(...)
Ah, eu sou um homem feliz! Posso estar feio e destruído, mas tenho dois homens aos meus pés: Luís, o mais lindo, gostoso e bonito homem do mundo; e Teco, o mais gentil, carinhoso, dedicado e bonitinho também... Será que vou conseguir manter os dois para sempre?
Teco dormiu aquela noite ali em casa. E começou a me tocar sexualmente. Esquivei-me, pois estava com a bunda toda marcada pela coça de cinto que levei do Luís. Disse que os remédios que tomava para dor me deixaram sonolento e ele acreditou. Dormi em minha cama e ele numa poltrona que tem no meu quarto. Fingi que tive pesadelos durante a noite para que Teco me abraçasse, beijasse e ficasse segurando minha mão até eu me acalmarCom a ajuda de Teco eu vesti o uniforme horroroso que usava para ir à aula, coloquei um boné, passei um pouco de maquiagem e coloquei óculos enormes. Ele me olhou com vontade de rir e eu me fiz de bravo.
- Não precisa ficar marrentinho não leke, pow eu gosto docê de qualquer jeito cara... pra mim tu continua lindinho como sempre...
- Por favor, Teco, nunca, mas nunca mesmo me chame de “lindinho”, ok?
- E de gostosinho posso chamar? – ele me beijou e apertou minha bunda. Dei um gritinho, afinal ela estava em brasa depois do Luís ter me castigado.
Teco me levou até no portão da escola. Beijou-me. Eu fiz questão de prolongar o beijo o máximo que pude. Queria que todo mundo visse que eu estava um monstro, mas ainda tinha um namorado apaixonado e bonito. Aliás, Teco estava delicioso: eu emprestei outra camiseta minha para ele, verde-limão clarinha, ela ficou apertadinha, claro, marcando seu peito desenvolvido, seus ombros, e até as dobrinhas de seu abdômen. Se meu cu não estivesse tão dilacerado, com certeza a gente teria aproveitado bem a noite.
Damião me olhou abobado. Chegou até a fazer o sinal da cruz. Eu o ignorei. Muitos alunos ficaram parados me olhando com cara de bobos. Eu os ignorei. Encontrei com Enrico que foi gentil e me cumprimentou. Disse qualquer coisa e continuei andando. Por fim, encontrei o Luís. Ele me olhou, riu e falou bem alto para os seus amigos ouvirem:
- Porra viado, dessa vez de esculacharam de jeito! Quem sabe agora tu não vira macho! Ou será que virou mocinha de vez? Conta pra mim: cortaram teu pau fora? – alguns riram, outros demonstraram asco por ele fazer piada à custa da minha tragédia. Eu ignorei mais uma vez. E fui para o banheiro. Logo depois ele entrou.
- E aí cara? – falei.
- Cara, deixa de papo. Faz o que tem de fazer e rápido. Daqui a pouco começa a aula.
Não perdi tempo. Logo que acordei, eu mandei uma mensagem para o Luís perguntando se eu poderia vê-lo antes da primeira aula, pois estava com saudade. Ele disse que durante alguns dias a gente poderia se encontrar, mas em breve eu teria que lhe dar mais dinheiro. Achei justo. Afinal, 15 mil reais era muito pouco perto de todo o mal que eu lhe infligi. Eu só não sabia onde conseguiria mais grana, porque com a minha atual aparência... Abri seu zíper e fitei seu pau. Estava mole. Comecei a punhetá-lo. Coloquei-o na boca esperando que ele endurecesse entre meus lábios. Nada
- Cara, vai ser difícil ficar duro olhando para essa sua cara estragada! – estragada! Ele disse isso. Senti que meu coração parou de bater – Porra, só sendo muito macho para ficar com o cassete em ponto olhando para você! Vira a bunda! – fiquei de costas e abaixei as calças. – Ah, isso sim dá tesão!
- Minha bunda continua gostosa né cara! – falei convencido.
- Calado, viado! O que dá tesão não é tua bunda. Bunda é tudo igual. Posso até meter no rabo duma égua que a sensação é a mesma de meter em você. O que eu gosto de ver é que agora você tá marcado. Eu te marquei. Você é meu gado - ele riu com deboche. Eu concordei com silêncio.
