À sombra da lua - P.7

Um conto erótico de Konan_B
Categoria: Homossexual
Contém 3362 palavras
Data: 16/09/2014 22:38:09

Capítulo 7: Protetores de uma alma perdida.

Abri os olhos ainda meio desnorteado pelo sono. O maravilhoso sonho em que eu era apenas mais um adolescente problemático e normal se foi, quando vozes apressadas e alteradas me despertaram, me fazendo levantar vagarosamente da cama.

Ainda era noite, provavelmente eu havia tirado apenas um cochilo. Encarei a porta tentando ouvir melhor o que as muitas vozes diziam, más, era quase como um sussurro, eu não entendia. Levantei e fui em direção a saída de meu quarto, abri gentilmente a enorme porta de madeira e saí em direção as escadas. Agora sim eu podia ouvir quase que nitidamente o que diziam.

- Ele vai morrer, é inevitável. Ou ele morre, ou nós morremos.- Disse uma voz feminina enquanto eu parava, já na metade da escada.

- É claro que não! Eu não vou deixar ninguém encostar um dedo nele, eu posso até morrer, más nele ninguém toca!- Reconheci a voz ameaçadora de Daniel tomar conta do lugar.

- Pode ser, más como você vai fazer para mantê-los longe? Não irá demorar muito para sentirem o cheiro do sangue dele.- Continuou uma voz masculina que eu não conhecia.

- Bom, se nos aliarmos a você, o que ganhamos com isso?- Disse a mesma garota de antes.

- Vida. Se não o protegermos os lycans conseguirão o que tanto desejam... Poder. Eles não vão apenas usar o que tem dentro dele pra destruir tudo, eles irão usar o sangue dele para ficarem mais fortes.- Outra garota tomou as rédias de maneira inteligente e sensata, mesmo que eu não soubesse do que falava.

- Exato. E bom, também não se trata só das nossas vidas, se tratam de milhares. Pensem o que eles poderiam fazer se pusessem as mãos nele, iria ser um verdadeiro inferno.- Disse Daniel.

- E se aceitarmos, o que faz você achar que poderemos contra tantos deles?- Falou a primeira garota, parecendo ainda do contra.

- Eu não acho, eu sei que podemos contra eles. Somos puros, eles são apenas imitações. Nós somos muito mais fortes que eles em todos os sentidos, e se nos aliarmos, ficaremos ainda mais. Eu não teria lhes trago aqui e pedido algo tão relevante se não acreditasse em vocês...- Daniel falou até com certa seriedade, bem diferente do que ele vinha me mostrado até então.

- É verdade. Eu também acredito na gente...- Falou uma voz que ainda não havia se pronunciado.

"Espera ai... Eu conheço essa voz!"- Pensei automaticamente descendo as escadas sem perceber o que estava fazendo.

Quando cheguei no último degrau, todos se viraram e olharam em minha direção, me fazendo quase ter um ataque do coração.

- Glean? A quanto tempo está ai?- Perguntou Daniel, franzindo o cenho.

- Ah, eu..? Hum... Desde o "ele vai morrer, é inevitável".- Falei tirando uma mecha que caía sobre minha testa. Uma garota de cabelos escuros e longos me olhou de cima à baixo e levantou uma das sobrancelhas, me olhando com desdém. Más, espera... Eu conhecia ela também. Era a garota que se atracou no pescoço do Daniel alguns dias atrás. Más o que ela estava fazendo ali? Pelo que eu sei essa reunião era apenas para... Ela era um lobisomem também?! Agora ferrou tudo!

Passei os olhos rapidamente pelo local, fazendo a varredura de cada rosto ali presente.

