A ESCOLHA - 2°TEMPORADA - PARTE 4

Um conto erótico de Wont Power Produções
Categoria: Homossexual
Contém 2454 palavras
Data: 04/12/2013 13:47:04
Assuntos: Gay, Homossexual

A ESCOLHA – 2°TEMPORADA – PARTE 4

JACK BRUNO

Viajar muito ás vezes me dá vontade de desistir do cargo de dono de uma das maiores redes de supermercados do Brasil. Agora estou em Recife. O problema é que todo o banco de dados da minha rede no Brasil inteiro foi invadido em apenas dois dias e não sabemos como e o que o malfeitor roubou do banco de dados. Esses problemas vão acabar comigo. Queria minha casa agora, minha família. O que será que eles estão fazendo agora? O que o Ronny está fazendo agora?RONNY

Eu nunca vi uma pessoa tão feliz como o garoto estava agora. Parecia que estava vivendo um sonho difícil de acordar. Na hora do jantar, quando nós dois nos sentamos á mesa gigante, ele encarou um quadro meu com o Felipe. “Quem é aquele que está com você ali naquele quadro?” – ele perguntou. Fiquei meio sem graça, mas falei á verdade. “É meu esposo”. Ele pareceu meio sem fala e sério. Pediu se podia ir para o quarto dele, então deixei é claro, não sou pai dele. Será que ele não quer mais morar aqui por que eu sou assim? Diferente?

Levantei do sofá com um pensamento de falar com ele no assunto. Eu tinha que falar. Fui até o quarto que ele escolheu para ficar e bati na porta. Ninguém respondeu nada. Rodei a maçaneta e a porta se abriu num estalo. Incrível. O quarto era grande á ponto de se perder ou não havia ninguém lá mesmo? Chamei o nome do Cristian várias vezes e ninguém me respondeu. Olhei pela janela imensa do quarto e pude ver ele sentado lá embaixo numa cadeira de praia na beirada da piscina. Já estava escuro, era por volta de umas 21h. Desci ás escadas e fui lá perto dele e me sentei numa cadeira do lado. Ele olhava á água cristalina da piscina. Ele estava sério, como se estivesse vendo seu passado ali.

Eu: Achei que estava no seu quarto.

Cristian: Desculpa, eu não queria ficar lá sozinho. É imenso eu queria ar livre.

Eu: Relaxa a casa também é sua agora.

Ele continuava olhando fixamente para a água.

Eu: Amanhã se quiser, levo você para comprar umas roupas novas e algumas coisas úteis. O que acha?

Cristian: Parece bom.

Eu: O que acha se eu conseguir um tablet da MATRIX amanhã para você?

Cristian: Valeu.

Eu: Está tudo bem?

Cristian: Está. Não é que isso é muito estranho para mim. Á única coisa que eu sei sobre você é que é um cara muito rico e que é gay. Desculpa, mas quero saber por que parou lá na rua para me ajudar?

Eu: Você precisava de ajuda Cristian. Você estava acabado lá. Eu só queria te ajudar. O que foi? Você parecia feliz. Por que está assim? Por que eu gosto de outro cara é isso? Se você tem preconceito fala logo.

Cristian: Não... E se eu tivesse? Se eu tivesse preconceito, você me jogaria na rua de novo?

Eu: Não. Não sou tão ruim assim. A culpa é minha. Eu devia ter falado que eu era assim lá na rua. AI você poderia pensar se queria mesmo morar comigo. Eu te convidei para morara aqui por que você precisava de ajuda e por que eu queria te ajudar.

Cristian: Eu não tenho preconceito com esse tipo de coisa. É que... Quando você me disse que era gay, eu achei que você... Tipo queria ficar comigo... Ou abusar. Sei lá...

Eu ri. Ri alto.

Eu: Mas você é bem bobo. Cris, eu nunca faria uma coisa dessas com você. Olha é só relaxar, sinta se em casa e pronto. Não sou assim Cristian, confia em mim. Deixa eu te ajudar.

Ele me encarou por alguns segundos e depois voltou a olhar á água cristalina.

Cristian: Essa piscina já está me deixando louco...

Eu: Vai lá. Pode pular com tudo lá dentro se quiser.

Ele sorriu. Levantou da cadeira e tirou a camisa do Felipe que eu emprestei para ele. Ficou um pouquinho grande, mas nem dava para perceber. Cris tinha uma barriguinha meio definida de um garoto normal de 15 anos que adora futebol. Ele me encarou, eu assenti para ele e então ele pulou com tudo na água. Eu podia vê-lo mergulhando lá embaixo. Sorri para mim mesmo. O que o Felipe diria quando soubesse que tinha um garoto morando na nossa casa? Eu acho que contente ele não iria ficar, mas eu daria um jeito. Eu sempre dou um jeito.

Cristian: Tio, você não vem? Á água está muito boa.

Eu: não, não. Eu estou de boa aqui, mas pode ficar á vontade.

