Parte I- O Amor x Obsessão – Narrado por Jonas
Meu corpo estava dolorido e eu estava fraco. Eu pensei ter ouvido a voz de Cláudio e até um barulho, eu gritei por ele em vão, mas depois tudo ficou em silêncio. O sono foi chegando e eu adormeci novamente. Quando eu acordo Cláudio estava amarrado na minha frente, numa cadeira de frente pra minha.
Larissa estava de frente pra ele e desferia tapas em seu rosto. Ele só gemia e ela gritava “seu idiota, o Jonas é nosso. Nós iremos fugir com ele pra longe e ficaremos os três juntos”. Depois de um tempo eu ouço o barulho e vejo a entrada de Brunno.
Ele chegou perto de Cláudio e desferiu um soco no estômago. Ele gemia de dor e eu comecei a chorar. Ele olhou pra mim e disse “Tá vendo amor? Tá vendo o que você me obriga a fazer? Seria tudo tão mais fácil se você me amasse, se você me aceitasse logo como teu homem”. Ele tirou a minha mordaça.
“Eu nunca vou ficar com você Brunno. Eu tenho nojo de você, seu demente”. Ele então desferiu um soco em Cláudio e Larissa dava altas gargalhadas. Tive a impressão que ela era mais louca que ele.
Ela puxou a mordaça dele e ele falou “vocês são muito burros mesmo. Eu jamais viria pra cá sozinho. A polícia toda está aí fora seus idiotas”. Ele recebeu mais um tapa de Larissa.
E meu amor continuou “você é um covarde Brunno. Você não merece o Jonas. Ele sempre vai me amar. Ele me ama. Você perdeu”. Ele olhou pra Larissa e falou “ele só está te usando, por que ele não iria conseguir sozinho. Só o Jonas é que importa pra ele, sua idiota”.
“É mentira. O Jonas vai ser nosso escravo sexual, mas ele gosta é de mim”. Então ela chegou perto de mim e me deu dois tapas no rosto. Brunno voou pra cima dela e a arrastou pelo cabelo, dando dois murros nela, que a fez cair “experimenta tocar no meu amor mais uma vez que eu te mato sua vadia”.
Ela começou a chorar e disse “mas você disse que eu era mais importante que o Jonas, que era só uma vingança, que eu era o amor da sua vida”.
“Nunca! Sua cadela. Você jamais vai chegar aos pés do Jonas. Ele que é o meu amor. E se você encostar mais uma vez um dedo dessas mãos imundas nele eu te mato aqui mesmo”.
Ele se aproximou de mim e começou a dar beijos e minha boca “amor, eu prometo que ninguém vai te machucar, nem ela nem esse delegado louco”.
Então eu resolvi jogar também “prova que você me ama. Me solta e deixa eu matar essa vadia”. Ele começou a ri e a chorar como se estivesse nervoso. “Depois a gente vai fazer amor na frente desse delegado de merda” ele completou. Eu fiz que sim com a cabeça. O que eles não sabiam era que Cláudio sabia lutar mesmo amarrado em uma cadeira. Eu sabia disso por que ele já havia me falado.
Ele me soltou e eu comecei a beijá-lo, a tirar sua roupa e a minha. Ele fechou os olhos e Larissa veio pra cima com tudo, com uma faca. Eu me afastei com uma rapidez que eu nem sabia que tinha. Ela pulou e conseguiu desferir um golpe profundo nos braços de Brunno. Cláudio se levantou mesmo amarrado e veio pra cima dela, que caiu no chão.
Eu peguei a faca e desamarrei Cláudio, mas Larissa pegou o revolver de Brunno “então você é valente né seu viadinho? E eu que pensei que você era fraquinho, mas agora eu quero ver quem vai se dar mal. Todos pro canto, vamos porra”. Ela tremia, ria numa loucura ensandecida “Jonas, você dá muito trabalho, bem que o Brunno me falou. Mas agora chega, você vai morrer loirinho”.
“É melhor você me matar mesmo Larissa, sabe por que? Por que você é uma idiota. Não sabe nem ser doida. Como é que você vai se aliar a um cara que ama outro e não a você? Só mesmo sendo uma idiota. Idiota, idiota, idiota!”.
“Não!!! Meu pai sempre falava isso pra mim. Para!!!!” eu aproveitei pra intensificar a tortura “Idiota, idiota, idiota”. Ele disparou a arma, mas Brunno se jogou na minha frente e a bala pegou nele. Ele caiu no chão.
