Ola pessoal como vão?
Fiquei esperando que respondem minha pergunta no conto anterior mas todo mundo ignorou, kkkk.
E ai, o que estão achando do casal? Já esta na hora de apimentar esse namoro, o que vocês sugerem pra eles?
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esperança, obrigado minha querida. Grande beijo.
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Guiiinhooo, obrigado meu querido. Grande abraço.
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SuUh16, também estou me apaixonando pelo casal, bom o Rodrigo não entendeu muito as atitudes do pai, mas acho que é por coisa mal resolvidas do passado.
R.Ribeiro, que bom que curtiu o casal, eles serão bem fofos mesmo, rsrs. Fiquei um pouco surpreso com o apoio que vocês deram para o Carlos, sim, ele fez ajudando o Rodrigo, mas vai demorar para o filho ver com esses olhos.
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TRenattoZ, gostei do nome, já ouvi também Andrigo.
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Ru/Ruanito, só 10 estrelas? Hummm, isso ele ganha fácil, kkk.
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Helloo, sim eles serão bem fofos, bem românticos.
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Ninha M, então, eles terão muitos momentos de amor, de romance, depois vamos para o sexo né, confesso que estou até com vergonha de escrever sexo pra eles, kkk. Beijos.
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Drica (Drikita), então, no caso do Rodrigo ele não era mal, mas mudou por algo, ou por circunstancias, agora ele quer retornar a ser o Rodrigo de antes, mas claro que isso não exime ele de todas as coisas erradas que fez. Pois é, foi exatamente essa a intenção do Carlos, garantir os netos para depois entregar ao filho e confesso que achei vocês bastante bonzinhos com o Carlos, vocês puxam muito o saco dele. Kkk. Beijão minha querida.
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Plutão, no caso do amor, o Antônio tentou fugir mas viu que seria impossível, já o Rodrigo teve que levar alguns sustos, mexendo em quem mais ele ama que são os filhos, pra acordar pra vida. O Antônio ira entender sim as atitudes do Carlos, mas o Rodrigo esta cego de raiva e vê todas as ações do pai como algo negativo, mesmo que seja pra ajuda-lo. Eles serão muito felizes, mas você sabe né, felicidade demais incomoda, os outros...Grande abraço.
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Luk Bittencourt, eu sei que você implica com o Rodrigo porque esta literalmente de quatro por ele, kkk. Não só você mas uma galera aqui só falta colocar o Carlos num trono, rsrs. Abração.
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Geomateus, Sim, vai crescer solidificar e eles serão muito felizes por um tempo. A Maria mãe de quem? Bom, pelo visto deu pra perceber que ela sabe muitas coisas do Carlos né?
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CDC✈LCS, pois é, quem diria que o Antônio, aquele sujeito pobre, romântico iria se apaixonar pelo Rodrigo, metido a playboy, arrogante, aparentemente hetero. Mas depois de tantas voltas eles resistiram e finalmente estão juntos.
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André_Bitten, obrigado meu querido, mas da trabalho sim, na hora que decido o que vou colocar no conto e se acho que não esta bom, apago e refaço de novo, mas isso é raro, por isso gosto de estar bem relaxado pra escrever, dai flui naturalmente. Abração.
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Martines, hehehe, bom acho o Antônio super forte, apesar de sensível, mas nesse capitulo você vera um Rodrigo frágil, só sei que você esta confundindo minha cabeça. Sim, o Carlos teve uma boa intenção, mas o Rodrigo não quer nem papo com o pai, não deixa ele se explicar, assim fica difícil eles se entenderem. Sim, a Stela quer o melhor para o Rodrigo, mas isso não significa que ela ira cair de amores pelo Antônio. Você é um perigo sabia? Kkkkk
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CrisBR1, sim, o Antônio não se entregou logo de cara, ele precisou ter a prova que o Rodrigo estava mudando. O Rodrigo vai continuar mudando mas agora com a ajuda do Antônio, com ele ao lado. Sim, não faço parte do top 10 e se duvida nem do top 20 hahaha. Eu poderia escrever um conto clichê, de adolescente, com um jovem frágil passivo, que se apaixona pelo garanhao hetero ativo e vivem felizes, mas não gosto dessa abordagem. Gosto de personagens mais adultos e mais realistas, apesar dessa história o Rodrigo se rico. Tento usar menos clichê possível, mas insiro outras coisas fantasiosas na história, afinal o conto da essa liberdade né, pra se ter ideia não tenho a mínima ideia de qual dos dois será ativo e passivo e preciso decidir isso pra ontem, pois acho os dois másculos e sensíveis ao mesmo tempo, apesar de que isso não significa nada. Até tentei postar numa espécie de aplicativo com mais visibilidade, mas é limitado o tamanho do conto, um capítulo meu daria pra transformar em cinco. Abração.
