Daniela: Sério amor?
Eu: Sim Daniela, pode ir lá, conhece-los, ok?
Saí dali, tomara que um novo filho faça essa mulher largar do meu pé.
No orfanato...
Acordei e saí do quarto, por enquanto não iria as aulas, Maria estava ajeitando tudo com a escola primeiro pois eu havia fugido... Nossa como era bom aquilo tudo vazio, finalmente eu tinha sossego.
Fui a cozinha pegar algo para comer, minha boca doía mas dava para mastigar...
Enquanto isso...
Maria: Luana, acabei de receber o telefonema de uma senhora que quer adotar um garoto, a um ano ela quis mas teve problemas e não pode, agora voltou a nos telefonar e é certeza, amanhã vai vir olhar os garotos, porém só irá encontrar um garoto!
Luana Assistente Social: Ué como assim Maria?
Maria: Essa é a chance do Nick, esse garoto é um anjo e já sofreu demais, ninguém quer adotar adolescentes, não sei porque essa mulher quis mas será o Nick que vai sair daqui para uma vida melhor, se ele continuar aqui ou na rua vai acabar sendo estuprado ou vendendo o corpo, não quero isso para o meu menino, você sabe as coisas que ele já passou.
Luana: Sim Maria, você tem razão.
Longe dalí...
César: Então você se decidiu?
Eu: Sim. Falei com ela, hoje mesmo, ela me disse que amanhã vai ao orfanato, a um ano ela quase adotou, as coisas agora estão mais fáceis, acho que essa semana mesmo ela já leva a criança para casa.
César: Você já viu?
Eu: Não, só sei que ela quer um garotinho, eu não vou nem chegar perto, já bastou trocar as fraldas da Clarinha.
César riu.
O dia se passou voando...
No Orfanato...
Estava saindo do banho quando Mário, um garoto que também me assediava se aproxima...
Mário: Que bundão hein?
Me joga na parede e começa a se esfregar em mim...
Eu: Me larga seu imbecil.
Mário: Você é muito bonito cara!
O empurrei, ele me empurrou com mais força, caí e bati com a cabeça no chão... Quando acordei estava na enfermaria, minha cabeça doía, vi que tinha um curativo.
Eu: Será que quando desmaiei ele... Ele...
Maria: Não querido foram me avisar e cheguei lá antes.
Enfermeira: Desculpe a intromissão, mas se houvesse acontecido você estava sentindo muitas dores naquele lugar, vai por mim.
Eu: Maria, o que vai ser de mim?
Maria: Não se preocupe meu amor.
No outro dia...
Saí da enfermaria, aquelas manhãs calmas, sem ninguém ali estavam sendo minha salvação.
Fui para o pátio e Maria veio falar comigo...
Maria: Nick?
Eu: Oi?
Maria: Hoje vem uma mulher aqui te conhecer, ela quer adotar um garoto e vejo isso como uma salvação para você querido!
Eu: Adotar? Mas um adolescente?
Maria: Sim, essa é sua chance e eu vou fazer de um tudo para ela te adotar.
Nossa, estava muito apreensivo, será que ela iria gostar de mim?
Maria estava em sua sala quando Daniela adentra...
Daniela: Bom dia?
Maria: Bom dia! A senhora que veio adotar?
Daniela: Senhora não, por favor, não sou nenhuma velha, pode me chamar de você.
Maria: Olha preciso lhe deixar a par da situação de um garoto aqui. Acho que a salvação dele é ir com vocês.
Daniela: Pois não.
No pátio...
Estava tranquilo quando me aparece uma senhora linda... Cabelo com mechas loiras, olhos castanhos, pele bronzeada e corpo lindo, ela se aproximou de mim, de longe Maria piscou e entendi que era ela...
Eu: Você que vai me adotar?
Ela: Talvez.
Eu: Desculpe. Olha, não sei se vou ter a sorte de ter uma família um dia, na verdade já havia perdido as esperanças.
Ela pegou no curativo na minha testa: A Maria me contou.
Eu: Que vergonha Senhora, desculpe.
