- Mentira que eu ouvi isso! Tu só podes estar porre!
- Pior que eu ainda não tô porre.
- Beleza, mas não vai ser comigo que tu vais descobrir isso.
- Claro que não, tu és doido? E eu disse que eu tenho curiosidade, mas meu amiguinho aqui nunca subiu pra homem nenhum, mas se ele subisse eu teria coragem pra experimentar.
- Quando eu digo que tu és doido, ninguém acredita!
- Sério, mano, eu vejo tu e o Bruno e fico com curiosidade, eu nunca tive uma relação como a de vocês com nenhuma mulher, aí eu fico pensando em como seria ter uma relação com um homem, mas como eu te falei, eu não sinto tesão nenhum por homens, eu posso elogiar tua bunda, por que ela está ficando bonita, mas eu não tenho nenhum tesão ao olhar pra ela, entende?
- Acho que sim!
- A solução é continuar pegando umas gatinhas até eu achar a mulher certa. Não dizem que quem procura acha? Então... eu estou me esforçando ao máximo!
- Mas é muito safado mesmo!
- E esses negócios aí? Não ficam prontos, não?
- Já tá indo, cacete!
Nós ainda ficamos bebendo e conversando até tarde, nós fomos dormir quase de manhã e pra lá de porres. No outro dia eu acordei e encontrei o Dudu deitado junto comigo, nós tínhamos apagado na mesma cama.
- Acorda, rapariga! – Eu disse empurrando ele da cama.
- O que é, desgraça?
- Acorda!
- Mas por que?
- TU ESTÁS EM CIMA DE MIM, SUA PESTE!
- Ai, não grita, eu hein!
- Levanta!
- Não, não!
Eu vou te empurrar!
- Tu não te...
Eu joguei e ele caiu com toda força no chão.
- Filho da puta!
- Isso é pra ti nunca mais dormir em cima de mim e não duvidar de mim.
- Bati minha cara no chão, caralho!
Ele levantou e a testa dele estava avermelhada.
- Quem mandou duvidar de mim?
- Filho da puta! Rapariga arrombada!
- Te amo também! Vou tomar banho!
Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, nós tínhamos dormido com a roupa que estávamos, eu ainda até que estava com uma roupa confortável, mas o Dudu estava com a roupa que ele tinha ido à boate. Quando eu saí do banheiro eu o encontrei largado na minha cama dormindo.
Eu fui até à cozinha e peguei uma panela e uma colher de pau. Eu me aproximei dele com muita calma e em silêncio. Quando eu estava bem próximo dele, eu comecei a bater a colher de pau na panela. Ele levou um susto tão grande, mas tão grande que ele quase cai da cama.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, MEU DEEEEEEEEEUSSSSS!!!! – Ele pulou da cama - SEU FILHO DE UMA PUTAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! EU VOU TE MATAAAAAAAAAAAAAAAR, ANTOINE!
- Quem mandou dormir de novo? – Eu quase não conseguia falar de tanto que eu ria da cara dele.
- SEU ESCROTO! ME DÁ ESSA COLHER AQUI QUE EU VOU BATUCAR TUA CABEÇA AGORA! – Ele veio em minha direção.
- Sai pra lá! – Eu disse saindo correndo do quarto.
- TU ME PAGAS, DESGRAÇA!
- Para de gritar, maluco! Vai tomar banho que eu tô sentindo cheiro de cachaça daqui.
- Eu vou, mas isso não vai ficar assim, vai ter volta! – Ele disse todo emburrado e indo em direção ao banheiro.
Enquanto ele tomava banho eu separei uma roupa minha pra ele, que ficaria apertadíssima, e deixei em cima da cama. Eu fui até a cozinha e preparei um rápido café para nós e dei um jeitinho na bagunça que nós fizemos na noite anterior. Ele apareceu na sala e ele estava só com a bermuda, e essa estava muito, muito apertada. Foi inevitável o riso, ele estava tão apertado que ele andava com dificuldade, eu não imaginava que ficaria tão apertada nele.
- E depois não quer que eu te chame de traveco! – Eu disse caindo na gargalhada.
- Vai tomar no cú! Tu não tens uma bermuda maior aí, não? Se eu ficar mais dois minutos com essa eu não poderei mais ter filhos.
- Pior que eu não tenho, não!
- Não tem nenhuma roupa do Bruno aí?
Claro! Eu nem tinha pensado nisso, o Bruno tinha deixado algumas roupas aqui em casa, assim como eu tinha deixado algumas roupas minhas na casa dele.
- Claro! Tem, sim! Vem cá!
Nós fomos até o quarto e eu peguei uma roupa de usar em casa do meu namorado e entreguei para o Dudu. Ele se trocou e nós voltamos pra cozinha.
