O Caso do Acidente de Trânsito - Parte 2

Um conto erótico de OContadordeCasos
Categoria: Heterossexual
Contém 1269 palavras
Data: 21/04/2013 15:18:03
Última revisão: 21/04/2013 15:19:13

A consciência ia retornando à medida em que seus olhos iam abrindo. Apesar de restrita, a luz que invadia o quarto trazia consigo o desespero. – Que porra é essa? Onde é que eu estou, caralho! Minha cabeça dói! – Não conseguia se mexer, algo prendia suas mãos, e também seus pés estavam imóveis. Tentou falar, mas as palavras pareciam entalar na garganta. Uma dor invadiu sua goela, como se garras afiadas à arranhassem. Depois de alguns segundos buscando a voz, ele a encontrou, num rouco tão profundo como jamais vira. E então, ele gritou, gritou alto, o mais alto que as garras em sua garganta lhe permitiam.

Os gritos devem ter sido ouvidos por alguém. Ouviu um móvel se arrastando no andar superior ao que estava, o ruído de uma porta se abrindo, e então passos. Cada passo parecia poder ser ouvido a quilômetros. Um passo após o outro, em compasso com o coração de Lucas, cada vez mais acelerado. A maçaneta se virou e alguém entrou no quarto. Assustado, ele alguns poucos centímetros até a parede atrás de si, movimentando-se como uma minhoca. A luz fraca proveniente de uma pequena fresta na parede não deixou que ele identificasse seu raptor, até que ele se aproximasse. Só que ele, na verdade, era ela. Uma linda moça. Os cabelos loiros lhe cobriam as costas até o traseiro. Os olhos lhe pareceram verdes, não pode dizer com certeza.

- Finalmente você acordou, o sol já está até saindo. – As palavras não faziam muito sentido pra ele, sua cabeça ainda rodava devido à falta de oxigenação – Olha, desculpa por tudo isso, eu nem sei como isso tudo foi acontecer do jeito que aconteceu. Minha amiga teve medo de você, você estava muito agressivo e...

- Que porra é essa, caralho? Foi você que me amarrou? O que que você fez comigo sua puta? – berrou, antes que ela concluísse sua frase. As palavras lhe saiam trêmulas, e à cada som que emitia, era como se lhe jogassem álcool onde a garganta fora arranhada. – Me desamarra, caralho.

- Olha, eu queria te ajudar, de verdade, mas assim não vai ter jeito. Você continua agressivo. – Disse ela, quase maternalmente. O que lhe fez lembrar uma mãe dando um sermão em um filho. – Se você se comportar bem, e prometer não dar um pio sobre o acidente, vou deixar você ir.

- Sua filha da puta, quem você acha que é pra falar assim comigo? Sabe quem eu sou? Eu... – Dessa vez foi ela quem não o deixou terminar. Colocou o pé em sua cara, comprimindo-a entre o salto alto e o chão. Um grunhido de dor foi tudo o que conseguiu emanar.

- Escuta aqui, seu merdinha, se não fosse eu, a Camila já teria jogado você na porra de um rio. Então cala essa merda dessa boca, e me ajude a te ajudar. – Ela parecia muito mais assustadora agora do que a alguns segundos atrás. Ela reduziu um pouco o peso aplicado no salto, e continuou – Já te falei o que você tem que fazer. A Camila foi pegar algumas coisas na casa dela. Vai passar um tempo aqui com a gente, até decidirmos o que vamos fazer com você. Então é bom que você se comporte, entendeu? – Ela voltou a aplicar o peso, e o salto parecia prestes a atravessar sua boca, de bochecha a bochecha. – Eu perguntei se você entendeu? – A resposta foi um sim, novamente em forma de grunhido. A moça se retirou do quarto e ele ficou ali, imóvel, sem saber o que fazer ou o que pensar. A bochecha latejava e o coração parecia prestes a abandonar o corpo pela garganta.