Cláudio num salto rápido deu um pisão no rosto dela, que a fez cair, junto com a arma. Eu saltei também e fui pra cima dela. Ela tentava apontar a arma pra mim, mas não tinha forças. Felizmente esses três anos de malhação serviram pra salvar minha vida. Eu esqueci que ela era mulher e dei muito na cara dela. Joguei a arma pro Cláudio, que ficou apontando pra Brunno.
A cara da vadia ficou em frangalhos e eu ainda não sabia de onde tinha tirado tanta coragem e força. Fizemos com eles o mesmo com que fizeram com a gente, ou seja, amarramos. Cláudio chamou a polícia e a ambulância, pois Brunno estava muito ferido e ela também, de tanto levar porrada. Depois de tudo resolvido nos abraçamos. Benevides veio e disse “vocês estão bem?”.
Eu respondi pra ele cansado “ai, estamos bem, mas eu definitivamente não nasci pra essa vida de aventuras”. Ele riu e disse “você ainda não viu nada. O delegado Mattos já está acostumado”.
Fomos direto pra minha casa. Minha mãe só faltou beijar os pés de Cláudio e meu pai chorava feito criança “obrigado Cláudio por trazer nosso tesouro de volta são e salvo”.
Descobrimos que Larissa não era enfermeira coisa nenhuma, ela tinha sido internada junto com Brunno na mesma clínica e eles tinham se juntado e planejaram um casamento a três, eu era o recheio deles. Loucura? Loucura é pouco. Os dois eram doidos ao quadrado e não conseguimos provar, mas tivemos a impressão que tudo o que fizeram foi com o apoio do velho Benevides.
O safado ainda me chamou pra assumir a presidência da empresa no seu lugar. Desta vez eu nem ouvi. Desliguei o celular e disse se ele me importunasse mais uma vez eu iria fazer um escândalo e sujar a imagem dele. Não sei se ficou com medo, mas me deixou em paz.
Eu voltei a frequentar a casa de Cláudio e os filhos dele passaram a me paparicar de verdade.
“Jonas me ajuda a me produzir, eu vou encontrar a turma da escola e sabe como é? Não posso fazer feio” falava Estela “ai Jonas, que bom que você voltou eu estava sentindo tanto a tua falta”. Eu respondi “Menos Estelinha, menos. Eu só estou frequentando a casa de vocês, mas não ficarei aqui como antes não”.
E Diônio disse “é mais quando você casar com nosso pai você vai morar com a gente né Jojô? Aliás, falando nisso, olha só como eu estou ficando sarado, aquele gordinho já era e graças a você que me ensinou aquela dieta e os exercícios, agora as gatas me olham e me secam, isso é muito massa cara”. E ele estava ficando bem bonito mesmo, mais parecido ainda com o pai.
“Ei, vocês só querem ficar com o Jonas pra vocês é? Ele também é meu padrasto, deixa ele me dá atenção, quero falar com ele sobre paqueras e vocês não deixam”.
“Calma gente, tem Jonas pra todo mundo. Podem usar e abusar de mim, claro que com respeito”.
E a nossa relação foi ficando de muita amizade. Eu pude perceber que eles eram muito carentes e como eu nunca tive irmãos mais novos pra eu cuidar, eu me dediquei a eles. Quando eles queriam aprontar eu mostrava minha autoridade e eles começaram a me obedecer, hahahhaha.
A fofoqueira da Virgínia, minha ex colega de trabalho vivia me contando as novidades, o que eu agradecia muito, por ter que me preparar pra algum eventual ataque de doidice da família Benevides, hahahahha. Foi por ela que eu soube que Brunno tinha surtado e estava com dificuldade de locomoção. Ela me falou a clínica psiquiátrica onde ele ficava internado e eu pirei também, pois resolvi lhe fazer uma visita, sem Cláudio saber é claro.
Quando eu cheguei lá ele estava num apartamento, bem luxuoso (claro, o doido era rico). Eu quando cheguei lá o vi muito bem tratado. Ele estava deitado numa cama e eu o chamei “Brunno, tudo bem?”. Quando eu menos espero vejo um rapazinho de uns 22 anos chegando e dando um beijo nele “Jonas amor, eu já estava com saudades de você. Não me deixa mais sozinho por favor”. Ele falava pro rapaz.
“Calma meu príncipe, eu só fui ali pegar um suquinho pra ti. Agora bebe e toma essa remedinho pra você relaxar”.
