Amor VoraZ

Um conto erótico de Zombie Guy
Categoria: Homossexual
Contém 1154 palavras
Data: 14/09/2014 23:28:41

“Eu estava no banheiro da escola, chorando por causa daquele filho da puta, que dizia que me amava, mas ficava fazendo hora extra pelos banheiros da cidade. Caramba, eu gostava tanto dele, por que os homens são sempre tão filhos da puta? Tivemos uma briga feia no intervalo, eu o questionei a respeito do fato da Mariana, minha amiga, tê-lo visto entrando com um cara no banheiro do shopping, no dia anterior, e saindo depois de um tempo todo amarrotado. O infeliz nem teve a preocupação de negar, disse que me amava, mas não conseguia ficar só com um cara ao mesmo tempo, e por isso perguntou se eu não aceitaria ter um relacionamento aberto. Puta que o pariu, nós estávamos a seis meses juntos e só agora ele resolveu me contar que não consegue ser fiel?!

É melhor eu secar essas lágrimas e voltar logo para a sala, antes que algum idiota apareça aqui e fique fazendo gracinhas ‘ ai seu viado, tá chorando por quê?’ Não vejo a hora de passar no vestibular, me mandar dessa escola e nunca mais ver a cara daquele idiota. Estou me olhando no espelho, secando o rosto, quando ouço gritos vindos do corredor. No começo não dou muita atenção, as meninas do 9º ano parecem um bando de macacos no cio, e sempre gostam de vir ao banheiro em bandos. Mas logo percebo que não são elas que estão gritando, os sons são, por incrível que pareça, mais agudos e enervantes do que elas conseguem reproduzir.

Quando eu passei pela porta do banheiro, dei de cara com um bando de gente correndo sem rumo. Como não estava esperando por aquilo, perdi o equilíbrio e quase caí no chão, não deu para captar muita coisa, mas pela expressão em seus rostos, parecia que tinham acabado de ver o Diabo em pessoa. Não sabia do que eles estavam correndo, mas por instinto comecei a seguir a aquelas pessoas, ainda mais porque, se continuasse parado alguém provavelmente me derrubaria e eu acabaria pisoteado.

Fui correndo em direção ao portão, juntamente com alguns outros desesperados, mas comecei a perder o equilíbrio e por isso diminui um pouco a velocidade. Quando olhei em direção ao chão percebi que ele estava totalmente sujo com uma tinta vermelha, que meu cérebro logo processou como sendo outra coisa na qual eu não queria acreditar.

Ao chegar nos portões, notei com espanto, que eles estavam abertos, coisa que nunca tinha visto na vida, aquelas coisas só se abriam na hora de soltar o povo ou quando algum pai vinha buscar seu rebento. Notei muitas crianças das séries mais jovens correndo sem rumo pelo pátio e no jardim da entrada da escola, mais desesperadas do que o grupo no qual eu me encontrava, mas não vi nenhum professor tentando acalmar aquilo, na verdade, só agora notei que os monitores de corredor não estavam em lugar nenhum para controlar aquela bagunça, com suas expressões autoritárias e aqueles uniformes verdes que os deixavam parecidos com papagaios. Os gritos atrás de mim agora eram seguidos de gemidos estranhos, mas não me atrevi a olhar para trás para ver do que se tratava, só queria sair logo dali e me ver livre do que quer que fosse que estava fazendo todos correrem daquela maneira.

Quando cheguei ao portão de saída, senti um alívio tão grande que não consegui descrever. Os outros continuaram correndo por todas as direções, mas eu parei em frente à escola para tomar folego. Estava com as mãos nos joelhos, quando senti alguém se aproximando, pensei que fosse alguém oferendo ajuda, mas não era. Foi quando eu os vi pela primeira vez”

Acordei assustado, quase caí da árvore em que estava dormindo. Esse sonho/lembrança me persegue desde meu último dia como um adolescente comum, a quatro anos atrás, quando a vida se resumia a Xbox vs PlayStation ou Android vs IOS, quando minha maior preocupação na vida era se eu ia encontrar o cara perfeito com quem eu iria me casar.

Nada disso importa agora, não temos mais energia para jogar vídeo game ou perder horas no whatsapp, não me preocupo mais em encontrar o cara perfeito, por Thor, nem devem existir mais caras gays no mundo. Bom, até devem existir, mas nesse momento eles devem estar mais preocupados em comer o meu cérebro do que em aceitar um convite para jantar fora, até porque hoje em dia, eu seria o prato principal, e não é num bom sentido.

Tudo acabou muito rápido, em menos de seis meses a maior parte dos mais de sete bilhões de habitantes deste planeta foram reduzidos a um bando de seres descordenados cujo único objetivo na vida é atacar humanos saudáveis e torna-los membros do clube dos zumbis.

Em um dia, estávamos vendo na TV mendigos se atacando na Avenida Paulista de madrugada e no outro os cariocas estavam pasmos ao ver o calçadão de Ipanema tomado por essas coisas em plena luz do dia. As medidas de proteção dos governos foram um completo desastre. Ninguém estava preparado para aquela situação, nem o mais assíduo fã de The Walking Dead estava pronto para encarar o que se seguiu. As pessoas morriam aos montes na tentativa de escapar das cidades e das manadas de infectados. São Paulo era uma metrópole com mais de 20 milhões de habitantes. Quando a abandonei, posso dizer com quase toda certeza que a cidade não tinha mais que poucas centenas de sobreviventes.

Bem, eu me chamo Fernando, tenho 20 anos, sou moreno, olhos castanhos, tenho 1,76 metros de altura e não posso dizer meu peso com exatidão, já que não temos muitas balanças funcionando atualmente, mas tenho um corpo legal, nem gordo nem magro, definido pela natureza, nem preciso dizer que não há academias abertas pelos caminhos que venho seguindo.

Eu sobrevivi porque praticava esgrima desde criança e minha habilidade com espadas me permitiu decepar a cabeça de muitos infectados nesses anos. Prefiro seguir meu caminho sozinho, essas coisas parecem sentir o cheiro de humanos a quilômetros e quanto mais de nós juntos, mais forte o cheiro fica, e nós sabemos como isso termina...

Estou a quase um ano sem me encontrar com uma pessoa saudável ou com um acampamento de sobreviventes.. Isso não importava muito, as pessoas não são mais legais como antigamente, acho que todas elas foram comidas, e não há muito mais o que se fazer hoje em dia a não ser sobreviver. Durmo em cima de árvores ou qualquer outro lugar em que os infectados não possam chegar e não transo a exatos quatro anos. Mas isso está prestes a mudar.

Personagens que irão aparecer na história:

Júlia: ex-patricinha, com um QI que faz Einstein parecer um idiota.

Felipe: tinha 11 anos quando o mundo acabou e não teve muita sorte neste admirável novo mundo.

Jonas: ex-playboy, com um QI normal, que adora carros.

Espero que gostem, deixem seus comentários e opiniões !!!


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Comentários

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Oh, meu Deus! Eu adoro zumbis. *-* Por favor, continue. Essa estória tem cara de de ser cheia de açao e muito sangue. Enfim, por favor, nao desista do seu conto. Continue!!! Até mais. Beijos.

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Cara, foi um começo bem legal e eu adorei! Continue logo! Sua temática e seu conto prometem!

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Legal! gostei mesmo.

Continuaaa adoro coisas anormais.

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