- Bom, Glean, esses são Nathan Forks,- Falou apontando para um rapaz de cabelos negros. Ele era um pouco mais alto que Daniel,(o que eu achei um exagero, já que Daniel já era alto demais) e mais forte também. Tinha uma expressão séria no rosto, más amigável.- Justin Drew,- Esse tinha cabelos de um castanho-avermelhado, até parecido com os meus, não era forte más também não era magro, e não era tão alto.- Audrey Santiago,- Audrey tinha cabelos de um loiro desbotado que se distribuía em longos cachos sobre os ombros. Ela usava óculos meio arredondados e roupas que a faziam parecer que havia acabado de sair de um rodeio, más seu corpo era escultural.- Kalle Farber,- Ele apontou para a piriguete que quase arrancou o pescoço dele na escola e ela sorriu falsamente. Acho que era visível no rosto de ambos os dois o desagrado de estarmos frente à frente.- E por fim, Victor Antoine.- Disse Daniel com cara de poucos amigos. Sim, aquele era o mesmo garoto que havia me chamado para sair no dia que tudo aquilo aconteceu. Victor... Ele ainda não havia me dito o seu nome. O quê aconteceu no outro dia foi tão rápido que nem deu tempo de nos conhecermos direito.

Ele me lançou um olhar-43 que quase me fez cair duro para trás. Seus olhos tinham um azul encandecente, praticamente brilhavam, pareciam duas piscinas das mais limpidas que existissem.

- Então, vocês aceitam formarmos uma aliança?- Prosseguiu Daniel me tirando de meus devaneios.

- Sim.- Todos responderam de imediato.

- Então agora somos quase como uma família. Eu sei que alguns de nós não nos davamos muito bem, más eu lhes peço que de hoje em diante todas as diferenças sejam esquecidas e que possamos ser verdadeiramente amigos, acima de tudo, verdadeiros companheiros.- Daniel parecia realmente saber o que estava fazendo. Ele estava tão sexy com aquela pose de intelectual, falava pausadamente e gesticulava como se fosse um verdadeiro líder.- Bom, só falta escolher o líder.

"Ops..."

- Você fundou a matilha, é matilha, não é?- Disse Justin, fazendo cara de interrogação.

- Pode ser, já que somos lobos...- Audrey respondeu.

- Então você, deve ser o líder. Vem de uma linhagem maior, é o mais forte entre nós, então... Não vejo porquê ser outro.- Continuou o rapaz franzino.

- Eu concordo.- Victor apoiou e logo depois se encostou no piano, me lançando um olhar rápido. Eu ainda estava aos pés da escada apenas os observando, não tinha coragem de me entrometer, então me sentei ali mesmo e continuei prestando atenção.

- Então está decidido, Daniel é o líder.- Nathan pôs um final aquilo e colocou as mãos nos bolsos.

- Obrigado, gente. Eu tentarei fazer o meu melhor, eu prometo.- Falou esfregando as mãos.

- Eu sei que vai.- Kalle se aproximou do meu namorado e lhe deu um beijo na bochecha, atracando suas malditas garras no meu homem.

"Ha-ham... Tira as mãos dele agora, sua cadela, ou eu as arranco fora com os dentes!"- Gritei em minha mente forçando o maxilar com raiva. Más eu não iria me rebaixar a tal nível, Daniel sabia que eu ainda estava ali, e eu queria ver o que ele ia fazer.

- Ah, eu quase esqueci...- Ele tirou os braços dela de seu pescoço e veio em minha direção, deixando uma cadela sangada para trás. Ele estendeu uma das mãos para mim e me puxou até os outros.- Eu queria dizer que eu e o Glean, bom, eu sei que somos primos, e homens... Más, eu descobri que estou loucamente apaixonado por ele, e acho bom vocês saberem que estamos namorando.- Eu fiquei com tanta vergonha que quase escondi a cara embaixo do braço dele. Meu rosto devia estar mais vermelho que um tomate.

- Oh, que bonitinho!- Falou Audrey parecendo uma garota de cinco anos que vê um gnomo de jardim pela primeira vez.

- Desejo felicidade aos dois.- Nathan sorriu e apertou a mão de Daniel, depois a minha. A mãos dele era tão grande que a minha parecia a de uma criança. Christopher também nos parabenisou e logo depois Victor se aproximou sorrindo.

- Parabéns.- Ele estendeu a mão para um aperto, más quando eu a segurei, ele a pegou e beijou olhando em meus olhos. Pude sentir o desconforto de Daniel com tal ato, pois, minha outra mão estava quase sendo esmagada, e seu corpo colado ao meu já dava sinais de que o incêndio interior do lobo já havia começado. Ele não disse nada a Daniel, apenas se virou e se juntou aos outros, próximo a porta da frente.