Eu comecei observar o rapaz, ele era fisicamente parecido comigo, também era loirinho e bem bonito, claro, nem tanto quanto eu, hahahahha. Eu falei “seu nome é Jonas? Que coincidência o meu também”.
“então você é o Jonas? É realmente você é muito bonito”. Ele falou pra mim.
Eu perguntei do Brunno, que estava sorrindo pro rapaz com um olhar encantado “Brunno, você sabe quem eu sou?”.
“Seu rosto não é estranho. Já sei, você trabalha com meu avô, mas eu não sei o seu nome”.
Ele virou novamente pro rapaz e disse “Jonas amor, me dá um beijo que eu já estou com saudades. Ei você, quando eu sair daqui eu vou casar com o meu Jonas e você está convidado”. Eu fiz que sim com a cabeça.
Ele foi abrindo a boca e caindo no sono. O rapaz me disse “é o efeito do remédio. Dorme amor, teu Jonas vai estar aqui quando você acordar”.
Quando ele dormiu nós saímos pra dar um passeio e eu perguntei “seu nome é Jonas mesmo?”.
“Não. Meu nome é Jhonatan. Mas ele só me conhece como Jonas. Ele pensa que eu sou você e sinceramente eu não me importo, por que eu sou apaixonado por ele”.
“Mas Jhonatan isso é perigoso. E quando ele descobrir a verdade? Você sabe que ele é surtado”.
“Ah Jonas, eu o amo tanto. Eu me apeguei tanto a ele. Praticamente a gente está casado. Eu vivo quase 24 horas pra ele, e sinceramente eu nem me importo”.
“Bicha eu acho que a senhora é que é surtada! Vai por mim, ele é perigoso, eu Já sofri muito na mão dele, eu tenho pena dele, mas que ele é surtado ele é”.
“Eu não me importo Jonas. Eu amo o Brunno e vou cuidar dele. Quando a gente faz amor eu só falto morrer de prazer. Eu nunca encontrei um macho tão gostoso e um homem que me completasse de maneira tão profunda na vida, e ele é tão carinhoso comigo e eu sei que ele precisa de mim e nunca vai me trair e nem me deixar”.
Eu fiquei passado. Tem doido pra tudo nesse mundo “então bonita, boa sorte, por que você vai precisar. Mas cuida dele sim, no fundo ele não é uma má pessoa, mas que é surtado, é”.
“Não se preocupa, eu sei me cuidar e eu já estou casado com ele e te cuida também”.
Dei um beijo no meu clone e eu senti uma sensação estranha, era como se eu tivesse beijando a mim mesmo “sai pra lá Jonas, tu tá surtando também”.
Fui atrás foi do meu amor. Ele sim era um homem de verdade, completo e saudável. Dessa vez fizemos tudo conforme o figurino e Cláudio, junto com seus filhos pediram minha mão em casamento. Meus pais concordaram com tudo e meu pai me liberou da promessa de ter um filho biológico, disse que os filhos do Cláudio já faziam parte da família e que eles seriam seus netos. Não é que os pestinhas se apegaram ao meu coroa e até à minha mãe? Sim completamos nossa família.
Agora era só dar o próximo passo, o casamento. Então eu seria um senhor casado e feliz. De quebra ainda mataria as bichas de inveja, já que meu marido era o mais bofe de todos e eu ainda tinha filhos adolescentes, kkkk.
Eu me declarei pro meu amor no dia no noivado “Sim amor, a felicidade existe e ela é uma conquista diária, eu te amo Cláudio Mattos”.
“Obrigado por ter me escolhido. Eu te amo muito Jonas Santiago Costa, meu Pequeno e Grande Amor”...
Fim... (mas eles continuam no último capítulo com Fernando e Cristiano)....
Parte II – O Amor e o Tempo – Narrado por Fernando
Resposta ao Tempo (Nana Caymmi)
Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho prá ter argumento
Mas fico sem jeito calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Num dia azul de verão sinto o vento
Há fôlhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi ele ri
Diz que somos iguais se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro, sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói
Com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor, prá tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, e ele não vai poder, me esquecer
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
/>
Narrado Por Fernando
Ele foi entrando na sala de embarque e eu gritei com todas as minhas forças “Criiiiiiis! Cris não vai embora amor. Me perdoa, eu descobri tudo. Fica comigo eu te amo, eu não sei viver sem você amor!”.
