Um Homem Sensato XIV

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 1230 palavras
Data: 14/12/2014 18:16:55

Foi uma tarefa complicada explicar a meus pais todo o motivo de minha fuga, assim que Jonas e eu chegamos ao sitio no nascer do dia. Contei a verdade, omitindo, claro, meu antigo relacionamento amoroso com Leandro. Como eu esperava, me censuraram um pouco por ter acolhido em minha casa um "subversivo", expondo-me a riscos desnecessarios. Ouvi esse sermao calado e Jonas, que parecia extremamente constrangido, tambem nada dizia. Expliquei a situaçao dele, perguntando aos velhos se o rapaz podia ficar ali por um tempo, ou ate quando ele quisesse. Cederam, claro, e sendo Jonas muito trabalhador poderia ajudar meu pai junto com os peoes que vinham da cidade para trabalhar na roça.

Eu tinha esperança de que aquele exílio rural me trouxesse um pouco de sossego, que fosse um bálsamo para o meu coraçao praticamente morto. Mas, pobre de mim! A imagem maravilhosa do Gui me perseguia a cada hora, me punha louco de saudade, de desejo e de tristeza. Parecia que era pior. Distanciado dele, da cidade onde ele vivia, a situaçao toda se tornava ainda mais dolorosa para mim, como que irremediável.

Minha mãe achava que eu estava triste, e a mesma impressão tiveram minhas irmãs em certo dia em que vieram juntas me visitar. Eu desconversava.

- Cansaço, apenas. E raiva por essa situaçao estúpida, por arcar com o peso de coisas que não fiz.

Pareceram acreditar em mim, por enquanto, embora minha mae às vezes me olhasse como se tentando adivinhar o "real" motivo daquele meu abatimento. Todavia, nao perguntaram mais nada.

Jonas nao quis retornar à capital. Como tinha abandonado seu emprego na oficina para vir comigo para o sitio, acreditava que nao o quisessem mais por là. Ajudava meu pai com o sitio, num trabalho pesado e nao muito bem remunerado, do qual ele nao reclamava. Era ele o unico a entender aquela minha depressao, fitando-me em silencio nos momentos em que ficàvamos sozinhos, fosse olhando da varanda o inverno rigoroso se deitando sobre a vegetaçao do jardim, ou à noite nas nossas liçoes que fiz questao de dar continuidade.

- Que saudade dele, Jonas - deixei escapar numa noite em que tinhamos acabado a aula e ouviamos em silencio o "cric-cric" dos grilos là fora.

- Devia esquecer esse guri - sussurrou ele, me olhando fixamente e depois mantendo o olhar na lamparina acesa sobre a mesa.

- Eu queria conseguir! Eu queria! - falei num tom de desesperado - Me diz como posso fazer isso, Jonas.

Ele nao dizia. Talvez nao soubesse, ou nao quisesse falar. Apenas me fitava com certo olhar longo, quase melancolico. Dava um suspiro, levantava-se e rapidamente me apertava o ombro num gesto de compreensao, dando boa-noite e se recolhendo ao seu quarto.

Aos domingos, Jonas gastava a tardes em pescarias, indo geralmente sozinho usufruir daquela verdadeira paixao dele, que eu nunca entenderia. Porem, dessa vez, para distrair minha cabeça que parecia borbulhar com aqueles pensamentos conflitantes, resolvi ir com ele.

Chamei meu pai para nos acompanhar, mas o velho nao quis ir: estava com azia por causa da leitoa assada do almoço. Jonas e eu entao seguimos sozinhos para aquela mata preservada e exuberante que tinhamos quase que na divisa do sitio, junto da qual existia um rio nao muito fundo, rico em tilapias e cascudos. Apesar disso, apenas Jonas levava implementos para pesca, uma vez que eu nao tinha a intençao de pescar, mas apenas de gastar meu tempo e fazer-lhe companhia.