Luís começou a se punhetar sozinho enquanto fitava meu rabo esfolado. Eu olhei para trás e vi um brilho perverso em seu olhar. Ele empurrou meu rosto para frente.
- Puta que pariu, viado. Se tu virar essa cara feia eu brocho de novo!
- Cara, mas ontem você até me beijou?
- Viado, se tu chegar com outro envelope daqueles, bem cheio de grana, pode ter certeza que eu te beijo outra vez... – ele acelerou a punheta. Senti sua porra respingando nas bandas da minha bunda. Ele gozou em cima de mim. Não dentro. Ele nem me tocou.
- Mas, só isso cara?
- Se dê por satisfeito, leke... na boa... enquanto tu tiver com essa cara colorida e esse nariz torto... sei lá, mas acho que vai ser difícil arrumar quem te queira – ele riu e saiu. Eu limpei muita bunda com folhas de caderno, pois não havia papel higiênico ali e senti minha pele queimar de dor.
Durante a aula eu vi o Cláudio. E em seus olhos eu vi pena. Ele tentou conversar comigo com naturalidade, mas dava para ver que estava chocado com a minha aparência. Não o recriminei. Em seu lugar eu faria o mesmo. Gays gostam do que é belo. Eu era um monstro. E eu merecia estar assim. Eu cavei minha própria cova. Felizmente, o Luís me deu uma possibilidade de redenção e me permitiu encontrar a felicidade de novo, ainda que efêmera.
Bruna e Enrico ficaram do meu lado a maior parte do tempo. Durante um dos raros momentos que fiquei sozinho com minha amiga ela me disse correndo:
- Amigo, aconteceu!
- O quê criatura?
- Eu e o Enrico... – ela fez alguns sinais com os dedos que eu não entendi.
- O que tem vocês?
- Aconteceu!
- Isso você já me disse! Aconteceu o quê, gata? – eu já estava ficando impaciente. Ela ficou ruborizada e sorriu. – Meu Deus! Não! Eu não posso acreditar! Não! Sério? Mentira! – ela fez um gesto afirmativo com a cabeça. – Me conta tudo sua piranha! Quero saber tudo! Tudinho! Eu sou praticamente a madrinha de vocês! Anda, gata, desembucha!
E Bruna me contou. Com detalhes. Detalhes que uma mulher só conta para uma “grande amiga”. Eu fiquei feliz por ela. E fiquei triste também. E senti inveja. E, de repente, comecei a me lembrar do Enrico me pegando... da gente se beijando... eu fui o primeiro beijo e a primeira enrabada da vida dele. Será que eu tinha um lugarzinho em suas lembranças? Ou será que agora ele iria querer saber só da Bruna?
Enrico voltou até nós e eu olhei protegida pelas lentes escuras dos meus óculos. E o desejei em silêncio também. Será que ele conseguiria superar minha aparência repulsiva e me possuir? Torcia que sim, afinal, tendo reatado com o Luís eu precisaria voltar a ganhar dinheiro... Mas, não era só isso... sei lá... para mim, o Enrico tinha sido só mais um, com o tempo foi virando um amigo... mas, sei lá... agora que ele estava firme e feliz com a Bruna... eu tive ciúmes sim! Eu tive inveja sim! E sim, se ele me quisesse eu daria o cu para ele!
Bruna pediu licença para atender um telefonema do pai dela e eu fiquei sozinho com o Enrico.
- Parabéns, cara! Bruninha já me contou! Vocês dois hein... safadinhos!
- Poxa cara, foi legal demais! Nossa, mano, muito bom!
- Hum.... sei... então tá legal... agora vocês ficarão juntinhos e felizes para sempre né... só vocês...
- Não cara, nada a ver... nossa... – ela buscou uma palavra – nosso lance continua igual mano... tipo eu sei que agora você deve tá parado, de repouso e tal... mas, logo que você voltar ao normal, eu continuo querendo...
- Olha, ainda bem... – fiz uma carinha bem safada – já ia ficar com ciúmes.
- Pow que isso mano! Tu que me ensina tudo que eu sei! Tenho que aprender contigo cara. Aprender, praticar e mandar ver na Bruninha depois! – ele sorriu bem sacana. Eu não gostei propriamente de ser apontado apenas como um meio para ele conquistar a Bruna, preferia quando ele demonstrava mais afeto e eu sabia que ele estava em minhas mãos. Mas, melhor do que nada.
