A História Sem Título - Parte 7 - Pensamentos, Vodca e Traição

Um conto erótico de Enrique
Categoria: Homossexual
Contém 2387 palavras
Data: 06/06/2013 03:26:47
Última revisão: 06/06/2013 17:31:55
Assuntos: Gay, Homossexual

Ola povo, desculpa por não ter postado nos últimos dias... Fiquei sem inspiração e decidi que era melhor não escrever nada. Bem, a historia continuara a ser narrada do ponto de vista do Raphael. Boa leitura.

Instantes depois a porta, foi aberta por ele, com um óculos enorme na cara, escondendo aquelas olhos que são tão...

- O que você tá fazendo aqui? - Perguntou Leandro olhando na minha direção.

- A gente conversou ontem pelo Face. - Falou Joice respondendo a pergunta.

- Ai, eu vi ela aqui e resolvi conversar com ela. - Disse olhando para ele. Como fui tão idiota a ponto de bater nele?

Eu não sou viado, pelo contrario, mais eu não consigo parar de pensar naqueles olhos verdes. Ele bem que poderia tirar esses óculos...

- O que aconteceu ontem pra você não ter se dado ao trabalho de falar comigo? - Perguntou Joice a Leandro, num tom nada amigável enquanto caminhávamos. Ela nem parecia ser melhor amiga dele, como ela disse a mim a alguns instantes antes.

- O que aconteceu é que um louco me deu um soco na cara sem motivo nenhum. - Disse Leandro tirando os óculos e mostrando o estrago eu havia feito nele, e aqueles olhos... - E você acredita que ainda fui obrigado a ir na casa do cara pela minha mãe. Pelo menos ele me pediu desculpas. - Então ele foi obrigado a ir. Ao menos ele não queria me ferrar...

- Quem foi o idiota que fez isso com você? Eu conheço ele? - Olhei para o Leandro, pedindo que ele não disse-se nada. Mas que idiota eu sou, é claro que ele vai dizer que fui eu...

- Não, você não conhece. - Disse Leandro falando cada palavra olhando pra mim - É um idiota. Não vale a pena nem você saber que é. - Sibilei um obrigado sem emitir som. Eu queria conhecer um pouco mais a Joice, e ele me deu essa oportunidade. Eu até imagino o que vocês devem estar pensando, que eu acabei de sair de um namoro e que devia dar um tempo. Mas eu não posso! Se eu fizer isso, eu vou ficar pensando mais e mais naquela garota e iria fazer alguma merda, tenho certeza...

UM MÊS DEPOIS

Eu e Joice começamos a namorar. Nem me pergunte como isso aconteceu. Eu a pedi em namoro, mas, sinceramente, eu não queria namorar com ela... Eu fui, digo fui, muito galinha. Mas quando me apaixonei pela Carla, eu perdi a vontade de pegar geral... A palavra namoro mudou completamente de sentido. Antes pra mim, namoro era só uma forma de dizer que tu pegava a mesma pessoa todo dia. Mas a Carla me ensinou que num namoro além do sexo, vem muitas coisas acima como amizade, carinho, companheirismo, confiança... O engraçado que a mesma pessoa que me ensinou tudo isso, me foi desleal. Me traiu com um qualquer.

Não, não me chamem de canalha por eu usar a Joice como uma boia de salvação. Porque, confesso a vocês, ainda sinto algo pela Carla.

Eu só queria ter alguém que me ama-se e que eu tivesse certeza que não me trairia só porque um moleque mais bonito, inteligente ou seja lá o que se interessou por ela. Eu sei, esse papo tá muito gay... Fico imaginando o que o Maurício ia pensar se lê-se isso...

Estava no quarto, olhando pro teto, eu gostava de pensar assim... Meu celular tocou, despertando-me dos meus pensamentos. Peguei meu celular e li na tela. Era o Maurício, pensando no capeta....

- Fala! - Disse eu.

