Eu empurrei ele.
— Tu nunca mais encosta o dedo em mim, senão eu quebro a tua cara.
— Para de frescura!
Engraçado, quando a gente tá com raiva de alguém um “ai” diferente parece ser a pior coisa do mundo. Eu segurei ele pela camisa e o encarei:
— Frescura não! Isso se chama raiva, tô puto contigo! — o empurrei de novo.
— Eu sei que tu tem o direito de ficar com raiva de mim, mas me deixa explicar o que aconteceu.
Eu respirei fundo e passei a mão pela boca.
— Rodrigo, a gente não tem mais nada pra conversar, me deixa ir embora, por favor.
— Não, tu não vai até me ouvir.
— Ouvir o quê? Como tu foi um filho da puta do caralho comigo?
— Como é? Por que tu enche a boca pra dizer que eu fui filho da puta contigo? Tudo o que eu fiz lá era porque eu tava solteiro e tu mesmo fez questão de deixar bem claro isso, quando tu fez aquela palhaçada toda no apê do Renato. Agora tu vem me cobrar algo que não existia? Vá se fuder, eu que digo.
— Tá certo, realmente tu tá certo em tudo o que tu disse. Então por que tu quer me explicar algo sendo que a gente não tem nada há seis meses? Tu seguiu a tua vida, eu que fui idiota em ficar aqui te esperando. Mas é errando que a gente aprende, né?
— Caralho Vinícius, pelo amor de Deus cara, tentar entender — ele segurou meu rosto e me olhou – Aconteceu cara, quando eu vi já tava gostando dela.
Não aguentei e dei o soco mais forte em toda a minha vida nele. Ele caiu no chão.
— Olha, a partir de hoje eu morri pra ti, finge que tu nunca me conheceu. Se tu me ver na rua, nem olha na minha cara porque é isso que eu vou fazer! Ah, já ia me esquecendo, Feliz Aniversário!
Deixei ele lá, quando eu ouvi um barulho de metal, olhei pra trás e vi que ele tinha chutado a porta da loja. Ele entrou no carro e saiu igual um doido cantando pneu.
Porque a vida é assim? Queria tanto que aquilo tudo fosse um pesadelo, mas infelizmente não era, me encostei na parede de uma casa perto da rua de casa. Tava querendo, gritar, socar, matar, mas o que tava conseguindo era chorar mesmo.
— Não, eu não vou chorar, ele não merece mais nenhuma lágrima minha.
O Seu Jorge pareceu lá na frente.
— Vinícius, é tu? Tu ouviu esse barulho?
— Foi um doido que deu um chute ali na porta da loja e foi embora!
— Esses vagabundos!
— Bem, vou indo nessa, falou Seu Jorge!
Entrei na minha rua e tava um silêncio, isso era por volta de uma da manhã. Me sentei no murinho de casa e fiquei pensando em como seria ver ele todo dia, na rua de casa, na faculdade. Eu teria que ter sangue frio. Quando eu vi, o carro do papai tava entrando com o Rafael dirigindo, ele parou na garagem e saiu, veio com um sorriso sem graça.
— Desculpa?
— Rafael, Rafael...
— Vocês brigaram? — ele sentou do meu lado.
— Por que teve que ser assim?
— Bora lá pra casa, anda.
— Não, vou me deitar.
— Que deitar porra nenhuma, vem.
Ele pegou na minha mão e me puxou e foi quase me arrastando, eu comecei a rir.
— Só tu mesmo pra me fazer rir.
— Então mais um motivo pra ti ficar perto de mim!
Nós fomos pro terraço da casa dele, ele pegou cerveja e dois copos pra gente. Tava uma noite quente de São João.
— Bora fazer um brinde, Príncipe?
— Bora. A nós?
— É, a nós! — falei. Ele tirou a camisa e sentou de frente pra mim – Caralho, tô tão matando cachorro a grito que eu te achei gostoso pra caralho agora!
— Cara, a gente tem que arrumar isso porque tá foda! – nós começamos a rir – Tu também não é nada mal, tá mais presença, mais forte!