Ele sorriu e voltou a mergulhar na água. O piso do fundo da piscina era meio azul claro, então deu para ver de longe á sombra negra que se formava no fundo poucos metros do Cristian. Eu pulei da cadeira de pavor. Gritei para o Cristian sair da água, mas ele parecia não me ouvir por que estava no fundo. A sombra negra estava se aproximando dele. Pulei na água com tudo. Mergulhei e agarrei os braços dele e puxei-o para a superfície. Quando eu estava lá embaixo, eu podia jurar que ouvi uma voz me dize “eu vou voltar para saber sua resposta...”.

Cristian: O que foi tio?

Eu estava assustado.

Eu: Vai sai da piscina. Corre.

Ele não estava entendendo nada pela cara que fez, mas obedeceu. Sai da piscina e olhei para a água. Nada. Estava apenas o piso claro no fundo. Mas eu podia jurar que aquela sombra estava se aproximando do Cris.

Eu: Cris, você não viu aquela sombra?

Ele me encarou sério.

Cristian: Não tio. Eu estava mergulhando e á única coisa que vi lá no fundo foi o azul da água. Por quê? O que o senhor viu?

Olhei para á água de novo. Não havia nada mesmo. Será que eu estava ficando alucinado? O medo estava me deixando assim?

Eu: Nada. Acho que foi só uma impressão minha. Desculpa atrapalhar sua diversão. Eu... Eu acho que vou dormir. Cris, acho melhor você subir também, mas se quiser pode ficar.

Cristian: Tio, tudo bem vou subir se você quiser.

Ele pediu uma toalha e eu peguei para ele junto com outro par de roupas secas. Eu subi para meu quarto e ele foi para o dele também. Deitei na minha cama e fiquei olhando para o teto do quarto. O que estava acontecendo? Eu estava me sentindo horrível desde á aparição do Paulo na reunião. Ele estava conseguindo acabar comigo. Eu estava ficando louco: Será que eu iria ver monstros e sombras em todos os lugares que eu fosse agora? O telefone tocou. Olhei no visor. Alex.

Eu: Fala brohder. E ai?

Alex: Eu só pensei que... Bem o Felipe te abandonou então podemos jantar agora? Eu te dou um beijinho...

Eu: Larga de ser convencido. O Felipe está apenas viajando seu mané.

Alex: Eu sei, mas a gente janta, eu te dou um beijinho e ele nem vai saber. Por que não? É só dizer sim que eu to ai pra te pegar.

Eu: Olha eu não sou traira, e mesmo se eu fosse não acharíamos nenhum restaurante aberto a essa hora da noite.

Alex: Na verdade tem o Brinc’s Restaurantes, o Diamond Bar e o Tristar MC’ Dunits. Os três ficam abertos 24h e ainda são apenas 22h28.

Eu: Desculpa amigo, mas você sabe que eu não vou fazer isso. Você pode ser o boy do momento, o cara super sarado e lindo, mas não vou trair o Feh.

Alex: Pelo menos você me acha gostosinho.

Eu: É você é. Mas não vou trair o Feh. Mesmo assim te amo migão... Mas só como meu melhor amigo ta.

Alex: Eu só levo fora de você. Incrível. É assim que eu gosto. Adoro caras difíceis de conquistar. Um dia... Um dia eu beijo você de novo.

Eu ri no telefone.

Eu: Se você dizPAULO

Foi incrivelmente fácil se livrar daqueles manes de uniforme. Foi só usar a força das sombras. Eu estou mais fraco é claro, por que o diabo não tolera servos fracos e por isso se afastou de mim. Mas logo ele retornará para concluirmos o plano. Há RÔ, hora de tudo mudar. Hora de você perder tudoALEX

Ouvir á voz do Rô sempre me fazia voltar ao passado. Eu pensava quando eu tive a chance de viver com ele, mas desperdicei. Eu gostava muito dele. Do que adiantava ter tudo, mas não poder ter ele. Queria chorar, gritar para que tudo voltasse para eu aproveitar a chance que eu tive. Mas não iria adiantar. Então... Nada posso fazer.

Abri a porta do quintal e olhei para á piscina. Fazia um bom tempo que eu não pulava lá dentro. Talvez um pouco de água me faça melhor. Tirei a camiseta e o short e pulei na piscina. Mergulhei. Quando eu mergulho, gosto de pensar.

Não se pode pensar muito no passado...

Eu estava pensando nas coisas horríveis que eu fiz... Atormentar o Ronny no colégio, ser o culpado pela morte do Alessandro. Puxa. Eu estava ficando angustiado... Eu estava... Afogando-me na água. Quando você está perto da morte, várias coisas passam pela sua cabeça. A minha estava assim agora. Á água parecia rasgar minha garganta e eu gritava por dentro para respirar... Senti uma força me puxar para cima. Era como se a gravidade da água estivesse mudada e me puxado para cima em vez de para baixo. Subi para a superfície e consegui alcançar a borda da piscina. Sai e deitei no chão e comecei a tossir. Foi ai que percebi que não tinha sido a gravidade da água que mudará, mas uma mão me puxou... Uma mão gelada e sombria.

Eu: Você! Como entrou aqui?

Paulo estava em pé do meu lado.