Algumas horas depois, que poderiam ter sido alguns minutos, não saberia dizer ao certo, a porta se abriu novamente. Dessa vez, duas mulheres entraram no quarto. Presumiu que a mais baixa deveria ser a tal Camila. Parecia impossível, mas ela era até mesmo mais bela que a vagabunda do salto alto. Era ruiva, e dessa vez, a luz já estava mais forte, e conseguiu ter certeza a respeito dos olhos, eram azuis. O corpo era tão bem definido quanto o da mais alta, e agora ambas estavam descalças, com shortinhos e camisetas. Pareciam mais saídas de uma festa do pijama. Quem falou primeiro foi a mais alta – Tá mais calmo? Essa aqui é a minha amiga, ela que estava dirigindo o carro... – Ela contou detalhadamente o que havia acontecido no acidente, e aos poucos, sua memória foi retomada. A outra garota continuo muda. Tinha um olhar assustador, ainda mais naquela situação.

- Eu não vou falar nada pra ninguém, eu juro, me deixem ir embora, e vocês nunca mais vão me ver – Na verdade, sua intenção era outra. Elas eram duas, mas eram mulheres. Apesar de parecerem fortes, tinha certeza que cumpriria bem o seu papel de homem. Assim que a soltassem, iria fazer com que elas se arrependessem por serem as cadelas mais filhas da puta que ele já tivera o desprazer de conhecer. O carro não importava mais. Só queria se vingar daquele vexame todo. – Como é? Me desamarrem. Eu já estou calmo. Eu só estava assustado.

- Não é assim tão fácil – finalmente Camila abrira a boca – Você não tá achando que a gente vai simplesmente acreditar na sua palavra, né? Não é porque a gente tem 17 anos que a gente é imbecil.

- Mas então o que a gente vai fazer com ele Mila? – Questionou a loura – Não dá pra ele ficar aqui pra sempre.

- Não sei. Isso vai depender dele. Mas enquanto você estiver aqui você pode ser tratado como o cachorro que você é, ou pode ser tratado como um visitante qualquer. Eai, como vai ser, cachorrinho? Tudo depende de você. – Ela parecia estar se divertindo com aquilo. “Vou te mostrar quem é cachorro, sua cadela do caralho” pensou. – Você vai se comportar?

- Eu não vou fazer nada, só quero ir embora. – E então, a surpresa. Ela deu dois passos longos em sua direção e lhe deu um pontapé na barriga, tão forte que o ar lhe faltou mais uma vez.

- Não vai fazer nada? Você vai fazer sim. Você vai fazer o que a gente mandar, do jeito que a gente mandar, na hora que a gente mandar. Estamos entendidos? – Perguntou ela, num tom que não admitia contestações.

- Sua put... – outro chute se seguiu, e dessa vez, ele não ousou voltar a protestar – Tá, tá! Vou fazer o que disserem. Mas pelo menos soltem meu braço! Essa merda tá apertada!

- Que que você acha Mari? – Ela perguntou à loura – Da pra gente soltar as mãos dele?

- Você que sabe. Qualquer coisa eu seguro ele, não deve ser tão difícil de qualquer forma, olha o tamanho dos bracinhos dele. Nunca vi ninguém tão magrelo assim. - “Me solta pra você ver então, puta.”

- Ele deve ter se mijado de medo enquanto estava aqui sozinho, sente só esse fedor. Vamos leva-lo lá pro banheiro pra ele tomar um banho, lá a gente o desamarra. – A ruiva lhe dava cada vez mais medo. Ela parecia não ter emoção alguma ao falar. Era vazia. E então, a mais alta, Mariana, colocou-o em pé, usando a parede para escora-lo, e abaixou-se até que seu ombro ficasse na altura do umbigo do homem. E o levantou. Seu peso parecia não exigir muito dela. “caralho, que menina mais cavala!”, pensou.

- Eu levo ele lá pra cima – disse a loura, enquanto dirigia-se para a escada. Enquanto subiam os degraus, a única coisa que conseguia ver, carregado nos ombros pela moça, era a sua bunda, que de ponta-cabeça, parecia o mais perfeito traseiro que seu nariz já pudera tocar.


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Comentários

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Adorando , muito bem escrito! Parabens..

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