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Amygah22, Ué, mas o Rodrigo não é filho da Stela? De onde surgiu essa sua teoria? A diferença de idade do Antônio com o Guilherme é pouca, no máximo uns dois anos, sendo o Antônio o mais velho. Hummm, porque você acha isso do Guilherme, o coitado nem apareceu ainda. Mas uma coisa é certa, o Antônio ira ter que fazer algumas escolhas, até chegar na maior delas.
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Vitor Gabriel, estou surpreso com vocês, estão todos idolatrando o Carlos, porque ele é tão carismático assim? Acho que você vai mudar de ideia ao ler o capítulo de hoje. O Antônio condenou o Carlos porque ainda não tinha entendido o plano dele. Mas essa era a ideia, fazer o Rodrigo um monstro e em seguida fazer vocês ama-lo. Se Soubesse que seria assim, teria feito ele fazer mais maldades. O Guilherme ainda é uma incógnita, a história vai ter uma reviravolta depois que ele entrar.
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Monster, porque você acha isso do Gui? É feio pensar assim de pessoas que nem conhecemos, kkk. Vamos ver se suas premonições se confirmam.
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sonhadora19, Então, pois é, o Carlos fez tudo pensando no Rodrigo, pois se os outros avós tivessem a guarda dos garotos, seria bem pior para o Rodrigo. Nossa, você não tem ideia das coisas que estão escondidas na história, kkk, algumas estão bem na cara.A Simone filha da Maria? A Alice parece ser um doce de pessoa, porque ela é má? Pois é, a historia dos documentos ainda virá a tona, aguarde. Vou providencias mais umas mijadas na Stela.Você pergunta muito mesmo, pode perguntar a vontade mas tem perguntas que você faz que me da uma raiva pois vc supõe coisas que não quero que supõe, hahahaha; Beijos.
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Drica Telles(VCMEDS), sim o Carlos só quis ajudar, mas o Rodrigo não deixa o pai se aproximar, dai fica difícil uma aproximação. Então, o Rodrigo irá focar nisso, achar o Guilherme, mas pode ser que seja uma grande acerto, afinal o Antônio ficara muito feliz, ou pode ser um grande erro, mas por enquanto não é hora de pensar no Guilherme, vamos ver os rapazes apaixonados.
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Rodrigo - Meu pai foi um carrasco comigo.
Antônio - Sei como é isso. Por causa do meu pai eu cresci sem minha família.
Antônio - Ele tirou minha mãe de mim e cresci sem meu irmão.
Notando a tristeza nas palavras de Antônio, Rodrigo se levantou, olhando para ele.
Rodrigo - Ei, também quero lhe ajudar.
Antônio - O importante agora é você.
Rodrigo - Não Antônio, eu vou lhe ajudar.
Rodrigo - Não vou descansar enquanto não te colocar frente a frente com seu irmão.
Rodrigo - Antônio, eu vou encontrar o Guilherme.
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Capítulo 19
Antônio ficou olhando para Rodrigo com um sorriso enorme, principalmente por sentir determinação em suas palavras.
Rodrigo - Eu lhe prometo, vou encontrar seu irmão.
Rodrigo - Alias, a partir de hoje vou fazer tudo pra lhe ver feliz.
Antônio - Poxa Rodrigo!!!
Antônio - Tem horas que chego até perder as esperanças.
Antônio - Agora você falando assim...
Rodrigo segurou em suas mãos, olhando sério para ele.
Rodrigo - Não duvide de mim Antônio.
Rodrigo - Se encontrar o seu irmão vai lhe fazer feliz, então essa será minha missão.