— Presença? Porra, pode falar que eu tô gostoso mesmo.
— Vai tomar no cu!
A gente ficou bebendo e rindo. Em pouco tempo tinha ido umas sete latinhas e como eu já tinha bebido antes, fiquei relaxado e o Rafael é, digamos, fraco pro álcool e o que entregava que ele tava porre era os olhos dele que ficavam bem pequenos. Ele me falou sobre a primeira vez dele e disse que quase correu da menina porque ela era tarada. Não aguentei e ri tanto, mas tanto, que chorei.
— Ai, Príncipe! – me levantei e olhei pra piscina – Ei, bora tomar banho nessa piscina?
— Tu queres?
— Mas claro!
Tirei minha camisa, os sapatos e a calça ficando só de cueca. Corri e me joguei, a água tava perfeita. Ele veio logo atrás.
— Que maravilha! — falei.
— Quase não uso ela.
— Porque tu é besta.
— Como é? — ele veio pra cima de mim e começou a me afogar. Agarrei-o e coloquei minhas pernas envolta da cintura dele e os braços sobre o pescoço. Na mesma hora ele parou e ficou sério.
— Que foi, Rafael?
— Nada não — ele tirou minhas pernas e os braços dele e foi pra beira da piscina.
— Qual é a frescura?
— Nada não, só que fiquei tonto, acho que é a cerveja.
— Rafael olha pra mim e diz que foi a cerveja! – ele não olhou – Porra, Rafael olha pra mim, caralho!
Ele virou e ficou me olhando, a boca dele tava vermelha por causa da água os olhos dele estavam mais claros por causa do cloro da piscina. Fui chegando mais perto, só que ele abaixou os olhos. Coloquei minha mão no queixo dele e levantei o rosto para mim.
— É o que eu tô pesando?
— Não sei, não sou adivinho cara! – ele deu um leve sorriso.
Tirei minha mão do queixo dele, passei pelo rosto e fui virando de costa, quando ele segurou meu braço e ficou de frente pra mim, colocou a outra mão na minha cintura me fazendo encostar no corpo dele. A outra mão que tava no meu braço ele colocou a mão na minha nuca.
— Tentei, mas não dá mais! — e me beijou.
Um beijo completamente diferente do primeiro. Era com mais desejo, intensidade na medida certa. Resolvi curtir o beijo. Os nossos corpos se roçavam na água, no meu caso foi inevitável não ficar de pau duro, ele me encostou na borda da piscina pressionando o corpo dele no meu, foi lambendo meu pescoço me fazendo gemer. Ele percorria com as mãos as minhas costas até a minha bunda, eu
passava a mão pelo peito dele e as costas. Quando a buzina de um carro nos fez afastar, aí eu vi o que eu tava fazendo.
— Não, isso tá errado, a gente é amigo!
— Não tá, eu sei que tu quer também! – e voltou a me beijar.
Mas outra vez a buzina do carro e em seguida o celular dele começou a tocar. Ele saiu da piscina e foi atender.
— É o Rodrigo.
Ele atendeu.
— Fala cara, tô sim por quê? Ah é tu buzinando? – ele foi até a porta e olhou – Beleza, tô indo aí, falou!
Ele me olhou e riu.
— Ele quer falar comigo, vou lá embaixo!
— Vai lá, até imagino o que seja!
— A gente tem que conversar depois!
Ele foi andando só de cueca azul e eu não aguentei.
— Que bundinha, hein!
Ele começou a rir.
Fiquei pensando no que tinha acabado de ocorrer e logo depois me veio o Rodrigo na cabeça, a pior coisa é isso, quando tento esquecer algo e do nada essa coisa vem na cabeça. Bebi a cerveja que tava no meu copo e fiquei esperando o Príncipe voltar. Quase dez minutos depois ele apareceu vestindo um short e com uma toalha na mão.
— Demorou.
— Pois é.
Já conhecia ele tão bem que percebi que ele não queria falar sobre a conversa.
