Luke sorriu e me deu um beijo, satisfeito. Eu estava apreensivo, mas queria aquilo afinal Luke era tão lindo, eu o amava tanto...
– Vai devagar, por favor – pedi, olhando fixamente em seus olhos.
– Hoje só quero te dar prazer.
Nos beijamos e Luke me puxou por cima dele, enquanto eu o beijava minhas mãos percorriam toda a extensão do corpo de Luke, eu podia sentir cada detalhe, cada músculo, cada centímetro daquela perfeição.
Comecei a beijar o tórax de Luke, carinhosamente, dei uma mordida de brincadeira e ele riu, fui descendo mais, chegando em seu abdome. Luke não era excessivamente sarado, não fazia nem de longe aquele estilo “bombado”, ele simplesmente tinha o corpo todo definido, e era perfeito, nem magro e nem gordo.
Bem, eu estava em seu abdome, lindo, enquanto beijava eu brincava com os gominhos e ele já estava sentindo cócegas, parei. Peguei em seu pênis. Não era algo gigante, e eu e Luke nunca medimos, a julgar pelo tamanho do meu deve ter 19cm (vou medir), mas é bem grosso. Comecei a massagear de leve, Luke suspirava alto. Eu já via aquela lubrificação natural saindo, a cabeça brilhava, coloquei na boca. Não tinha nenhum “sabor” especial, não tinha cheiro algum, só o do sabonete, mas era interessante, macio...
Fiquei (blowjobbing?) por um tempo até que Luke começou a se contrair, respirar fundo e eu sinto muito esperma na boca! Muito mesmo, escorria um pouco. Eu olhei para a cara dele, eu não queria engolir aquilo.
– Pode ir ao banheiro Marc – ele disse, rindo um pouco.
Fui correndo e cuspi, lavei a boca. Não tinha um gosto ruim, era levemente amargo, mas não era ruim só que... Eu não sei! Não cogitei a ideia de engolir, aquilo não me parecia “certo”. Bem, como eu sou maníaco eu fui ao banheiro, lavei a boca, escovei os dentes e usei Listerine, o gosto não saiu completamente mas amenizou. Lavei o rosto também, tinha “respingado” algumas gotas em meu rosto e quis limpar. Esquisito, quando molhou ficou mais grudento, enfim, lavei com um sabonete da Bliss que eu tinha levado para lá.
– Oi Luke – eu falei, com vergonha de ter feito tudo aquilo.
– Vem pra cá Marc.
Deitei na cama e ele me abraçou e deu um beijo.
– Se você tivesse me falado que não gostava eu tinha te avisado antes, para não ir na sua boca.
– Eu... eu nunca fiz isso Luke, não sabia como é, desculpe. E desculpe também por ter feito tudo isso, eu não tenho nojo de você mas... não sei, eu não consegui.
– É normal, tem pessoas que gostam e tem outras que não gostam. – ele respondeu – Vamos fazer assim? Dormimos juntos hoje e, talvez, amanhã a gente continue.
– Eu queria hoje mas... Que droga! Por que eu sou tão inseguro? – deitei no torax de Luke e comecei a chorar, ele esperou um pouco eu me acalmar e me disse a coisa mais linda do mundo.
– Estarei sempre ao seu lado, para o que você precisar, e vou te apoiar em qualquer decisão. Eu nunca vou te forçar a nada, para falar a verdade simplesmente estar ao seu lado é o suficiente para mim, eu nunca te pediria nada mais.
– Obrigado – eu disse, e abracei ele forte.
– Além disso – Luke começou – nós vamos morar juntos e ter muito tempo para fazermos o que quisermos.
Não sei exatamente o que aconteceu, mas acordamos extremamente atrasados, tão atrasados que eu fui para a escola de taxi e Luke foi direto para o trabalho. Eu fui comendo um donut e tomando um café, Luke eu nem sei se comeu algo.
Chegando na escola a campainha já tinha tocado, todos os alunos estavam entrando e quando eu cheguei na porta da sala o professor havia acabado de entrar.
– Por favor! – Implorei, não queria perder a aula.
Ele simplesmente bateu a porta na minha cara, fiquei morrendo de ódio. Fui para a direção e expliquei tudo, que tinha me atrasado e blá blá blá, a diretora não me puniu ou coisa parecida, me mandou simplesmente aguardar na biblioteca até o próximo horário.
Eu obedeci, definitivamente não precisava de mais problemas. Quando cheguei na biblioteca fiquei pensando sobre o que fazer, peguei o jornal da escola, que era um lixo, mas com o tédio que eu estava qualquer coisa poderia me distrair.