As pessoas achavam que eu estava chamando uma mulher. Ele parou e não respondeu. Eu Gritei de novo “Eu te amo Cris, não vai embora amor, fica comigo”. Ele virou pra mim com os olhos espantados e cheios de lágrimas.
Eu saí apressadamente ao seu encontro. A família de Cris toda sorria e nós dois não parávamos de nos olhar, eu cheguei perto dele disse “não vai embora amor. Eu te amo. Eu sei que eu fui um idiota, mas me dá mais uma chance”.
A cena era tensa e muita gente olhava pra nós. Ele também se aproximou de mim, me puxou forte e me deu um beijo na boca, um beijo discreto e apaixonado. Eu ouvia vozes, uns diziam que era lindo e outros que era uma pouca vergonha, até que seu Pedro falou pra todos “quem está censurando é por que está com inveja ou nunca amou, meu filho ama e é amado. Eu até fiz promessa com Santa Rita de Cássia pra eles ficarem juntos”.
E Dona Bibiana completou “e eu pendurei o Santo Antônio de cabeça pra baixo, prometi que eu só levantaria quando eles voltassem”. Todo mundo riu da palhaçada. O que era pra ser uma cena tradicional virou humor.
O motoboy ficou admirado com a cena, e a família do Cris fez um círculo em nossa volta. O círculo aumentou com a adesão do motoboy, de Luana e Mário que chegaram em seguida. Cris me abraçou forte e eu correspondi até que ele se desvencilhou e me deu um tapão no pé do ouvido e disse “seu idiota, você me machucou muito, você não sabe o tanto que eu sofri com seu desprezo”.
Eu respondi “ai, essa doeu. Bate amor, pode bater, mas volta pra mim”.
Todo mundo começou a rir, inclusive o Cris, até que seu Pedro disse “parem de palhaçada vocês dois. Vocês se amam e têm que ficar juntos. E outra coisa Tiano, você estava todo jururu por que tinha perdido o Fernando, agora para de história e ouça o que ele tem a dizer”.
É por isso que eu amo esse meu sogrão, pensei comigo mesmo e aproveitei a deixa “amor, a gente vai recomeçar nossa vida do zero. Você é o homem da minha vida. Fica comigo, eu te amo”.
E ficamos batendo boca na frente do pessoal. Quando um falava todo mundo olhava pra cara de quem estava falando, quando o outro começava eles viravam pro outro. Uma cena muito hilária.
“Mas agora eu já assumi o compromisso de ir morar no Rio de Janeiro. Se eu não for eu vou ficar sem emprego”.
“Não tem problema eu te sustento. Você fica em casa e eu te dou uma mesada por mês”.
“Quer dizer que eu vou ser a amélia? Eu vou ter que ficar sem trabalhar, só cuidando da casa e dos nossos filhos é Fernando?”.
“Eu sorri e falei “repete. Repete o que você disse”.
“Ah, eu não nasci pra ser amélia, não mesmo”.
“Não amor. Você disse nossos filhos”. Ele sorriu e disse “é claro traste, que eles são nossos filhos, eu já os amo como meus e eles são sim, pois eu tive uma participação indireta neles”.
Caramba, eu fui do inferno ao céu. Cris tinha um coração maravilhoso mesmo, ele sabia perdoar e não conseguia guardar mágoa. Eu estava muito feliz e disparei “poxa, pena que eu não tenho mais nossas alianças, senão eu pediria tua mão aqui mesmo”.
Ele abriu a carteira e disse “não seja por isso. São dessas alianças que você está falando?”. Ele mostrou nossas alianças e continuou “eu nunca me desfiz delas, por que eu sabia que elas ainda voltariam pros nossos dedos. Somos almas gêmeas, lembra? Pode passar o tempo que passar, mas nós iremos ficar juntos e quando chegar o tempo, será pra sempre”.
Eu comecei a lagrimar, peguei as alianças e disse “Seu Pedro, Dona Fabiana, vocês me concedem a mão desse garoto chamado Cristiano pra casar comigo?”.
E foi um abraço e beijos pra lá e pra cá. Tinha gente que não estava entendendo era nada e era impossível conter a presença de curiosos. Cris pediu “pai, leva minhas malas pra casa, que eu e esse moço aqui temos muito o que conversar”.
Eu revidei na hora “negativo. Não seu Pedro, eu mesmo levo as malas dele, ele vai embora comigo de vez, não quero arriscar mais nenhum minuto, não quero mais ter nenhuma surpresa”.
