Com certeza ele percebeu meu pau duro e eu fingi que não tinha acontecido nada. Nos afastamos e ele já disse:
- Vou te deixar se vestir. Precisar de alguma coisa eu tô aqui.
Ele saiu antes de eu responder. Me vesti ainda pensando no Léo, mas eu tinha muita coisa pra pensar. Primeiro minha faculdade: eu não tinha bolsa e minha mãe provavelmente não iria me bancar mais. Além disso, eu ia precisar trabalhar. Enfim, muita coisa pra minha cabeça.
Terminei de me arrumar e ia sair pra tomar café, mas Eduardo não deixou que eu saísse. Eu não bebo café, mas ele preparou um leite com toddy massa (kkk muito bom mesmo) e eu comi bem. Ele ficava me olhando e eu retribuía, apenas pra entender o porquê de tantos olhares. Terminei de comer e ficamos conversando enquanto assistíamos tevê. Descobri que ele era da minha idade, ainda estava no terceiro ano do ensino médio e era solteiro.
O papo rendia legal, apesar de eu achar ele meio infantil em algumas coisas. Não demorou muito e a gente se beijou. Sinceramente não sei quem tomou a iniciativa, mas prefiro acreditar que foi ele (até hoje falo isso pro Léo kkk). Ficamos nos beijando por um tempo e ele beijava bem, não melhor que o Leonardo, mas bem.
Depois dos beijos ele foi preparar algo pra gente almoçar e eu ainda evitando pensar nas coisas. Decidi que ia continuar indo pra faculdade, mesmo sabendo que não completaria o semestre, mas pelo menos já ia poder estudar algumas coisas pra que quando eu voltasse fosse mais fácil.
Almoçamos ainda conversando, dormi um pouco a tarde e a noite saí pra tomar um sorvete com o Edu (intimidade kkk). Meu celular tocou e eu atendi, mesmo sendo de número confidencial.
- Alô.
- Lucas, onde você tá?
- Oi Léo. Tô numa sorveteria, por quê?
- Preciso falar com você cara. Qual sorveteria?
Passei o nome da sorveteria e ele disse que iria me encontrar. Decidi que era hora de conversar com ele direito. Só de ouvir a voz dele eu já ficava afim de encontrar... Só quem ama ou já amou é que sabe o que é isso. Ele chegou em uns 30 minutos e nesse tempo eu avisei o Edu que ia me encontrar com um amigo e queria conversar com ele a sós. Eduardo não foi contrário. Disse que me esperava em casa e rapidinho o Léo chegou. Ele tava lindo demais (ele é lindo, mas nesse dia se superou). Chegou com certa vergonha e se sentou:
- Ei, tudo bem?
- Tranquilo e você?
- Tô melhor agora. Senti sua falta hoje.
- Eu também Léo, mas essa distância vai ser boa pra nós.
- Talvez seja mesmo. Eu quero te pedir desculpas. Acho que eu exagerei.
Ele colocou a mão por cima da minha, que estava em cima da mesa. A sorveteria tava cheia e num impulso eu tirei a mão e olhei pra todos os lados pra ver se alguém tinha reparado. Percebi que ele ficou super sem graça, ficou puto eu diria, mas foi impulso.
- Vamos esquecer isso?
- Vou tentar Léo.
- Eu só queria dizer que tô do seu lado Lucas.
- Prefiro quando você me chama de amor.
Ele sorriu (sorrisão lindo) e me deixou sem graça.
- Vamos lá pra casa, AMOR.
Ele disse AMOR meio alto e eu agi de novo com certa vergonha.
- Hoje não Léo. Amanhã vou pra facul e eu tenho que ir.
- Você tá morando com a Denise?
- Tô. Lá é tranquilo, tá tudo certo.
- Que bom, mas se precisar de qualquer coisa me fala. E não esquece eu que eu te amo.
Ele falou baixinho dessa vez percebendo meu constrangimento.
- Eu também te amo Léo.
Nos despedimos com um abraço longo na lateral da sorveteria e eu voltei pra casa da Denise. As coisas estavam se acertandoGalera, quando decidimos, eu e o Léo, contar nossa história, foi porque fomos inspirados por histórias como a do Matheus, a do Toshy e tantos outros casais reais que estão juntos e contando o dia a dia. Tô gostando de compartilhar isso, até pra lembrar de momentos importantes com meu amor (estamos juntos e vou chegar nessa parte ainda). Peço desculpas pela possível pouca qualidade do texto, mas não sou escritor, só gosto de contar algo que tem dado certo. Bom, na próxima parte vou fazer como meus ídolos e agradecer um por um dos que tão comentando. Brigado