— Não vai mais entrar?
— Até entro, mas bora conversar primeiro.
Eu saí da piscina só de cueca e ele me olhou da cabeça aos pés.
— Cara, que corpo é esse?
— Para, Rafael!
— Sério mano, tu tá com um corpo perfeito, meu velho!
— Me dá essa toalha logo! – peguei, me sequei e sentei na frente dele. Vi que ele tava meio que nervoso.
— Olha Príncipe, o que tu for me falar, não vai mudar nada entre a gente!
— Cara, eu gosto de ti muito mais que um amigo pode gostar de outro amigo! – e falou isso olhando pro chão.
— Tem certeza disso? – ele balançou a cabeça confirmando — Não precisa ficar com vergonha, olha pra mim.
Ele me olhou e eu vi que os olhos dele estavam cheios de lágrimas, aquilo me deu um aperto no coração...
— Desculpa! — ele disse.
— Pelo quê?
— Por te colocar nessa situação. Por mim tu nunca ia ficar sabendo, porque eu sei que isso é coisa da minha cabeça, vai passar! – ele falou aquilo com um leve sorriso no final.
Acho que o problema era eu, só pode! Será que todo cara que chegasse mais próximo de mim ia se apaixonar?
— Tá viajando?
— Pensando só!
— Olha, não quero que tu veja o que eu te falei como obrigação. Cara, se a gente continuar a mesma coisa que sempre foi acho perfeito. Só não quero que tu deixes de fazer as mesmas coisas que tu fazia comigo só porque agora tu sabes que toda vez que tu chegas perto de mim meu coração acelera e que a cada toque, sinto uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Tudo na mesma, viu?
Não aguentei e ri, fui até ele e o abracei.
— Te amo, Príncipe!
— Também, cara!
Depois daquela conversa eu fui pra casa e na minha cama fiquei pensando nos últimos acontecimentos e me veio uma frase da vovó que sempre ela falava quando via novela e alguém era traído. A frase era a seguinte "Nada melhor que um amor novo pra curar um amor antigo"
— Por que não?
II
No outro dia eu acordei feliz, mesmo não tendo motivo, mas acordei. Tomei meu café e fui malhar, quando saí de casa dei de cara com a namorada do Rodrigo. Realmente ela era linda e me olhou e
deu um bom dia. Eu tinha todos os motivos pra não gostar dela, mas de tudo o que tinha acontecido, ela era a menos culpada. O Rodrigo que tinha "algo" comigo foi ele que me "traiu".
— Bom dia!
— Vinícius, né?
Na hora eu gelei, parei e olhei pra ela.
— Sim e o teu?
— Brena. O Rodrigo falava muito de ti.
Na hora me deu um nó na garganta! Respirei fundo e tentei manter a naturalidade.
— Quer dizer que eu tô famoso, espero que ele tenha falado coisas boas — dei um sorriso pra ela.
— Sim, e uma coisa que ele me disse que agora eu tenho certeza que é verdade!
— O que?
— Que quando tu ri, aparece duas covinhas na tua bochecha.
Sorri pra ela, quando ele apareceu na hora me veio a raiva.
— Bom, deixa eu ir malhar, Brena, né? Senão eu perco a vontade, bom dia!
— Bom dia!
Não era ele que ia estragar meu dia, malhei pesado e na volta encontrei o Rafael.
— Bom dia, Príncipe!
— Bom dia! – a gente ficou se olhando, até que rimos.
— Tá indo pra onde?
— Na padaria.
— Hum...
Ele riu e disse:
— Quer ir lá comigo?
— Sim!
Nós fomos e na volta ele me disse que tinha sonhado comigo.
— Eita, o que foi já!
— Não passa nada pela tua cabeça?
— Credo Rafael, que nojento!
— Porra, não controlo meus sonhos, cara — ele riu.
— Mais foi bom?
Ele me olhou nos olhos.
— Tive que trocar o lençol da cama quando eu acordei!
Aquele papo tava me dando tesão.
— Bora muda de assunto, por favor!
