Ola pessoal, como vão?
Espero que todos já tenham perdoado o Rodrigo. Bom lendo uns comentários, um leitor disse que imagina o Antônio com a imagem do ator Henry Carril, bom, adorei a comparação apesar de achar que o Antônio não seja tão lindo assim. Já o Rodrigo eu diria que é do estilo do Tom Hardy com o cabelo raspado e mais escuro, e vocês, quais as sugestões? Como imaginam que seja os personagens?
Luk Bittencourt, calma garoto, você ainda terá oportunidade de me odiar, alias, acho criarei situações para isso acontecer, kkk. Ah, o Rodrigo já mudou bastante, pode parar de implicância com ele, porque ele esta bem fofo. Não entendo o que você e mais alguns leitores tem a favor do Carlos, acho que eu deveria fazer o Carlos e o Antônio se apaixonarem um pelo outro. Bom, por enquanto acho que só vou soltar pistas curtas de outros personagens, por enquanto agora será só love do casalzinho. Bem, o Rodrigo não é careca, desse sem um fio de cabelo na cabeça, ele usa corte a maquina, quase zero, dai tem gente que fala que é careca, eu mesmo uso assim as vezes.
Binho Subtil, que bom que gostou da cena, estava sem criatividade pra escrever, mas também tinha que criar uma cena para o Antônio, por isso criei outra situação nesse capitulo. Adorei a historia do tiro, rsrs, mas quero fazer um tiroteio mesmo. Então, não consegui escrever ontem e também gosto de ver os comentários de vocês para escrever o próximo capítulo.
André_Bitten, sim, agora eles vão beijar bastante, se curtir de verdade. Então, não consigo escrever todo os dias, da um trabalhão, rsrs e ainda gosto de comentar o que vocês escrevem. Então, o Marcio pode ser um problema mais a frente, mas por enquanto o casalzinho vai apenar curtir um ao outro.
Guiiinhooo, obrigado meu querido, feliz por estar curtindo. Abração.
Ru/Ruanito, você ainda não gosta do Rodrigo? Tadinha da cascavel, acho que morreria. Seria legal se uma sucuri engolisse a Stela, kkk
Amygah22, fico feliz que goste do personagem com o perfil do Antônio e que também você seja um ótima observadora, hehe. Então, não sei ainda o que o Carlos vai pensar. Mas calma, o Antônio não é o único peludinho da história.
Drica (Drikita), pois é, o Rodrigo é daqueles que fazem e depois pensam, quando quer muito uma coisa. Então, não acho justo o Rodrigo ser o único a ter atitudes, portanto criei um segundo primeiro beijo, agora com o Antônio tomando atitude, espero que você também goste. Sim, agora ser aso love, um se declarando ao outro, mostrando seu amor, agora quanto a Stela e o Marcio, nem sei quem corre mais perigo com quem. Grande beijo.
Ninha M, que bom que você vê o conto dessa maneira, sinal que estou atingindo meus objetivos. Penso a historia inteira, cada detalhes e tento passar isso a quem le, claro que cada um vera de um jeito diferente, mas tento ser o mais detalhado possível. Então, o verdadeiro Rodrigo não era aquele mal caráter, eu diria que ele forçou mudar a natureza dele, para agradar, ser alguém que ele não era, mas acabou pesando na mão e virou aquele homem horrível. Acho que no próximo capitulo ele vai revelar porque ele ficou assim; Então, ele correu atrás do Antônio, mas o Antônio também merece correr atrás dele e também dar o primeiro beijo. Beijão.
Geomateus, sim duradouro e forte pra enfrentar os problemas e as pessoas que irão se opor.
Helloo, como não esperava? Até eu esperava, kkk, não vai a hora desses dois se beijarem de vez.
