Porquê eu me lembro, de tudo muito bem (Parte IV)

Um conto erótico de Carlinhos
Categoria: Homossexual
Contém 1864 palavras
Data: 01/10/2014 14:18:41

Obrigado a cada comentário. Mesmo vendo que o numero de leitores caiu pela metade desde o primeiro conto, e os comentários não serem bastantes, eu gostaria de lhes dizer algumas coisas.

Primeiramente, escrever contos, podem ser fictícios os reais. Esse conto é real, sobre o relacionamento real de duas pessoas reais. Contos reais ao meu ver tendem a ser um pouco mais difícil de escrever, pois você tem que lembrar cada detalhe, cada palavra, cada gesto e olhar. Isso te remete ao passado, te remete as coisas que você deveria ter dito quando estava frente a frente da outra pessoa, no meu caso, quando o momento exato com o Matheus estava bem ali, embaixo do meu nariz, mais eu não achei que o momento certo fosse aquele. Eu não quero olhar para a minha vida daqui a uns anos e me arrepender pelas coisas que eu nunca falei. E meu conselho para vocês é, diga o que você acha que ten que ser dito, diga quando você acha que aquele momento é o certo, ou diga a você mesmo em frente a um espelho, diga em uma carta que ninguém nunca vai ler, ou diga em um livro que milhões de pessoas poderiam ler. Bem, quem sabe no futuro eu não escreva um livro sobre essa história, mais por enquanto eu decidi conta-la, revive-la e chora-la com vocês. E se você tem algo para ser dito, não espere, fale agora.!

Matheus então começou a passar a mão na minha cintura, parando sobre minha bunda. Eu estava ciente do que estava acontecendo, eu estava com medo, mais ao mesmo tempo querendo aquilo, desejando aquilo.

Ele forçava meu cinto ate que conseguiu abri-lo, foi quando ele puxou minhas calças, deixando minha bunda de fora, apenas coberta agora com minha cueca.

Rapidamente me virei, encarei ele, que estava com a maior cara de vagabundo que eu já havia visto desde então, começando a tirar seu pau para fora e fazendo gestos para que eu o chupasse, forçando minha cabeca pra que eu caísse em tentação e fizesse com ele algo que me assombraria por todos os dias.

_ Não matheus, eu não vou chupar você.

Ele continuava me encarando, ele sabia que o jeito com que ele me olhava era como areia movediça, seu olhar era como uma tempestade, e eu um castelo de cartas, pronto para desmoronar.

_ Pelo menos bata uma pra mim.

Bom, eu poderia novamente ter resistido, mais não consegui, quando vi eu já estava com as maos naquele pau, friccionando-o e olhando para baixo, enquanto Matheus agora de olhos fechados curtia o tesão. Confesso que aquilo tudo me deu vontade de chupar ele e começar ali mesmo um filme porno,mais eu não podia, estaríamos mortos se nos pegassem ali.

Continuei masturbando ele, que não demorou muito e gosou na barriga e na minha mão, limpou-se com uns pedaços de papel que haviam ali, ficou de pé, ergueu a calça, abriu a porta e saiu. Sim, simplesmente saiu, sem nem ao menos me dizer uma palavra, enquanto eu fiquei ali, sentado no canto, com os olhos abertos relembrando o que havia acabado de acontecer. Saiu sem me encarar nos olhos, saiu sem me agradecer pelo prazer que eu havia proporcionado para ele, simplesmente , como se eu fosse uma máquina de masturbação, ele saiu.

Mais eu não podia ficar ali, remoendo na minha cabeça tudo o que havia sido feito, não poderia ficar me sentindo mal, ainda mais por causa dele. Sai dali, passsei todo glorioso pelo corredor, em que não olhei para os lados, e mesmo assim percebi sua presença, fui direto para o meu armário, peguei meu celular e sai dali, sem olhar para ele, e fui para a cantina fazer um lanche.

Voltando da cantina, com tudo aquilo rodando na minha cabeça, e entro na bateria, não encontrando ninguém, então dou meia volta e estou caminhando em direção a porta de entrada, quando ele, o próprio Matheus aparece parado na porta. Sim, novamente estávamos eu e ele sozinhos, apenas nossas respirações e meu coração pulando para fora da camiseta.

_ Então Carlos, gostou do que aconteceu?

Ele teve a audácia de perguntar isso!

_ Não gostei não, foi só uma coisa do momento e não ira se repetir.

_ Sera que não mesmo?

Bem, por mim poderia se repetir naquele momento mesmo haha

_ Não mesmo!

Então, ele para e me olha bem dentro dos olhos por alguns segundos e diz:

_ Olhe bem dentro dos meus olhos e me diga que você não me quer.

Como eu poderia fazer isso? Se era realmente tudo o que eu queria no momento? Poderia mentir, mais ele precisava saber que eu queria, que o jogo dele, mesmo ruim, estava me dominando. Então tirei os olhos dele e disse;

_ Não vou falar nada!

_ Eu sabia Carlos, você não me engana, eu sei que por dentro você esta louco para me dar, só tenta se esconder.

_ Também não é assim né Matheus!

Vagabundo, estava achando que eu era uma de suas negas, que ele podia falar como quissese.

_É assim sim, se você quer e eu quero estamos perdendo tempo não acha?

_ Eu não acho nada.

_ É só você me dizer quando quer e resolvemos essa cena.

