Capítulo 5
Victoria não desceu para o café da manhã, Anna estava com uma camisa regata branca, onde mostrava o sutiã preto por baixo. Dyoxe não disfarçou o olhar de excitação no seio redondo, Anna olhou para elecom raiva, recebendo um sorriso debochado, sacana.
- Menina, está linda. Quase uma mulher, olha só tudo isso! - Apontou para os seios dela. - Precisamos ter uma conversinha sobre sexualidade.
- Pervertido! Nojento!
Anna pegou uma maçã e saiu, iria correr no lago próximo à mansão. No caminho se lembrava de ter uma padaria, pararia lá para tomar seu café da manhã, pois, aceitar as gracinhas de Dyoxe logo de manhã não dava.
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Rafaela acordou atrasada, suada, balançando a cabeça negativamente.
- Isso não vai acontecer!
No sonho ela beijava Anna na boca, a penetrando sentada em seu colo.
Tomou um banho rápido, trocou rápido, pedalou rápido para o trabalho. Fazendo tudo rápido, mais uma vez só podia acabar esbarrando em alguém ou algo... Na entrada da padaria trombou com uma pessoa, o encontro dos olhos não surpreendeu Anna, ela sorriu.
- De novo? Rsrsrs.
- Ah não, você. Estou atrasada, desculpa.
Rafaela conversou com Seo Zé na cozinha, pediu para mandar outra pessoa atender Anna, mas uma das funcionárias não havia chegado, então ele ficaria no balcão e Rafaela atenderia as mesas. Devido ao horário matutino não tinha muitos fregueses, Anna pediu várias coisas para Rafaela estar sempre por perto.
Anna não entendia o por que de gostar da companhia de Rafaela, já Rafaela estava se segurando para não pular em cima de Anna e rasgar a pouca roupa que ela estava usando.
- Sinceramente, não sei para onde vai tanta comida.
- Estou gorda? - Levantou a camisa, mostrando o abdômen.
- Ham... Não, claro que não. Estão me chamando ali. - Rafaela saiu com a respiração alterada. - Seo Zé, facilita vai!
- Tudo bem, depois dessa levantada de camisa eu tenho que fazer algo mesmo. Eu sempre te digo, você sabe que eu não sou preconceituoso com isso de você gostar de mulher, mas saiba separar trabalho de romance.
- Não há nada entre mim e aquela garota, porém ela pensa diferente. Então, vou ficar aqui atrás do balcão. Obrigado.
Seo Zé recebeu a conta de Anna, voltou trazendo um bilhete para Rafaela.
"Não sei o que está acontecendo comigo, nunca me senti atraída por mulher, e nem sei se estou. Parece confuso, é verdade. Não quero nenhum constrangimento entre nós, então, acho que merecemos nos encontrar sem ser nos esbarrando. O quê acha? Meu número: XXXX-XXXX Posso ser uma boa amiga."
- Ótima gorjeta, Rafa. - Sorriu.
- Não ri.
- Parei. Ah, deve estar sabendo do casamento do ano, Victoria e aquele alpinista social, Dyoxe.
- Todos na cidade sabem. - Revirou os olhos.
- Eu consegui exclusividade na escolha dos empregados para trabalhar na festa, além de fornecer parte da alimentação. Pelo o que vejo você quer manter distância da filha da Victoria, então nem vou oferecer uma vaga para você.
- Eu quero o trabalho. Não posso te desapontar, também preciso do dinheiro. Anna vai estar bem ocupada, não vai incomodar.
- Fico contente de contar com seu serviço. O trabalho será...
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Dyoxe acordou Victoria com um beijo na boca, super carinhoso, a levou para o banheiro, onde a banheira estava preparada para um banho romântico.
Victoria se sentia muito mal, as lembranças em sua mente eram vagas, apenas a marca em seu braço confirmava sua suspeita de ter se drogado mais uma vez com os produtos que Dyoxe fornece.
- Pára! Eu não quero. Me larga!
- Tá saciada com a foda que deu ontem, né? Eu não! O trouxa do seu noivo ficou em casa te esperando, e agora, abre as pernas sua vadia, e cala a boca.
Victoria tentou sair da banheira, Dyoxe puxou ela pelos cabelos para dentro da banheira, a penetrando forçadamente à princípio.
- Putinha, safada, é de machão que você gosta. - Se movimentava sobre o corpo dela, sufocando o pescoço.
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Anna viu a mãe debilitada ao descer a escada, a ajudou a chegar ao sofá do salão principal, na entrada da mansão. Victoria procurava modelos de vestidos em revistas de grife famosas. Seu dia, o segundo e último casamento tinha que ser especial, uma comemoração única, memorável, afinal Dyoxe não era nada parecido com seu pacato falecido esposo, ele quer ocupar a primeira página de toda mídia jornalística do país.- Mãe, tem certeza que quer se casar com esse cara?
- Anna, você ainda não está preparada para entender certas coisas. Seu pai foi e sempre será muito importante para mim, mas eu preciso de um novo companheiro.
- Mãe, podia ser qualquer um. Por quê ele?