Martines, porque ta na cara que o Antônio é o passivo? Ele é tão másculo quanto o Rodrigo, mas mais puro, mais amoro. Vocês só confundem minha cabeça kkkk. Cara, não faço a mínima ideia, mas sei chuto uns 50 capítulos, até porque cada transa deles será um capitulo só pra isso, e ainda tenho tanta historia pra contar. Então, ele usa corte militar, maquina 1, bem baixo, mas não é careca, do tipo sem cabelo, não quis confundir. Então, eu disse que eles tem um ou dois inimigos e que essa pessoa já fez algo na historia que acabou prejudicando um deles, acho que esta fácil acertar o que foi, rsrs;. Obrigado pelo toque, as vezes fico horas escrevendo e nem passo o corretor mesmo, mas vou me policiar mais. Grande abraço.
CrisBR1, ola garoto, pois é, o Rodrigo tem acertado sim e como você mesmo disse, ele agora merece acertar mas com o Antônio ao lado dele, o ajudando. Então trate de escrever rápido, adoro o jeito que você escreve e nem tem nada a ver meu conto, pois o seu tenho certeza que faria muito sucesso, alias, pelo que vejo em relação a votos o meu acho que nem chega aos top 10 kkkk, mas nem me importo. Beijão.
TRenattoZ, hummm, espero que nesse capitulo vc seja um boneco de cera num incêndio, se derretendo inteiro., kkkk. Hahaha, que bom que você agora ama o Rodrigo e pode ter certeza que vai amar cada vez mais. Já a Stela ela adora o filho, já o Marcio até pode ser.
CDC✈LCS, então, o Antônio vai querer lutar contra mas não vai conseguir, ele também VAIS E RENDER A Esse amor e correr atrás do Rodrigo. Olha, bota estranha nessa Stela, alias, fique de olho nela.
Monster, obrigado, feliz por estar gostando. Grande abraço.
Plutão, hahaha, estraga não, pode até xingar se quiser.
sonhadora19, pois é, alguém tinha que dar o primeiro passo né. Bom, o Carlos vai tomar os filhos do Rodrigo. Ele já até chamou o Rodrigo de volta, mas o Rodrigo que não quer voltar, acho que ele quer ser o dono de sua vida, sem as amarras que o pai impõe a ele. Adorei a ideia da mijadinha, acho que já sei quem vai infernizar a vida da Stela, kkkk. Você faz cada pergunta hein, rsrs, algumas é difícil de responder, mas prova o quanto é observadora. Sim, agora será só amor entre os dois, só romance. Beijão.
Anjo Sedutora bom, ela não gosta do Antônio, já deixou claro isso, acho que o problema nem é o filho ser gay, mas sim sua relação com o Antônio. Obrigado pelo carinho.
R.Ribeiro, sim, não podia ser algo rápido até porque o que rola entre eles não é pegação de balada, mas sim amor, dai tem esses encontros e desencontros mesmo. Grande abraço.
robinhuu19-87, eu também estava na expectativa, não via a hora desses dois se beijarem. Acho que ainda via demorar um acerto entre o Rodrigo e o Carlos, no próximo capítulo você vai entender o porquê da magoa do Rodrigo com o pai. Então, a Stela acho que nem liga se o filho for gay, o problema dela é o Antônio. Sobre o Marcio, tem sentido sua observação, mas ele tem uma coisa que ainda não posso dizer, pode ser que ele seja isso mesmo ou que não seja nada disso, rsrs;Você é a segunda pessoa que chama a Stela de estranha, como você definira esse estranha? Então, sobre o Henry, eu sinto vontade de colocar ele no colo toda hora, de todo jeito em qualquer lugar, ele matando o zod, o Huck, batman, seja quem for, kk. Mas nisso ele é parecido com o Antônio. O Antônio é másculo, macho, viril, mas fofo, carinhoso, amoroso e as vezes até ingênuo, acho que a carência dele faz ele acreditar demais nas pessoas. O Rodrigo acho ele parecido com o Tom Hardy, mas com o cabelo um pouco mais escuro e mais rapado.
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Rodrigo - Preciso falar com você.
Antônio - Você deixou seu carro todo aberto.
Rodrigo - Dane-se o carro, eu quero...
Antônio - Não vou ficar de baixo dessa tempestade, falando com você.
Rodrigo - Por favor, me escuta.