Ela: Não. Você não teve culpa de nada meu anjo, já te disseram que você é muito bonito?
Eu: Sim, mas venho sofrendo muito por causa disso, acho que preferiria ser feio.
Ela: Quanto tempo faz que você está aqui?
Eu: Minha vida toda, não me lembro quando cheguei aqui.
Ela: Se eu te dar uma chance você não vai me decepcionar.
Eu: Não, como poderia, a senhora é um anjo que entrou na minha vida de repente.
Daniela se emocionou por um momento...
Foi ao encontro de Maria...
Daniela: Ele é perfeito, muito doce, é ele.
Maria: Que bom que você gostou dele, vamos agilizar tudo.
Alguns dias se passaram.
Mauricio: Hoje chega a criança na minha casa.
César: Está preparado?
Mauricio: Para me livrar pelo menos um pouco da Daniela eu faço tudo.
Saí do meu escritório e fui mais cedo para casa, queria conhecer a criança que seria meu filho. Guardei o carro, e entrei, quando abro a porta me deparo com um adolescente, ele era loirinho, olhos azuis, batia mais ou menos no meu ombro, magro...
Ele levanta: Boa tarde senhor?
Eu: Boa tarde. Quem é você?
Daniela aparece por trás de mim: Ah então você já conheceu nosso novo filho?
Eu olhei para o garoto, eu não estou acreditando que a Daniela fez isso, e se o garoto fosse um delinquente? Ela não ver o que esses adolescentes que não tem família e educação fazem?
Eu: É, Daniela, pode vir aqui no meu escritório um instante?
Ela: Claro!
Eu: Você está maluca? Quantos anos esse garoto tem?
Ela: Acabou de fazer 16.
Eu: Nós nem sabemos o passado desse muleque.
Ela: Mauricio, esse garoto já sofreu demais, ele não via mais esperança, o futuro dele iria ser escuro, vários jovens bons como ela veem isso em suas vidas, por isso decidi adotar um adolescente e espero que você me apoie, seja mais maleável.
Ela saiu.
A noite chegou...
Daniela: Querido, depois vamos comprar coisas novas para você, por enquanto trouxe uma roupa do Mauricio para você dormir com ela, ok?
Usei e a blusa ficou como um vestido, batendo nas minha cochas e a calça passava dos meus pés então fiquei só com a blusa.
Acordei no outro dia e desci meio receoso, era um dia de sábado, desci e fui a cozinha ele estava lá e me olhou dos pés a cabeça, foi aí que me lembrei que estava usando uma blusa sua.
Sabia que ele não havia gostado de mim, havia ficado triste com isso porque de cara quando o vi senti uma coisa diferente que nunca havia sentido antes e que também não sei explicar bem o que é.
Eu: Sua esposa me emprestou essa blusa, desculpa, é que lá eu só tinha os uniformes.
Ele: Ok. Sente-se, vamos conversar. – Falou frio.
Eu sentei ao seu lado...
Ele: O que são esses hematomas em seu rosto? Entrou em alguma confusão?
Eu: Não senhor. – Como iria falar a verdade e dizer que era uma tentativa de estupro?
Ele: E o que foi então?
Baixei a cabeça...
Ele: Fala! – Falou alto e me assustei.
Eu: Tentaram abusar de mim.
Ele: O que?
Eu: É. Desculpa. Tentaram me estuprar... Sempre acontecia, não sei porque me perseguiam tanto.
Ele: Vai ver você provocava.
Eu: Como?
Ele: Se tentavam abusar de você várias vezes como você fala, é porque provocava!
Eu: Não senhor. Eu não.
Ele: Por favor garoto, conheço jovens como você, e tem dois futuros, ou se prostituindo ou assaltando e matando.
Eu: Não. Eu sou virgem senhor e nunca, nunca na minha vida roubei nem feri ninguém.
Saí correndo chorando, nossa como doía ouvir aquilo dele.
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Sim "monster silva" eu sou menina, muitos aqui já sabem desde quando leram o conto Luc & Tony.
É gente voltei e que booooom que estão gostando do meu novo conto!
Beijokas.