontrou e fiz cara feia pra ele.
- Que foi?? - Ele perguntou.
O celular dele apitou e ele pegou.
- É a mamãe, quer saber como estamos. - Ele disse.
- Que bom saber que ele ta funcionando. - Falei olhando pro celular.
- É que tinha caído o sinal amor, a Tim é uma merda pra sinal, sabes disso.
- É por isso que eu uso a vivo, por que pega.
- Para de reclamar, cadê o Luan e o Lucas para pregarmos a chave do quarto??
- Estão chegando ali, junto da Nat e da Luiza. - Apontei na direção deles, estávamos todos de óculos escuros.
- Ai estão vocês. - Falou Artur com um sorriso.
- Obrigado por me ajudar com as malas senhor cavalheiro. - Nat falou pra mim.
- Foi mal, esqueci hehe. - Comecei a rir.
- Até o Lucas ajudou e ele é um viado molenga. - Vic disse rindo.
- Epa, eu to aqui sabia. - Ele respondeu irritado.
- Ah que bom, segura minha bolsa, ta pesada. - Vic jogou a bolsa pra ele.
- Folgada, por isso eu sou viado, mulheres só usam homens como escravos.- Ele disse.
- Do que adianta ser viado, és escravo do mesmo jeito. - Luan comentou e riu.
- Não fala não, segura minha bolsa. - Disse a Nat.
- Claro minha deusa, tudo por você. - Ele falou todo bobo, era impressionante o quanto ele babava de paixão por ela.
- Pelo menos não sou baba ovo. - Retrucou Lucas.
- Como é que é senhor Lucas ? - Perguntou a Vic e Nat juntas.
- Nada não minhas rainhas. - Ele ficou quietinho.
- Viado ou homem, não importa, as mulheres sempre mandam. - Artur disse e riu.
- Bem nessa amor. - Me afinei.
Uma moça chegou a recepção e começou a falar.
" Muito bom dia a todos, sejam bem vindos ao Paradise resort, vocês teram o melhor tratamento aqui, se não desobedecerem as regras, nada de jogar lixo no chão, de barulho após as dez, sem brincadeiras de mal gosto, proibido meninas e meninos no mesmo quarto..."
" Mas todos aqui já são maiores de idade" Ela foi interrompida por uma voz ao fundo".
Tornou a falar " Eu sei meu querido, mas estão em um passeio da universidade e sobre a responsabilidade da mesma, e é proibido, então não pode, quando você vir e pagar tudo, e não a sua universidade, você faz o que bem entender, mas por enquanto vai cumprir as regras, de maior ou não, continuando, sexo é extremamente proibido..."
Todos ao meu redor olharam para mim, até os professores e gente que eu nem conhecia.
- Que foi? - Me fiz de desentendido.
Todos começaram a rir e voltaram a prestar atenção na mulher a nossa frente.
- Eu disse que você tinha uma fama . - Karoliny falou rindo ao meu lado.
- Só não disse que era tão maldosa. - Comecei a rir.
- Acho que eu não precisava dizer não é mesmo. - Ela riu.
- Você é má em.
- Sou realista fofo.
- Agora entendi.
- O que?
- Quando você disse que adora dar uns cortes haha. - Respondi.
- Minha faca é bem afiada, toma cuidado. - Ela deu um sorriso malicioso, primeira vez que eu a via fazer aquilo.
- Eu sei desviar bem . - Retruquei.
- Como você conseguia pegar mulheres sendo tão ruim de papo em. - Ela disse.
- Não preciso ser bom de papo com você, não quero te pegar.
- Nem se quisesse, tu não vais me pegar. - Retrucou.
- E nem pretendo.
- Eu sou muito areia pro teu caminhãozinho.
- Essa areia ta muito ruim, já carreguei muito melhores. - Retruquei.
- Você adora dar uns cortes também, sempre bom dar umas patadas em você. - Ela disse.
- Digo o mesmo pra você. - Respondi com um sorriso.
- Bye. - Ela se despediu.
Me virei e Luc tava com uma cara tão feia pra mim, que me deu até medo.
- Nem vem Lucas, ela é só uma amiga e muito gente boa. - Falei antes de ouvir sermão.
- Eu sei disso e é por isso que você tem que me prometer que vai ficar longe dela. - Ele quase implorava.
- Mas por que??? Ela é tão simpática comigo.
- Esse é o problema higor.
- Como assim??
- Higor, a Karol é um amor de pessoa,linda, gostosa, simpática, gentil, amorosa, carinhosa, ajuda todo mundo, se importa com as pessoas, tem um grande senso de humor e ta o tempo todo rindo, só fala besteira, é persistente, nunca desiste, teimosa, corre atrás dos sonhos e dona de uma personalidade extremamente forte, ela lembra bastante você.
- Eu notei o quanto ela é gentil com os cortes que ela me deu. - Respondi.