A essas alturas os dois já estavam encharcados. Antônio deu as costas, mas Rodrigo o segurou pelo braço.
Rodrigo - Estou cansado de brigar com você.
Rodrigo - Antônio, eu te amo!!!
Antônio não teve nem tempo de esboçar uma reação, Rodrigo puxou o corpo dele contra o seu e lhe deu um beijo apaixonado.
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Capítulo 18
Segurando forte o corpo de Antônio, Rodrigo esparramou seus braços nas costas do rapaz, colando ainda mais seus corpos.
Com os olhos fechados, Rodrigo sentiu pela primeira vez os lábios de Antônio chocando contra os seus, enquanto a agua da chuva caia sobre seus corpos.
Antônio havia sido pego se surpresa, mas diante daquela situação inesperada, deixou seu corpo ser conduzido pelos atos de Rodrigo e também fechando os olhos se entregou a aquele beijo, tocando o corpo do rapaz com suas mãos.
Como se tivesse medo de perder Antônio, Rodrigo apertou ainda mais seu corpo. Antônio sentia a língua de Rodrigo invadindo sua boca, sentindo seu hálito fresco e a sua barba áspera arranhando seu queixo e lábios.
Foram poucos segundos que mais pareceram uma eternidade. Alheios ao mundo a sua volta, só despertaram daquele momento quando um carro começou a buzinar insistentemente atrás do carro de Rodrigo, que estava parado no meio da rua.
Os dois abriram os olhos se dando conta que estavam no meio da rua, com o céu caindo sobre suas cabeças. Antônio foi se afastando, mas ainda a tempo de receber dois selinhos de Rodrigo, que ria para ele.
Antônio - O que estamos fazendo?
Rodrigo - Antônio, eu...
Antônio - Porque fez isso?
Rodrigo - Fiz porque não aguento mais guardar o que eu sinto.
Rodrigo - Eu te amo Antônio.
Embora quisesse muito ouvir aquilo, Antônio havia se tornado um homem um pouco amargurado. De tanto se decepcionar com o amor, sua autoestima estava no chão, acreditando que não conseguiria amar novamente, e o pior, acreditando que ninguém pudesse ama-lo de verdade.
Antônio - Porque esta fazendo isso comigo?
Antônio - Você quer brincar comigo?
Achando que Antônio entendia tudo errado, Rodrigo ficou preocupado, tentando mostrar sinceridade em seus atos.
Segurando Antônio, tentou se explicar, enquanto o rapaz se esquiva. Ao mesmo tempo o motorista buzinava sem parar, deixando Rodrigo irritado.
Sem alternativa, teve que interromper a conversar e tirar seu carro da rua. Quando conseguiu retornar Antônio já havia sumido.
Rodrigo tentou falar em seu celular mas só dava caixa postal, ficou rodando pela região, sem sucesso e por fim foi ate a casa de Antônio, mas não havia ninguém.
Rodrigo - Cadê você Antônio? Porque não me atende?
Antônio não sabia o que pensar, claro que tinha adorado o beijo de Rodrigo, mas ainda assim não admitia que alguém pudesse estar apaixonado por ele.
Antônio - Por que!!!
Precisando desabafar, Antônio foi atrás dos amigos, que sempre estavam prontos para ouvi-lo.
Bruno - Vista essa roupa, antes que fique gripado.
Antônio se trocou e logo em seguida passou pela sessão terapia de Cris.
Cris - Mas o que rolou exatamente?
Antônio - Cris!!!
Bruno - Qual é Antônio? Entre nos não tem essas frescuras.
Meio sem jeito Antônio começou a contar, mas nem precisando concluir, pois Cris finalizou a historia.
Cris - Uau, por essa nem eu esperava.
Antônio - Então!! O cara é doido, fez isso comigo.
Bruno - Pelo visto é doido por você.
Cris - Ainda não vou com a cara desse Rodrigo, mas temos que admitir que nenhum hetero faria isso só pra tirar uma onda.
Bruno - A Cris tem razão Antônio.
Bruno - Eu mesmo jamais beijaria outro macho, eca!!!
Cris - Bruno!!!
