Henri Charrière, no seu famoso livro “Papillon”, relata que, na ilha do Diabo, onde se encontrava preso, os recentemente convertidos ao homossexualismo só pensavam em sexo. Não faziam outra coisa. Bem, na época em que eu descobri a delícia de chupar uma pica, aconteceu o mesmo comigo. Eu dormia pensando no próximo encontro com o cabo Martinho; acordava ansioso e assim passava todo o dia.
Nossos encontros não eram diários. Dependiam do seu turno de trabalho. Isso me condenava a uma angustiante espera que me levava a me masturbar com muita frequência. Eu só pensava “naquilo”.
Como já contei, o pretexto eram as lições de casa, nas quais ele me auxiliava.
Mas, nos últimos dias, eu ficava muito distraído enquanto ele me explicava os problemas de matemática ou outra matéria. Meu pensamento voava.
Ele propôs então um método de estudo muito agradável.
— Vamos fazer assim — disse ele quando me sentei. — Primeiro, você chupa; depois estuda.
— Legal! — exclamei.
Ele ficou em pé, eu baixei seu calção e abocanhei a pica.
— Você chupa cada vez melhor — elogiou ele.
Eu me esmerei. Chupei com vontade, movimentando a língua e mamando como um esfomeado. Ele gemeu e gozou abundantemente. Delícia.
Minutos depois, tendo satisfeito meu desejo, estávamos passando as lições e minha mão pousou sobre seu calção. O pau imediatamente reagiu, endurecendo.
— Agora sou eu que não consigo me concentrar — reclamou ele em tom de gracejo.
Eu ri, satisfeito da vida, puxei seu pau para fora e fiquei segurando.
— Seu Martinho — perguntei —, o senhor sente a minha falta quando eu não venho?
— Sinto, sim — respondeu. — E eu bato punheta pensando nessa boquinha deliciosa e nessa bundinha que, aliás, faz tempo que eu não vejo.
— Não seja por isso — disse eu levantando-me e baixando o short.
— Ai, que bundinha... — murmurou ele alisando as minhas nádegas com lascívia. — Posso encostar o pau?
Eu disse que sim, porque eu também gostava. Ele terminou de tirar o meu short, deixando-me nu da cintura para baixo, mordiscou minha nádegas, depois começou a esfregar o pau, indo e vindo no meu reguinho. Indo e vindo. Até que senti a dureza da pica em contato com o meu ânus.
— Tô louquinho pra meter nesse cuzinho — disse o cabo Martinho. — Posso?
Como dizer não? Apoiado na mesa, eu empinei bem a bunda e senti a pressão que fazia a pica, tentando abrir caminho entre as minhas pregas virgens. Aquilo era novidade, gostei.
— Vamos lá na cama — disse ele.
Ele tinha mais ou menos planejado tudo. Só estivera esperando a oportunidade. Por isso estava munido de um creme lubrificante que ele passou em mim e em seu membro.
— Nem acredito que eu vou tirar um cabacinho — disse ele empolgado enquanto eu me posicionava de forma a lhe dar a melhor visão do alvo para o qual sua pica apontava. De bruços na cama, com as pernas bem abertas e a bunda empinada, aguardei aquele que foi o momento mais importante da minha vida. Eu estava ansioso, mas não temeroso. E adorei sentir novamente a pressão da pica abrindo lentamente minhas carnes macias e nunca desfrutadas. Lentamente, sem retroceder, o cabo Martinho foi enfiando seu cetro rígido, que dilatava meu cuzinho em seu caminho para o prazer. Um prazer que foi nosso. Doeu um pouco, é verdade. Mas não reclamei e senti a pica deslizar para dentro do meu orifício, que a acolheu inteira. Maravilha. Apoiando-se com as mãos no colchão, uma em cada lado do meu corpo, o cabo Martinho movimentava o pau para frente e para a trás, friccionando um ponto que hoje sei ser a próstata.
— Tá gostando? — perguntou.
— Eu estou, e o senhor?
Ele estava adorando. Pudera, não é sempre que se encontra um cuzinho jovem e virgem para satisfazer essa tara que tem todo macho de querer ser o primeiro. Mas o cabo Martinho era um macho especial, a quem me entreguei com toda a naturalidade decorrente de uma relação que começara devido à minha curiosidade. Eu admirava sua pica, gostava de segurá-la na mão, de chupá-la. E passei a gostar de tê-la dentro de mim, dilatando meu cuzinho, massageando e proporcionando prazer para ambos.
E assim foram nossas relações nos seis meses que antecederam sua transferência para outra cidade. Eu mamava em sua pica, tomava o leitinho. Aguardava. Uma ou duas horas depois, ele tirava a minha roupa, acariciava meu corpo, me beijava e me penetrava com carinho e suavidade.
Senti muito a sua falta quando ele foi embora. Mas eu já tinha aprendido as lições, por isso não fiquei muito tempo sem os prazeres que ele me ensinaraEste e outros relatos fazem parte da Coletânea “Ele & Ele”, que pode ser acessada seguindo este link:
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