- Você também é assim, o problema é que ela é tão amável, que todo mundo se apaixona por ela, é quase impossível não se apaixonar por alguém assim, fica longe dela.
- E como você a conhece tão bem??
- Isso não importa, só faz isso, por favor.
- Eu não vou me apaixonar por ela, relaxa Luc, eu amo aquele cara ali. - Apontei pro Artur.
- Jura pra mim.
- Eu juro mano, sabes melhor que ninguém o que sinto por ele, confia em mim.
- Eu confio em você, não confio é nele. - Apontou pro meu pinto.
- O júnior agora é um pau sossegado, relaxa, eu não troco o Artur por nada.
- Assim espero, vamos pro quarto agora??
- Vamos sim.
Pegamos a chave e subimos pro quarto, foi uma bagunça de gente subindo e procurando pelo quarto, o nosso ficava no quarto andar, quando abrimos a porta, ficamos encantados com a vista , o oceano azul bem a nossa frente, uma varanda belíssima, o quarto era todo branco, com uma grande estante vazia e um guarda roupas , uma televisão de umas 40 polegadas na parede, e um bonito e confortável sofá, havia duas grandes camas de casal , e eram super macias, dormir junto pra mim e o pro Artur não seria nenhum problema, agora o Luan que não gostou muito da idéia de dormir com o Lucas na mesma cama, não sei por que KKKKKKKKJoguei a mala em um canto, e cai na cama, Artur foi pra varanda e o Luan foi ao banheiro, Luc então me perguntou:
- Por que você e o Artur não falam muito eu te amo??
- A gente fala sim. - Respondi sem entender a pergunta.
- Eu sei, mas é pouco, ontem na despedida por exemplo, vocês não falaram, apenas um se cuida. - Ele disse curioso.
- A gente não precisa falar.
- Por que???
- Nossos olhares, expressões, os sorrisos e o carinho já falam por nós, não precisamos dizer, por que um olhar já diz tudo quando o amor é sincero. - Respondi.
- Espero um dia achar um assim. - Ele falou.
- Você vai.
- Mas enquanto não acho, vou atrás de um gostoso pirocudo haha. - E saiu pela porta,eu cai na gargalhada.
Fui até a sacada, Artur estava quieto e pensativo, olhando pro mar, era um silêncio gostoso de ouvir, as ondas do mar, o vento, a brisa leve, tudo fazendo daquele momento, algo mágico.
- Pensando em que??- Perguntei.
- Na vida e na gente. - Ele continuou olhando pro mar.
- Mas nosso relacionamento está em uma ótima fase.
- Na melhor de todas, e por isso estou tão feliz, depois de tudo que passamos, ainda estamos aqui juntos.
- Sempre amor, sempre vou estar com você. - O Abracei por trás.
- Por que se apaixonou por mim??
- Como assim artur??
- Você nunca mais tinha se apaixonado depois do Pedro, vivia uma vida de solteirão sem limites, e por que mudou tanto por mim?
- Por que me apaixonei por você, seu jeito, sua voz, seus olhos, cabelos, o jeito como dorme, como fica quando estuda, o jeito engraçado de sentar no sofá, seu companheirismo, de como se preocupava e cuidava de mim, o jeito lindo como você me ama, isso fez eu amar você, o sentimento mais inexplicável é o amor. - Após eu terminar, uma lagrima caiu do rosto dele.
- Sabia que eu te amo, e que nunca vou te esquecer. - Ele falou.
- Promete pra mim??
- Prometo.
Nos beijamos e eu depois tive que descer na recepção pra pegar a senha do Wi-fi do nosso quarto, mas vi uma cena bem estranha no corredor, Karol e Maria conversando bem baixinho sobre algo,elas não me viram, pois me escondi, tentei escutar, mas não consegui, elas falavam muito baixo, mas então elas se conheciam, que interessante, muito interessante, ao me virar, esbarrei em Vitor.
- Desculpa. - Falei sem muito entusiasmo.
- Deixando o seu grandão sozinho aqui?? É muita coragem em. - E saiu rindo pelo corredor.
Mas que porra foi essa?? O que ele quis dizer com isso?? Cada vez mais não sei quem ta mandando aquelas mensagens e agora desconfio de tudo e todos...
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Oi meus amores, tudo bem com vocês?? Comigo melhor impossível haha.
Comentem o que acharam do capitulo de hoje e do que acham que vai acontecer no próximo, será que a Karol não é tão legal quanto parece?? Como a Maria sabe de tudo?? Vitor odeia a minha pessoa por qual razão??? Daqui a pouco vocês vão começar a descobrir, algumas reviravoltas vão acontecer e nada é o que parece, apenas digo isso. Um beijão e agora que lembrei, o Artur mandou um beijão pra todo mundo e disse que ta com muita saudade, até amanhã.