— Ficou animado, é?
— Vai pra merda!
Chegando em casa eu tive que bater uma pra aliviar. À noite na faculdade teria as minhas duas últimas provas e depois férias. O Guga me ligou perguntando se eu tava por lá e que queria falar comigo, fiquei esperando ele na cantina.
— Moço bonito, moço formoso! — disse.
— Agora tu quer, né? Mas quem não quer mais sou eu.
Me levantei e dei um abraço nele.
— Já disse o quanto eu fico puto contigo quando tu some assim, vagabundo?
— Tu só quer saber do Príncipe, porque é Rafael pra cá, pra lá.
— Ciúme é isso mesmo!
— Se eu fosse a fim de ti ainda, até que poderia ser.
— Vai tomar no cu, vai Guga!
— Me diz como tu tá.
— Bem, por quê?
— Só bem?
Entendi no que ele queria chegar.
— Ah cara, ele seguiu com a vida dele, eu que fiquei aqui esperando por algo que não voltou.
— Vocês já conversaram?
— Eu e ele não temos nada o que conversar!
— Tu gosta dele ainda?
— Gustavo, eu fiquei esperando por ele por seis meses numa seca do cão, e não vai ser em quatro dias que eu vou esquecer!
— Se quiser uma ajuda tô aqui — ele passou a mão pela minha coxa e riu.
— Para com isso.
— Aliás, porra, me diz que fermento é esse que tu tá usando!
— Caralho, eu só criei vergonha na cara e comecei a malhar todos os dias, no lugar do sexo entrou a academia.
— Não sei por que tu ficas com raiva, muitos caras dariam tudo pra tá com o teu corpo. Tu tá com tudo no lugar cara, principalmente a bunda.
— Vai tomar no cu! – me levantei rindo – Tô indo nessa!
— Diz que tu levantou pra mostrar essa bunda gostosa, vai — e deu um tapa nela.
— Só não te meto a porrada porque eu sei que não me garanto.
— Ainda bem que tu sabe, mas bora que eu te levo em casa!
Ele me deixou na esquina de casa, aproveitei e fui na sorveteira. Quando tava saindo dei de cara com o Rodrigo, ele ficou na minha frente parado me olhando.
— Com licença? – ele continuou parado me olhando – Dá pra ti sair?
Ele se afastou e eu passei, mas não teve como não sentir o perfume dele. Acho que eu dei dez passos no máximo quando ele me alcançou.
— Bora conversar, por favor?
— Rodrigo, de novo esse papo?
— Só te peço dez minutos e nada mais, e se depois tu nunca mais quiser olhar na minha cara, eu te entendo.
— Tudo bem!
— Bora sentar ali?
A gente sentou um de frente pro outro e com o reflexo da luz no rosto dele eu vi que o soco que eu tinha dado nele deixou a marca!
— Tu tem sim todo o motivo do mundo pra me odiar, ter raiva de mim. Também sei que o que eu fiz não foi honesto, eu deveria ter te contado no exato momento que eu vi que tava apaixonado por ela!
Apaixonado? Ele disse apaixonado? Sim, ele tinha dito.
– Mas o caso é que eu não achei justo te contar isso pelo telefone, tu não deveria saber dessa forma.
— Então tu resolveu trazer ela e me mostrar pessoalmente, fiquei extremamente feliz pela consideração.
— Não Vinícius, claro que não. Eu queria te falar pessoalmente, mas tu chegou naquele momento e eu fiquei sem reação, não sabia como eu ia te falar isso. Não queria te fazer sofrer.
— Mas foi a coisa que tu mais fez quando voltou!
— Será que tu nunca vai me perdoar?
— Não vai dar Rodrigo, infelizmente não dá, cara!
— Será que tu não consegue manter a nossa amizade?
— Não, eu não consigo e sabe por quê? Porque eu não conseguiria ver outra pessoa te tocando, te beijando fazendo tudo o queria fazer e sabe por quê? Porque infelizmente eu ainda te amo!
