E o fim de semana acabou! Hora de voltar pra minha terra, minha casa, no caso. Ansiedade mil, estou com muita saudade do Xande. Quero está com ele, abraçá-lo, beijá-lo, mas ao mesmo tempo não. “Não”, não que eu não o ame mais, mas porque sei que esse tempo é necessário. Assim eu espero...
O inicio da manha foi bem tranqüilo. Peguei minhas malas, passei em casa rapidamente e fui direto pra aula. Ainda assim chego atrasado. Assim que entro na sala o vejo, de cabeça baixa, meio abatido, mas quando me ver dar um leve sorriso.
Xande – Pensei que não fosse vim mais hoje.
Ele diz timidamente.
Eu – Eu tinha que passar em casa antes de vim pra cá.
Xande – Então você voltou, de vez?
Ele diz com certa animação.
Eu – Voltei.
Xande – Quando falei com sua mãe, ela disse que você passaria uns dias por lá. Não imaginei que fosse ficar por lá só o fim de semana.
Eu – Pois é, eu queria passar mais dias por lá, mas é muito longe da faculdade.
Xande – Entendo. Lá é realmente distante... Mas fico feliz que você tenha voltado. Assim facilita meu trabalho.
Eu – Que trabalho?
Xande – O de te reconquistar. Eu levaria muito tempo pra chegar na casa do seu pai todos os dias.
Eu fico calado.
Na hora do intervalo Junior vem falar comigo.
Junior – Fujão. Fui sábado na tua casa e a tia falou que você tinha ido pra casa do teu pai.
Eu – É... Tava precisando de um tempo só. Pensar.
Junior – Huum... Aconteceu alguma coisa?
Eu – Não, não. Eu só precisava de um tempo.
Junior – Eu te conheço Luc, sei quando algo não vai bem com você. Até imagino o que seja, mas se você não quiser falar, eu não vou insistir. Pelo menos, não agora.
Eu – E como vão as coisas com a Sarah?
Junior – Não vão. Ela já está com outro... Bem que você falou.
Eu – Vagabunda! Sempre soube que essa menina não prestava.
Junior – Mas eu gostava muito dela. Ainda gosto na verdade.
Eu – Eu sei. Sinto muito. Você ainda achar alguém que te mereça.
Há alguns meses atrás eu estaria torcendo pra que esse alguém fosse eu.
Junior – Valeu cara.
Ele diz pondo sua mão sobre a minha.
Junior – Desejo o mesmo a você.
Eu apenas sorrio.
Junior – Agora, vou lá fora falar com a galera. Vem também?
Eu – Não, não. Vou ficar por aqui mesmo. Vai lá.
Junior – Tá beleza. Mais tarde falo contigo.
Disse saindo da sala.
Xande entra na sala e se aproxima de mim.
Xande – O que ele queria?
Eu – Quem?
Xande – O visconde.
Eu sorrio.
Há um tempo atrás Junior pintou o cabelo de loiro, mas depois de alguns dias o cabelo ficou meio laranja. Daí o Xande começou a chamar ele de visconde, tipo o do Sitio do pica-pau amarelo. Agora o cabelo já está da cor normal, mas o apelido ficou.
Eu – Você tava espionando a gente?
Xande – Com toda certeza, pela janela. E eu vi ele pagando na sua mão e não gostei nada!
Ele fala, mas não com raiva.
Eu – Nós não temos mais nada Xande. Não tenho que te dar explicações.
Xande – Eu sei, me desculpa. Mas é que... Nada tira da minha cabeça que esse cara é afim de você... E agora nada impedi vocês de ficarem juntos. Ele tá solteiro, você também...
Eu – E você também. Tu é jovem, bonito, com certeza tá cheio de gente querendo ficar contigo. Chama alguém pra sair.
Xande – É isso que você quer? Que eu saia com outros?
Eu – Você tem que fazer o que você quer, não o que quero.
Xande – Eu quero você! Eu quero sair com você!
Eu – Xande, nós concordamos em ser amigos. Amigos!
Xande – Você sabe que eu só concordei com isso porque era a única forma de continuar próximo de você.
Eu - ...
Xande – Quer dizer que... Você vai sair com outros caras?
Eu – Não! Tá muito recente Xande. E eu amo você, já disse e isso não algo que apague assim rapidamente...
Xande – Então você não ficou com aquele vizinho do seu pai?
Eu – Claro que não. Não era nem pra você tá me perguntando isso.
Xande – Sei, sei. Apenas amigos. Você não pode me julgar por ter ciúmes.
Eu – Xande...
Xande – Tudo bem. Eu vou me controlar. Eu acredito em você.
Eu – Vai começar a aula.
Os dias foram passando normais.
Dividia o meu dia entre o Xande e o Junior.
Certo dia estava caminhando com Xande, passamos em frente a uma oficina e o mecânico me cumprimenta.
Xande – E esse?
O mecânico em questão é o Mauricio. Ele era o meu crush da rua. Comecei a falar com ele na academia, mas enfim, hétero. Mas isso não impede de olhar pra ele e imaginar.
Eu – É o Mauricio, conheci na academia.
Xande – Meio exibido não acha?
Ele tava sem camisa.
Eu – Ele pode.
Xande – Pegaria?
Eu – Até sujo de graxa.
Eu sorrio, mas ele permanece serio.
Eu – Qual é Xande? Tô só te zuando. E vai me dizer que você também não pegaria?
Xande – É... Não vou ser hipócrita. Ele tem um corpo bacana... e uma bunda bonita.
Eu – Uhum.
Xande – Não tanto quanto a sua, mas...
Eu sorrio.
Xande – Exagerado?
Eu – Sim. Por que tudo que você fala acaba virando um elogio a mim?
Xande – Não sei. Eu gosto de elogiar você.
Continuamos andando em silencio até chegarmos na minha casa.
Eu – E a terapia, como vai?
Xande – Vai bem.
Eu – Fico feliz em saber.
Xande – Luc, posso te perguntar uma coisa?
Eu – Claro que pode. Pergunta aí.
Xande – Vai demorar muito?
Eu – O que?
Xande – Isso. Essa amizade?
Eu – Você quer parar? Não quer mais ser meu amigo?
Xande – Eu quero mais do que isso, você sabe! Eu to me controlando, to fazendo o melhor que eu posso. Você nunca vai me dar uma segunda chance?
Continua.
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Grande abraço a todos e até a próxima.