- Fala, Rafa. Tá afim de vim numa balada que tá rolando aqui na Citrus? - Falou numa tom que eu já conhecia, ele tava bêbado. E o Maurício bêbado não é uma muito coisa legal...

- Eu não to muito afim... - Disse tentando sair daquela roubada. Provavelmente eu ia acabar a noite tendo que levar o Maurício em casa, é claro, tendo que antes disso convence lo que ele já tinha bebido demais por hora.

- Maaas tu ficou muito chatoooo depois que começou a namorar com aquela puta da Carla... - Disse ele com a voz arrastada – Vem vai, a Rita me deu um “vale night” e eu to aproveitando muitoooo!!!

Que mal tem eu pegar uma baladinha? Faz bastante tempo que eu não sei nem o que é beber um chopp ou ser cantado por alguma gata...

- Tá ok, eu vou ai!

- Aeeeeeeeee, vem logo!!!! - Falou gritando, devido a musica alta que estava tocando. Logo em seguida ele desligou na minha cara. Bem tipico do Maurício... Ele é o senhor educação quando ta sóbrio, mas quando bebe, dá encima da mulher dos outros, quer puxar briga com qualquer cara que olhar pra ele...

Levantei da cama num pulo, fui no banheiro e tomei um banho rápido. Sai enrolando a toalha na cintura, e me deparei com um menino baixinho, talvez um metro e setenta, de costas, olhando uma das minhas fotos em que eu tirei junto com a Joice, que estavam presas na porta do meu armário.

- Que você tava você tá fazendo? - Perguntei num tom áspero. Eu não gosto que entrem no meu quarto.

- Desculpa, eu...

- Leandro, você? - Perguntei surpreso.

- Desculpa aí, sua mãe disse que você tava no quarto e ela disse pra eu subir e... - Falou ele totalmente constrangido, falando rapidamente, atropelando as palavras. Seu rostinho ficou completamente corado, parecia um tomate.

Mas que porra de pensamento é esse?

- O que você veio fazer aqui? - Perguntei novamente, um pouquinho mais incisivo. Eu não gosto dos pensamentos que me veem a a cabeça quando eu estou perto desse moleque.

- Eu vim falar sobre a Joice... mas se você não puder falar... - Disse ele desconfortável, parecia incomodado com algo...

- Já que veio aqui, pode falar... - Disse tirando a toalha da minha cintura e a jogando na direção da cama. Olhei na direção de Leandro e ele estava olhando pro chão. Fui na direção dele, que logo que se deu conta disso, praticamente correu na direção oposta do quarto. Seu rosto passava uma expressão, no minimo, hilaria...

- Que foi, eu só ia pegar uma cueca... - Disse abrindo uma das gavetas do armário em que ele, minutos atrás estava escorado. Peguei uma box preta, e vesti rapidamente. É que, de repente, o desconforto que ele estava sentindo me incomodou também.

- Pronto, pode falar. - Disse isso e automaticamente ele levantou a cabeça, mas logo a abaixou ao constatar que eu estava só de cueca.

- Você ao menos pode botar uma roupa? - Indagou Leandro, meio que apreensivo...

- Não, não to afim. Meu quarto, minhas regras. Agora me fala logo o que você tem pra me dizer, porque eu tenho que sair daqui a pouco. - Falei já irritado com aquela situação...

- Só falo se você botar uma roupa! - Disse ele num tom mandão, que nem aquele dia quando eu... Vocês sabem. Quem me conhece sabe que eu odeio receber ordem.

- Te senta ai - disse apontando pra cama - e me fala logo o que você tem pra me dizer! - Falei já irritado.

Ele sentou-se de cabeça baixa. Vi uma coisa úmida escorrer pelo rosto dele. Uma lagrima. Eu havia feito ele chorar. Droga!

