My Heart Is Open - Epílogo

Um conto erótico de Joey
Categoria: Homossexual
Contém 1902 palavras
Data: 11/08/2014 00:59:33
Última revisão: 19/10/2014 11:38:11

Boa noite, galera da CDC! Eu sou um leitor antigo aqui do site, mas nunca consegui postar um texto meu... Eu comecei muitas histórias, me empolguei rápido demais e desisti rápido demais, também. Mas eu sinto que esta aqui vai ser diferente. O primeiro capítulo foi muito mais explanatório do que interessante, porém eu espero que vocês confiem em mim: eu ainda vou fazer esse circo pegar fogo, ok? Haha

Boa leitura! ;pMeu nome é João Pedro e eu nunca fui um adolescente que chamava atenção por ter um físico atraente, ou um rostinho bonito, longe disso. Eu era gordinho e não me considerava nem um pouco atraente. Mas, ainda assim, eu conseguia me destacar. Eu era simpático e sempre tentava ser amigo de todos, desde o Nerd espinhento do primeiro ano, ao cara mais descolado e desejado da escola. Eu fraternizava com as patricinhas oxigenadas e as feministas que se recusavam a usar maquiagem. Mas, havia uma única pessoa com quem eu realmente importava, Luiza, minha melhor amiga desde que eu consigo me lembrar.

Porém, graças ao meu corpo, eu era muito inseguro e raramente tinha coragem de me relacionar amorosamente com alguém. Pra ser sincero, eu achava que ninguém fosse querer ficar comigo. Então instintivamente quando alguém demonstrava outros interesses eu automaticamente me fechava e mandava-a embora.

Com relação à minha orientação sexual, no ensino médio, isso era ainda mais intrigante. Eu era sabido do meu desejo pelos homens. Mas, mesmo assim, não conseguia admitir isso à mim mesmo e, consequentemente, à qualquer outra pessoa.

Pra complicar mais a situação, eu já havia namorado duas garotas e não tinha encontrado nenhum problema relacionado ao desejo pelo corpo delas, muito pelo contrário. Por isso, pra eu me sentir melhor, na minha cabeça eu gostava de me taxar como bissexual. Afinal, ser bissexual é melhor do que ser somente homossexual, não?, eu perguntava-me. Mas depois de refletir por pouco tempo eu sabia que preferia os homens, às mulheres.

Obviamente, por conta de toda insegurança que eu sentia, demorou um bom tempo pra confirmar essa teoria.

No segundo ano do colegial, Luiza e eu tínhamos ido ao aniversário de um amigo, em uma das baladas da nossa cidade. Como sempre, cinco minutos depois de nós termos chegado, Luiza já estava se atracando com um cara X, enquanto eu estava no balcão do bar, tomando uma coca-cola (Patético, eu sei, mas eu era assim, fazer o quê?!).

Algum tempo depois, quando eu já estava cogitando achar a Lu para irmos embora, um cara bonito que aparentava ter uns 19 anos veio perto de mim e puxou assunto, apresentando-se como Lucas. Não me lembro muito bem sobre o que conversávamos, eu não estava dando muita bola. Tuesday, October 14, 2014Na minha cabeça, ele só era mais um cara que queria minha ajuda com alguma amiga minha. Mas, ao decorrer da conversa, ele começou a dizer que eu era muito bonito e que não devia estar dando sopa, solteiro, na balada.

Lógico que eu comecei a estranhar a situação. Nunca, nunca mesmo, alguém me elogiava de graça, muito menos quando esse alguém era outro homem. Mesmo quando eu estava afim de ficar com uma garota, era eu quem tomava as iniciativas.

Pedi a Lucas pra ir embora caçoar de outra pessoa, mas ele insistia dizendo que me achava realmente bonito e que não ia pra lugar algum. Depois disso, por motivos que até hoje não entendo, deixei a conversa fluir naturalmente.

Mas, afinal de contas, ele era muito lindo e… eu sempre quis experimentar como era beijar um homem.

Em um momento, eu estava rindo de um comentário que Lucas tinha feito sobre a roupa de uma garota e, no outro, nós estávamos nos beijando. Foi simples assim.

