Aprendendo a amar o amigo hetero. (final 2-3)

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2371 palavras
Data: 25/01/2016 22:26:56
Última revisão: 25/01/2016 22:28:48

Beto desligou a luz e saiu, eu me embrulhei e fechei meus olhos. Senti uma sensação estranha como se tivesse mais alguém dentro do meu quarto. E realmente tinha mais alguém. Beto deitou atrás de mim, e me acolheu.

Berg – Beto?

Beto – relaxa, vou te comer não, só quero ficar aqui com você daqui a pouco eu vou pegar o beco. Blza?

Eu fechei meus olhos e apaguei com meu brother abraçado a mim.

xXX

Sábado, dia de sol e curtição, dia de mudanças: mudança de habitat, mudança de vida, que venham novos dias, que venham novos tempos, que meu presente seja melhor que meu passado e inferior a meu futuro, que eu continue em uma crescente.

Acordei cedo, desci as escadas, tomei um café ao lado de minha família, arrumei minhas malas, coloquei os moveis no frete que o papai havia encomendado, tomei um banho e parti para casa do Beto.

xXX

Fizemos um brinde à nova fase que iniciava em nossas vidas: Beto, Kadu, Guga e eu.

Kadu – brinde com cachaça po. Cadê a champanha?

Beto – tem essas frescuras aqui não.

Kadu – frescura o que? É muito é bom.

Beto – quer camarão também não filhão?

Kadu – se for a alho e óleo eu aceito sim.

Beto – vou já colocar minha rola no alho e óleo e te servir.

Nos quatro rimos ao mesmo tempo.

Meu celular tocou, pedi licença e sai pra atender.

*==========*

Berg – fala rafa.

Rafa – e ae professor, ta sumido?

Berg – nada, tou na correria aqui com a mudança.

Rafa – quer dizer que tu foi mesmo morar com o Beto?

Berg – mesmo.

Rafa – Tou ligado.

Berg – e tu po, fazendo o que de bom?

Rafa – tou aqui em casa, nada pra fazer. Que dar uma passadinha aqui não?

Berg – Pode ser, quer dar uma estudada é?

Rafa – não, hoje estou querendo curtir. Tomar umas na beira da piscina. Posso contar contigo?

Berg – Pode com certeza, mas tem que ser a tarde, tou ajudando os caras aqui com a mudança ae não posso sair agora.

Rafa – pode ser, mas tu vem de certeza?

Berg – certeza.

Rafa – blza, vou esperar.

Berg – Falow.

*=============*

Desliguei o telefone e voltei ao interior da casa, os caras já estavam fazendo outro brinde.

Berg – Porra, vocês são sem noção mesmo neh!?

Kadu – por que mano?

Berg – vao ficar bêbados e como é que vamos terminar de arrumar as coisas?

Kadu – não termina, joga tudo no quintal. (rs)

Beto – kkkk, boa ideia manin, vamos jogar essas porras tudo no quintal.

Berg – vao tomar no cu seus filhos de uma puta vou arrumar minha cama e meu roupeiro e procurar o beco.

Beto – tu vai pra onde mano?

Berg – Vou aparecer la na casa do Rafael.

Beto – Visxiiii doido, vai dar não, vamo arrumar as coisas que hoje a noite tem festa.

Berg – festa aonde po?

-aqui (responderam Beto, Kadu e Guga ao mesmo tempo)

Berg – a vei, que se foda, eu vou ajudar, mas se vocês forem ficar bêbados agora, eu vou so arrumar minhas coisas e cair fora.

Os caras deram uma pausa na loura gelada e mãos a obra. Às 14 horas já tínhamos terminado de arrumar o suficiente pra deixar a casa novamente com espaço. Kadu foi comprar comida já que não tinha dado tempo de fazer. Guga e eu fomos ver se encontrávamos tochas, queríamos fazer um lual no grande quintal da casa do Beto.

xXX

Beto – Porra vei. Vocês foram plantar esses bambu? (Beto reclamou da demora quando nos chegamos)

Berg – va se fuder. Por que tu não foi atrás seu porra?