- Eu gosto dele. Amor minha filha, é ilusão de adolescentes. Companheirismo, amizade, carinho, dedicação, união, confiança e várias outras coisas determina a estabilidade de um casal. Dyoxe não é um exemplo de homem, mas para mim ele serve, me completa. Entende?
- Mãe, eu não vou mais voltar aqui quando esse cara for seu marido. Estou começando achar que a única coisa que importa pra você é o dinheiro da minha herança, e mesmo assim você não tem livre acesso à ela, por isso me mantém por perto.
- Anna, querida, sei que tudo para você é visto de outra maneira, só não inventa uma história escabrosa. Se estiver esgotada psicologicamente, me diga, posso cuidar para que tire umas férias na clínica do meu amigo.
- Uhf! Victoria, dinheiro não é tudo. Ainda vai se arrepender de todo o mal que causou na vida das pessoas que te amava. Com licença.
Anna abriu um litro de vinho no quarto, ligou o som do rádio no último volume, pulando em cima da cama.
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Dyoxe comprou um ursinho de pelúcia, um panda, mandou embrulhar para presente, pagando o valor do produto, mais uma alta contia de gorjeta para a vendedora bonita.
Duas ruas abaixo, casa número 30, Michele e Paula o esperava. A latinha de cerveja gelada foi a primeira coisa entregue à ele assim que chegou à casa. Paula vestia uma blusa transparente, sem sutiã, saia, sem calcinha, do jeito que seu amante gosta.
- Cadê a menina?
- No quarto, tá passando desenho.
- Trouxe um presente pra ela.
- E pra mim?
- Pra você minha gostosa, um agradinho, rsrs. - Tirou do bolso um maço de dinheiro e entregou à Paula, abrindo a calça. - Não tenho muito tempo, hoje vou tirar as medidas pra porcaria do terno do casamento.
Paula guardou o dinheiro em uma gaveta e ajoelhou diante dele, entre suas pernas.
Michele ouviu os gemidos, tampou os ouvidos, queria que aquilo acabasse logo. Seu pai vinha, "ficava" com sua mãe, lhe dava um presente sem importância, conversavam alguns minutos e ia embora. Frio, mecânico, sua mãe sempre dizia para tratá-lo bem, afinal, ele pagava a casa, a comida, roupas, os remédios, o plano de saúde,para tratar a doença rara que Michele tinha, os estudos, Dyoxe era o provedor acima de tudo.
"Homem eu arrumo em qualquer lugar, sua mãe é gostosa, mas pagar bem como o babaca do Dyoxe nenhum pagava."
Ouviu o barulho da porta se abrir, Michele sentou na cama.
- Oi, menina.
- Oi, Dyoxe.
- Quando vai me chamar de pai?
- Já disse isso pra essa retardada, mas ela é muito burra. Vou te dar uns tapas, já falei com você várias vezes pra chamar o Dy de pai.
- Calma, deixa a menina.
- Com a idade ela fica mais lesada, se fosse sadia já teria aprendido algo da vida, porque pobre novinha rende um bom dinheiro na esquina.
Dyoxe deu um tapa no rosto de Paula.
- Minha filha não vai ser uma puta como a mãe dela ou a avó, eu vou cuidar dela. Sempre cuidei. Sai daqui! Sai do quarto, quero falar com minha filha em paz.
Paula saiu, batendo a porta com força e raiva.
- Hoje é seu aniversário de 15 anos, te trouxe um presente. - Colocou o urso na mão de Michele. - Eu queria poder te dar uma festa, mas você sabe que eu vou me casar daqui uns dias e eu estou muito ocupado. Michele eu só quero que você saiba que eu te amo muito minha filha, tudo que eu faço desde que você nasceu é pensando em seu bem-estar. Sua cegueira não vai te impedir de ter uma vida normal, nem sua doença. Depois que eu casar e poder movimentar os bens de minha futura esposa, vou comprar uma casa pra você e você vai operar. Você vai ficar bem Michele, eu te prometo.
- Obrigado por tudo.
- Eu falei sério. Eu posso ser um monstro com os outros, mas nunca faria mal a você. A Paula, tem te tratado bem? Se tiver alguma queixa me diga.
- Ela é uma boa mãe, estou sendo bem tratada, Dyoxe.
- Tudo bem. Tenho que ir agora, parabéns Michele. - A abraçou e beijou no rosto antes de sair. - Não bata na minha filha, se eu souber que relou um dedo pra machucar a Michele, eu quebro suas duas mãos, dedo por dedo, osso por osso com uma marrenta. Você me conhece e sabe que não é uma ameaça vã.
- Nunca bati nela.
- Ok. Ligo quando for vir de novo. Precisando de algo relacionado à garota me liga.
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O casamento seria em 3 dias, deixar tudo pronto em tempo iria ser uma tarefa complicada. A prova de roupas para os noivos foi desgastante. Anna estava inojada com a aparência de felicidade do casal.
Nenhum sinal de Rafaela, melhor assim, sem laços afetivos, logo ela iria embora e esquecer essa palhaçada toda.
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*Tudo pode acontecer em um dia, este dia é determinado o Dia D*