- Desculpa ai, eu--

- Você só sabe fazer isso? - perguntou ele, furioso, se pondo de pé, me olhando nos olhos – Eu só vim aqui te dar um recado – disse isso limpando a lagrima que escalpou daqueles olhos marejados – Não brinca com os sentimentos da Joice, ela é mais que uma amiga, é uma irma. E eu não vou deixar que um idiota que nem você machuque os sentimentos dela. Você me entendeu? Ou quer que eu grafite? - Disse pra mim me olhando com ódio. Me olhando daquele jeito que eu tanto odeio.

- E quem você pensa que é pra vim na minha casa, me dar ordem? - Falei gritando. Ele chegou a se encolher mas não recuou.

- Sou o cara que pode terminar com o seu namoro pra ontem. Você só ficou com ela porque eu quis, e se eu quiser, eu falo agora quem me deu aquele soco. Eu tenho certeza que ela vai adorar saber. - Disse com um sorrisinho na cara, como se tivesse descoberto meu ponto fraco...

- E antes que eu me esqueça, eu não sei o que ela viu em você.

E saiu do meu quarto, rapidamente, batendo a porta com força na saída.

Esse moleque só pode ser louco. Ele insinuou que eu sou, feio? Olha eu não sou narcisista, mas, eu não sou feio. O reflexo que eu vejo no espelho me diz o contrario. Sou branco, tenho mais de 1,80 de altura, loiro, tenho olhos azuis... E esse pirralho que, que ah!!!!! Quer saber eu vou é encher a cara!

E com esse pensamento, eu me vesti rapidamente e peguei minha moto. A uns meses atras eu fiz dezoito anos e pude finalmente ter minha tão sonhada moto. Mas voltando ao que interessa, fui em direção a Citrus, a balada mais top do top da região. Chegando lá, eu nem me dei ao trabalho de procurar o Maurício, logo vi ele encima de uma mesa, dançando que nem um louco, sem camisa, ao lado de uma loira muita gostosa, ao som de Don't Stop The Party.

- Eai Rafa!!!!! - Disse Maurício gritando, logo depois de me ver. Pra chegar até ele tive de passar por uma multidão de pessoas que estavam amontoadas ao redor dele. - Pensei que você nem vinha... - Disse descendo da mesa.

- E eu ia deixar meu brother na mão? Claro que não né...

Irei resumir o que aconteceu porque eu não me lembro de muita coisa mesmo. Lembro de pedir uma garrafa de vodca além de um energético... Algumas gatas começaram a chegar em mim, mas eu despencei todas... Queria saber era de beber... Do vigésimo copo de conhaque pra frente eu não me lembro de mais nada. Sei lá, acho que fiquei fraco pra bebida...

Acordei no dia seguinte no meu quarto. Dormi vestido e pra completar tava com uma dor horrível no corpo além da velha ressaca. Me pus de pé, a procura de um remédio pra dor de cabeça. Abri o criado mudo e de lá tirei uma cartela de remédios. Fui na direção do pequeno frigobar que existia ao lado da minha TV. O abri, peguei uma garrafa de água e bebi do gargalo mesmo. Pus dois comprimidos na boca e tomei mais um gole d'água. Me sentei na beirada da cama e tirei os sapatos que tanto me incomodavam. Logo depois, as calças e a blusa. Me joguei na cama, e esperei o remédio fazer efeito, que instantes depois aliviou minha dor, e assim consegui dormir novamente...

Acordei horas depois mais disposto. Também, depois de dormir até as três da tarde... Tomei um banho, botei uma cueca e um short e desci, em busca de algo pra comer. Cheguei na cozinha, e respirei aliviado, não havia ninguém. Eu não tava muito afim de falar com alguém e sim comer. Depois de fazer uma garimpada no que tinha nas geladeiras, achei uns sanduíches prontos e um suco de manga. Isso com certeza era obra da minha mãe... Depois de me servir, me sentei a mesa e comecei a comer. Minutos depois ouvi a campainha tocar. Instantes depois, a empregada recém-contratada, que até agora não sei o nome disse:

- Uma moça que se identificou como Joice quer falar com o senhor.

- Mande ela entrar, por favor.

