Fomos dormir mais ou menos as oito horas da manhã, eu como sempre desmaiando ao invés de simplesmente dormir, acordei mais ou menos as duas horas da tarde e por iniciativa própria decidi ir arrumar minha roupa do réveillon, eu sempre esperava o Frederico mandar, então escolhi por fazer diferente e deixar ele orgulhoso, ele tem uns vaporizadores para desamarrotar roupa, eu nunca consigo usar aquilo, acabo queimando a mão com aquela água quente, sou conservador gosto de usar o bom e velho ferro de passar, fui a recepção pedi um ferro de passar emprestado e voltei ao quarto, estiquei a camisa na cama, e liguei o Ferro, ao invés de deixar o ferro de pé para aquecer não, o esperto aqui deixou ele em cima da camisa, e pior nem chequei a temperatura, fui ao frigobar pegar uma bebida pra mim, quando voltei tinha um buraco na camisa, tudo bem eu admito que demorei um pouquinho, eu me distraio com muita facilidade.
Depois de ter feito a merda eu cheguei a conclusão que deveria acordar o Frederico para me dar uma ajuda, só então pensei na gravidade da coisa, como eu fui tentar passar roupa em cima da cama!? Ele poderia ter rolado por cima do ferro, ou eu poderia ter queimado o colchão da cama, sei lá, mais um monte de coisas, eu tinha ficado perdido de novo, tinha que limpar o ferro pois metade da camisa estava grudada nele, e decidir o que iria usar, já que tinha ferrado com a primeira opção, fui até a cama, fiquei cutucando ele, e nada de ele acordar, foi um bom tempo até que ele despertou e me deu moral, quando ele balbuciou um – HUM, O que foi!? Eu disse a ele que tinha feito uma coisa sem explicar bem o que era, isso já bastou pra ele levantar da cama e me perguntar o que eu tinha estragado, deu uma olhada no quarto e não viu nada e começou a me encarar esperando uma resposta, só depois olhou na cama e viu o buraco, ele arregalou os olhos como quem fica surpreso e começou...
– Marcelo, você poderia ter me matado queimado, ou me machucado muito, como é que pode isso, tenho que ficar te monitorando como fazemos com crianças? E porque passar a camisa em cima da cama se tem a mesa de passar bem ali ao lado? E agora que queimou a camisa vai fazer o que?
– Eu te acordei pra isso, acho que ainda dá tempo de irmos ao shopping para comprarmos outra camisa pra mim.
– Cadê a camisa que você queimou, me deixe ver ela.
Mostrei a camisa e ele disparou a rir, compulsivamente, eu já estava ficando sem graça com aquilo, ele me olhava com cara de incredulidade e continuava a rir, quando finalmente parou disse para eu tomar meu banho que posteriormente ele iria, para podermos sair ao shopping, o convidei para tomar banho comigo e assim fomos, logico que eu queria sexo, e consegui mais uma vez e no chuveiro, durante o banho ele disse que queria mesmo ir ao shopping pois iria aproveitar para olhar algumas coisas que ele precisava, já senti uma pontada na nuca quando ele falou isso, eu tento corrigir ele o tempo todo mais não é fácil não, falei que ele não precisava de mais nada, e por fim rimos no chuveiro...
No shopping compramos minha camisa e mais algumas coisas pra mim, eu de fato precisava de algumas coisas, saímos eu com minhas sacolas e ele na frente olhando vitrines, comprei um sorvete e fui andando atras dele, o observando olhar as vitrines da loja atras de alguma coisa que ele não precisava mais que provavelmente iria comprar, para a salvação da humanidade ele não achou nada que quisesse comprar, voltamos a pousada e na porta os meninos me chamaram para jogar vólei como eu já estava de sunga tirei a roupa na porta e entreguei a ele junto com as sacolas e já corri para as quadras, ficamos um bom tempo jogando e conversando fiado nas quadras quando meu time começou a perder de mais, eu fui procurar o Môrr.
Passei nas piscinas e lá estava ele com minhas primas e irmã tomando sol e rindo, passei por ele, e disse pra observar meu mergulho e como era um nadador nato, ele sempre diz que tenho que controlar meu tom de voz, as vezes falo alto, e como o chamei de amor, alguns olhares se direcionaram pra gente, eu dei um mergulho e voltei ele brincou um pouco e fomos conversar, é interessante como algumas pessoas não veem o menor problema no romance gay, logico olharam curiosos no inicio mais depois que estávamos sentados um do lado do outro como casal mesmo era como se nada fosse novo aos olhos daquele pessoal, logico que isso é exceção a regra, mas deveria ser a regra. Olhares tortos tinham, mas de modo geral achei o sul mais tolerante que o centro-oeste no que se refere ao relacionamento homoafetivo.
Voltamos ao quarto no caminho acabei dando uma rasteira que o derrubou no chão, ele nem bravo ficou, me deitei só de cueca na cama e de pau duro, coloquei o travesseiro por cima do rosto, enquanto ele estava no banheiro e fiquei na esperança de ele lembrar do abuso sexual e tentar novamente, mas ele nada fez se deitou ao meu lado e ainda me disse ao ouvido, que se eu esperava que ele fosse transar comigo eu estava enganado ele estava morrendo de sono e queria se preparar para o nosso primeiro sexo do novo ano, já fiquei animado e tudo bem dessa vez eu deixaria passar já tínhamos feito duas vezes mesmo, ele merecia um descanso, dormimos abraçados como eu gosto...