Antônio sorria todo bobo para Rodrigo, que voltou a beija-lo.
Era um misto de novas sensações, de descobertas que deixavam os dois as vezes meio perdidos, sem saberem por onde começar.
Antônio beijava a boca de Rodrigo e com os olhos fechados ficava imaginando como conseguiu viver até aquele momento sem aqueles beijos.
Rodrigo parecia um menino com medo de perder os pais, pois toda vez que tocava em Antônio, segurava forte o rapaz, como se ele fosse fugir.
Antônio - Do que esta rindo?
Rodrigo - Nada!!!
Antônio - Fale.
Rodrigo - Sei-la cara, eu nunca me senti assim, leve, tranquilo.
Antônio - Eu acho que a gente tem muita pra conversar ainda.
Rodrigo - Pois é.
Rodrigo - Acho temos muito a conhecer um do outro.
Antônio - Eu estou adorando esse novo Rodrigo.
Rodrigo - Eu já lhe disse...
Rodrigo - Não é o novo Rodrigo, mas sim o Rodrigo de sempre, que ficou escondido por muitos anos.
Antônio - Hummm.
Antônio - Vou querer saber o porquê de ele ter ficado escondido.
Rodrigo - Um dia eu lhe conto.
Novamente seus olhares se cruzaram e sem impedimentos, um voltou a sentir a boca do outro, agora num beijo calmo e sereno.
Rodrigo - Esta com fome?
Antônio deu apenas um sorriso e Rodrigo já entendeu tudo. Atacando de mestre cuca, Rodrigo foi para a cozinha, preparando um jantar para Antônio, que ficou o tempo todo sentado, admirando aquele homem que nada lembrava aquele empresário arrogante e prepotente.
Os dois comeram, mas Antônio teve que se despedir, pois trabalharia no dia seguinte.
Rodrigo - Dorme aqui.
Antônio - Então, acho que já tivemos emoções demais por hoje.
Rodrigo - É que esta tarde e..
Antônio - Não irão faltar oportunidades pra ficarmos juntos.
Rodrigo estava ansioso demais, feliz demais e não queria mais ficar sem a presença de Antônio, mas entendia o rapaz.
Rodrigo - Eu te levo.
Ainda no carro, os dois ficaram um tempo conversando. Não sabiam exatamente o que estava rolando, se era namoro, ficada, mas pouco a pouco a intimidade entre eles ia aumentando.
Antônio segurou na mão de Rodrigo e puxou até seu rosto, dando um beijo, fazendo com que ele sorrisse.
Antônio - Obrigado.
Rodrigo - Promete que vai pensar em mim?
Antônio - Sempre.
Rodrigo segurou o rosto de Antônio e novamente o beijou.
Rodrigo - Durma bem.
Rodrigo - Hoje você me fez um homem muito feliz.
Antônio - Estamos juntos, esqueceu?
Antônio - Não fique preocupado com seus filhos, apesar de tudo ele esta com sua família, com pessoas que amam eles.
Rodrigo - Eu sei, vou tentar ficar bem.
Os dois se despediram com um beijo e Antônio foi para dentro de casa. Foi difícil dormir naquele dia, sua vontade era sair gritando, para que todos soubessem o quanto estava feliz.
Era tanta felicidade que ele queria dividir com alguém. Segurando a foto de Guilherme, ficou falando sozinho.
Antônio - Meu irmão, estou tão feliz.
Antônio - Felicidade maior será quando você estiver aqui comigo. Tenho tanta coisa pra lhe falar, perguntar.
Antônio - Não acreditava que isso fosse possível, mas estou apaixonado.
Antônio ria enquanto falava até que foi interrompido por seu celular. Ao ver a mensagem seu sorriso ficou mais radiante.
Rodrigo - Eu te amo.
Assim como Antônio, Rodrigo dormiu bem leve, relembrando tudo que tinha acontecido naquele dia.
Antônio trabalhou normalmente e antes de ir para seu segundo emprego foi resolver uma questão que estava lhe incomodando.
Maria - E O Rodrigo, como está?
Antônio não iria entrar em detalhes, mas tranquilizou Maria.