Kalle se aproximou sorrindo e parou em nossa frente com a expressão um tanto serena.

- Eu desejo... Sinceramente, que dê tudo errado na vida de vocês dois.- Seu rosto alegre se transformou em de raiva e o sorriso doce sumiu num piscar de olhos.

- Obrigado. Desejo o mesmo a você, querida.- Falei olhando em seus olhos. Se aquela pata-choca queria brincar, eu ia jogar o seu jogo com prazer, e se ela achava que eu iria perder, ela estava muito enganada.- Em dobro.- Terminei levantando uma sobrancelha e sorrindo. Ela retribuiu o sorriso falso e olhou para Daniel, fuzilando-o com os olhos, então foi na direção da porta.

Todos se foram e logo eu e Daniel nos viamos sozinhos ali, naquela imensa sala.

- Bom...- Ele suspirou me abraçando por trás.- Eles reagiram melhor do que eu esperava.

- É, com exceção da sua amiguinha, Kalle, não é?- Falei me apoiando em seu corpo.

- Hum, e o seu amigo, Victor? Ele também foi um anjo...

- Ele não é meu amigo. Eu só falei com ele uma vez...

- Sei, más ia sair com ele assim mesmo, não? E eu vi a intimidade de vocês quando ele beijou a sua mão, donsela!

- Ele só quis ser gentil, bem diferente da Kallinha!

- Kallinha?- Ele perguntou rindo.

- É o novo apelido dela. É a mistura de Kalle com galinha. Vocês também são bem íntimos, com direito a beijo no rosto, abraço e tudo.

- Ah, a Kalle... Eu queria te contar sobre isso, nós já fomos namorados.

- Hum... Deu para perceber que vocês já tiveram "algo à mais"...

- É, más foi à muito tempo. Nós não temos mais nada, agora eu sou apenas seu.- Ele beijou meu rosto e me apertou forte contra seu corpo definido.

- Parece que ela ainda não entendeu isso. Porquê você a chamou?- Perguntei sem querer parecer incomodado com o fato de ter que lidar com uma ex-namorada maluca, sempre no encalço do meu namorado, de agora em diante.

- Eu não tive escolha. Eles são os únicos lobisomem legítimos da cidade.

- Nossa, eu jamais imaginaria que algum deles fossem lobisomens, principalmente as garotas.

- É, alguns já moravam aqui quando eu e meus pais nos mudamos, outros vieram depois, como o tal do Victor. Eu descobri ele umas duas semanas atrás. Eu estava andando na rua quando senti um cheiro forte de enxofre, segui o rastro e vi ele se esfregando na grama, atrás da loja de roupas da Oprint 24.

- Se, o quê? Como assim se esfregando na grama?!- Eu quase caí na gargalhada com tal fato contado por Daniel. A imagem de Victor jogado na grama, se remexendo feito uma lagartixa me fazia querer rir até a semana seguinte. Más para Daniel não aquilo não parecia engraçado.

- Ei, é sério! A gente não faz isso porquê quer, a coisa dentro de nós nos força a fazer isso. Você acha que alguém ia querer uma coisa dessas em sã consciência?!- Ele me olhou sério, más nem a cara de zangado dele me fazia parar de sentir o riso forçando para sair.

- Desculpe...- Agora a imagem de Kalle fazendo tal coisa veio em minha mente com tamanha proporção que eu não aguentei, gargalhei tão alto que acho que o bairro inteiro ouviu.

- Urgt...- Ele rosnou incrivelmente igual a um cachorro, e então saiu me puxando em direção a cozinha.- Vem, eu estou com fome, e se você não parar de rir eu vou jantar você!

- Ai, lobão! Me morde inteirinho!!!- Gritei fazendo ele arregalar os olhos e sorrir.

- O quê é isso? Depois quando eu te pegar de jeito, não vem reclamar.- Falou ele fazendo cara de safado e me fazendo parar o meu ataque de "pelvis aflorada" e o encarar sério. Eu ainda não havia tido a minha primeira vez, e pensar nisso me causava arrepios. Não de ansiedade ou tesão, más sim de medo.- O que foi?- Perguntou, parecendo preocupado.

