Ele sentou na cama e eu ao seu lado...
Ele: Em todos os meus aniversários, desde criança, eu tenho o mesmo pesadelo...
Eu: E como é?
Eu estava em um bar, cantando, mas era como se não fosse aqui, era diferente! Saí dele, já ia para minha casa. - Ele suspirou. - O mais estranho é que é muito real!
Eu: Continue.
Ele: Estava na frente do bar, ele tinha a cor vermelha por fora, não conseguia ver o nome, mas mesmo a rua era extremamente diferente, não é daqui, é de outro lugar tenho certeza! Então andei até um local que ao que parece deveria ser um ponto de ônibus, de repente um cara com um capuz na cabeça coloca a arma na minha cintura e diz: Passa a bolsa!
Eu o olhava em silêncio.
Ele continua. - Eu me assustei e gritei, depois saí correndo... Outro estava numa moto, então ouvi um pipoco alto e uma dor queimando o meu peito, então sempre acordo nessa parte! - Ele olhou para mim. - Eles falavam em português o tempo todo, eu penso até hoje que nesse sonho eu estava no Brasil, mas como pode se eu nunca estive lá?
Eu o olhava nos olhos azuis...
Ele: E então?
Eu: Desculpa, mas estou meio sem saber o que falar porque foi exatamente assim que Camila morreu!
Ele: Sério?
Eu: Sim. Eu não tinha ído tocar aquele dia, a gente sempre fazia shows em barzinhos, mas aquele dia tive que ver um amigo, ela foi só e aconteceu em um ponto de ônibus, como no seu sonho... E a cor do bar era exatamente vermelha!
Ele: Mas porque eu sonho com isso?
Eu: Não sei.
Ele: Minha cabeça está doendo.
Eu: Vou pegar um remédio para você!
Peguei um comprimido, um copo d'água, dei a ele e ele adormeceu.
Fiquei acordado, porque aquele garoto tinha tanta coisa interligada a nós? O que ele era? Ele agora tinha 18 anos, a idade que eu e a Camila tinhamos quando aconteceu, exatamente no dia que ela morreu esse garoto nasceu e 18 anos depois estou eu aqui com ele... O que será que isso significa?
No dia seguinte ele acordou, eu já estava acordado, ele levantou se espreguiçando...
Seu cabelo ruivo estava assanhado, seus olhos azuis estavam inchados...
Eu: Vá escovar os dentes, tem escova nova na gaveta do armário.
Ele: Obrigado!
Saiu...
Tocaram na porta e fui atender, shit era Emma, uma amiga minha que na realidade queria ser mais que isso, mas nunca dei tanta importância, a gente já transou algumas vezes mas não passava disso, ela queria compromisso, porém desde de a morte da Mila (Camila) que eu não me apaixonei mais a ponto disso.
Emma ensinava na mesma universidade que eu e tinha 27 anos, era loira, olhos mel, alta, bem bonita...
Ela foi logo entrando. - Oi?
Me roubou um beijo, sempre agia assim, ela não perdia a vez de mostrar o que quer verdadeiramente comigo.
Naquele momento ele saiu do banheiro, ficou nos olhando sem jeito.
Eu: Max, fiz um delicioso café da manhã.
Ele: Tem...
Antes dele terminar eu respondi. - Sim, tem pão com manteiga!
Ele me olhou como se dissesse: Como você sabe?
Eu: Venha cá!
Ele se aproximou.
Eu: Essa é uma amiga minha, Emma. E Emma esse é um amigo Max.
Max: Oi?
Emma: Olá!
Max: Vou deixá-los conversando.
Saiu...
Emma: Quem é ele?
Eu: O conheci a alguns dias, está com problema e deixei ele dormir aqui.
Emma: Hum. Você pode sair hoje?
Eu: Não sei, vou ver.
Emma: Iria te chamar para sair agora, mas você está com ele aqui!
Eu: Sim.
Emma: A gente se ver depois. - Me deu um selinho e saiu.
Fui até a cozinha e ele estava molhando o pão com manteiga no café e comendo como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo. Olhou para mim meio sem jeito. - Desculpa, sei que parece nojento mas eu amo comer assim.
Eu: Não me parece nojento, ela comia assim também.
Ele fechou os olhos e jogou o pão na bandeja limpando a boca com o guardanapo. Passou por mim e peguei no seu braço.
Eu: O que foi?
Ele: Você está me assustando, não aguento mais fazer tudo, até piscar os olhos e você falar que ela fazia igual.
Eu: Eu sei mas é verdade, eu também não sei o que está acontecendo mas você é um mistério para mim.
Ele: Tudo que eu faço você fala que ela fazia igual...
Eu: Porque é verdade!
Ele tentou se soltar mas o segurei, ficou se debatendo nos meus braços e eu o segurei mais forte, ele olhava nos meus olhos. - O que você acha que eu tenho?
Eu: Não sei.
Ele: Porque eu pareço tanto com ela? Esse sou eu, a tatuagem eu fiz porque gosto, como pão com manteiga assim porque gosto, sou assim porque sou.
Eu o soltei.
Ele foi até meu quarto e foi trocar de roupa.
Eu: Se troca que eu te levo, vou me encontrar com uns amigos mesmo.
Ele se trocou e saímos, montei na moto e ele também, cheguei em frente a sua casa e ele desceu.
Ele: Olha é melhor não nos vermos mais!
Eu: Como?