Bruno - Foi mau cara.
Antônio - Você tem razão, mas agora que minha vida estava voltando a entrar nos eixos, tinha que acontecer isso?
Cris - Você gosta dele?
Antônio ficou em silencio, olhando pra Cris.
Cris - Aff, nem precisa responder. Pelo visto a situação é bem seria mesmo.
Cris - O que você vai fazer?
Antônio - Não sei. Acho que me afastar dele e...
Cris - Ai Antônio, pare de ser masoquista.
Cris - Sabe qual e o seu problema?
Cris - Você acha que não merece ser feliz.
Bruno - Cai pra dentro cara, já que você gosta dele.
Cris - Você se acostumou tanto a ser sozinho, que acha que tem que ser assim pra sempre.
Antônio - É que a única vez que achei que podia ser feliz, me dei mal.
Cris - Esqueça o passado, trate de olhar para frente, afinal você não vai conseguir controlar seus sentimentos.
Antônio - Vou sim, não vou deixar ninguém mais me machucar.
Antônio foi embora decidido a lutar contra esse amor.
Cris - Tadinho, acha que vai conseguir.
Rodrigo chegou em casa e foi direto para a ducha. Deixando a agua quente cair sobre seu corpo, ficou lembrando-se do beijo em Antônio e imediatamente um sorriso brotou em seus lábios.
Antônio estava muito confuso, sentia uma paixão inexplicável por Rodrigo, mas algo dentro dele dizia para não se jogar nessa relação.
Rodrigo ligou algumas vezes para Antônio no dia seguinte, mas devido ao seu trabalho, não conseguiu visualizar as ligações na hora. Achando que se tratava de um fora, começou a se arrepender de ter exposto seus sentimentos.
Antônio viu as ligações e hesitou em ligar para Rodrigo, ficou feliz por ele ter lhe procurado e esperou um novo contato que não veio.
Devido a esses desencontros, acabaram se afastando, principalmente Rodrigo, que estava diante de um grande problema.
Conforme a intimação que recebeu, Rodrigo compareceu ao fórum com seu advogado, dando de cara com Carlos e Stela.
Stela - A que ponto chegamos.
Rodrigo - Fique tranquila mãe, hoje resolvemos essa história.
Carlos tentou se aproximar do filho, mas esse saia de perto, o evitando.
Diante do juiz, Rodrigo seguiu as instruções de seu advogado, mas não teve como escapar quando o juiz lhe questionou sobre o esquecimento dos filhos.
Rodrigo estava apreensivo e pela primeira vez se deu conta que poderia perder os filhos.
Juiz - Diante dos fatos apresentados e também do pouco interesse mostrado pelo pai dos menores Rafael e Arthur em relação a sua criação...
Juiz - E também diante de um segundo processo movidos pelos avós maternos dos menores, concedo a guarda provisória dos menores ao avô paterno, o Sr. Carlos Santarém...
O juiz ainda falava, mas Rodrigo nem escutava mais. Como se tivesse levado um soco na boca do estomago, sentiu uma tristeza profunda e quase caindo no choro, segurou-se para não desabar ali mesmo.
Já fora da sala de audiência, Carlos novamente foi até o filho.
Carlos - Filho, essa decisão não tem a menor importância, tudo ficara...
Rodrigo - Você conseguiu né?
Rodrigo - Você não cansa de me fazer mal.
Carlos - Estou fazendo tudo isso para seu bem, para que o Sidney não ganhe o processo que esta movendo contra você.
Rodrigo - Eu já tive muita raiva de você, mas hoje sinto apenas asco.
Carlos - Filho!!!
Rodrigo - Não me chame de filho.
Não era mais uma briga entre pai e filho, Rodrigo estava realmente destruído por dentro.
Rodrigo - E pensar que um dia eu quis ser como você.
Rodrigo - Que fiz tudo pra lhe agradar.
Stela abraçou o filho, mas Rodrigo se desvencilhou, saindo sem rumo do fórum.
Stela olhou para o marido e se pudesse o fuzilava apenas com o olhar.