- Nada...

- Você ficou pálido de repente, o que aconteceu?

- Não foi nada, sério. Vamos jantar, eu estou morrendo de fome.- Mudei de assunto rápido e continuei o caminho até a cozinha, agora eu o puxando corredor adentro.

- O quê você quer comer?- Perguntei já olhando dentro da geladeira e em seguida para ele.

- Hum... Deixa eu ver...- Ele apoiou o queixo em seu punho fechado, fazendo cara de enjoo.- Pizza?

- Pode ser.- Assenti com a cabeça e peguei os materiais necessários para a massa.

- Existe pizza congelada, sabia?- Falou se aproximando da geladeira e retirando uma caixa de pizza do freezer.- É só por no forno. Simples, não?!- Ele sorriu convencido e eu fui ao seu encontro, parando alguns centímetros a sua frente.

- É, más quando se faz com as próprias mãos é mais divertido.- Peguei a pizza e joguei do freezer novamente.

- Tudo bem. Como queira, majestade.- Ele se curvou e fez sinal de reverência com uma das mãos na frente e a outra nas costas.

- Para, garoto! É sério.- Dei um leve empurrão em seu ombro direito e ambos começamos a rir.- Eu prefiro fazer à moda antiga.

- Tudo bem, se você prefere assim...- Ele me puxou pela cintura e colou seus lábios aos meus. Os lábios dele tinham um gosto doce que me faziam delírar. Aos poucos sua língua foi pedindo passagem e de imediato eu cedi, abrindo espaço para que aquela coisa quente e curiosa percorresse cada canto de minha boca. Logo a minha também entrava na dança sintronizada que ambos ensaiavamos tão prazerosamente. Seus braços fortes começaram a me apertar com tanta força que era como se nossos corpos pudessem se fundir a qualquer momento, seu corpo em chamas me dava ainda mais vontade de trazê-lo para perto e nunca mais soltar. Tudo estava em plena maravilha, até sentir meus ossos estalarem e um gemido alto de dor ecoar por todo o cômodo.

- Danie...- Minha fala foi impedida por uma pontada forte em minhas costelas. Ele se afastou e olhou em meus olhos, aflito.

- Glean, o que foi?- Quando seus braços me deram espaço de saída, a dor me fez cair de joelhos no chão e levei uma de minhas mãos ao local atingido, o pressionando com cuidado. Ele se abaixou imediatamente e segurou em meus braços, me dando apoio para não ir de rosto ao chão.- Glean, pelo amor de deus, o que aconteceu?!- Sua voz já se encontrava alterada. Eu queria responder, más não conseguia nem puxar ar para tal ação, qualquer movimento e parecia que minhas costelas iriam se quebrar.- Glean! Glean!!!- Sua voz agora era de total desespero. Seus gritos aos poucos foram ficando mais baixos e do nada, tudo começou a ficar escuro...

[...]

- Glean..?- Ouvir sua voz novamente era reconfortante. Por intermináveis segundos em que me vi caído ali à sua frente, senti que minha vida estava sendo tirada o mais rápido, e lento possível. Rápido porquê não passou de segundos e lento porquê eu o via, ali, desesperado e eu não podia fazer nada. Não podia me mexer e nem falar algo para tentar tranquiliza-lo, e o principal: se eu estava indo, eu queria ao menos ter lhe dito um último "eu te amo", coisa que eu não pude na hora.- Glean, está me ouvindo?

- Hum...- Gemi tentando me mexer, más de alguma forma, eu ainda não podia. A dor havia sumido, más eu ainda sentia um certo desconforto na região do tórax.- Daniel... Eu ainda estou vivo?- Perguntei sonolento.

- Claro que sim...- Abri os olhos lentamente e pude ver seu belo rosto me contemplando por ter algo tão lindo, tão perto de mim.

- O quê aconteceu?- Ele segurou em minhas mãos e as beijou em seguida, ele estava de joelhos ao lado da cama.

- Amor... Me desculpa, eu não queria te machucar... Eu nem me dei conta, quando eu vi... Bom, eu... Eu...- Pude ver lágrimas se formando em seus olhos negros, que reluziam em contato com a fraca iluminação do quarto.