Era engraçado. Ele parecia estar muito alegre enquanto caminhavàmos pelos carreadouros, cortando as pequenas plantaçoes de feijao, milho e melancia. Fato era que o dia estava bem bonito, aberto e ameno, o ceu de um azul profundo quase artificial, sem nuvens.

- Como se chama mesmo uma paisagem que faz bem aos olhos? - indagou ele quando subimos um morro e avistamos là embaixo a mata verde-escura com o rio cintilando.

- Chama-se "aprazivel", Jonas - respondi.

- Isso! Eu ia dizer uma frase bonita com essa palavra: "Que lugar aprazivel! " - disse ele dando uma risada; aprazivel era aquele sorriso espetacular que ele tinha.

Descemos o morro e là embaixo ele começou a preparar seu material de pesca, assobiando, num humor excelente que me intrigava e sobre o qual nao fiz observaçao alguma com receio de que ele se fechasse outra vez na sua toca de matuto desconfiado. Permaneci observando-o pescar, quietos ele e eu, refletindo comigo que nunca levei jeito para aquilo, desde pequeno. Sempre fui um fracasso total nessa atividade.

Nao pude deixar de rir ao perceber que ele nao estava tendo sorte nesse dia, pois ao cabo de algumas horas tinha pegado apenas uns lambaris e uma traira tao pequena que ele resolveu devolver ao rio. Mesmo frustrado, nao deixava de rir e caçoar de si mesmo, tao humilde nos seus atos silenciosos, na sua personalidade, tao brando e simples que era um prazer observa-lo. Eu tinha carinho por ele, sabia disso. Estava habituado à sua presença reservada, ao seu temperamento. Um desconhecido que entrou na minha casa e me compreendeu em silencio, sem julgar, compartilhando de meu segredo, obtendo prazer sexual com ele sem culpa, sem etica e sem pecado.

A tarde descia precocemente por ser inverno, e soprava vinda do sul tuma aragem fria, mansa, arrepiando a pele. Ali os finais de dia eram tristes, explosivos de cores vibrantes, mas de uma melancolia sem fim. Praticamente todos os dias, ventava. Tristeza em todo lugar, sempre. Tristeza em mim.

Chamei Jonas para irmos embora, porem ele, sentado perto de mim, ficou calado, subitamente serio, observando a àgua do rio pontilhada de raios de sol formando uma colcha de brilhantes que se movia ao toque do vento. Devagar, como que hesitando, ele colocou sua mao grossa e pesada no meu joelho dobrado, descendo um pouco e tornando a subir. Compreendi o que ele queria. Nao vacilei, aproximei-me e encarando seu olhar quase medroso toquei em seu rosto, em seus cabelos quentes de sol; lentamente nossos làbios se encontraram para um beijo leve a principio, e em seguida profundo. Ele me envolveu com seus braços vigorosos, parecendo ansioso por aquilo hà muito tempo, alisando minhas costas, o abdomem, e sem pedir licença, me deitando na relva ressequida e àspera da margem, esfregando-se por cima de mim tal como naquela noite, excitado, suspirando. Abri sem demora o fecho de sua calça e tirei o pau dele pra fora, masturbando-o enquanto ele gemeu mais forte. Minha vez de ficar por cima, abaixar e fazer a boca trabalhar naquele orgao rubro e inchado, lubrificado de desejo. Jonas urrou, segurando meus cabelos, convulso, e esforcei-me por tirar semen daquele penis, o que consegui com alguns minutos. Mais uma vez foi uma quantidade generosa, densa, fertil, e tive de cuspir um pouco jà que me deu engulhos toda aquela substancia. Sem pensar, beijei-o com a boca ainda grudenta e ele nao recusou. Tocou minha face com o polegar, olhando-me com certa expressao profunda, austera, tomando folego e deixando escapar um sussurro praticamente inaudivel.

- Eu gosto de voce... Gosto muito...

Deixei-me cair deitado ao peito dele, sentindo o descompasso de seu coraçao por baixo do tecido fino da camisa bege. Jà dava para ver o ceu empalidecendo com o recuo da tarde e o frio baixava. "Gui, porque voce tambem nao diz isso pra mim? Porque, Gui? ", eu me perguntava numa dor sem fim, aguentando o ardor das làgrimas incomodando meus olhos.