- Então... tem algumas coisas que não dá mesmo para fazer... já outras – eu comecei a lamber o canudinho do meu refrigerante com mais vontade.
- Que isso viado, tu me deixa maluco assim... pow... logo que pintar uma oportunidade a gente se pega.
- Combinado.
- Mas, tipo cara... de boa, leva a mal não viado, mas tipo, eu prefiro esperar você voltar ao normal – nesse instante Bruna voltou e eles se beijaram. Na minha frente.
E eu olhei para os dois e tive raiva. E tive mais consciência da minha feiura. Então, frágil e abalado, eu telefonei para o Teco. E quando ele disse que me amava, eu pedi para ele repetir e coloquei para meus amigos ouvir. Eu não ia me dar por vencido. Sempre teria alguém me querendo.
Voltei caminhando para casa junto com o Cláudio. Ele conversava comigo, mas evitava me olhar. Algumas crianças que passaram por nós gritaram: “Olha os viadinhos”. Mas, quando elas olharam para o meu rosto saíram correndo assustadas.
- Amiga, não liga! Você vai ficar curada logo! Digo, normal. Quero dizer... boa... isso, você vai ficar boa logo.
- Não precisa me consolar! Eu não ligo pros outros! Eu quero mais que todo mundo morra e me deixe em paz! Eu tô feio! Eu tô horroroso! Eu tô fudido!
- Amiga, essas coisas que você diz, ai, ai, ai, isso não combina com a senhora! Olha, respira fundo, gata. Faz carão e segue em frente.
- Você tá certa, amiga! Você tá certa! – estendi minha mão e peguei a dele - Posso?
- Clara gata! A senhora é minha diva! Tô contigo! No começo, vou ser franca, eu assustei sabe, mas, agora não... já me acostumei! E outra a senhora é nossa mártir: você foi uma vítima cruel! Qualquer uma de nós pode passar por isso! Você é minha ídola agora!
- Você... você transaria comigo desse jeito? – perguntei inseguro e vi sua expressão mudar.
- Amiga, agora somos amigas! As melhores amigas! As super-amigas! É isso que somos! – Pronto nem aquele viado escroto e maldito me pegava. Eu comecei a ficar assustadoAquela noite eu estava muito ansioso. Estava doido para que as horas passassem rapidamente e ele chegasse. Mamãe havia viajado novamente e me ligava sempre, mas eu estava sozinho e carente. Queria ter alguém comigo! Queria o Luís, o Teco... queria qualquer pessoa que fosse capaz de superar minhas deformidades e me dar um pouco de prazer.
Eu olhava para o espelho e tudo que via era minha feiura. E isso doía. Além das dores físicas, minha alma doía. Eu estava destruído. Eu estava sozinho. Eu estava triste. Eu estava sem dinheiro. Eu estava sem sexo. E tudo isso ia me deixando louco e irracional.
Eu via minha imagem e tinha repulsa de mim mesmo. Meu tronco estava cheio de hematomas multicoloridos, havia um grande roxo na minha coxa, meu rosto estava mais fundo de um lado e também cheio de hematomas, o meu nariz... ahhhh, meu nariz estava igual o de uma bruxa. E nem minha bunda salvava... depois do Luís ter feito eu purgar meus pecados no couro do seu cinto ela estava muito cortada e ferida... Eu estava assim por causa do Luís... Ele que deixou essas marcas em mim... E eu mereci, mereci cada cintada, cada soco e cada chute. Ao menos minha dor física e minha destruição estética serviram para que ele me perdoasse e me aceitasse de novo. Agora eu era feliz outra vez. De um jeito diferente, mas feliz. Sem o Luís eu não era feliz... não era mesmo.
A campainha tocou. Finalmente. Era ele. Abri apressado e apreensivo. Ele me olhou, avaliando-me. Eu mantive meu olhar firme. Ele parecia em dúvida.
- Entre. Não é bom que nos vejam aqui na porta – disse com segurança.
- Na cam eu não tive uma boa visão de você. Você está bem machuacdo. – ele disse num tom hesitante.
- Quer ir embora? – indaguei abrindo a porta novamente.
- Eu não subi essa serra toda para voltar sem te experimentar. Se você fizer tudo que descreveu, bom, nesse caso não me importo que tenha essa aparência tão...