O doido do motoboy começou a fingir que estava chorando e disse “ai que coisa linda, acho que agora eu vou me assumir pra minha família”, falou olhando pro irmão do Cris, que respondeu “ei, nem olha pra mim que eu sou hétero”.
Ele olhou pro seu Pedro e disse “mas eu gosto mesmo é de um coroa enxuto” e o pai do Cris falou “epa, tenho mulher, sou hétero e muito bem casado” e o Mário disse “vixe, nem olha pra mim, também sou dos times dos héteros e minha mulher tá grávida”, apontando pra Luana”.
Todo mundo começou a rir e ele disse “não custou nada tentar, vai que cola né?”. Eu agradeci o cara, dei mais uma grana pra ele, que foi embora se espocando de rir, o fuleiro estava era tirando um sarro com a cara da gente. Foi muito engraçado.
Cris se despediu de todos, e me disse que não queria morar na mesma casa que eu morei com a Sabrina e que os pais dela também moraram. E eu sou besta pra contrariá-lo? Só fomos pegar nossos filhos e Antônia e fomos direto pro meu antigo apartamento. Nossa fiel escudeira não disfarçava a alegria e tratou de ir com as crianças pra um quarto separado.
“enfim, sós”. Eu falei pra ele.
Ele sorriu e disse “parece loucura, mas eu não parei de te amar por nenhum minuto. No fundo eu tinha tanta esperança da gente voltar a ficar juntos”.
“Só que dessa vez vai ser pra sempre. Somos realmente almas gêmeas”. Eu o puxei pra meu corpo e dei um beijo apaixonado”. E continuei “eu também estava muito magoado, sem entender nada, mas lá no fundo eu tinha esperança de um dia a gente se entender”.
Ele me puxou e me deitou na cama e disse “agora teu corpo é meu e meu corpo é teu. Hoje vai realmente ser nossa primeira vez como casados. A cerimônia vai ser pra celebrar e compartilhar com todo mundo nosso amor, mas agora Fernando, a partir de hoje, eu serei teu marido”. Me deu um beijo tão apaixonado que eu me senti nas nuvens.
Ele foi me cheirando e beijando meu corpo. Era como se ele tivesse me possuindo todo, por inteiro, sem deixar um milímetro de meu corpo sem beijos e lambidas. Eu me contorcia todo de prazer. Ele chegou até meu membro e começou a beijar. E depois foi colocando na boca aos poucos. Ele fechava os olhos me saboreando e aquela cena era demais excitante pra mim. Ele chupou muito.
Eu também queria fazer o mesmo que ele. O deitei sobre a cama e passei a cheirar seus cabelos. E fui saborear seu corpo. Dei mordidinhas e beijos, especialmente no bico do peito (ele adora isso) e fui descendo, mordendo e cerrando a barba em seu abdome. Quando cheguei em seu pau eu abocanhei com força e chupei muito. Voltamos exatamente à Despedida de Solteiro, quando fizemos amor pela primeira vez.
Cristiano virou-se e começamos um delicioso 69. Aquela sensação de sorvermos nossos membros ao mesmo tempo nos fazia delirar. Chupava e era chupado, mordiscava e era mordido levemente, beijava e era beijado.
Cris começou a ir subindo e foi chegando em meu anel, eu dei um gemido de delírio. Me abri todinho pra sua língua e ele me fez ver estrelas, metendo o que podia com a língua. Ficamos nessa delícia por muito tempo, eu chupava sua rola e ele lambia meu cu, até que ele disse a mesma coisa que eu disse na primeira vez “não aguento mais Nando, eu preciso te comer agora”.
E eu respondi “Vem amor, me possui, vem ser meu marido pra sempre”.
Eu me abri pra ele, que estava com lágrimas nos olhos de felicidade, passou cuspe e foi metendo com força. Ele me comeu de comeu de frango, como eu fiz com ele da primeira vez. Eu olhava o desejo em seus olhos marejados. Ele ergueu o corpo pra cima e começou a meter na posição de papai e mamãe, eu só me abria mais e me entregava.
Eu urrava de dor e prazer, pois há muito tempo ele não me comia. Quando entrou tudo ele delirou e disse “agora você é meu Fernando, pra sempre. Aquele garoto não existe mais, agora quem está aqui é teu marido, teu homem”.
Eu passei minhas pernas por suas costas e o prendi, rebolando e pedindo para ele meter mais “me come meu marido, me possui, eu sou todinho teu”, o que ele fez prontamente, com força. Meteu sem piedade e cada metida eu delirava com meu macho suado e urrando em cima de mim.