Com certeza, o beijo do Lucas era totalmente diferente do beijo das garotas que eu já tinha ficado. Era mais afobado. Rústico. Mais quente! Era como apreciar uma Queima de Fogos no ano novo, eu não conseguia, e não queria, perder a concentração enquanto desfrutava daquele momento mágico.

A sensação que eu sentia ao segurar e apertar seus braços enquanto nossos corpos se encontravam era ótima. Tudo era ótimo.

Enfim, nós ficamos o resto da noite juntos e, quando eram umas três horas da manhã, Luiza me arrastou pra casa. Eu e o Lucas não trocamos nenhum contato, eu não queria nenhum envolvimento mais profundo (afaste esse pensamento do Exú da sua cabeça, meu jovem, eu estou no momento inocente da história, ok?) e ele também não.

A partir daquela noite eu assumi a minha realidade. Eu era, sim, homossexual. E por incrível que pareça depois daquela noite com o Lucas, o meu desejo por garotas morreu.

Eu também tive que me abrir pra Luiza porque ela tinha visto eu e o Lucas… E, não me surpreendendo tanto, ela me apoiou imensamente. Eu sabia que eu podia confiar nela. Eu queria confiar nela. Nós sempre fomos assim: um suportando o outro.

Mas eu só me revelei pra Luiza, não contei pra mais ninguém. Nem para os meus primos mais próximos, nem mesmo pra minha mãe, a quem eu contava quase tudo.

Nesse clima renovado, chegou o temido terceiro ano do ensino médio. Fuvest, Vunesp, Comvest e Enem eram as únicas coisas que eu podia e devia pensar naquele ano.

O curso dos meus sonhos era Relações Internacionais e a Universidade de São Paulo tinha um dos melhores cursos do país. Luiza também queria muito fazer USP, mas almejava curso de Arquitetura. Devido a dificuldade do vestibular, nós decidimos acrescentar um curso preparatório noturno na nossa grade de estudos.

Então, essa era a nossa meta: estudar que nem um bando de jovens asiáticos pra conseguirmos passar no vestibular.

Mas eu não queria somente passar, eu queria recomeçar a minha vida durante aquele ano do Capiroto. Resolvi fechar a boca para os deliciosos chocolates que eu guardava em todos os cantos e usar o único tempo “vago” que eu tinha na academia.

Diversas vezes eu pensei em desistir de tudo: da USP; do corpo magro dos meus sonhos; e de uma nova vida.... Mas, sempre que eu tinha esses declives, Luíza me focava de volta para as minhas metas.

E não pensem vocês que ela também não tinha suas recaídas, muito pelo contrário! Só o que bastava era um exercício de física elétrica mais complicado pra ela jogar os cadernos no chão e mandar tudo a merda. Mas, assim como ela fazia comigo, eu a alinhava de novo nos trilhos.

O primeiro semestre de 2012 passou voando. Meu décimo oitavo aniversário, que aconteceu no começo de Junho, foi comemorado de uma forma bem acanhada, só com os meus amigos mais próximos e alguns familiares. Por minha opção, é claro. Porque se dependesse da minha mãe, Helena, ela convidaria toda a cidade e contrataria o Luan Santana pra cantar o meu parabéns. Mas, graças a Iemanjá, isso não aconteceu.

Ok, eu posso ter exagerado um pouquinho, mas minha mãe tendia, sim, a ser bastante escandalosa.

E o meu pai? Ah, sim, eu esqueci de contar sobre esse detalhe… Minha mãe e ele nunca se casaram e, antes mesmo de eu nascer, eles se desentenderam.

Desculpe, eu pareci ouvir você balbuciando um “sinto muito”? Entenda, meu pai é meio que… Bem, ele é um grande otário.

Ele já se casou umas 5 vezes, mas só teve mais um filho, Caio, que é mais novo que eu. Eu o vejo, no máximo, umas 4 vezes por ano. E olha que ele mora na mesma cidade que eu.

Pra mim, meu verdadeiro pai fora meu avô materno, mas, infelizmente, ele falecera há dois anos.