Antônio - Ele está bem, já colocou as ideias em ordem.
Antônio - Eu liguei no escritório, mas disseram que o Seu Carlos não foi trabalhar hoje.
Antônio - Será que ele me receberia?
Maria - Evidente que sim, ele lhe adora.
Procurando as palavras corretas, Antônio tentou defender seu amado, mas se policiando.
Antônio - Não quero parecer invasivo, mas estive com o Rodrigo ontem.
Carlos - Como ele está?
Antônio - Seu Carlos, ele ficou arrasado por ter perdido a guarda dos filhos.
Antônio - EU estive com eles nos últimos tempos e vi o quando ele tem se esforçado para reconquistar os garotos.
Carlos - Vocês dois estão muito próximos, não é?
Antônio sentiu um nervoso, achando que o homem poderia estar desconfiando dos dois, mas Carlos parecia ter outros interesses.
Carlos - Confesso que fiquei surpreso com a amizade de vocês, mas feliz pois sei que você esta influenciando de maneira positiva o meu filho.
Carlos contou seu plano e aos poucos Antônio foi entendendo.
Carlos - Só fiz isso, pois caso contrário ele poderia perder os garotos para o Sidney.
Antônio - Então, por favor, converse com o Rodrigo, não o impeça de ver as crianças.
Carlos - Eu jamais vou impedir ele de ver os garotos, mas toda vez que tento me aproximar dele da tudo errado.
Carlos - Ele tem sido muito agressivo comigo.
Antônio ia aproveitar a visita para ver os garotos, mas eles estavam na creche.
Carlos se retirou para dar alguns telefonemas, deixando o rapaz na companhia de Alice.
Alice - Antônio, que surpresa!!!
Alice - Janta conosco hoje?
Sempre simpática, Alice paparicou o rapaz, sobre os olhares reprovadores de Stela.
Alice - Tem estado com meu irmão?
Antônio - Sim, estive com ele ontem.
Alice - Estou com muita saudade dele.
Antônio - Tenho certeza que ele também esta com saudade de você.
Antônio - E também dos garotos, mas ele não quer vir aqui.
Alice - Mas eu posso levar o meninos até ele. Não vejo a hora dele e o pai pararem com essa briga boba.
Antônio - Você faria isso?
Alice - Claro, conte comigo.
Alice começou a falar sem parar, mas Antônio ja estava incomodado com a presença de Stela.
Com muito custo conseguiu sair e quando já estava no jardim foi abordado pela mulher.
Antônio - Posso ajudar a senhora?
Stela - Acho que essa pergunta é minha.
Stela - Rapaz, vou ser direta e espero que você entenda de uma vez por todas.
Stela - Você não é bem vindo nessa casa.
Antônio - Dona Stela...
Stela - Não me interrompa quando eu estiver falando.
Stela - Se afaste da minha casa, do meu marido, dos meus netos e principalmente dos meus filhos.
Antônio - Qual o seu problema comigo?
Stela - Eu não gosto de você e considero isso um motivo mais que plausível.
Antônio ia questionar, mas Stela lhe deu as costas, não dando chance de respostas.
Antônio seguiu seu ritmo frenético de trabalho, mas tudo valia a pena. Quando viu Rodrigo novamente esqueceu todo cansaço e os problemas do dia a dia.
Ao abrir a porta de casa ficou com um sorrisão enorme no rosto e sem cerimonias Rodrigo o abraçou, dando um beijo apaixonado.
Cambaleando, os dois foram entrando para dentro de casa, sem desgrudar suas bocas.
Rodrigo - Que saudade!!!
Antônio - Tenho que trabalhar né.
Rodrigo voltou a beijar Antônio, mordendo seus lábios, descendo até seu queixo, pescoço.
Antônio - Para!! Para!!!
Rodrigo - O que foi?
Antônio - Cara é que o pescoço... né...
Rodrigo - O que tem?
Antônio - Me da cocegas.
Rodrigo começou a rir no mesmo instante. Antônio falou de maneira inocente, mas Rodrigo já levou para o lado malicioso. Sem dó e nem piedade voltou a beijar Antônio, mordendo de leve seu pescoço, fazendo o rapaz se contorcer.