- Não precisa dizer mais nada. Venha. Vamos para os fundos. Há um quarto no quintal. É lá que vamos ficar.
- Leve algumas garrafas d’água.
Eu fui à frente e ele me seguiu. Havia um quarto pequeno, com um banheiro menor ainda, nos fundos da minha casa. Era uma espécie de quarto de empregados, coisa que não tínhamos; logo o usávamos como um quarto de entulho.
Olhei para ele. Ele era muito alto e robusto. Talvez tivesse 1,90 de altura. E, com certeza, pesava mais de cem quilos. Talvez uns 130 ou 140. Não sei e não importa. Era peludo. Os pelos saiam pela gola e mangas de sua blusa e cobriam os braços e as mãos. Teco só chegaria mais tarde, então eu poderia atendê-lo com calma. Ele era um cliente. Um cliente que achei na net. Numa sala de bate-papo que eu nunca tive vontade ou sequer curiosidade de acessar. Mas, agora eu não tinha escolha. Eu não ia mais no campinho, não com essa aparência vergonhosa. Restava-me descer mais ainda na minha falta de amor próprio e podridão. Eu precisava de dinheiro. Sem dinheiro, sem o Luís.
Eu fiquei parado esperando ele tomar a iniciativa. Ele tirou lentamente sua blusa e eu vi sua selva de pelos negros. Ele devia ter cerca de 40 anos e ainda tinha todos os pelos muito escuros. Ele tirou a calça, o tênis, as meias e, por fim, a cueca. Já estava duro e grande. Bem duro. Tive vontade de chupar, mas me controlei. Minha boca salivava de vontade, mas esperava que ele conduzisse.
- Tire suas roupas também.
Autorizado por ele, tirei tudo que vesti. Minha nudez, antes delicada, sensual e libertina, agora carregava as marcas repugnantes das diversas formas de violência que havia sofrido.
- Tem certeza que podemos ir até o fim? – ele parecia em dúvida. Na net eu o tinha achado mais experiente, agora percebia que seu tom era mais receoso. Talvez porque tenha percebido que eu era mais novo do que tinha dito – obvio que não falei que era menor – ou porque se assustou com todos os estigmas que carregava agora.
- Claro – e entrei no banheiro.
Ele tomou de um só gole praticamente toda a água de uma das garrafas que eu havia levado. E começou a alisar meu corpo. Suas mãos eram macias, nem pareciam mãos de homem. Eram grandes também. E tinha muitos pelos. Somente o tamanhos e os pelos me lembrariam que ele era um homem. Sem isso, talvez pensasse que estava sendo tocado por uma mulher, pois seu tato era muito suave.
Ele localizou meu cu e enfiou o dedo ali. Seu dedo entrou ardendo, mas não expressei qualquer reação. Ele apertava meu mamilo e enfiava o dedo no meu cu. Depois ele retirou o dedo, cheirou e me deu para chupar. Chupei seu dedo sensualmente, senti o gosto do meu próprio rabo.
Ele repetiu o processo, enfiou de novo o dedo na minha bunda e voltou a colocá-lo em minha boca. Fez isso mais algumas vezes. Em dado momento ele introduziu o próprio dedo em seu próprio cu e me ofereceu em seguida. O gosto não eram bom e o cheiro também era ruim, mas eu chupei.
Ele bebeu mais água. Já era a segunda garrafa. Cerca de dois litros de água. Agachei-me no chão do box, quando ele mandou e esperei. Ele segurou seu pau duro e mirou em mim. Acertando-me preponderantemente no rosto e nos lábios. Eu abri a boca e recebi aquele mijo quente, amarelado e fedido. Eu nunca me senti tão baixo. Eu nunca me sentia tão desprezível. Eu senti pena de mim mesmo. Era a primeira vez que tomava mijo. E ele mijava feito um cavalo.
Ele me puxou, erguendo-me e me beijou, provando, assim, da própria urina. Mais água. Mais dedada no cu. Dessa vez, ele se virou e me ofereceu seu cu peludo. Eu o abri e enfiei minha língua ali dentro. Ele rebolou seu cu peludo e suado na minha cara, eu lambia, apesar do asco e da repugnância. O cheiro era ruim. Meu estômago estava embrulhado. Ele se virou e enfiou seu pau na minha boca. Mais mijo. Agora direto da fonte. Engoli a maior parte.