Cris tinha virado um homem maravilhoso, mais forte, mais másculo, mais viril e agora estava me saciando com sua macheza. Eu rebolava muiiiiiito e dizia “amor eu sou teu, mete no teu homem, acaba comigo, você é meu macho”. Minhas palavras parece que causaram um furor em sua cabeça pois ele meteu mais forte ainda e eu não aguentei e gozei, melando sua barriga. Como sempre acontece eu apertei seu pau e ele me inundou com seu líquido do amor, nossa, ele gozou muito dentro de mim.
Ele caiu em cima de mim e nossos peitos ficaram colados um no outro, a gente sentiu os dois corações batendo ao mesmo tempo e eu ouvi a nossa música em meu pensamento e comecei a cantar pra ele, que me acompanhou ofegante.
“Carne e Unha
Alma Gêmea
Bate coração
As metades, da laranja
Dois amantes, dois irmãos
Duas forças, que se atraem
Sonho lindo de viver
Estou morrendo, de vontade de você!
“Eu te amo Fernando. Eu te amo meu marido”
“Eu também te amo Cristiano. Eu te amo meu marido”.
Passamos a nossa primeira noite juntos, como marido e marido. De manhã fizemos amor de novo e eu fiz uma pergunta que estava martelando em minha cabeça “amor, você não tem nenhuma mágoa de mim? Eu sei que eu te machuquei muito. Eu tenho tanto medo que toda essa história possa nos atrapalhar um dia, que a gente não resolva tudo”.
Ele sentou na cama e disse “amor, olha pra mim. No meu coração não tem lugar pro rancor. Se eu perdoei a Sabrina, que me fez tanto mal, imagina você que é o homem da minha vida e outra, eu errei muito também. Se não fosse por minha insegurança e ciúmes você não teria caído nos braços da Sabrina. Eu também fui culpado de tudo. Mas isso não importa mais. Mesmo diante de todo esse sofrimento, Deus nos mandou duas pessoinhas lindas pra gente cuidar. Só o fato dos nossos filhos estarem aqui com a gente já demonstra que tudo valeu a pena”.
Eu comecei a chorar e ele falou “não chora amor, sem mágoas, sem culpa, a gente está reconstruindo nossa vida de novo”.
“Eu não estou chorando por isso Cris. Eu estou chorando de felicidade por ter você. Nossa você é incrível. Eu não chegou nem a teus pés. Como é que pode ter um ser humano tão completo como você? E você faz parte da minha vida e ainda me ama. É muita felicidade pra um cara só”.
Ele começou a rir e disse “deixa de bobagem vai. Deixa de besteira. Eu tenho um monte de defeito e você conhece todos. E você também é cheio de qualidades, e de defeitos também, hahahha”.
Por mim eu oficializaria nossa união logo, mas meu amor preferiu esperar uns meses, em respeito à memória de Sabrina. Na prática já estávamos casados. Marcamos nossa cerimônia e o contrato de união estável para mês de outubro e o mais legal é que marcamos pra oficializarmos juntos com Jonas e Mattos. Faríamos nossa cerimônia juntos.
O pai de Sabrina nunca mais apareceu. Marcos ficou cuidando da mãe dele. Eles se entendiam e ela não era tão má assim. Eu queria muito que o Marcão encontrasse alguém legal, mas isso ainda não tinha acontecido.
Não posso deixar de falar que Cris assumiu tudo com maestria. Ele cuidava de tudo: de mim, de nossos filhos, da casa, ainda trabalhava e estudava e conseguia tempo pra preparar a cerimônia de união estável junto com o Jonas. Eu confesso que jamais conseguiria fazer isso tudo. Ele tinha uma espécie de alma feminina num corpo de um macho, mesmo por que em nossa relação não tinha o ativo e o passivo, éramos simplesmente Cris e Nando, marido e marido, fazíamos o que nos dava prazer sempre, sem papéis definidos. Ele fez uma coisa que eu jamais esperaria, me ensinou a cozinhar, hahahahahah.
Um dia eu cheguei em casa e encontrei meu pai lá brincando com as crianças. Eu reagi da mesma maneira, já aloprando com ele “o que é que você está fazendo aqui? Cristiano por que é que esse cara está aqui? Eu não quero ele perto dos meus filhos”.