Rodrigo nem precisou fazer força, Antônio parecia o Superman diante da criptônima, totalmente sem forças.
Deixando a brincadeira rolar, quando se deram conta já estavam deitados no tapete da sala, rindo sem parar.
Antônio estava sem folego, todo ofegante e Rodrigo mais calmo, ficou passando a mão em seus cabelos.
Rodrigo - Que cara mais frouxo.
Rodrigo - Se o Rafa e o Arthur descobrir esse seu ponto fraco você estará ferrado.
Antônio - Mas isso acontece só com adultos.
Rodrigo - Sei, vou fazer você perder esse trauma.
Rodrigo zoava o rapaz, que ainda estava deitado, recebendo carinho na cabeça.
Antônio levantou-se e pedindo um tempo foi tomar uma ducha. Rodrigo ficou esperando na sala, mas sua vontade era de ir até o banheiro.
Já tinha visto o corpo de Antônio e queria um pouco mais de intimidade, mas não sabia como agir.
Não conseguindo se conter, foi até o quarto mas seu amor já estava vestido, com apenas uma bermuda e uma camisa.
Rodrigo - Hummm, esta cheiroso.
Os dois voltaram para a sala e namoraram mais um pouco. Antônio contou a Rodrigo sobre a visita que fez ao seu pai e explicou os motivos de Carlos.
Rodrigo ficou nervoso no mesmo instante, não conseguindo conter sua raiva. Paciente, Antônio deixou o rapaz explodir e depois o acalmou.
Antônio - Ele fez tudo isso pensando em você.
Rodrigo - Nada que ele faz é pensando em mim.
Rodrigo - O Seu Carlos Santarém não faz nada que não seja para beneficio próprio.
Antônio - Ei, se acalme.
Rodrigo - Desculpa.
Antônio ficou olhando para Rodrigo até que o rapaz sorrisse.
Antônio - Pelo visto não te domei por completo, vou ter que dar um jeito de lhe acalmar.
Rodrigo - Ah é bundão? Vai fazer o que?
Antônio - Te coloco no colo e lhe dou umas palmadas.
Antônio tentou pegar Rodrigo, mas acabaram mesmo abraçados, deitados. Rodrigo estava deitado no peito de Antônio, acariciando seus pelos que saiam pela camisa, enquanto conversavam.
Antônio - Rodrigo, posso lhe fazer uma pergunta?
Rodrigo - Todas que você quiser.
Rodrigo - Quero que você me conheça por completo.
Antônio - Você sempre gostou de homens? Quero dizer... Você parecia ser do tipo garanhão, foi casado..
Rodrigo se levantou do peito de Antônio, sentando-se de cabeça baixa no sofá.
Antônio - Desculpa, se não quiser falar tudo bem.
Rodrigo - Não Antônio, falo sim.
Rodrigo - Lembra que falei que o verdadeiro Rodrigo tinha ficado lá atrás?
Rodrigo - Vou lhe contar um pouco dele.
Antônio se sentou de frente para ele e pela primeira vez Rodrigo falou de suas intimidades, seus sentimentos.
Rodrigo - Eu tinha uns 19, 20 anos.
Rodrigo - Eu era totalmente diferente do que eu sou hoje.
Rodrigo - Eu era mais magro, franzino, tímido, até meio bobão às vezes.
Antônio - Eu vi, você era magrinho, tinha um cabelão.
Antônio passou a mão na careca do rapaz, tirando-lhe um sorriso tímido.
Rodrigo - Eu era um rapaz cheio de sonhos, estava saindo da adolescência...
Rodrigo - EU gostava muito de musica, de ler, de ter amigos.
Rodrigo - Nessa época eu fazia aula de violão e tinha um grande amigo. O nome dele era Anderson e nós conversávamos sobre tudo.
Rodrigo - Com o tempo nossa amizade cresceu cada vez mais e quando eu não o via parecia que o dia não tinha acontecido.
Rodrigo - Não demorou pra eu perceber que estava apaixonado por ele.
Antônio - E vocês namoraram? Tiveram algo?
Rodrigo - Eu era tímido demais, mas aquele sentimento parecia que estava me sufocando e um dia me declarei pra ele.