Me levantei e deixei ele lá, quando fui chegando perto de casa vi o Rafael sentado no murinho. Ri para ele, que riu de volta.
— O que tu faz aqui, rapaz?
— Queria te contar uma coisa!
— O que?
— Arrumei um emprego.
— Sério? Que foda Rafael! Aonde é?
— Na —ele falou o nome da construtora.
— Que foda! Vai ganhar quanto?
— O suficiente pra te sustentar!
— Olha que eu sou caro, cara. Pergunta pra mamãe e pro papai!
— Vou indo nessa, a gente se fala amanhã, depois do trabalho.
— Vai lá rapaz trabalhador! – ele me deu um abraço.
Logo após entrei em casa e como eu tava de férias fiquei vendo série. Quando eu reparei ia dar três da manhã e como eu não ia conseguir dormir resolvi descer e respirar um pouco, a noite tava até agradável. Fiquei ali na frente de casa sentado, quando eu ouvi o barulho de música baixa, com o silêncio dava pra ouvir. O som vinha da casa do Rodrigo era Jorge e Mateus que tocava, só não
conhecia a música. Até que não ouvi mais o som da música, uns cinco minutos depois a luz da frente da casa dele acendeu e ele apareceu só de short e abriu o portão.
— Bora Flip, vem.
O Flip saiu correndo pela rua e quando o Rodrigo me viu ali sentando ele parou e ficou me olhando. Me assuntei com o Flip em cima de mim me lambendo.
— Ei Flip, seu cachorro safado!
— Bora Flip, vem! – o Rodrigo chamou o cachorro, ele saiu do meu colo e entrou na casa dele.
O Rodrigo fechou o porto e veio na minha direção.
— Sem sono?
— Tô.
— Quando eu tava lá as vezes eu imaginava essa cena, tu aqui sentado, pensando na vida!
— Rodrigo...
— Não, tu pode falar o que for, mas eu não vou desistir de ti. Porra, pode parecer até perseguição, mas eu gosto de ti Vinícius.
— Se tu gosta de mim como tu diz, me dá esse tempo cara. Tu não vê que eu não consigo ficar perto de ti?
— Tudo bem, eu entendo e vou esperar.
Uma semana depois, com o com o início das férias, meus pais viajaram e iam passar o mês todo fora. O Rafael trabalhava de segunda à sexta, pegava às 9 e saía as 16 horas. Acho que me esqueci de dizer que nesse período o Renato tava viajando a trabalho.
No primeiro final de semana eu fiquei em casa não quis viajar pra canto nenhum. Na sexta à noite o Rafael apareceu lá em casa com uma garrafa de vinho — sim, ele gosta!
— Alguma comemoração?
— Não, mas eu pensei, não tô fazendo nada e também sei que tu tá na mesma então bora beber que é melhor!
— Com certeza, mas vou tomar um banho primeiro e enquanto isso, na geladeira tem queijo, presunto essas coisas, prepara pra gente.
— Beleza!
Demorei acho que uns vinte minutos no banho. Sabe aqueles dias que tu tira o sujo até de onde não tem? Então, foi um banho daqueles, vesti uma bermuda e uma camiseta e desci.
— Porra, bateu quantas punhetas?
— Cinco e ainda tô com tesão.
— Palhaço. Olha, fui lá em casa e peguei uns ovos de codorna também.
Me sentei do lado dele, ele colocou o vinho na taça (sim, taça) e me olhou rindo.
— À nossa amizade!
— A nós!
A gente ficou bebendo, comendo e falando besteira. Tenho que confessar sou fraco pra porra no vinho e em três taças já tava meio tonto.
— Porra, coloca uma música cara— disse o Príncipe.
— Ali do lado do som tem um pen drive com umas músicas do papai.
Ele foi lá e colocou e começou a tocar.
— Isso é Um barzinho e um violão!
— É, o papai curte!
Ele voltou e sentou do meu lado e ele tava com os olhos murchos.
– Tu tá porre? — perguntei.
— Que mania é essa de dizer que eu tô porre, seu chato!