Ele me levantou, virou-me de frente para a parede e se encaixou no meu cu. Finalmente, pensei, está acabando. Seu pau entrou me rasgando. Mas mantive-me em silêncio. Ele tirava e colocava devagarzinho, degustando cada preguinha que deslocava. A dor era forte, mas a ardência era o pior. Eu estava machucado demais. Mas, resisti. Ele bombava lentamente, seus pentelhos e todos os pelos de seu corpo entravam em atrito com meus ferimentos e doía. O próprio contato de seu corpo e a pressão do meu corpo na parede era doloroso.
Fechei os olhos e implorei para aquilo acabar logo. Eu comecei a sentir seu pau pulsar dentro de mim e ele rapidamente o tirou. Agachei-me de novo e ele o colocou em minha boca. Chupei bastante, salivando muito para tentar melhorar o gosto. Sua porra veio grossa em generosas golfadas.
Ele segurava minha cabeça para ter certeza de que eu engoliria tudo e voltou a vasculhar meu cu. Depois que sorvi até a última gota, lambi novamente seus dedos. Ele se virou e curvou o corpo para pegar mais uma garrafa d’água que estava no chão. Eu permaneci agachado com o rosto na altura da sua bunda peluda. Foi ai que o pior aconteceu. Ele soltou um estrondoso peido. Bem na minha cara. O ar ficou empesteado.
Não resisti vomitei no chão do box do pequeno banheiro. Ele olhou para meu vômito e sorriu, depois o cheirou, recolheu-o com os dedos e o enfiou na minha boca. Eu tive ânsia de vomitar de novo, mas sabia que seria pior. Chupei seu dedo com muito nojo.
Por fim, ele ligou o chuveiro e pediu para que eu o esfregasse. Assim o fiz. Depois o enxuguei e, com alivio, percebi que havia terminado e eu sobrevivido.
Não foi fácil ganhar os 500 reais que ele me pagou. Mas, era uma boa grana e de qual outra forma eu poderia conseguir dinheiro? O jeito foi correr as terríveis salas de bate-papo de sexo bizarro, nos quais a aparência não tem iquase que nenhuma importância. Em qualquer outra sala eu seria dispensado peremptoriamente.
- Talvez eu volte. Gostei do seu desempenho. Você frequenta grupos masoquistas também? – ele perguntou olhando para meus hematomas.
- Eu faço o que me pagam para fazer – respondi asperamente e depois o levei até a porta.
Corri para a cozinha e tomei vários copos com bicabornato de sódio para me limpar por dentro e fiz gargarejo por quase uma hora. Depois tomei um banho gostoso, perfumei-me e coloquei uma roupa bonita para esperar o meu TecoTeco e eu estávamos abraçados. Ele usava uma calça nova que comprou conforme minhas orientações. Era um jeans claro e de corte justo. Assim suas pernas pareciam mais grossas e ficavam mais proporcionais com seus grandes braços e peitoral avantajado espremido numa camisa de malha velha que tinha sido minha - e que ele adorava. Ele sempre foi bonitinho, mas agora estava lindo. Seu novo emprego pagava melhor e agora ele se cuidava mais, inclusive seguindo minhas dicas. Seu cabelo estava emaranhado e casual e continuava com aquela coloração clarinha linda.
Eu o beijava no rosto e na testa enquanto víamos filme. Ele me abraçava, sorria e me beijava de volta. Por fim, sem tirar minha roupa, pois não queria que ele visse meu corpo todo machucado, já bastava ter que ver meu rosto, com as luzes quase que todas apagadas, praticamente apenas com a iluminação da tv, eu sentei em seu colo e ele não me rejeitou. Nosso beijo agora era na boca e muito apaixonado. Era um beijo quente, molhado e picante. Um beijo que novamente me fez sentir vivo, elétrico e renascido. Senti até um pouco de remorso por umas duas horas atrás ter chupado o cu peludo de um homem mais velho em troca de dinheiro. E bebido seu mijo também, mas essa parte eu queria esquecer logo. O toque de Teco era caloroso e gentil. Eu me sentia desejado.
- Teco, fala a verdade cara – falei entre beijos – você ainda me deseja? Ainda sente tesão por mim? Eu estou tão feio... – a reposta poderia ser dolorosa, mas eu precisava ouvir.