Quando abro o jornal, na segunda página, tinha uma foto de Zac, ele tinha tomado uma quantidade absurda de Valium e estava internado!
Eu fiquei consternado! Como assim? Eu não gostava dele, ele era um cretino, ele quase estragou meu relacionamento mas... era Zac! Eu fiquei preocupado. Mandei uma mensagem para o celular de Brigitte implorando para ela me encontrar.
Na mesma hora ela saiu da sala e veio para conversarmos.
– Brigitte, o Zac tentou se matar!
– O quê?! Como assim, você só pode estar brincando!
– Não... ele, ele – eu não conseguia raciocinar direito – tomou uma caixa de remédio e teve uma overdose! Por favor, me passa o telefone dos pais dele, eu preciso saber como ele está!
Brigitte me deu o número e eu liguei para a casa de Zac, sua mãe não trabalhava.
– Olá, tudo bem? Aqui é Marc, amigo de Zac, nos conhecemos no hospital.
– Oi – sua voz era triste.
– Como Zac está?
– Ele está bem, conseguimos levar ele ao hospital a tempo, mas se tivesse demorado mais – ela começou a chorar.
– Tudo bem! Ele está no Mont Sinai?
– Não, ele está aqui em casa – disse, ainda chorando.
– Posso ir visitá-lo? Por favor.
– Pode, talvez um amigo faça algum bem para ele.
Liguei para Luke e expliquei tudo para ele, que quase me proibiu de ir, mas eu precisava ir, e ele não aprovou, mas não disse mais nada. Eu me acertava com ele depois, eu precisava de ver Zac.
Cheguei na casa de Zac e subi para o seu quarto. Ele estava deitado, o rosto bastante pálido, os olhos fundos e escuros, nem de longe estava o menino bonito que era.
– Olá Zac.
– Marc! – Ele disse, se levantando.
– Não Zac! Não se levante! – Fui correndo e sentei perto da cabeceira da cama.
– Obrigado por vir.
– Por que você fez isso, seu idiota? – Dei um tapa na cara dele – Você sabe como eu me sentiria culpado se tivesse acontecido alguma coisa? Você não pensa na sua família? Na sua mãe? Você tem ideia de como ela está sofrendo?
Nessa hora eu já estava completamente transtornado, com ódio de Zac!
– Eu não tinha mais sentido para viver.
– SENTIDO? SENTIDO PRA VIVER? A sua vida é perfeita! Você tem pais que se amam, é o sonho de 9 entre 10 meninas de Manhattan, todos os meninos querem ser iguais a você e claro! Você vai para Brown assim que se formar, é claro que vai conseguir uma vaga! E me diz que não tem sentido para viver? Você tem a vida dos sonhos!
– Nada disso importa para mim Marc.
O tom de voz dele era “flat”, sem emoção, as palavras simplesmente saíam da boca dele.
– A cada dia te odeio mais Zac.
– E a cada dia eu te amo mais, mas nunca vou ser digno do seu amor, e tudo isso porque eu sou um idiota, sou o responsável pelo meu fracasso.
– Para com isso Zac! Você não é gay! Você não me ama, você só pode estar delirando!
– Acha que eu não pensei nisso? Quando comecei a sentir isso por você eu te desprezava, era mais fácil ficar distante de você, mas algumas coisas aconteceram e nós nos aproximamos. Eu vi o quão especial você é, vi quanto você pode ser bom. Nem que eu vivesse 1000 anos eu seria digno do seu amor.
Era surpreendente como as palavras simplesmente fluíam da boca de Zac, sem uma entonação especial, sem emoção, ele simplesmente falava. Eu não podia ficar mais ali, simplesmente não conseguia! Eu não aguentava ouvir aquilo, agora Zac era um maníaco psicótico com tendências suicidas que pensava ser apaixonado por mim? Saí do quarto dele batendo a porta. Saí da casa dele sem nem me despedir da mãe dele.
Peguei um taxi e fui até a firma onde Luke trabalhava, eu precisava falar com ele. Fui até a sala dele e expliquei tudo o que tinha acontecido, e esperei uma reação explosiva de ele querer matar Zac, mas simplesmente assentiu com a cabeça.
– Vamos almoçar – Luke falou – terminamos de conversar lá.
– Você almoça, eu não estou com apetite para comer nada!
Saímos da firma e fomos a um restaurante, onde Luke me disse algo que simplesmente me chocou.