Coloquei meu braço no pescoço dele, e com isso o rosto dele ficou bem próximo do meu.
— Ô neném, fica assim não.
Ele deu um sorriso fofo, fiquei olhando pra boca dele tão vermelha e tão perto de mim que eu não resisti e o beijei. Na mesma hora ele retribuiu o beijo que começou doce e foi se transformando em puro desejo. Ele tava em cima de mim no sofá, tirei a camisa dele e passei a mão pelo peito, ele tirou a minha e beijou meu peito, depois meu pescoço e a minha boca, já sentia o pau dele duro pressionando o meu.
— Bora lá pra cima?
Senti que ele travou com o que eu disse.
— Tem certeza?
— Eu que te pergunto, tu tem certeza?
— É o que eu mais quero.
Eu fui na frente e ele veio atrás, quando a chegou na porta do meu quarto ele me abraçou por trás e mordeu meu pescoço e ficou roçando o pau na minha bunda. Quase gozo com aquilo.
— Caralho, tu é muito gostoso! – ele sussurrou no meu ouvindo.
Eu abri a porta do quarto, mal entrei fui logo tirando a bermuda e ele também a gente ficou só de cueca. Ele veio até mim e segurou meu rosto.
— Quero que essa noite seja especial, tanto pra ti, quanto pra mim! — e me beijou, me deitou na cama, veio por cima de mim e passou o nariz pela minha testa, foi chegando nos meu olhos, passou pela minha boca e foi até meu pescoço, e com a boca colada no ouvido disse: — Teu cheiro é algo extremamente excitante — e mordeu me fazendo gemer.
Eu passei a mão pelas costas dele, ele segurou minhas costas e me puxou me fazendo ficar de frente pra ele, peguei no pau dele e tirei pra fora da cueca. O pau dele era tão bonito, branco com a cabeça rosa e grande, nada exagerado. Me deitei na cama segurando o pau dele que tinha um cheiro bom, passei a língua pela cabeça fazendo ele gemer, comecei a chupar com certa vontade, ele segurou minha cabeça e foi controlando a velocidade. Chupei as bolas, ele puxou minha cabeça e me beijou.
— Eu te quero pra mim! – disse ele.
Dei uma camisinha pra ele, que colocou e foi forçando o pau em mim. Quando a cabeça passou, eu me agarrei no pescoço dele, senti uma dor fina, havia me esquecido de como doía.
— Quer que eu pare?
— Não, continua.
Ele foi metendo o resto até que senti os pelos dele, aparados, encostados na minha bunda. Ele começou a meter com calma e quando eu vi já tava rebolando com ele metendo, ele segurou minhas pernas com o braço e ficou metendo. Comecei a gemer e com isso ele aumentou a velocidade. No quarto só se ouvia os nossos gemidos. Ele tirou o pau, me pegou, me virou e me pôs de quatro e meteu.
- Caralho! — falei.
Ele segurou meu cabelo e puxou minha cabeça pra trás, aquela transformação dele era algo maravilhoso pra quem tava há muito tempo sem sexo, ele tirava o pau todo e metia com força, me fazendo sentir dor, mas muito tesão. Ele mordeu minha orelha e disse:
— Tô quase gozando.
— Eu também.
Eu aumentei a punheta e ele a velocidade e em menos de um minuto ele de um urro e mordeu meu ombro, a dor da mordida me fez gozar no lençol da cama. Ele caiu por cima de mim com o pau ainda dentro, eu tava exausto e ele também. As nossas respirações eram compassadas, ele tirou o pau de mim e ficou de peito pra cima e eu de costas pra ele.
— Muito melhor que no meu sonho — ele disse e riu.
Eu me virei e fiquei de frente pra ele, a cara dele de felicidade era algo prazeroso. Ele passou a mão pelo meu cabelo e depois me puxou me fazendo deitar no peito dele, senti o coração dele ainda batendo rápido. Então eu pensei comigo: Um novo amor pra curar um amor antigo!
Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad / Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.
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