Paulo: Há pare de falar, você estava se afogando seu babaca. Salvei sua vida, embora eu devesse ter deixado você morrer.

Eu: E por que não deixou? Não é isso que quer?

Paulo: Não. Quero tirar de você, do seu amigo e do seu primo aquilo que vocês não conseguem viver sem. Tirar as coisas que vão acabar com vocês ao pouco.

Eu: É e o que seria essas coisas?

Paulo: Tolo, não precisa se apavorar. Primeiro vai ser o Ronny, depois você. Vim aqui para avisá-lo para se preparar para a sua desgraça.

Eu: É? Já fez isso, agora desapareça da minha casa...

Paulo começou a se desintegrar como areia num vento forte e desapareceu no ar. Então quer dizer quer ele iria destruir primeiro o Ronny? E ainda apenas as coisas que faz ele feliz? FelipeRONNY

A noite havia sido ótima para mim. Acordei de manhã bem melhor. Levantei, fiz minhas necessidades e depois fui espiar o Cristian no quarto. Ele dormia como um anjinho. Arrumei o cobertor nele e sai do quarto. Me arrumei para ir á delegacia do Oficial de policia, escrevi uma bilhete para o Cristian, liguei para o motorista vir me buscar e depois de alguns minutos eu estava partindo para a delegacia. Espero que o Oficial consiga prender esse demônio antes que faça alguma coisa horrível.

O oficial me levou até a sala dele e pediu para que eu me sentasse. Ele caminhou na direção de um pequeno armário no canto da sala e retirou de lá um envelope amarelo. O oficial se sentou numa cadeira na minha frente e retirou do envelope um pequeno monte de fotografias. Ele pegou uma delas e colocou na mesa para eu vê-la.

Oficial: Essa fotografia foi tirada por uma câmera de um supermercado em Manaus pás 09h42minh da manhã.

A fotografia mostrava claramente o Paulo em um estacionamento de um supermercado. O oficial retirou outra foto e colocou na mesa.

Oficial: Essa fotografia foi tirada no mesmo dia, em outro supermercado em Minas Gerais, ás 10h03.

Novamente Paulo aparecia claramente na foto. O oficial me deu as fotos na mão e eu comecei a visualizar uma por uma. Todas as fotos pareciam ter sido captadas de câmeras de supermercados. E não eram supermercados comuns. Era a empresa do Jack. Paulo andou o Brasil inteiro e visitou cada unidade da empresa do Jack. Não! Aquele demônio estava tramando algo. Algo que não envolvia apenas eu, o Alex ou o Kevin.

Eu: Isso só pode ser brincadeira.

Oficial: Não é. Eu mesmo verifiquei todas as gravações do país inteiro. Gravações de todas as lojas do Brasil depois foi fácil, só precisei escanear a foto do seu amigo e jogar no computador para que o programa pudesse encontrar gravações que ele aparecesse.

Eu: É claro. Mas eu estou preocupado com o fato do cara ter aparecido apenas em gravações de supermercados.

Oficial: Não são supermercados diferentes. Sei que está escondendo algo senhor Rô. Verifiquei no banco de dados e as gravações foram tiradas da empresa do senhor Jack Bruno, que eu acho que é seu familiar não é? Não seria seu irmão? No dia da inauguração, o cara atacou você. Há uma rixa entre sua família e esse cara e quero que me conte tudo.

Eu: Por que quer saber?

Oficial: O cara que está á solta foi conhecido como Paulo Straker, e á alguns anos recebemos uma denúncia de que o irmão dele, Pedro Straker havia sido morto numa explosão. Investigamos, e descobrimos que o incêndio não havia sido causado por acaso. Alguém explodiu aquela casa.

Eu: E você acha que foi eu?

Oficial: Pode não ter sido você, mas alguém da sua família sim. Por qual outro motivo esse cara está atrás dos entes da sua família? Vingança talvez? Não sei ainda... Preciso da sua colaboração. Você conhece o Paulo Straker?

Eu: Eu o conheci á alguns anos. Achei que ele estava morto.

Oficial: Por quê? Aconteceu alguma coisa com ele?

Eu: Ele foi esfaqueado em uma briga.

Oficial: Por quem?

Eu: Olha eu não sei! Não sei da vida do cara. Sei isso por que me contaram.

Oficial: E quem te contou?

Eu: Vai me desculpar, mas eu não lembro. E eu preciso ir para a empresa. Tenho um dia cheio hoje, acho que vou ter que organizar outra reunião com a imprensa para demonstrar novamente os produtos da MATRIX.

Oficial: Claro. Só quero deixar bem claro que se estiver escondendo informações que poderia solucionar um crime, será culpado e pode até pegar uns aninhos na prisãocontinua

OBS: AS PARTES CONTINUATIVAS PODEM SER PUBLICADAS DENTRE 1 Á 14 DIAS.

Comentário do autor:

CUIDADO COM O PASSADO. ELE PODE MUDAR SEU PRESENTE E DESTRUIR A LINHA DO FUTURO.

EM BREVE A CONTINUAÇÃO DE A ESCOLHA- PARTE 5 DA SEGUNDA TEMPORADA.


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