Rodrigo andava a pé, cada vez mais rápido e soltando o nó da gravata, não aguentou por muito, caindo desesperadamente no choro.
Sem rumo, parou no primeiro boteco que encontrou e começou a beber sem parar.
Já fazia alguns dias que havia rolado o beijo. Antônio achou que superaria tudo aquilo, mas a cada dia que passava sem noticias de Rodrigo ficava cada vez mais inquieto.
Para acalmar seus ânimos, se pegava vendo a foto do rapaz em seu celular, isso quando não se desligava por completo, relembrando seu toque o sabor de seus lábios no seu.
Rodrigo - Antônio, eu te amo.
Com essa frase o tempo todo em sua cabeça, Antônio não conseguiu conter seus sentimentos. Como se precisasse da voz, da presença de Rodrigo para sobreviver, ligou no mesmo instante para o rapaz, mas só dava caixa postal.
A cada tentativa frustrada, ficava com mais raiva e agindo fora de seu normal, abandou tudo que estava fazendo para ir atrás do seu grande amor.
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Já era noite e Rodrigo já estava embriagado. Convidado a se retirar do bar devido ao seu estado, Rodrigo resolveu experimentar algo mais forte e enchendo a mão de um traficante de dinheiro, recebeu uma trouxinha com um pó branco.
Enquanto isso na mansão, Carlos e Stela tinham uma briga terrível.
Stela - Se acontecer algo com ele eu juro que acabo com você.
Carlos - Será que você não entende mulher, só fiz isso para que as crianças não caíssem nas mãos do Sidney e da Telma.
Carlos - Não pretendo colocar nenhum empecilho para o Rodrigo ver os garotos.
Stela - Você não entende nada Carlos.
Stela - Ele esta mudando, mas você não da uma trégua.
Carlos - Eu sei disso, mas ele também esta colhendo o que plantou.
Stela - Torça pra que ele não faça uma besteira, pois quero ver você conviver com essa culpa.
Stela saiu, deixando o marido pensativo.
Maria - Escutei tudo que ela falou.
Maria - Pela primeira vez tenho que dar razão a ela.
Carlos - Você também vai me julgar Maria?
Maria - Não, quem vai fazer isso é você mesmo.
Maria - Espero que o Rodrigo entenda e que consiga lhe perdoar.
Carlos - E você? Já me perdoou tudo que fiz a você no passado?
Maria - É a segunda vez que você me faz essa pergunta.
Maria - Já lhe perdoei, mas é sua consciência que não lhe perdoa.
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Antônio ligou para Maria, que lhe contou todo o ocorrido, ficando preocupado.
Antônio - Ele não me contou nada disso, alias, faz alguns dias que não nos vemos.
Maria - Ele esta mais responsável, mas tenho medo que ele faça alguma besteira. Não consigo falar com ele.
Antônio já estava na rua e tranquilizando a mulher, foi até o apartamento de Rodrigo.
Antônio - O Rodrigo Santarém esta?
O porteiro confirmou, fazendo um comentário.
Porteiro - Chegou faz pouco tempo, ele esta loucão.
Ainda mais preocupado, Antônio subiu e ao chegar ao apartamento a porta estava apenas encostada.
Antônio - Rodrigo!! Você esta ai?
Como ninguém respondia, Antônio foi para o quarto, novamente chamando. Ao entrar no banheiro, viu uma carreira de cocaína na beirada da pia e Rodrigo sentado no chão, num estado lastimável.
No mesmo instante Antônio se ajoelhou até ele, tocando seu corpo, seu rosto.
Antônio - Rodrigo!!! O que houve.
Ainda embriagado, Rodrigo olhou para Antônio e começou a chorar.
Rodrigo - Perdi meus filhos.
Antônio o abraçou, lhe dando segurança.
Antônio - Se acalme, eu estou aqui.
Antônio saiu de casa louco para declarar seu amor, mas diante daquele situação deixou tudo de lado, se preocupando com o rapaz.
Olhando para a pia, Antônio ficou preocupado.
Antônio - Você usou aquilo?
Rodrigo - Não tive coragem. Não consegui.