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Valeu, galera! Continuem opinando!

Abraços em todos! :D


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Comentários

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Cara. Pq o Jonas é tão perfeito? Nunca aparece um assim pra mim. Aff...

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Irish me ajudaaaa!! Um daqueles boys estilo barbie está querendo me pegar! Mas ele não é do bem rsrs ele queria trair o namorado dele comigo na própria cama do casal aaaaaiiiiiinnnnnn tenho que me controlar pois sou uma pessoa do bem. Mas to carente e ele é bonito, corpo de barbie (musculoso), mas cara de macho. Ajuda amiga!!! Dê-me palavras de conforto e diga que eu não preciso disso rsrs

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Teve culpa sim, não defenda ele u.u aí quero um jonas desse pra mim, onde compra?

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Ai que lindo *-* é uma pena o Edu não conseguir esquecer o 'guri' como Jonas fala, e por falar nesse eu acho que estou apaixonado por ele rs muito fofo ele Irish!!! Sério que ta acabando?! Não acredito, estica mais um pouco rs bjos dona Irish ^^

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Ooown sabia que o Jonas gostava do Edu, que triste essa situação de Edu, sofrendo pelo Gui e tals, mais no fundo eu acho q o Gui gosta do Edu. Será?? Quem sabe né?

beijos minha linda..

o conto ta ótimo..

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.Quin, um Jonas desse deve ter um dono e bem ciumento por sinal, rs. Voce, carente? Logo resolve isso, neh? Olha o fim de ano ai, logo o Carnaval, hehe. Aproveita,,mesmo! :) Nossa, ja estao torcendo pelo casal? Jesus! E se eles nao forem um casal coisa nenhuma? Vamos ver. Esqueci de avisar que temos exatamente quatro capitulos para o final.

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esquece o gui edu!!! dar valor a quem realmente merece ser valorisado. e quem merece isso.é o jonas .se joga de cabeça nesse relacionamento.

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Amei. Irish a esperança é a ultima que morri então espero que Edu esqueça o Gui e fique com o Jonas que é um amor de pessoa mas sei que só o tempo pode curar as feridas do coração. Bjos :)

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Irish eu já peguei homens de vários tipo rsrsrs sou eclético kkk mas agora to tão ocupado que to na seca, to sem tempo pra sair :( Uma vez eu escrevi uma mensagem pra um amigo meu dizendo que eu tava "carente", mas sem querer escrevi "crente", ai eu corrigi. Ele respondeu: "Marquin não precisa corrigir pois sei que você quis escrever carente, pois crente seria esticar demais!" Aaaaiiiinnnn rsrsrs ele me chama de galinha e quando me elogia me chama de EXÓTICO lindo kkkk ele é mais mal comigo do que eu sou com a Lia rsrsrsrs

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Eu quero choraaaarrr!!!! Como o Jonas é lindo de coração, sem falar que é um homão!!! Quero amá-lo :( Irish me apresenta o Jonas... quer dizer um cara que nem ele por favor!!!! aaaaaaiiiiiinnnn #querojonasagorapramim

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Oi,,gente :) RESPONDENDO:• Geomateus,,valeu, cara! • Mah Valerio, o Leandro nao teve culpa,,coitado,rs• prireis!822, acha que essa obsessao do Edu tem cura? • Drica (Drikita) , triste epoca mesmo... que a ditadura nao volte nunca mais • Agatha28, a vida dele ja esta complicada. Beijo, gente! • Quin, ri do que vc falou dos ursos, rs. Tem os frangos tambem, neh? Aqueles bem magrinhos, bem mignon, rs. Acho que tem para todos os gostos! O Edu nao teve escolha, levou o Jonas sem segunda intençao, rs. Abraçao, cara! Uma delicia seus comentarios, me divirto muito com eles :))) • Anonimos, abraços em todos!

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