Queda 06

Um conto erótico de Rafael
Categoria: Homossexual
Contém 1136 palavras
Data: 28/01/2014 01:30:43

ESPAÇO DO AUTOR: Acho que essa parte ficou confusa, mas vai ser esclarecida nos próximos contos, as coisas nem começaram a acontecer, o romance muito menos. Espero que continuem acompanhandoLuis Otávio me deixou sozinho no quarto, eu com certeza tinha muito no que pensar, mas estava cansado e então resolvi dormir. Acordei no outro dia no horário habitual, bem cedo, apesar de não ter aula sempre acordo cedo pois nos dias que não vou a faculdade sempre tive muito o que fazer, ali eu não teria nada a fazer. Tomei banho, me vesti, desci as escadas e estavam servindo o café, todos ainda dormiam mas em breve Natália e Gustavo estariam acordados. Eu havia me acostumado a minha humilde vida, onde apenas tomava café preto e comia pão de manhã e partia pra andar alguns quilômetros pois só podia pagar por um ônibus, havia me acostumado a trabalhar todos os dias, ter a atenção chamada e abaixar a cabeça pra meus superiores pois não era fácil a vida. Não tinha ali mais aquele garoto rico, eu não me lembrava quase nada deste garoto. então dá pra s imaginar que eu estava amuado em um canto quando desceram as escadas pra tomarem o café.

— Está meio tristonho meu filho? — Disse Gustavo me enquanto estávamos sentados a mesa.

— Não é nada, estou acostumado com a minha casa.

Ele não respondeu, não havia o que dizer, e o tempo talvez remediasse todas as feridas. No final da tarde ele me deu as chaves de um carro e um cartão de crédito, recusei o máximo que pude e acabei sendo obrigado a aceitar. Não tendo mais nada pra fazer numa mansão onde eu sentia que não era parte da família, resolvi dar uma volta de carro. Fui pra minha antiga casa, pensei na vida sentado no sofá que eu havia terminado de pagar as prestações um mês atrás, lutei e sofri tanto pra conseguir aquele humilde espaço a meu gosto, sim, era muito humilde, mas eu o amava e não me sentia como um garoto rico de teria que ser de agora pra frente.

Cheguei em casa na hora do jantar, Luís Otávio não estava, eu não havia o visto o dia todo, pensei em esperá-lo chegar e então fui pra sala e assisti TV, se passaram várias horas, ás duas da manhã resolvi me deitar e dormir.

Ás quatro da manhã um barulho terrível de garrafas batendo uma nas outras me assustou, desci as escadas e ali estava Otávio com alguns amigos, uns da faculdade onde estudávamos, inclusive o infeliz do Tiago, o Luan e o Miguel, estes que me infernizavam o tempo todo.

— O que esse veadinho faz aqui? — Perguntou Tiago com uma voz típica de alguém bêbado.

— Esse ai é filho do Gustavo, o que tinha sumido. — Respondeu Otávio, o ‘esse ai’ foi um tanto quanto rude, não gostei nada do comportamento e forma na qual se referiam a mim.

— Então quer dizer que o mendigozinho na verdade é herdeiro do Dr. Gustavo? — Riu Miguel num canto também bêbado.

Era humilhante, mas só o começo, uma garota loira que também notei ser da faculdade entrou na sala só de biquini.

— Otáviooo, não vai pra piscina com a gente? — Ela disse dengosa.

Aquilo era nojento, como eu poderia ter sido tão idiota pra me envolver tão rápido com um cara que nem conheço direito? A garota ria de mim na escada, eu estava paralisado, estava doendo em mim tudo aquilo, então segurei as emoções e subi em silêncio, tranquei a porta do meu quarto e tentei dormir, embora só tivesse tentado.

Não sei que horas caí no sono, acordei ás seis e quarenta da manhã e me arrumei pra faculdade, alguém já havia batido na porta duas vezes porém preferi ignorar, ás sete e vinte saí já arrumado e com a bolsa nas costas, não parei pra tomar café. Luís Otávio me viu enquanto atravessava a sala em direção a porta de saída, correu atrás de mim.

— Preciso falar contigo!

— Estou atrasado.

— Hoje as aulas começam ás oito, lembra?

— Tenho compromisso pra antes delas, mas obrigado por lembrar.

Continuei indo, entrei no carro e antes que ele pudesse abrir uma das portas as travei, dei partida e apertei o botão de acionamento do portão automático, saí com calma, embora tivesse que enfrentar a peste na faculdade.

Dirigi por alguns minutos, estacionei num café no centro e pedi um cupcake, enquanto comia um rapaz me encarava do outro lado do estabelecimento, muito bem vestido, um corpo definido embora não bombado, cabelos castanhos, barba por fazer e tinha aparentemente uns vinte e dois anos de idade, os olhos verdes, uma boca vermelha e carnuda. Eles estava com um notebook e vestia roupas sociais, provavelmente era alguém importante dentro de alguma empresa, quando notou que eu também o encarava sorriu. Não sei o que estava fazendo, perdi tanto tempo que saí as presas do local, entrei no carro e virava a esquina quando notei pelo retrovisor que o rapaz também havia saído, olhava para os lados, talvez me procurava. Mas tarde demais.

Cheguei na faculdade no inicio da primeira aula, em ponto, o professor havia acabado de entrar, todos se focaram em mim apesar eu sempre chega antes e ficava quieto, agora eu estava bem vestido e com um cabelo diferente. Me sentei em silêncio, ouvi vários cochichos, uma mão tocou meu ombro, era ele!

— A gente precisa conversar.

— Não tenho nada pra falar.

— Então vai ficar sem falar comigo?

— Acho que vou. Agora me dá licença que preciso prestar atenção.

Foram várias tentativas de contato durante o intervalo, neguei a todos. Resolvi ir embora no fim do primeiro período, mas lembrei que teria que o encontrar em casa. Fiquei pensativo do lado de fora da sala de aula, eu precisava retomar minha vida e esse cara faria parte dela, então resolvi que iria enfrentar tudo de cabeça erguida, eu não havia chorado, sou forte e isso não passava de mais uma queda.

Peguei o telefone e liguei para Gustavo.

—————————————————

Já na parte da tarde ele tinha tudo organizado, ele resolvei me assumir novamente como filho, queria que eu conseguisse meus documentos originais, meu nome no passado e que tudo que era meu voltasse a ser como antes. No fim da tarde Rafael havia morrido, meu nome voltara a ser Guilherme com a ajuda de um Juiz e algumas provas que já haviam sido recolhidas sobre minha mudanças de nome no passado. Então decidi voltar a ser o Guilherme, voltar a ser o doce garoto rico, sensível e amável que sempre fui. No meu quarto havia alguns diários que contavam a minha história, estavam dentro de uma caixa, era tudo de antes da bruta queda que eu havia tido, eu estava disposto a recuperar o tempo perdido, eu ia recuperá-lo.


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Torço muito por você, dê pelo menos uma chance do Otavio se explicar, e quem será esse novo rapaz? Continua...

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