Minha mãe se casou com o meu padrasto, Francisco, quando eu era pequeno e eles estão juntos desde então. Eu gosto do Francisco, ele é um cara legal e com certeza merece a minha mãe, que é uma excelente mulher. Quando eu tinha quatorze anos, pedi-lhe uma irmã, mas não foi isso que ela me “presenteou”! Em vez de uma irmã, ela me deu mais um irmão! Um absurdo, não? Mas tenho que admitir que, mesmo sendo uma peste, eu amo muito meu irmãozinho Matheus, que tem apenas quatro anos.

De volta à vida de dois míseros vestibulandos: Luiza e eu nos inscrevemos em diversas faculdades, até mesmo umas no exterior, mas a nossa mais cobiçada continuava sendo a USP.

O Enem, como sempre, foi o primeiro vestibular e nós fomos muito bem. O que nos animou bastante porque a maioria das Universidades utiliza a nota do Enem, mesmo que em uma mínima porcentagem, para seus processos seletivos.

Depois do Enem, todos os finais de semana e, as vezes, até mesmo dias de semana, nós tínhamos vestibular. Essa verdadeira tortura se prolongou até o final de dezembro.

O estresse estava à tal nível que eu emagreci muito mais… Eu não mais era o gordinho da sala e, graças a isso, as pessoas falavam muito mais sobre mim. Muitas garotas vinham conversar comigo com novas intenções e até alguns garotos também, mas eu continuava a ignorar todo mundo.

Luiza estava muito feliz por mim, sempre dizendo que eu estava muito mais bonito e blá-blá-blá. Eu tinha de fato completado um desejo primordial que eu sempre tive, mas a vaga no curso dos meus sonhos eu ainda não havia conquistado e era só nisso que eu pensava.

No final de Novembro ocorreu a Fuvest… Eu não fiquei muito satisfeito com meu desempenho e a Luiza também não. Porém, graças a Santa do Vestibulando eu e a Luiza conseguimos passar para segunda fase.

Nessa altura do campeonato, nós já havíamos concluído o Ensino Médio e a nossa formatura foi única (E cheia de histórias bem cabeludas, aliás, mas agora não é tempo pra contar sobre isso). No final do ano, Luíza me chamou, mais uma vez, pra passar o Natal e Ano Novo com a família dela, em Minas, e assim foi.

Quando voltamos à nossa cidade, já em janeiro de 2013, tivemos apenas uma semana para revisar nossos estudos… Em seguida, ocorreu a segunda fase da Fuvest. Dessa vez, Lu e eu nos sentimos muito mais confiantes.

Nesse clima de dever cumprido, a minha mãe e a mãe da Luiza, Dona Marcia, nos presentearam com uma viagem à Nova Iorque, só pra nós dois, embora a condição financeira da minha mãe não fosse muito bem positiva. Elas nos disseram que merecíamos um descanso, muito bem merecido. Minha mãe também disse pra eu atualizar todo meu guarda-roupas, já que eu tinha emagrecido tanto e a maioria das minhas roupas estavam muito largas. Entendam, eu nunca fui o tipo de pessoa consumista. Pra ser sincero eu gostava de ser simples, nunca liguei pra roupas ou acessórios de marca. Mas eu tive que admitir que precisava, realmente, de roupas novas.

Já fazia quase um mês que eu e Luiza estávamos viajando, quando recebemos a notícia que havíamos passado na USP!

Eu não acreditava que nós tínhamos conseguido. Era tudo o que mais queríamos! Estar na melhor Universidade do país, na capital de São Paulo… Tendo uma chance de começar a formular nossas próprias vidas!Eu lhes garanto que a dinâmica textual dos próximos capítulos será bem mais divertida e repleta de personagens novas! Ah... Também não se apeguem muito no Lucas, o papel dele nessa história já foi cumprido.

Mais tarde vou postar um capítulo inédito...

Deixem seus comentários! Beijos, beijos e até mais!


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Comentários

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Espero mas gordura no texto esse esta magro de mas

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gostei muito da introdução,voce escreve muito bem esperando anciosa pelo proximo beijo seu lindo.

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Adorei! Muito! Foi super divertido de ler e bem informativo. Dez e continue logo! ;)

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