- Agora sim, meu pau agradece!
Nós tomamos nosso café e ficamos sem fazer nada até o horário que deu fome novamente.
- Eu tô com fome! – Eu disse.
- Cozinha pra gente!
- Tá me achando com cara de Isaura?
- Vai lá, neguinha!
- Nem fodendo!
- E o que a gente vai comer, então?
- Bora sair pra comer!
- Ah, não, eu não tô afim de sair!
- Bora logo, puta! Eu não vou cozinhar, tu vais ficar com fome!
- Ooo caralho! Bora logo! Mas antes a gente passa em casa pra eu trocar de roupa.
- Beleza! Vou me arrumar, já volto!
Eu só coloquei uma bermuda e uma blusa mais apresentável e peguei meus óculos escuros.
- Bora, quenga!
- Vamos!
Nós fomos para a casa dele e ele se trocou rapidinho e já me devolveu a roupa do Bruno.
- Onde nós vamos? – Ele perguntou quando já estávamos de volta no carro.
- Tem um restaurante lá na Orla, vamos pra lá!
- Viado metido!
- Tô com fome e quero comer, dá licença?
Nós fomos para o restaurante e este estava lotado demais, mas felizmente conseguimos uma mesa. Nós fizemos nossos pedidos e ficamos esperando.
- Porra de comida pra demorar, tô quase comendo esse flor aí – Ele disse pegando a florzinha que estava em um vaso em cima da mesa.
- Deixa de ser maluco, meu! Não me faz passar vergonha aqui, Dudu! E tu já viste como isso aqui tá lotado? Vai demorar um pouco, né?
Nós ficamos conversando e a comida realmente estava demorando. Meu telefone começou a tocar e era o Bruno.
- É o Bruno, eu vou atender ali e já volto, tá? – Eu disse para o meu amigo.
- Vai lá! Quando tu voltares eu já comi essa plantinha e os matinhos como prato de entrada.
- Oi, amor! – Eu disse assim que eu consegui ir para uma área mais tranquila do restaurante.
- Oi, minha vida! Como tu estás?
- Bem e com muita saudade de ti.
- Onde tu estás que eu tô ouvindo muito barulho?
- Eu vim almoçar com o Dudu, ele dormiu ontem lá em casa e eu fiquei com preguiça de cozinhar pra gente e eu aí nós viemos almoçar.
- Como assim ele dormiu na tua casa? Que história é essa, Antoine?
- Amor, nós ficamos bebendo até tarde lá em casa e conversando, a gente nem viu que horas nós dormimos.
- Não tô gostando dessa história!
- Tá com ciúmes, amor?
- Claro! Eu estou em outro país e meu namorado dorme com outro cara?
- Ei, estamos falando do Dudu, não tem por que ficar assim.
- Quando eu chegar eu vou conversar com ele, pode deixar!
- Bobo!
- Como foi a boate?
- Ah, nem foi! Eu fui lá com o Dudu, mas ele foi pegar as periguetes dele e eu fiquei sozinho, eu encontrei um amigo nós conversamos um pouco e depois eu vim pra casa. Aí, eu procurei por ele e liguei mil vezes antes de vir pra casa, mas ele não me atendeu e então eu vim embora, mas quando eu estava dentro do táxi ele me ligou dizendo que estava indo lá pra casa.
- Hum... não tô gostando dessa história!
- Deixa de ser bobo, amor! Dudu é como um irmão!
- De qualquer forma... bom, mas eu confio em ti!
- Eu jamais te trairia, tu sabes disso, ele só tá me fazendo companhia.
- Tudo bem!
- E tu? Como tu estás aí?
- Muito cansado, amor! É reunião atrás de reunião. Ontem o interprete não estava presente e eu tive que me virar. Sabe aquela história de que a gente compreende o espanhol? Quando estamos interagindo com alguém que fala espanhol desde que nasceu isso não funciona.
- E como tu fizeste a reunião?
- Tinha um médico lá que era brasileiro e ele me ajudou.
- Que bom!
- Eu acho que vou voltar antes do tempo.
- Sério? Ai, que bom, que bom, que bom!!!!
- Também não vejo a hora de voltar pra casa. A cidade é muito bonita, mas o povo aqui é meio estranho, sei lá. Eles não são muito receptivos, não.
- Volta logo, amor!
- Se eu pudesse voltava hoje mesmo! Mas a gente ainda vai ter que esperar mais um pouquinho...
- O Dudu tá me chamando pra comer...
- Leva lá o telefone pra ele, quero falar com ele.
- Olha lá, heim! Não vão brigar!
- Claro que não!