Beto – da próxima vez eu vou mesmo, bando de lesos da porra. (rs)

xxX

Almoçamos o rango que o Kadu havia comprado e depois disso fomos ornamentar tudo. Começamos colocando as tochas em pontos estratégicos, depois o Beto limpou a churrasqueira, Kadu e eu colocamos o freezer do lado de fora da casa, Gustavo foi a sua casa buscar um violão. Ainda tínhamos que comprar a cerva e temperar a carne.

xXX

Berg – bom pessoal, eu vou dar uma saída, mais tarde eu tou de volta.

O Beto se aproximou de mim.

Beto – ta indo a casa do Rafael?

Berg – é!

Beto – Que tu vai fazer na casa do Rafael po?

Berg – Vou dar uma passada la caralho, daqui a pouco eu volto.

Beto – Deixa pra outro dia velho, olha o monte de coisa que temos que fazer ainda.

Berg – que monte de coisa Beto? Já fizemos praticamente tudo. Na volta eu ajudo a assar a carne. Blza?

Beto – não é somente isso, tem uma pa de coisas. Qual é o numero do Rafael?

Berg – pra que?

Beto – Me da o numero do Rafael porra.

Dei o numero e Beto fez algo que eu não estava acreditando.

**

Beto – alo, Rafael? É o Beto, blza?

Beto – é que o Berg não vai poder ir ae agora, estamos pegado aqui em casa, vamos dar um festa aqui hoje. Aparece la pelas 20 horas, pode ser?

Beto – Não cumpade, sem problemas nenhum, eu aviso a ele.

**

Berg – Porra foi essa mano?

Beto – resolvi a parada. (falou o Beto colocando o celular no bolso da calça) e que coisa mais feia brother, tu não tinha convidado teu ‘’best friend’’?

Berg – tu é foda velho, tu é foda. (sai de perto do Beto, puto da vida, mas ainda consegui ouvir o seu sorriso sarcástico).

xXX

Já era noite e a galera da faculdade estava chegando, a turma ‘’super-choque’’, vieram também pessoas de outros cursos, alguns amigos menos chegado, mas que não deixavam de serem amigos.

Estava eu e Kadu próximo a churrasqueira, quando Cecilia veio nos cumprimentar.

Cecilia – Oi amores.

Berg – Oi Bebe. (eu dei um abraço nela, ainda sentia uma quentura naquele abraço).

Cecilia – e ae como tens passado?

Berg – bem, na medida do possível.

Cecilia – e namorando muito?

Antes que eu respondesse, Kadu tomou a iniciativa.

Kadu – Namorar pra que se o bom mesmo é comer?

Cecilia – Tu és muito babaca Carlos Eduardo. (falou Cecilia aos risos)

Berg – tenho que concordar com a Cecilia Kadu, tu é muito babaca mesmo.(rsrs)

Kadu – Vocês pensam assim porque estão apaixonados. (nessa hora a Cecilia olhou pra mim e começamos a rir, o Kadu não entendeu nada)

Kadu – eu vou pegar umas cervas, os pombinhos estão servidos?

Berg – Pra moça você trás uma vodca com um pouco de suco de laranja e gelo. Acertei? (perguntei olhando para a Cecilia)

Cecilia – em cheio. Continuo com os mesmos gostos.

Berg – E pra mim pode trazer uma latinha.

Kadu – sim senhor. (kadu fez continência e saiu para pegar as bebidas).

Berg – kadu, kadu, eu tentei gritar seu nome e a Cecilia reforçou, parecíamos um coral. (kadu já ia próximo ao freezer).

Kadu – O que foi?

Berg – Trás sal com limão também.

Kadu – Beleza.

Cecilia se aproximou e me deu outro abraço.

Cecilia – você está tão bonito Berg.

Berg – Você também ta linda.

Cecilia – gentiliza sua.

Berg – falo serio, você ta linda.

Cecilia – ‘’thank you baby’’. Você nem respondeu minha pergunta, esta ou não namorando?

Berg – Não, não. Estou livre e solto na pista.

Cecilia – opa. Se você curtisse eu ia entrar nessa pista.

Berg – Pois é neh!? (ri sem graça)

Cecilia – Berg, eu estou começando um lance com um carinha ae.

Berg – que bacana, fico feliz por você.

Cecilia – pois é, mas eu queria tua permissão antes de engatar um lance mais serio com essa pessoa.

Berg – Ué. Por que minha permissão?

Cecilia – é que eu estou tendo um caso com o Guga, mas eu quero tua permissão antes de nos partimos pra algo mais serio.

Berg – O Guga, Gustavo meu amigo?