Antônio se levantou, jogando todo aquele pó no ralo, abrindo a torneira.
Levantando o rapaz, o levou até uma poltrona no quarto, sentando de frente a ele.
Rodrigo - Eu sou todo errado.
Rodrigo - Estou pagando por tudo que fiz as pessoas, pelo que fiz a Elisa, a meus filhos, a você.
Antônio - Não fale assim.
Antônio segurou em suas mãos, apertando com força, mostrando que estava ali para lhe ajudar.
Antônio - Lembra-se daquela vez que fomos numa cafeteria e você brigou com o garçom?
Antônio - Fique chateado contigo e você pediu pra eu lhe ajudar a ser um homem melhor.
Rodrigo estava bêbado, mas conseguiu compreender Antônio.
Antônio - Então, eu lhe ajudo sim. Te ajudo a ser um cara melhor, te ajudo a ser um bom pai.
Antônio - Mas quero estar ao seu lado.
Antônio - Quero lhe ajudar no que você precisar.
Rodrigo - Eu não tenho mais nada.
Antônio - Agora você tem a mim.
Antônio queria beija-lo, mas não havia clima para isso. Rodrigo nem lembrava aquele cara arrogante que sempre foi, aquele homão estava ali, todo fragilizado, contando apenas com o carinho de Antônio.
Rodrigo - Obrigado.
Antônio o abraçou e Rodrigo grudou em seu peito, como se fosse uma criança amedrontada, permanecendo assim até dormir.
Antônio o levou até a cama e ficou um tempo velando seu sono. Em seguida ligou para Maria, avisando que estava tudo bem.
Antônio dormiu no apartamento de Rodrigo e acordando bem cedo, ainda teve tempo de receber Maria.
Maria - Não sei o que seria de nós, se não fosse você.
Maria - Apesar desse jeitão dele, ele é um pouco fraco, as vezes até sem estrutura.
Antônio - Ele estava muito fragilizado mesmo.
Antônio - O ponto fraco dele é os filhos. Realmente ele ama demais esses garotos.
Maria - O Carlos foi duro demais com ele.
Antônio - Realmente ele pegou pesado demais.
Antônio - Eu vi como ele tem se esforçado com os filhos.
Maria - O bom disso tudo é que ele viu que tem sua amizade.
Antônio sorriu e se despediu de Maria, indo para o trabalho.
Rodrigo acordou e ao ver Maria, perguntou por Antônio. Mais calmo, ficou relembrando tudo que o rapaz lhe falou.
Antônio ficou o dia todo no trabalho, mas sua cabeça estava longe, só pensava em Rodrigo.
Saindo mais cedo, tomou um banho e foi direto para o apartamento do rapaz. Maria ainda estava lá, já saindo.
Maria - Que bom que voltou Antônio.
Maria - Já estou indo embora, mas pode subir.
Antônio - O Rodrigo esta lá?
Maria - Não, ele tomou um banho e saiu.
Maria - Foi dar uma volta, disse que estava precisando ficar um pouco sozinho.
Antônio ficou preocupado, mas Maria o tranquilizou.
Maria - Ele esta mais calmo e já até imagino onde ele está.
Maria - Deve estar no parque que tem aqui no bairro.
Seguindo as dicas de Maria, Antônio foi até o parque atrás do seu amor. Andando por aqueles jardins, viu varias pessoas se divertindo, felizes, correndo, descansando.
Jà era fim de tarde e depois de rodar um pouco, Antônio finalmente viu Rodrigo.
Rodrigo estava sentando em frente ao lado, olhando o por do sol. Totalmente sereno, nem parecia aquele cara desesperado da noite anterior. Antônio sentou-se ao seu lado, admirando o por do sol.
Antônio - Muito bonito aqui.
Antônio - Nem lembro a ultima vez que vi o sol se por.
Os dois estavam um pouco afastados das outras pessoas e com o silencio no ar, Antônio colocou sua mão sobre a de Rodrigo.
Antônio - Você esta bem?
Rodrigo apertou a mão dele e virou-se olhando em seus olhos.