- Cara, o que eu sinto por você mano, não é só tesão... é amor cara.... amor, porra... eu te amo leke! – ele respondeu efusivamente sem parar de me beijar – Desde que você ia na oficina com tua mãe cara, eu sempre te quis leke... sempre... tu era tão gostosinho, tão perfeitinho... pow, nunca imaginei que teria uma chance contigo cara – fiquei emocionado ao ouvir isso, nunca soube disso e nem tinha percebido – quando a gente conversava cara e ria junto, cara, meu dia ficava todo especial. Tanta gente metida e idiota que vai naquela oficina e pow de repente um carinha feito você vai lá e fala comigo... pow, tu é lindo mano, lindo... eu te amo cara – gente, juro que eu tive vontade de chorar, eu não tinha noção da dimensão do sentimento que ele tinha por mim.
- Teco, mas você sabe que eu não presto, eu já fiz tantas coisas erradas... tantas... você sabe, você me ajudou – eu me referia ao carro do Gilsinho que havia pedido para ele danificar, vindo a causar o acidente que o vitimou.
- E faria tudo de novo. Tu não é santo, eu também não sou! Tô nem ai... quero é ser feliz contigo cara... muito feliz...
- Ah, Teco você me faz muito feliz cara... muito mesmo. Eu sou tão feliz com você.
- Eu só te peço uma coisa leke... só uma...
- O quê? – perguntei já coma bunda de fora me encaixando em seu pau duro e ereto.
- Fidelidade – ele respondeu simplesmente enquanto seu pau abria caminho pelo meu cu e entrava dentro de mim.
Engoli seco e o olhei. Em seus olhos vi amor, desejo e algo desconhecido que eu não soube identificar ali no escuro. Fechei os olhos e o beijei. Comecei a rebolar suavemente em sua vara. Ele gemia e eu também. Era um sexo intenso, porém lento. Havia prazer e sentimento, de ambas as partes. Eu me entreguei por completo. Eu estava ali, dessa vez, por inteiro. Eu sentia seu cheiro, seu corpo e seu toque. E desejava tudo isso. Eu estava ali com o Teco. Em carne e em pensamento. Eu não lembrei de mais ninguém. E quando ele gozou, eu também gozei molhando seu abdômen trincado. E quando ele recolheu minha boca e colocou em sua boca eu o beijei. E só pensei nele. E vivi um dos melhores momentos da minha vida. Foi uma experiência mágica. Teco me amava não pela minha aparência, ele me amava apesar da minha aparência e apesar dos meus erros... mas, ele não conhecia todos os meus erros...
Ele me carregou no colo e me deitou na minha cama. Despediu-se e foi embora em silêncio. Fiquei ali no escuro do meu quarto relembrando cada momento daquela noite fantástica. Lembrando da parte boa, é claroTeco não pode me acompanhar até na escola hoje. Precisou chegar mais cedo no serviço.
Fui para à escola sozinho. Encontrei com Roberto pelo caminho. Ele me viu e tentou disfarçar. Fui até ele.
- Pode me dar uma carona hoje?
- Eu... bem... hoje – ele estava visivelmente atrapalhado e sem jeito. Evitava olhar para mim – hoje o Cláudio vai a pé. Eu tenho que passar por um outro caminho. Espere ele aí que vocês podem ir juntos... – e entrou no carro e saiu acelerado.
Cláudio apareceu cerca de dois minutos depois. Olhou para ambos os lados e em um tom confuso perguntou:
- Cadê meu pai?
- Disse para você ir a pé...
- Eu hein! Que doideira, gata! Papi nunca fez isso. – dei de ombros, sem saber o que responder.
- Vamos andando amiga! Vamos logo! – falei.
- Vamos... mas, amiga, eu acho que a senhora deveria colocar seus óculos... a senhora fica menos, mais... tipo... ah, fica melhor com eles – coloquei meus óculos enormes e fui para a aula.
Estava me remoendo por dentro... Luís já tinha me mandando uma mensagem ontem falando que poderia ir à casa depois da aula – por isso eu fiz o que fiz, pelo dinheiro. Mas, as palavras de Teco não saíam da minha cabeça... fidelidade... eu agora ouvia esse eco eternamente... fidelidade...