Cecilia - esse mesmo.

Berg – humm, então vocês tao de trairagem pela minhas costas, ne safadinhos?(rs)

Cecilia – Não Berg, eu juro que começamos bem depois de você disser que não rolaria nada entre nós dois.

Eu comecei a rir.

Berg – Cecilia, eu tou brincando. Vocês tem meu total apoio, mas e quanto à namorada dele?

Cecilia – Ele não esta mais namorando.

Berg – Ah não?

Cecicila – Não. (cecilia ria com minha cara de desorientado)

Berg – Bem, se é assim, permissão concedida.

Eu dei um abraço forte nela, sabia que ali seria nossa despedida, depois que ela começasse a namorar serio, com certeza nossa amizade iria mudar.

Kadu chegou com as bebidas e brindamos aos novos tempos. Bem na hora do brinde eu vi ao longe Beto beijando a Debora, e veio em minha mente a lembrança do que ele havia me dito a alguns dias antes.

*________________________*

Beto – então o problema é a Debora?

Berg – Claro po, tu acha o que?

Beto – mas eu não posso terminar com a Debora, já são anos juntos, nós temos planos de casar.

*_______________________*

Quem eu estava querendo enganar? O que eu estava fazendo com a minha vida? Ate aonde iria com essa historia? Entre Beto e eu seria apenas e sempre putaria, e eu tinha que me acostumar.

Tomei uma golada da cerveja como se fosse um Salum.

Kadu – Uhhhhhu, isso ae mano, vamo curtir.

Berg – vamo sim véi. Vamo aproveitar. Nossa liberdade começa hoje.

Kadu – é isso ae, toca aqui parceiro. ( kadu estendeu o braço e nos cumprimentamos feito dois abestados)

Cecilia apenas sorria. Pedi licença e fui ao freezer pegar outra cerveja. Quando levantei a tampa e tentei pegar uma latinha, alguém toca no meu ombro.

Rafa – E ae moço, pode me servir uma dose?

Berg – Fala mano, que bom que tu veio vei.

Rafa – pois é, o Beto e o Kadu me convidaram, já que você se esqueceu de mim. (rs)

Berg – Esqueci não mano, eu ia chamar quando fosse la na tua casa.

Rafa – estou brincando mano, relaxe. E essa bebida sai ou não sai?

Berg – só se for agora, quer beber o que?

Rafa – o que você tomar eu topo.

Berg – confia no meu gosto?

Rafa – confio em você.

Berg – então beleza.

Servi ao Rafa e ficamos um bom tempo conversando com a costa encostada no freezer.

Rafa – e o Beto?

Berg – O que tem ele?

Rafa apenas me olhou sem dizer nada e eu conclui o que ele queria saber.

Berg - a mano, na mesma.

Rafa – qual mesma?

Berg – olha la pra ele. O Beto ta de chamego com a namorada desde que ela chegou.

Rafa – e tu ta incomodado com isso?

Berg – rapaz brother, vou mentir não tou incomodado sim.

Rafa – já falou pra ele?

Berg – Mais ou menos.

Rafa – como mais ou menos Berg?

Berg – eu não quero que ele saiba que eu tou na dele. Entende?

Rafa – querendo se fazer de forte?

Berg – querendo descobrir se ele vai querer ficar comigo num lance mais serio.

Rafa – você só vai saber falando com ele, ficando longe assim ele nunca vai saber.

Berg-Não. Não vou me humilhar a esse ponto mano.

Rafa – Se humilhar? Na boa mano, amar não é nenhuma humilhação, amar é não ter medo de arriscar. E tu estas agindo totalmente ao contrario, tu esta com medo cara.

Eu abaixei minha cabeça para que o Rafa não visse meus olhos começando a ficarem vermelhos.

Berg – eu tenho medo de perder esse cara. Eu tenho medo de agente se distanciar e eu não encontrar outra pessoa comparada a ele.

Rafa – difícil ele não querer você. Ate a forma de ele te olhar é diferente.

Berg – ele me olha como irmão.

Rafa – como irmão querendo fazer incesto.

Eu dei um sorriso amarelo.

A festa estava bacaninha. Bebida e churras rolando, não era uma festa dançante, era mais pras pessoas socializarem, conversarem, aproveitarem um pouco do tempo que resta junto a quem tem apreço.