Eu fui até a minha mesa, e entreguei meu celular pra ele.
- O Bruno quer falar contigo!
- Comigo?
- Não! Com o garçom! Ele quer saber qual o prato do dia!
- Cavalo! – ele disse pegando o telefone – Fala, Brunete!
- Pois é, dormi lá ontem, sim!
- Deixa de ser doido, meu! – Ele disse sorrindo.
- É, ele não quis me alimentar aí tivemos que vir à um restaurante. Pura ingratidão isso! Ele poderia muito bem fazer uma comidinha pra mim, se não fosse eu, ele estaria afogado em um mar de solidão.
- É que ele passava todos os dias dentro de casa estudando e trabalhando feito um maluco, aí eu fiz ele sair um pouco ontem e o palhaço resolve voltar pra casa sem me esperar.
- É um cretino, isso sim!
- Ah, qual é, tá com ciúmes de mim? Que bonitinhooooo!
- Não, tô brincando! Eu cuido dele, tu sabes disso. Fica tranquilo, parceiro!
- De verdade, não te preocupas com isso, não! Tô cuidando dele como se fosse meu irmão! Quando tu chegares ele vai estar intacto.
- Falow, Brunete! Até a volta! – Ele encerrou a ligação e me entregou – Namorado ciumento esse teu, viu?
- Ele nem é! Ciumento era o Thiago!
- Não, essa era doente mesmo!
- O que ele te disse?
- Ele só queria saber por que eu dormi com o amor dele e blá blá blá.
- Ele brigou contigo?
- Não, ele pediu para eu continuar te fazendo companhia.
O garçom, depois de mais de uma hora de espera, chegou.
- Nossa, eu pensava que tinha me enganado e pedido mocotó. Que demora! – Disse o Dudu ao garçom.
- Desculpe-nos, senhor, mas é que estamos com a casa cheia hoje.
- Imagina, nós entendemos, não é Dudu?
- É, nós entendemos! – Ele olhou desconfiado para o garçom.
O garçom nos serviu e partiu para outra mesa.
- Cara, tu só me fazes passar vergonha. Caramba!
- Meu, a gente tá pagando pra esperar quase duas horas para poder comer? Isso é falta de respeito para com o cliente.
- Mas precisava falar daquele jeito com o garçom?
- Precisava! – Ele disse começando a comer.
Nós comemos calados e graças a Deus o Dudu não me fez passar mais nenhuma vergonha naquele dia. Ao sairmos do restaurante, nós decidimos que iriamos pra minha casa, mas antes nós passaríamos na locadora e pegaríamos alguns filmes.
Nós pegamos só comédia. Em casa, nós arrumamos a sala e começamos a assistir os filmes, e assim se passou aquele domingo. O Dudu não me deixou sozinho nem um minuto, ele dizia que seria ele me deixar e eu começaria a estudar e a ler feito um maluco. Ele só foi embora de casa lá pelas 23h, quando eu fiquei sozinho, eu liguei meu computador e comecei a ouvir minhas músicas e adormeci as ouvindo.
AGRADECIMENTOS
Boa noite!!! Gente, tentei publicar de manhã, mas não sei se é o site ou se é minha internet, mas eu não estou conseguindo publicar no horário da manhã, então, como só estou postando à noite, eu postarei às 21h-22h30, todos os dias.
Talys: Mas olha o viado todo trabalhado na maldade! Kkkkk CLARO, que eu não fiquei né, Talys? Sou moço de família e comportado! Kkkk Beijoo!
Jeff08: Jeff, ganhei meu dia com o elogio! Kkk Muito obrigado! Sinto mas não foi dessa vez que eu peguei o Dudu. Kkkk #PAIALE kkkkkk Beijooo
Ninha M: Vale a pena cultivar e vale muitíssimo a pena tê-lo ao meu lado. Por amigos assim, a gente faz de tudo para manter ao nosso lado! Beijinhu!
Ale.blm: CLARO que e comportei! Kkkk Spoiler: Beto ainda vai me dar dor de cabeça! Beijo, pai Ale (20 real por profecia!)! kkk Beijoooo!
Irish: Verdade, Irish! As pessoas pensam que não existe um relacionamento sério e fechado entre pessoas do mesmo sexo, principalmente entre homens. Pois é, por isso que eu não consegui publicar. A culpa não foi minha! Kkk Beijo, linda!
Cintiacenteno: Tu também moras no meu, minha lindaaaaaa!!!! Beijinho em tu!
VOU PUXAR A ORELHA DE MUITA GENTE QUE NÃO ESTÁ COMENTANDO? ONDE VOCÊS ESTÃO? Rhand, mille**?? Cadê ôcês???
C’est ça!
Até amanhã!!!