Me arrependi amargamente de ter dito isso. Joice veio que nem um furacão em minha direção.

- Cachorro! - Disse ela e logo depois me deu um tapa na cara.

O que eu fiz? Perguntei em mente. Me pus de pé e perguntei:

- O que eu fiz pra você ficar transtornada assim?

- Você ainda me pergunta? - Perguntou ela furiosa – Olha isso – Disse jogando alguns papeis em minha direção. Eram fotos minhas beijando uma garota, linda por sinal.

- Essa fotos são antigas, meu amor - Disse tentando me aproximar dela e ganhando mais um tapa em recompensa.

- Você é um estupido. Nem pra mentir você presta, essa jaqueta que você tá usando ai, eu te dei!! Esqueceu!? - Disse Joice caindo em lagrimas. Tentei me aproximar dela, mas ela recuou.

- Desculpa, eu não me lembro, eu tava bêbado. Desculpa. - Eai ganhei mais um tapa.

- Eu não quero ver você nunca mais na minha vida. Bem que o Leandro tinha razão! - Como eu não pensei nisso antes? Com certeza foi o aquele pirralho que mostrou essas fotos a ela!

- Foi ele que te mostrou essas fotos, me responde? - Perguntei segurando pelos braços dela. - Diz pro teu amiguinho que ele vai me pagar, ouviu? - Eu não sei o que me deu naquela hora. Eu simplesmente não raciocinava.

- Me solta, você tá me machucando!!! - Gritou Joice, se debatendo, para sair dos meus braços. E claro, sem sucesso.

- Solta ela! - Ouvi uma voz que me fez arrepiar dos pés a cabeça. Papai não costumava a vim em casa nesse horário. Pra falar a verdade, ele mal costuma vir em casa. - Eu já falei pra você soltar. - Repetiu papai. Imediatamente soltei Joice que me olhou com ódio e cuspiu na minha cara. Saiu correndo em direção a porta.

- O que tava acontecendo aqui? - Indagou papai, ou como prefere ser chamado, Roberto.

- Essa louca que veio dizer que eu tava traindo ela. Mas eu já me livrei dela. - Disse passando a mão no rosto.

- Eu não te criei pra se “livrar” - disse Roberto dando enfase a palavra - de mulher.

Acho até graça. Ele talvez nem saiba qual o time de futebol eu torço, mas vem me dar lição de moral. Faça me o favor...

- Raphael, olhe pra mim enquanto falo com você! - Disse, rude como sempre.

- Sim, senhor. - Disse olhando para ele.

- Agora, vá subir e vê se dorme um pouco... Tua cara tá horrível...

Assim fiz. Subi ao quarto e dormi, pensando que, não foi de todo mal o que aconteceu...

Acordei com batidas na minha porta. Levantei, me arrastando e abri a porta. O que recebi foi um belo soco na cara. Do Leandro.

***Continua***

Desculpa pela demora pessoal... Eu tive uma crise de criatividade e não tive nenhuma ideia do que iria escrever. Ai, li uns contos que me deram inspiração pra escrever pra vocês... Eu queria fazer este capitulo um pouco maior, mas eu tenho que dormir, tenho aula logo cedo. Muito obrigado pelos comentários.

P.S.: Particularmente, este foi o capítulo que eu mais gostei de escrever.


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Comentários

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Corajoso esse Leandro, soco merecido.

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Bem feito espero que fiquei com o olho bem roxo ... kkkkk

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Esse leandro parece que esta tomado por alguma entidade. É muito odio para uma pessoa só kkkkkkkkk Nota 10

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E eu amei o capitulo de hoje, maravilhoso. Aguardando a continuação!

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Ah claro, vai ver porque a narração de Rafael é melhor que a do Leandro, por isso esse capítulo foi uma das melhores, uma pena que o Léo é quem vai narrar a maioria.

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Ai esse Rafael podia "voar" das escadarias da casa dele e fazer um pequeno corte na testa! nojento aff traidor

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