Não dormi muito bem fiquei pensando em algumas coisas e como falar aquilo pra ele, eu queria que ele fosse morar comigo, mas não sabia como chegar e falar, tinha que ter cuidado, pois como ele sempre fez tudo por si sozinho, poderia se sentir ofendido com meu convite e acabar recusando ele, por mais que minha intenção fosse legitima e boa, então fiquei um tempo pensando nisso, quando finalmente decidi levantar, fiquei fazendo carinho nele, e quando ele despertou eu disse que queria morar junto com ele, e disse que minha irmã iria para um apartamento no centro e que ficaria sozinho na casa, mentira na verdade eu tinha liberado o apartamento pra ela se mudar porque queria ficar com ele, de vez morando junto, tendo nossa casa, nosso espaço, disse a ele que queria reformar e que adoraria que ele tomasse a frente de tudo, já que entendia melhor desse assunto.
Ele se empolgou com a reforma da casa, e disse que me ajudaria sim com o maior prazer, mas não ficou muito empolgado com a ideia de morar junto, disse que era linda a minha atitude mas que tudo era precipitado já que não tínhamos seis meses de namoro, eu respeitei a opinião dele, mas eu já tinha a certeza que queria ele pra minha vida, para morar junto comigo, e me ver velhinho e ranzinza. Ele levantou e foi se arrumar para irmos a festa, enquanto ele se vestia eu apenas o observava, as vezes ele parece bem mais velho que eu, pela sabedoria das coisas que faz e fala, me sinto um menino aprendendo a viver, já disse a ele isso uma infinidade de vezes, depois que ele se vestiu eu fui me arrumar, tomei banho, e me vesti conforme tudo que ele tinha indicado, me perfumei e fomos nos encontrar com o pessoal para irmos a praia comemorar nossa virada de ano, chegamos a praia, e fomos a tenda nos preparar para as festividades.
Durante a festança olhei para meu lado e cade o Môrr ele estava em um lugar mais afastado falando ao telefone, por mais que eu tivesse trabalhando a coisa do ciume eu ainda tinha muito cheguei próximo a ele que ria no telefone falando com alguém perguntei quem era e ele me disse que eram as meninas do Mato Grosso e pelos gritos eram elas mesmo, me deixou falando com elas e foi encher o copo com bebida, eu não sei porque mais adoro aquelas meninas, parecem que são amigas minhas de infância, e a felicidade delas me contagia eu gosto muito, só os gritos que não me cativam muito, acho hilario, mas se fosse diferente perderia a graça pois os gritos e empolgação são uma característica delas...
Desliguei ao telefone e já ia voltando quando vi um pessoal com uns tambores e barcos, fui la ver o que era, quando me dei conta já dançava com uma menina conversando e ela me contando o motivo dos barcos e dos tambores, riamos de forma inocente, um cara me puxou o braço e disse que iria me arrebentar por estar dançando com a namorada dele, eu comecei a rir achei tudo ridículo, a própria garota disse ao namorado que o ciume não fazia sentido, já que eu tinha dito a ela que era gay e que estava na praia com o meu namorado, e mesmo assim o cara me disse que me bateria por ter olhado pra ela, já estava bêbado e eu pra não brigar fui voltando a tenda, e encontrei com o Fred que vinha em direção a água quando cheguei perto senti um empurrão nas costas, o cara tinha me dado um chute, eu desequilibrei e cai por cima do Fred, minha preocupação foi a cabeça dele, apoiei com minha mão para ele não bater ela, meu sangue ferveu na hora...
Já levantei socando a cara do filho da puta, eu comecei a bater e estava decidido a não parar enquanto meu punho não ficasse coberto com o sangue dele, fiquei louco de raiva, se eu tivesse machucado o Frederico ele iria me pagar a sorte foi que meus primos vieram separar, e me arrastaram pra tenda, se não eu provavelmente teria feito burrada quando cheguei o Fred estava sentado, eu tentei me explicar dizendo que não queria brigar, mas fiquei com raiva demais do chute e do fato de quase ter machucado ele, ao invés de brigar comigo ele disse apenas...
– Apesar de não gostar nada de violência eu provavelmente teria reagido da mesma forma que você não estou te repreendendo, só me assustei mesmo com a situação, mas já acabou.
Depois da festança toda voltamos ao quarto eu tinha ate me esquecido que ele tinha me falado sobre se preparar para nosso primeiro sexo, do ano eu entrei no quarto lendo algumas mensagens de ano novo que tinha recebido, ele me empurra na parede e me beija, eu entrei na onda e assim fomos naquela noite foi a primeira vez que fizemos sexo no pelo, eu sempre tinha vontade de fazer, nunca tinha feito com ele, e foi muito melhor do que eu imaginava que seria, ele todo puto na cama foi literalmente uma foda não fizemos amor e sim sexo... Depois da sessão eu fiquei morto e totalmente esvaziado afinal de conta foram quatro seguidas, pra quem já tinha feito duas horas atras, foi um recorde pra nós dois, ainda lembramos disso as vezes e foi meio dirty, com palavrões e tudo mais, coisa de machos mesmo... Já chega de detalhes né [kkkk] ele tomou banho e se deitou, eu tentei dormir mas a fome não deixou comi quase tudo que tinha no quarto pra saciar minha fome, precisava repor minhas energias, já que tinha gasto toda ela, só depois eu consegui dormir...
continua...