“Fernando eu não estou fazendo nada de mais, eu só vim ver as crianças e não briga com o Cristiano, foi eu que implorei pra ele me deixar entrar”.
Cris me olhou sério e disparou “Chega Fernando. Eles também são meus filhos e o seu Horácio veio em paz. Você gosta muito de ser perdoado não é Fernando? Pois tá bom de você aprender a perdoar também”.
“Não Cristiano. Não precisa vocês brigarem por minha causa. Eu já vou embora”.
“Não seu Horácio o senhor vai ficar. A partir de hoje o senhor vai ser sempre bem vindo nessa casa. Não é Fernando?”.
Eu falei meio envergonhado “Desculpa pai. O senhor pode ficar sim e brincar com as crianças”.
“Fernando filho, desculpa tudo o que eu fiz você passar. Eu me sinto tão solitário. Essas crianças são a alegria da minha vida. Você está construindo uma família tão bonita. Vocês são a única família que eu tenho filho, Você, o Cristiano e as crianças. Vocês não são uma família convencional, mas são a minha família e aqui reina a paz”.
Meu coração ficou apertado e eu tive que reunir toda a minha força pra ter coragem de fazer o que eu fiz. Eu me aproximei e dei um abraço no meu pai. Ele me apertou chorando e disse “perdão filho, perdoa esse velho idiota que tanto te fez sofrer”.
“Pai, me perdoa também. Eu estou começando do zero a minha vida com o Cristiano, com as crianças e vai ser muito bom ter o senhor por perto. Pode demorar um pouco, mas a gente vai acabar se entendendo bem”. E meu pai foi se aproximando da gente, demonstrando um amor que eu não sabia que ele tinha.
Uma vez a gente foi a um parquinho levar as crianças pra passear e vimos uma cena estarrecedora e triste. Vimos Jonhy catando lixo pra comer, ele estava numa situação degradante, magro, sujo e feio. Cris lagrimou com aquilo e foi até ele. Jonhy correu e Cris correu atrás, eu fiquei preocupado, mas como eu estava com as crianças não poderia correr também e sabia que ele lutava pra caramba e sabia se defender.
“Vai embora Cris, eu não quero que você me veja assim”.
“Jonhy calma, eu não vou te fazer mal. O que houve com você? Por que você está assim na rua?”.
“O vício não me abandonou cara. Depois que eu saí da cadeia eu estava mais viciado do que nunca, não consegui nem trabalhar como garoto de programa, minha família desistiu de mim por que eu dei muito trabalho e prejuízo pra eles”.
“Mas você quer sair dessa vida Jonhy?”.
“Engraçado né brow? Depois de tudo o que eu fiz, você ainda se preocupa comigo. Olha pra você Cris, você está cada dia melhor. Eu sempre soube disso, eu sempre soube que você tinha futuro. Você sempre foi o mais forte, sempre foi melhor dos garotos e eu tinha inveja de ti”.
“Eu perguntei se você quer sair dessa Jonhy, por que eu quero te ajudar”.
“Mesmo depois de tudo o que eu fiz? Por que você está fazendo isso?”.
“Por que eu acredito no ser humano Jonhy. Por que eu aprendi esse tempo que quando a gente quer a gente muda e todo mundo merece uma segunda chance”.
E meu amor mais uma vez provou sua grandeza. Ele ligou pra uma assistente social que prestava serviço pro hotel onde ele trabalhava e ela, com o meu apoio financeiro conseguiu internar Jonhy numa clínica de recuperação pra dependentes químicos. Sua luta é diária, mas até agora ele está vencendo. Até um companheiro voluntário da clínica (ex dependente) se interessou por ele e estão juntos nessa batalha. Ele ainda está internado, pois o tratamento é de um ano e meio. Mais uma lição aprendida por mim. Sim, existem pessoas boas nesse mundo e eu era casado com uma delas, uma pessoa rara que deixa o amor falar mais alto em sua vida.
1 Coríntios 13
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
E em outubro de 2012, numa tarde ensolarada, marcamos nossa celebração civil de Contrato de União Estável. Fernando e Cristiano, Jonas e Cláudio Mattos. Agora era pra valer. Conseguimos que uma juíza de paz, uma mulher bastante comprometida com a luta das minorias fosse realizar simbolicamente nossa cerimônia. Procuramos não causar alarde, mas também não nos escondemos. Marcamos numa casa de eventos espaçosa e a cerimônia teria início às 17 horas.
