AMOR E SANGUE – parte 2
Johnny: Meu deus! Não posso deixar que ninguém veja isso. Faz outro favor pra mim?
Eu: O que?
Johnny: Vá até a sala de aula e traga minha mochila. Corre!
Eu: Ta bem.
Corri até a minha sala. Os alunos da minha sala estavam entrando e o professor já estava na sala. Fui até a mesa do Johnny e guardei seu material. Todo mundo estava me encarando. Lucas chegou perto de mim.
Lucas: Nossa eu até assuntei quando não vi você na sala quando cheguei. Você nunca sai daqui a hora do intervalo e... Uai! Por que está com a mochila do Johnny?
Passei por ele. E disse:
Eu: É bem... Eu não estou roubando não.
Lucas: Ta eu sei Mas porque está com a mochila dele?
Eu: longa história.
Sai da sala de aula e ouvi o professor berrando perguntando aonde eu ia. Cheguei ao banheiro e entreguei a mochila pra ele. Ele agradeceu e pegou uma camiseta que estava na sua mochila própria para fazer aulas de educação física e enrolou na sua mão.
Eu: O que aconteceu?
Johnny: Nada.
Eu: então ta. Já que não quer me falar eu vou pra sala.
Eu ia saindo do banheiro quando ele segurou meu braço.
Johnny: Obrigado por se preocupar comigo.
Fiquei sem palavras. Fui para á sala de aula e levei uma bronca do professor. Não vi Johnny durante dois dias seguidos.
Eu estava em casa depois de dois dias do ocorrido e a campainha tocou. Abri a porta. E meu coração pulou pela segunda vez desde que eu andei falando com o Johnny.
Johnny: Oi.
Eu: há, oi. Mas o que se está fazendo aqui? E como sabia que eu morava aqui?
Ele riu.
Johnny: se esqueceu que moramos na mesma rua. Caramba. Eu to começando a pensar que sou invisível.
Eu: Desculpa. Eu sou meio avoado mesmo. Você quer entrar?
Johnny: Posso?
Eu: claro. Entre. Estou sozinho, minha mãe e meu irmão mais velho trabalham quase o dia todo e então fico sozinho. Parece que sua mão melhorou.
Johnny: é melhorou um pouco.
Ele entrou e eu pedi pra ele se sentar no sofá da sala e aguardar enquanto eu ia pegar um refrigerante lá na cozinha para a gente tomar. Quando eu ia voltar para a sala com os copos ele entrou na cozinha.
Johnny: Olha cara, eu acho que eu não quero nada não. Valeu. Eu só vim aqui te falar uma coisa e te perguntar uma coisa também.
Eu: Há é mesmo? E o que é?
Johnny chegou perto de mim e me beijou. Fiquei arrepiado. Nunca senti aquilo que estava sentindo naquele instante antes. Os dois copos na minha mão cairão no chão e voaram cacos de vidro para todos os lados. Johnny se afastou de mim por causa dos cacos e eu fiquei meio em transe.
Johnny: é isso que eu queria falar. Bem... Estou gostando de você e isso não é de agora. Eu olho pra você desde o meu primeiro dia de aula no colégio.
Eu: Não. Por que você fez isso. Não devia ter feito isso.
Johnny: Fiz por que eu gosto de você.
Ele foi se aproximando de mim para me dar outro beijo, mas eu o empurrei tão forte que ele cambaleou para trás e caiu batendo a testa na quina no armário e caindo no chão. Ele se sentou ali mesmo onde caiu. Sua testa começou a sangrar. E sangrar. Ele passou a mão na testa e viu que estava sangrando. Ele se levantou chateado e foi embora. Eu não sabia o que fazer. Eu estava assustado. Como que aquilo foi acontecer comigo? Um deus, o Johnny é gay. Eu pensava um monte de coisas. Comecei a varrer os cacos de vidro e limpar os pingos de sangue que caiu da teta de Johnny. Depois tomei um banho e deitei na cama e comecei a lembrar de tudo o que havia acontecido. Eu estava sentindo uma coisa estranha dentro de mim. Era como se eu estive-se querendo que aquele beijo se repetisse novamente. Dormi e só acordei com minha mãe me chamando para jantar.
Mãe: o filho acorda. Vem vamos jantar.
Minha cabeça doía. Levantei-me e desci para jantar. Meu irmão Richard já estava jantando.
Richard: E ai maninho. Esqueceu de acordar?
Mal ouvi ele falando por que ainda estava pensando no Johnny.
Richard: Maninho? Se ta bem?
Eu: Estou. Desculpa. O que você disse?
Richard: Nada esquece.
Eu jantei fui assistir OS VINGADORES com minha mãe e meu irmão. Mas nem prestei atenção no filme. Quando o filme acabou, fui deitar. Acordei no outro dia me troquei de roupa para ir pro colégio. Peguei o ônibus com medo de encontrar Johnny sentado no fundo. Mas ele não estava. Cheguei à escola um pouco atrasado, pedi licença pro professor e me sentei no meu lugar. Olhei para a mesa de Johnny e ele não estava lá. Foi quando Michelle que estava atrás de mim me cutucou.
Michelle: Hoje logo depois que bateu o sino à diretora veio na sala chamar o Johnny. Ele quis mudar de sala. Todo mundo estranhou a atitude dele. Ele estava muito estranho hoje e estava com um a testa rocha. Acho que apanhou em casa.
Eu: É mesmo. Não diga.
Michelle: Você não sabe de nada né? Você e ele não se tornaram amigos nos últimos dias? O que aconteceu?
Eu: Quer parar de ser curiosa. E eu não sei de nada não. Não sou amigo dele e não fico cuidando da vida dele.
Michelle: Nossa que mal humor. Ta bom, não está mais aqui quem perguntou.
O resto da aula foi silenciosa e calma. A sala não era a mesma coisa sem o Johnny. Comecei a pensar. Será que eu devia falar com ele?#continua#COMENTÁRIO DO AUTOR:
Oi pessoal. Passando pra mandar um abraço para todos que leram a primeira parte da minha história. Espero que estejam gostando e que continue lendo.
Obrigado pelos comentários e desculpem os erros de ortografia.
Abrassssssss
EM BREVE! A TERCEIRA PARTE DE: AMOR E SANGUE.