Rodrigo - Disse que o amava, que estava apaixonado.
Rodrigo - Pra falar a verdade nem sei como aquelas palavras saíram da minha boca e ele o tempo todo em silencio. Só sei que quando dei por mim eu estava beijando sua boca.
Rodrigo - Por um momento achei que ele também me amava, mas foi tudo um engano.
Rodrigo - Ele me afastou e com toda educação me disse que era hetero e pra eu nunca mais fazer aquilo.
Antônio - Poxa cara, que situação!!!
Antônio - Mas isso acontece, no fundo admiro sua determinação, em ter exposto seus sentimentos.
Rodrigo - Não foi bem assim, depois daquele beijo nada foi como antes.
Rodrigo - Ele ficou frio comigo e aos poucos fomos nos afastando.
Rodrigo - EU não tinha perdido só um grande amor, perdi também um amigo.
Rodrigo - EU fiquei triste demais, acho que mais triste por ter perdido a amizade dele do que ele ser hetero.
Rodrigo - Fiquei ainda mais fechado, mais retraído, mas desgraça pouca é bobagem né? Paralelo a isso também tinha o Seu Carlos.
Antônio - Mas onde o seu pai entra nessa história?
Rodrigo - Você quer conhecer quem realmente é meu pai?
Rodrigo - Eu já tinha 20 anos, não estudava e nem trabalhava.
Rodrigo - Meu pai me infernizava, ele queria que eu fosse a sua copia, que ocupasse seu lugar na empresa.
Rodrigo - Eu tinha outros planos na minha vida, queria estudar outra coisa, mas ele não deixou, sempre insistindo.
Rodrigo - Vivia me jogando na cara que eu não era como ele, que eu não tinha sua fibra, sua determinação, que eu era fraco.
Rodrigo - Um dia eu estava cansado e ainda ingênuo resolvi me abrir com meu pai. Quando eu disse a ele que tinha conhecido um rapaz e que estava sentindo algo por ele, no mesmo instante ele me cortou e de baixo de gritos me deu um sermão.
Rodrigo - NO fundo ele sacou o que eu iria dizer, mas preferiu não ouvir. A partir desse dia minha vida virou um inferno.
Rodrigo - Eu sempre quis agradar o meu pai. Queria que ele sentisse orgulho de mim, eu não queria decepciona-lo em nada e ele sabia disso e aproveitou-se.
Rodrigo - Ele não deixou eu estudar o que eu queria e entrei na faculdade de administração.
Rodrigo - Fui trabalhar na empresa, mas o pior ainda estava por vir.
Antônio - O que houve? O que ele fez com você?
Rodrigo - Não bastava ter um filho para sucedê-lo, ele queria era um filho “homem”.
Rodrigo - Um dia ele me levou a um bar e la tinha alguns amigos dele, outros homens.
Rodrigo - Por um momento fiquei feliz, afinal estava com meu pai, mas era tudo ilusão. De repente ele chega com uma garota muito bonita na minha frente e diz que ela me faria companhia naquela noite.
Rodrigo - Eu demorei alguns segundo até entender que era uma prostituta.
Rodrigo - Eu tentei protestar, mas ele sabia o meu ponto fraco.
Carlos - Já esta na hora de você ser um homem de verdade meu filho.
Carlos - Não me envergonhe aqui.
Rodrigo - Pai, eu não quero isso. Eu...
Carlos - EU sei que você é inexperiente.
Carlos - Não me decepcione Rodrigo!! me faça ter orgulho de você.
Rodrigo - Ouvir aquilo foi uma porrada na boca do estomago.
Rodrigo - Meu pai era meu ídolo e eu um garotão ingênuo, cai na sua lábia.
Rodrigo - Eu estava com medo, nunca tinha estado com uma mulher antes, alias eu nunca tinha estado com ninguém.
Rodrigo - Fui para a cama com aquela prostitua, ela viu que eu era virgem e teve paciência. Deve ter ganho uma ótima grana.
Rodrigo - Mesmo assim eu fiquei com muito nojo de mim, não por ser uma mulher, mas por estar indo pra cama com uma pessoa que eu nem conhecia, que eu não tinha o menor sentimento.