O som foi pausado e Gustavo pegou o violão dele, nos aproximamos, formamos uma roda, sentamos no chão e estava oficialmente aberta uma roda de viola. Eu estava com uma long neck e rafa outra.

Gustavo começou a mandar modão e la pelas decima, tocou uma musica pra matar qualquer um.

**

Não pára de chover

E eu preciso do sol pra lembrar seu calor

Se eu te magoei

Desculpa estou aprendendo o que é amor

Nas noites mais escuras

Nos bares, nas ruas, tudo é solidão

Não me deixe sozinho, falta de carinho

Rima com nova paixão

Eu quero o seu amor

Eu quero ser seu homem, se você quiser

Se eu tiver seu amor

Juro não preciso amar outra mulher

Não deixe apagar, a fogueira do meu coração

**

Eu tinha que ser muito forte pra não chorar ali na frente de todos. Olhei para o rafa que estava com o semblante calmo tentando me passar tranquilidade.

Rafa – quer sair daqui?

Berg – quero.

Rafa – então vamos.

Levantei-me, sacudi a parte traseira da bermuda que estava suja do chão e partimos sem rumo. Conforme me aproximava do carro do rafa que estava estacionado na rua da casa do Beto, mais longe eu ouvia a galera cantando, me deu uma vontade de chorar, era como se eu estivesse me despedindo de todos eles. O Rafa desarmou o alarme e eu entrei no banco do carona.

Rafa – e ae sr passageiro, qual o destino?

Eu olhei para o lado de fora do carro e vi todos aqueles carros e motos estacionados, muitos ali eram realmente meus amigos, outros eram apenas colegas de farra. Naquele momento eu estava querendo paz, estava querendo sossego.

Berg – não sei véi. Qualquer lugar tranquilo pra mim ta bom.

Rafa – pode ser o cemitério?(rs)

Berg – pode mesmo! (ri com vontade de chorar)

Rafa – Besta. (Rafael sorria tentando me fazer sorrir também) Posso escolher o destino então?

Berg – claro vei, por sua conta.

Rafael ligou o carro e partimos, a cidade estava movimentada. Com certeza as pessoas queriam um lugar pra não ter que passar o sábado em casa.

Não falávamos nada, apenas seguíamos. Rafael entrou na BR e eu comecei a ficar assustado, tirei o celular do bolso e vi que pouco a pouco eu ia perdendo sinal. Olhei para o Rafael e ele não falava nada, nem movimentava o rosto, estava concentrado na estrada.

Berg – Para onde quer que seja o lugar que estávamos indo, eu sabia que estava em boas mãos.(eu pensava)

**

Não pára de chover

E eu preciso do sol pra lembrar seu calor

Se eu te magoei

Desculpa estou aprendendo o que é amor.

**

Continua...


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Comentários

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Ai que capítulo triste! Credo, parece até que o Berg vai morrer. Deus é mais! (Se ele morrer, o autor morre junto).

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Rafa lindo 😍😍😍😍! Torcida para casal Raberg kkkk

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Espero que Beto perceba o que Berg sente por ele e que resolva logo a situação! Adorei o capítulo!!!

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Q o fim, termine com a mesma intensidade de emoção que cada capitulo vem trazendo, parabens berg.

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Enfim se tocou q não tem futuro com o Beto. Agora é agarrar logo o Rafa q esse boy é de ouro

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CARA, SE NÃO FOR COM O BETO NUNCA MAIS LEIO CONTOS.

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Muito bom esse conto. Infelizmente está acabando. Espero que o Berg seja feliz e que encontre alguém que quer realmente algo a sério com ele!

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Torço para ele se acerta com o rafa ele é um fofo e podi fazer o berg feliz!! O beto ta querendo de mais bjs...

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Não sei mas pra quem torcer. Pena que ta acabando, to gostando muito do conto!

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Perfeito! Pena que já tá terminando. Triste por essa situação do Berg. Queria que ele encontrasse alguém que realmente quisesse ficar com ele e que não fosso o último capítulo. Queria mais um pouquinho da felicidade dele. Ah, e ele sempre me ganha com Jorge e Mateus. rsrs Abraços

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Puxa, chéri, amo sua história! Esse capítulo mexeu comigo! Muita sensibilidade!Pena que já vai terminar!

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Esse final me fez ficar foi com medo do Rafa, sei lá, só falta ele ser doido e terminar essa história matando o Berg.

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