Rodrigo - Porque você foi atrás de mim ontem?
Antônio - Acho que já lhe respondi ontem, mas vou repetir.
Antônio - Fui porque me preocupo com você, porque quero estar ao seu lado.
Rodrigo - Mas...
Antônio - Da ultima vez que estivemos juntos, você me disse uma coisa.
Rodrigo ficou sem graça, pois achava que Antônio havia lhe dado um fora e que tinha feito papel de idiota.
Rodrigo - Eu fiz tudo errado né?
Antônio sorriu para ele, apertando novamente sua mão.
Antônio - Você me ama?
Rodrigo - Antônio!!!
Antônio - Por favor, responda.
Rodrigo - Te amo muito, demais.
Rodrigo - EU sei.. sei la... mas mesmo que não tenha nada a ver, eu queria pelo menos ter sua amizade, mesmo que você não me ame e..
Antônio calou o rapaz, beijando sua boca suavemente, mordendo de leve seus lábios.
Rodrigo ficou sem ação, olhando para Antônio que sorria o tempo todo para ele.
Antônio - Eu te amo Rodrigo.
Antônio - Eu te amo demais.
Antônio - Desculpa meu sumiço, mas tentei lutar contra meus sentimentos, mas não quero mais isso.
Antônio - Eu quero você, estar com você.
Rodrigo que estava com o olhar triste, sorriu no mesmo instante, com os olhos brilhando.
Antônio segurou o rosto dele e novamente lhe beijou, agora sendo retribuído com paixão por Rodrigo.
Seus olhos estavam fechados, enquanto suas línguas travavam uma verdadeira batalha, uma sugando a outra.
Antônio acariciava o rosto de Rodrigo, sentido sua barba áspera em sua mão. Rodrigo, abraçava Antônio, colando seu corpo ao dele, sentindo seu cheiro em meio aquele beijo apaixonado.
Rodrigo - Estou sonhando? Dizia rindo.
Antônio - Então somos dois.
Apesar se serem dois homens adultos, os dois estavam sem graça, mas isso não iria durar por muito tempo.
Os dois se aproximaram e Rodrigo colocou o braço sobre os ombros de Antônio, ainda curtindo a paisagem.
Já havia escurecido a graças a isso puderam ficar a vontade, sem chocar alguma sagrada e tradicional família brasileira com seus gestos de carinho.
Durante o trajeto para a casa foram conversando, mas a vontade era de tocar um no outro.
Foi só entrarem no apartamento e a paixão falou mais alto.
Rodrigo agarrou Antônio ainda em pé e novamente se beijaram, agora com mais privacidade.
O beijo foi cessado com mais uma declaração de amor.
Rodrigo - Eu te amo.
Antônio - Eu também te amo.
Os dois pareciam dois meninos, rindo o tempo todo.
Antônio sentou-se no sofá e Rodrigo deitou com a cabeça em seu colo.
Rodrigo contou o quanto estava triste pelos filhos, mas ao mesmo tempo feliz com Antônio ao seu lado.
Rodrigo - Minha felicidade só será completa quando o Rafael e o Arthur forem meus.
Antônio - Ei, agora você não está sozinho. Estamos juntos nessa.
Rodrigo - Você não tem ideia do quanto me sinto seguro ao seu lado.
Antônio deu um selinho nele, acariciando seu rosto.
Antônio - Não sei como, mas vamos dar um jeito. Você terá a guarda deles em definitivo.
Rodrigo - Meu pai foi um carrasco comigo.
Antônio - Sei como é isso. Por causa do meu pai eu cresci sem minha família.
Antônio - Ele tirou minha mãe de mim e cresci sem meu irmão.
Notando a tristeza nas palavras de Antônio, Rodrigo se levantou, olhando para ele.
Rodrigo - Ei, também quero lhe ajudar.
Antônio - O importante agora é você.
Rodrigo - Não Antônio, eu vou lhe ajudar.
Rodrigo - Não vou descansar enquanto não te colocar frente a frente com seu irmão.
Rodrigo - Antônio, eu vou encontrar o Guilherme.
Continua...