- Ei, porquê você está chorando?

- Eu... Eu te machuquei...- Ele abaixou o olhar para a cama e gotas começaram a escorrer de seus olhos.- Desculpa...

- Do quê você está falando? Você não me machucou, eu que...- Eu tentava me lembrar do que havia acontecido, más não encontrava nenhum sinal de que ele havia me machucado, eu nem sabia de onde aquela dor veio.

- Não, fui eu sim. Más eu não queria, você sabe que eu nunca te machucaria... E-eu não, eu...- Ele começou a gaguejar e a olhar perdido para todos os lados.

- Ei, calma... Me conta o que aconteceu, devagar e sem chorar.- Ele respirou fundo e começou:

- Quando nós estávamos nos beijando, eu não sei o que aconteceu, eu perdi o controle da minha força e...- Agora fazia sentido as dores serem bem na região onde seus braços estavam na hora do beijo.- Você desmaiou, ai eu te levei para o hospital o mais rápido que eu pude e o médico disse que foi só u-uma, só forçou uma costela, más não foi nada grave.- Ele falou com a cara de cachorro abandonado mais linda do mundo.

- E você explicou o motivo disso?

- O motivo?- Ele fez cara de interrogação.

- É, o que a gente estava fazendo quando isso aconteceu...

- Ah...- Ele corou e sorriu envergonhado.- Falei. Eles precisavam saber para fazerem uma análise melhor do ocorrido...

- E você disse?- Sorri, já imaginando a resposta.

- Que nós estávamos dando um amasso gostoso e você começou a ficar todo mole de repente e capotou, me fazendo quase por as tripas para fora.- Ambos caímos na gargalhada e logo ele voltou a ficar sério.- Más, sério... Eu fiquei com muito medo... Eu achei que você fosse...

- Shiii...- Coloquei o dedo indicador em seus lábios, o fazendo ficar calado.- Eu estou bem agora.

- É, más... Eu disse que nunca iria deixar ninguém te machucar, e olha agora, eu que...

- Deixa isso para lá, ok? Você não fez porque quis.

- Ér... Más o médico disse que eu tenho que tomar cuidado. Se tivesse sido mais forte, eu podia ter quebrado uma costela sua, ou até mesmo a coluna...- Uma expressão triste tomou conta de seu semblante, enquanto ele olhava em meus olhos.- Eu sou o meu pior inimigo. Nem consigo beijar a pessoa que amo sem quase parti-la ao meio. Eu não posso mais te machucar, eu não vou aguentar se algo de ruim lhe acontecer; e principalmente: se eu for o motivo disso.

- Tudo bem, você não vai me machucar. Eu confio em você e eu sempre vou confiar.- Falei passando os dedos em seus cabelos escuros.

- Por quê? E se eu não for confiável, e se eu for o vilão e não o mocinho?

- Não é não. Eu sei que você é bom, você já me deu mais do que provas disso. O que tem aqui dentro de você,- Pûs uma das mãos em seu peito.- é muito mais forte do quê foi posto em você. O lobo não é quem você é de verdade. O animal aí dentro não comanda você, você comanda ele. E eu quero que saiba que o que quer que aconteça, você vai sempre ser o herói para mim... Meu super-homem.- Ele sorriu e se aproximou para um beijo, selando nossos lábios por longos segundos.

- Eu te amo, pequenino...- Falou sorrindo, com o rosto ainda próximo ao meu.

- Eu também te amo, xuxu.- Ele deu uma gargalhada anazalada e voltou a me beijar. Quando eu ia pedir passagem com a língua por entre seus lábios, ele se afastou subitamente e me encarou sério.

- O que foi?- Perguntei confuso.

- Desculpa... É que eu fiquei com medo de...

- Ei, calma. Você não vai me machucar, já disse.- Ele assentiu ainda relutante e se aproximou novamente, agora me dando um beijo profundo e calmo.

Continua...


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Comentários

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Lindo, espero que ele consigam o proteger você dessa ameaça, continua.

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Continue, por favor.. Estou amando esse conto, muito perfeito.. :3 eu entrei toda hora pra ver se você postou algo novo...

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