Antônio ouvia toda aquela história se sentindo um pouco enojado e ao mesmo tempo com pena de Rodrigo.
Antônio - E ai? O que aconteceu depois?
Rodrigo - Transei com aquela vagabunda e meu pai ficou todo feliz, como se quem tivesse gozado fosse ele.
Rodrigo - Disse que eu tinha lhe deixado com muito orgulho e no fundo senti uma satisfação por ter agradado ele.
Rodrigo - Mas pra ele nada era o suficiente. Aos poucos fui abrindo mão da minha vida pra agrada-lo, me formei no que ele quis, me especializei sempre pensando na empresa.
Rodrigo - UM dia vi o Anderson na rua com sua namorada, apesar de tudo fui falar com ele, pois ainda o tinha como amigo e ele me ignorou, virou a cara pra mim como se nunca tivesse me visto na vida.
Rodrigo - Fiquei tão triste e me joguei cada vez mais nas vontades do meu pai.
Rodrigo - A mudança também foi física, raspei a cabeça, entrei numa academia, comecei a me vestir melhor a usufruir mais o dinheiro da minha família.
Rodrigo - Aos poucos atrai olhares de pessoas e fui gostando de ser paparicado, de ser desejado e virei aquele cara que você conheceu, aquele cara que lhe deu um murro por ter esbarrado em meu carro.
Rodrigo contava toda aquela história com o olhar triste, despejando toda sua vida diante de Antônio.
Antônio - E porque se casou?
Rodrigo - Meu pai tinha negócios com o pai da Elisa. Eu, ela, a Simone e o Marcio estudamos juntos na faculdade e pra mim ela era apenas uma diversão.
Rodrigo - Mas ela era apaixonada por mim e acabou ficando gravida do Rafael.
Rodrigo - Nessa época eu já estava tendo problemas, tinha amizades nada legais, comecei a me drogar e ir pra noitada toda noite.
Rodrigo - Eu queria testar meus limites, acho que também pra abafar o que eu queria ser mas não podia.
Rodrigo - Meu pai já não sabia o que fazer comigo e aproveitando a situação, me infernizou até que eu casasse, nos dando até um apartamento de presente.
Rodrigo - NO começo eu sosseguei, mas logo ja tinha caido na vida novamente.
Rodrigo - EU sei que eu fiz a Elisa sofrer demais, era tanta briga.
Antônio - Ei, esqueça tudo isso, já passou.
Antônio - O seu pai..
Rodrigo - E eu fiz tudo isso por nada.
Rodrigo - Se eu soubesse toda a verdade...
Rodrigo não terminou a frase, deixando Antônio curioso.
Antônio - Que verdade?
Antônio - Tem mais uma coisa do seu pai que você não contou?
Rodrigo confirmou com a cabeça, mas preferiu encerrar o assunto.
Antônio - Tudo bem, não quero lhe forçar a nada.
Rodrigo - Esse sou eu Antônio.
Rodrigo - Esse cara cheio de defeitos que só machuca os outros, que faz os outros sofrer.
Antônio - Não, esse era o outro Rodrigo.
Rodrigo - Eu não queria ser daquele jeito, mas criei aquela personagem e depois não consegui sair mais.
Antônio - Mas agora você saiu.
Antônio - Você não precisa ser daquele jeito, você pode mudar o rumo de sua vida.
Rodrigo deu um sorriso sem graça e para confortá-lo, Antônio o abraçou, lhe beijando o rosto.
Antônio - Você mudou, esta mudando.
Rodrigo - Você é o responsável por essa mudança.
Rodrigo - Depois que lhe conheci, minha vida mudou.
Antônio - Mas tudo partiu de você.
Rodrigo - Depois de tudo que lhe contei, você ainda quer ficar comigo?
Antônio respondeu a pergunta com um beijo, seguido de uma declaração.
Antônio - Eu te amo.
Rodrigo voltou a sorrir e segurando o rosto de Antônio, lhe beijou, também se declarando.
Rodrigo adormeceu nos braços de Antônio, que ainda estava chocado com tudo que havia ouvido e também decepcionado com as atitudes autoritárias de Carlos.