Nesse instante os outros soldados comecaram a chegar, então, novamente , ele iria me ignorar na frente dos outros. Sai dali, queria ficar sozinho, e em tudo o que eu queria pensar ela nele, em como nossos caminhos pareciam ser cruzados pelo sádico destino. A cada segundo que sr passava eu queria estar mais e mais perto dele, queria sorrir das coisas idiotas e destrambelhadas que ele falava, mais em meio a tantos devaneios me vem também que ele tem namorada, e eu não sei o porque, mais eu começo a odia-la demais.

Aquele dia se acaba e eu vou para casa, pensando nele por todo o caminho. Chego em casa e vou direto para o meu quarto, coloco minha play list para tocar e pego no sono pensando nele, pensando no sorriso dele, pensando em como o jeito malandro e vagabundo, cachorro sem dono que ele tem me amarram.

No outro dia eu estava de serviço, entao tive que acordar 6:30 da manhã. Coloco meu celular para despertar e durmo, sem ao menos deixar de sonhar com ele. No melhor do sono bem lá no fundo escuto algo tocando, era o despertador. AFF! Levantei, tomei meu banho quente e vesti minha farda, lustrei meus cuturnos e tomei uma xícara de café, sai correndo para não perder o ônibus, pois se eu chegasse atrasado na parada diária eu estaria possivelmente punido. Pelo caminho todo aquele pia veio na minha mente, mais nem dei muita importancia, afinal, estava alegre demais para pensar nele. Era uma sexta-feira, então, eu não estaria de serviço no final de semana, e isso para quem trabalha no exército é muito bom, pois sábado ou domingo, principalmente domingo já é entediante por si só, imagine dentro de um quartel, aonde não tem expediente, aonde só tem gente de serviço, aonde você tem que ficar ate o outro dia sem dormir, segurando um fuzil a cada duas horas, por duas horas, vocês conseguem imaginar que isso é um pé no saco, não é?

Chegando lá fui ler o aditamento, que é aonde fica o numero de todos os soldados escalados para o serviço, e por coincidência desse amado destino havia um numero riscado na sexta, com um numero substituto encima, claro, o numero do Matheus era o que estava substituindo o outro, sorri para mim mesmo, sera que seria aquele o grande dia? Só havia um problema. Ele estava de guarda, e eu de plantão, então eu ficaria na bateria e ele lá na frente do quartel.

Mais naquele dia eu estava decidido, de uma vez por todas, a famosa frase, me arrepender por algo que eu havia feito, do que me arrepender por não te-lo feito.

No decorrer do dia malmente vi ele, apenas quando fomos almoçar e jantar, perguntei aos outros soldados sobre o posto e o horário em que ele estaria lá, então, feito isso soube que no horário em que eu estaria dormindo ele também estaria, só que eu na bateria e ele lá na entrada do quartel.

Estava quase anoitecendo, quando eu estava parado na porta da sargenteação, que é o lugar aonde fica a parte administrativa da bateria, alojamento dos sargentos e tenentes, etc. Estava lá com aquele calor de passar o dia todo de farda, aquela dor nos pés de passar o dia todo de cuturno, e quando me dou conta vejo ele passando por lá para ir no banheiro da bateria, Cruzei os dedos, senti a respiração acelerar e aquele maldito frio na barriga, mais parecendo borboletas no estômago. Chamei-o:

_ Matheus venha aqui.

Ele deu meia volta e veio em minha direção, e eu sabia que eu realmente queria falar.

_ Diga Carlos!

_Que horário você esta? (Bem, eu já sabia, mais não custava perguntar né?)

_ Estou no segundo, porque?

_ Então, eu também estou no segundo, isso quer dizer que quando eu sair da hora você também vai sair, e quando eu estiver dormindo você também vai estar.

_ E? Ele perguntou.

_ E quero dizer que vou esperar você, as meia noite na última cama do lado esquerdo do alojamento, ai você decide se vem ou não.

_ E para que você quer que eu vá?

_ Não se faça de idiota Matheus, você sabe muito bem pra que.

_ Ah quer me dar ne sua putinha haha

_ Então! Vou esperar, se você não for, nunca mais me venha com historinhas e tals.

_ Pode crer.

Dito isso, ele virou as costas e saiu, e eu? Eu claro, fiquei com o coração na mão, contava os segundos para as horas passarem, queria que a noite chegasse logo, e passasse tao rápido quanto um vento.

Muito custou a passar, mais enfim, a noite chegou, e com ela a minha vontade de ter ele, aquela vontade que só aumentava, aquela vontade que estava queimando dentro de mim.

Arrumei dois beliches, um ao lado do outro, peguei quatro colchões, e coloquei os de forma a fazer um cercado onde quem estivesse do lado de fora não veria quem estava dentro. Peguei meu celular para cuidar da hora e mais dois cobertores, e deitei, me cobri e comecei a pegar no sono, mais volta e meia acordava e olhava as horas, pensava sobre, sera que ele iria vir? Sera que hoje eu irei matar a vontade de chupar ele, matar a vontade de ter ele?

Estava cochilando quando escuto passos, abro os olhos e fixo eles no colchão da cama de cima,procuro meu celular que a essa altura já havia se enrolado no meio das cobertas, achei-o eram exatamente 00:20, escuto vozes;

_ O que você quer ai matheus?

Nesse momento meu coração parou, minhas mãos estremeceram, eu não sabia em que canto do alojamento ele estava, mais sabia que ali ele estava, ele havia vindo.

Bom, por hoje é isso, espero que tenham gostado. Abraços e comentem haha


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