Eu e Mattos nos aprontamos num lugar e Cris e Jojô em outro. Eu sorri pra Mattos e o ajudei a ajeitar sua gravata “é companheiro, agora é de verdade. Seremos homens casados com outros homens e viveremos felizes com nossos ninfetos”.
“Obrigado por tudo Fernando. Você foi o primeiro a me dar força pra eu ficar com meu pequeno”.
“Olha quem fala. Você me ajudou muito também na minha história de amor. E eu ganhei também um irmão”.
Nos abraçamos e rimos muito um com o outro e ele disse “agora vamos, não fica bem os machos alfas deixar os mais jovens esperando, hahahahahah”. Fomos esperar por nossos maridos.
Estavam todos lá: nossos filhos, nossas famílias, nossos amigos mais próximos e mais alguns convidados ilustres.
A Juíza ficou esperando os casais entrarem. Mattos entrou primeiro de braços dados com sua filha Estela. Eu fiquei com Tia Jurema e Tio Olavo, um de cada lado do braço. Eles estavam visivelmente emocionados. Acho até que minha tia ficou ainda mais emocionada do que o meu primeiro casamento. Ela sorria e chorava.
Meu tio falou pra mim “eu ainda vou escrever a tua história com o Cristiano, a história de vocês é linda demais, mas vocês não saberão disso”. Eu sorri e fiz que sim, sem compreender o que ele queria dizer.
Quando já íamos entrar meu pai falou “Jurema minha cunhada, eu queria pedir um favor. Eu queria pedir pra você deixar eu levar meu filho ao altar junto com o Olavo. Ela fez que sim com a cabeça. Eu fiquei muito emocionado com esse gesto do meu pai, mas eu tive uma ideia.
“Vamos entrar os quatro juntos. Tia Jurema vai segurando meu braço junto com Tio Olavo”. Ela ficou muito feliz, percebi que meu pai e meu tio também ficaram e fomos entrando. Foi um gesto simples e rápido, mas que dizia muito pra gente.
Depois avistamos Cristiano e Jonas. Eles estavam de trajes claros, enquanto eu e Mattos estávamos em tons escuros. Eles respiravam firmes e Cris falou pro Jonas “então, preparado pra gente ir até nossos maridos?”. Jonas respondeu “Parece loucura, mas eu me preparei a vida toda pra isso”. Cris imediatamente disse “eu também e nós tiramos a sorte grande”.
Eles sorriram um pro outro. Jonas entrou primeiro acompanhado por Dona Judite e seu Luís. Eles quase tropeçaram de tanto nervosismo.
Chegou a vez do Cris e eu fiquei realmente nervoso, muito mais do que da primeira vez. Minha felicidade estava se tornando completa. Seu Pedro e Dona Fabiana seguravam um em cada braço e eles começaram a entrar.
Cristiano era o noivo mais lindo do mundo...
Dedicando esse penúltimo capítulo aos meus amados e amadas (lembrando que é sem ordem cronológica, todos são importantes pra mim).
Will16
D.D.D
HEITOR:
Harlesson
Otilia Sabrina.
Carlinhosw
Amores_juniores
Edu19>Edu15
afonsotico,
hpd,
frannnh
LucasM.
Piih e Télo.
lugrey
vivi_souza
Jhoen Jhol
Kaiusv
Juniormoreno
Guga05
Caior
Tall young
Bernardo.18;
Amigo Real:
CrisBR:
Educps
Sparrow
cruzlima
sonhadora19
vivi_souza
Lipe*-*
J42
luy95
guihga
MARQUES SADE
LongLive,
StüquenRedfield
Ivan s2 Italo
Dedico também esse capítulo a todos os românticos incorrigíveis como eu, que acreditam que nem o tempo, nenhuma armação e nenhuma tribulação pode apagar um grande amor. Penso que é preciso a gente sempre acreditar na vitória do bem sobre o mal, que o ódio é superado com o amor e que o perdão liberta.
Dedico também ao meu amado Cristiano (Gui). Que bom viver na mesma época que você meu príncipe e poder conhecer uma pessoa tão especial, tão generosa, tão humana. Quero ser igual a você quando eu crescer. Um beijo meu lindo e que Deus te Abençoe sempre!!!!
Um beijos em todos vocês meus amores, que estão perseverando na Saga Romântica Despedida de Solteiro. Já tenho saudades e quero dizer que foi uma riqueza compartilhar essa história com vocês. Fiquem com Deus sempre!!!!
As. Manu Costa!!!