Ele: O que você faria se tudo que falasse ou fizesse uma pessoa dissesse que você é igual a outra pessoa? Praticamente falar que você é uma cópia e não tem personalidade própria.
Eu: Olha Max, não foi minha intenção te fazer sentir assim, eu também estou bem assustado com isso tudo e gostaria muito de saber porque você é assim...
Ele: Assim como? Estranho?
Eu passei a mão no meu rosto.
Ele: Desculpa Sam, você me ajudou muito ontem, obrigado de coração mas quero manter distância, estou assustado.
Ele foi seguindo até sua casa e entrou.
Eu não conseguia pensar, entender o que aquele garoto tinha em comum comigo e Camila, mas ele tinha algo, tudo que ele falava e fazia a envolvia...
Dias se passaram, tentei contato com ele, mas ele não me respondia, as férias estavam acabando e eu iria voltar a lecionar naquele dia.
Acordei com o som do despertador, tomei banho, vesti minha roupa e segui para a universidade, lá eu comeria algo...
Chegando lá, primeira pessoa que vejo: Emma.
Ela veio logo me abraçando, os alunos foram logo batendo palma e fazendo brincadeiras, rolavam burburinhos alí que eu e ela tinhamos algo...
Ela ria enquanto os alunos batiam palmas.
Peguei o horário na direção e segui para minha turma, minha primeira aula seria na turma nova...
Abri a porta e dei de cara com aquele garoto ruivo. - Max?
Ele: Então essa é a universidade que você leciona?
Eu: E você?
Ele: Vim fazer o curso de música, eu disse a você que amo e quero isso para minha vida!
Eu: Sim. Mas você não me disse que vinha estudar aqui.
Ele: Devo ter esquecido, depois de tanta coisa...
Eu: Esquece tá? Vamos começar novamente, afinal teremos que conviver agora!
Ele: Você tem razão.
Abriu um sorriso encantador.
Ele seguiu para dentro novamente...
Max narrando.
Sam me encantava, nunca havia sentido algo semelhante por alguém, mas ele é diferente, nem eu sei explicar, é como se o conhecesse a muito tempo!
Ele só abria a boca para falar o quanto sou parecido com sua namorada falecida, para falar a verdade aquilo estava me assustando muito, se realmente eu parecesse tanto não seria comum. Resolvi me afastar, quando encontrei ele alí tomei um susto.
Naquele momento segui para dentro da sala e sentei, uma menina negra se aproximou de mim... - Oi meu nome é Katie.
Ela tinha o cabelo cacheado, com pontas douradas e olhos castanhos, o corpo magro...
Eu: Oi o meu é Max.
Ela: Legal Max. - Ela sorriu.
De repente veio um garoto também negro, pinta de boy, bem fortão, boné virado para trás, músculoso...
Ela: Esse é o Ronny, meu namorado.
Eu: Olá! Vocês formam um casal lindo!
Ela sorriu. - Obrigado.
Ele: Gata, eu vou alí falar com uns amigos.
Ela: Ok amor.
Saiu.
Eu: Legal vocês dois fazerem música!
Ela: Sim, mas gostamos de coisas diferentes, porém amamos música, ele é um ótimo rapper e eu canto. E você?
Eu: Canto e toco. Você conhece mais alguém aqui?
Ela: Não, ele sim.
Eu: Nem eu, só o professor!
Ela: Nossa ele é um gato né?
Eu: Sim. - Corei.
Ela: Dizem que ele namora outra professora!
Eu: Mesmo?
Ela: Sim.
Me senti muito mal com aquilo, mais mal do que achei que ficaria...
Ele se apresentou e nos fez fazer o mesmo, depois deu nosso primeiro desafio, fazer uma apresentação dos seus melhores talentos e do seu estilo.
No final da aula ia saindo e ele me chamou...
Eu: Oi?
Ele: Quero falar contigo.
Eu: Tá!
Ele: Podemos nos ver hoje a noite?
Eu: Sim.
Ele: Ótimo, vou te pegar na sua casa hoje a noite.
Ele saiu e eu fiquei arrumando minhas coisas, quando ia saindo dei de cara com ele e a amiga dele que encontrei no AP a alguns dias, ela deu um selinho nele.
Katie veio falar comigo. - Ela é a tal professora que te falei, todo mundo comenta deles, formam um casal lindo não?
Eu: Desculpa Katie mas eu tenho que ir, não estou me sentindo bem.
Saí dalí correndo, passei por eles e ele me viu.
Ele: Max?
Continuei correndo.
Eu não consigo compreender, eu estava me sentindo traído, doía demais, como se tivéssemos algo sério a muito tempo.
Eu chorava muito, não conseguia me conter.
Saindo da universidade eu sinto um puxão no meu braço.
Ele havia corrido atrás de mim e estava cansado: O que está havendo?
Eu o olhava ainda chorando muito.
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Espero que estejam gostando.
Gente eu e Alex estamos surtando, recebemos muitos emails pedindo segunda temporada de Luc & Tony, outros pedem de Meu Cunhado, muitos meeesmo pedem de Meu Novo Pai, alguns de My Daddy, muitos pedem de Meu Guarda-Costas, e outros até mesmo de BROTHERS que é bem recente. Aumentaram ainda mais os pedidos depois que Alex fez Minha Segunda Chance que é praticamente uma segunda temporada de Meu Padrasto... A gente pode até fazer, mas de todos não dá!
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Beijokas 💋💋