Rodrigo tentava ver Antônio todos os dias, mas nem sempre era possível. Nos primeiros dias que começaram a ficar juntos ainda era de descobertas. Paralelo a isso sentia saudades dos filhos, mas não tinha coragem de ir até a casa do pai visita-los.
Os dois ficaram vários dias sem se ver. Depois que Rodrigo contou toda sua história, nunca mais deu noticias. Antônio mandava mensagens, que sempre eram respondidas de maneira direta e seca.
Antônio começou a ficar preocupado, achando que algo tinha acontecido mas logo o Rodrigo apaixonado surgiu.
Na verdade era uma intimação para um jantar de gala no próximo final de semana.
Sem saber como se vestir, Antônio procurou Cris, mesmo sabendo que seria bombardeado de perguntas.
Antônio tinha planos em sua cabeça e sem culpa na consciência comprou a melhor roupa que encontrou.
No horário marcado Rodrigo já estava a sua porta e se surpreendeu ao vê-lo.
Rodrigo - Nossa!!!
Antônio - Não esta bom?? Perguntou todo preocupado.
Rodrigo - Tudo isso pra mim?
Antônio estava com uma calça preta e um blazer escuro e uma camisa azul. Seus cabelos molhados e seu sorriso dava o toque final. Rodrigo também se vestia parecido, também com um blazer e uma camisa preta. Sua barba estava perfeitamente aparada e seus olhos verdes completava sua beleza.
Ainda no carro, se beijaram e partiram rumo a surpresa da noite.
Antônio - É aqui?
Ao parar o carro foram recepcionados pelo manobrista impecavelmente vestido.
Rodrigo - Vamos?
A vontade de Rodrigo era segurar nas mãos de Antônio, mas isso seria demais, contentando-se apenas com sua presença.
Ao entrar no local Antônio ficou abismado com o luxo e o requinte do restaurante. O metre abordou Rodrigo pelo nome o levando até a mesa.
Rodrigo - Gostou?
Antônio - Nunca imaginei entrar num lugar assim.
Com aquele ambiente a meia luz, os dois se sentaram e Antônio ficou nervoso ao ver aquela infinidade de talheres a sua frente.
Antônio - Cara, porque não me disse que era um lugar assim.
Rodrigo - Ei. Relaxe, você esta comigo.
Aquelas palavras fizeram um enorme sentido, realmente Antônio sentiu-se seguro ao estar ao lado de Rodrigo e o resto era apenas o resto.
Antônio lia o cardápio, mas não entendia exatamente nada. Rodrigo se divertia, mas não no sentindo de diminui-lo. Divertia-se porque Antônio ficava mais fofo quando parecia preocupado.
Rodrigo sugeriu um prato e ficaram conversando enquanto esperavam.
Não era o ambiente que Antônio frequentava, mas como tudo na vida ele se virava muito bem. Observando Rodrigo, repetiu seus gestos e em poucos minutos parecia que sempre havia frequentado aquele lugar.
Antônio - Porque escolheu esse lugar?
Rodrigo - Porque hoje é um dia especial.
Antônio deu um sorriso afirmando.
Rodrigo - Antônio, eu...
Antônio cortou Rodrigo, desembestando a falar, atropelando as palavras.
Antônio - Também acho um dia importante.
Antônio - Rodrigo, já faz alguns dias que estamos ficando e estou ensaiando pra fazer isso já faz tempo.
Respirando fundo, Antônio tomou coragem e perguntou:
Antônio - Rodrigo, você quer namorar comigo?
Rodrigo ficou em silencio e com o olhar sério. Antônio foi se desmontando ao ver a indiferença do rapaz, quase se arrependendo de ter feito aquela proposta.
Rodrigo - Antônio!!! Você estragou tudo.
Antônio - O que?
Antônio começou a ficar nervoso, achando que tinha feito algo errado, mas Rodrigo o surpreendeu.
Rodrigo - Você atrapalhou tudo, eu que ia perguntar isso.
Rodrigo estava com um bico enorme, mas desfez a cara amarrada, voltando a sorrir.
Tirando uma caixinha de veludo do bolso do paletó, exibiu duas alianças, empurrando até Antônio.
Em seguida fez a mesma pergunta:
Rodrigo - Antônio, quer namorar comigo?
Continua...