Dia da Caça 10

Um conto erótico de CrisBR
Categoria: Homossexual
Contém 1522 palavras
Data: 21/03/2013 21:38:29
Assuntos: Gay, Homossexual

E aí pessoal, gostando da história? Bom, estou me esforçando bastante pra escrever e mantendo minha ideia original... os palpites já estão surgindo e isso é bom. Obrigado pelos comentários e obrigado por curtir a história. É muito bom saber que estou agradando. Valeu e boa leitura...

Nessa hora eu não aguentei e entrei na sala, falando o mais alto que pude:

- Bela amiga você hein Adriana... Que você era oportunista eu desconfiava, mas vagabunda eu falsa é uma novidade pra mim.

- Carlos, você tá entendendo errado...

- Quem tá entendendo mal as coisas é você Adriana. Você acha que vai ser fácil me tirar da clínica que eu sou dono? Mais ainda, você acha que essa história do Lucas não vai respingar em vocês? Além de tudo é burra.

Ela parecia muito nervosa, sem conseguir se defender. Murilo tomou a frente:

- Carlos, você tá perdendo a sua razão.

- Não fala comigo seu nojento.

Minha reação poderia colocar tudo a perder, mas juntei todo meu ódio dele e da situação e dei o soco mais forte que eu já havia dado em alguém. Enquanto ele se contorcia pela força do soco, tive o cuidado de fechar a porta antes que Adriana conseguisse sair do consultório.

- Agora somos nós três.

Eu nunca havia me imaginado em tal situação, mas eu tinha sede de vingança. Eu precisava entender tudo e principalmente colocar os dois em seus devidos lugares. Mas Murilo não deixava barato:

- Você sabe que se a polícia souber desse soco você volta praquela delegacia não é?

- Claro que sei. Eu quero ver vocês dois terem coragem de contar sabendo que eu já sei que há alguma ligação entre vocês e a mãe do Lucas. E aí, quer que eu chame a polícia? Nem precisa né? Eles estão aqui.

Adriana, ainda nervosa, tentou blefar:

- Eu não sei o que você ouviu Carlos, mas você está nos julgando errado...

- Adriana, sua máscara já caiu. De amiga especial à vagabunda em dois dias. Bateu recorde hein... Me surpreendi muito com você.

- Você tá me ofendendo.

- Agradeça a Deus por eu não quebrar a sua cara como eu fiz com o Murilo... Ainda me restou decência depois disso tudo, porque vontade não me falta.

Murilo, ainda passando a mão no rosto e percebendo sangue no seu nariz, disse em tom mais elevado:

- Carlos, vai embora.

- Eu? Ir embora? Não Murilo. Essa merda de clínica é minha também e eu não vou abrir mão dela.

- Você quer nos falir? Essa história do garoto já repercutiu mal...

- Tá achando ruim? Vende sua parte. Pula fora! Fica tudo resolvido.

- Eu não vou abrir mão do que é meu.

- Então somos dois e a luta vai ser forte. Se prepare! E você Adriana, ainda dá tempo de correr. Se resolver ficar, tenta ser pelo menos mulher o suficiente pra bater de frente comigo.

Ela me olhou com certo ódio, mas o meu era maior. Saí daquela sala de alma lavada! Eu tinha mostrado pros dois que eu não ia sossegar enquanto não resolvesse a historia de Lucas, e ia ser assim mesmo. Estava caminhando pra constatar que o Lucas era apenas uma peça num jogo sujo.

Saí da sala e Barros estava perto. Ao ver meu estado de nervosismo e a saída de Murilo em seguida, com um sangramento no nariz, perguntou:

- Aconteceu alguma coisa?

Minha vontade era de contar tudo, principalmente do soco, pra mostrar o quanto Murilo era fraco, já que nem foi capaz de revidar... mas me contive.

- Nada demais... Só um acerto de contas.

Dei um sorriso de lado e ele retribuiu. Me senti muito bem com aquele sorriso e mais uma vez percebi uma cumplicidade entre nós. Eu estava me sentindo um idiota com esse sentimento com relação ao Luciano. Ele era casado, provavelmente.

Tinha um filho e não me dava nenhuma abertura e eu ainda fantasiava com seus míseros segundos de atenção.

Era a carência!

Ele foi em direção ao consultório de Murilo enquanto eu fiquei na recepção.

Murilo estava saindo, ainda estancando o sangue do nariz e me olhando de forma assustada, indagou:

- Você vai ficar aqui?

- Essa clínica é minha querido. Cuidado com o papo lá com o delegado viu? Senão você nem volta pra cá.

Luciano/Barros me olhou e dessa vez eu senti ainda mais cumplicidade. Foram alguns segundos de pausa, até que eu percebi Adriana se aproximando e não resisti:

- E você Drica: tá preparada pra ficar levando marmita pro seu homem na delegacia?

Ri alto e Luciano me acompanhou no sorriso. Eles saíram em silêncio. A sensação que eu tinha era de que eles estavam indo para um caminho sem volta, enquanto eu conseguia estar por cima da situação.

Era certo que a minha vida estaria sempre ligada à esse acontecimento, mas só o fato de limpar a imagem do Lucas e mostrar que ele era um fantoche na história já me deixava mais aliviado. O problema era como.

Os dois saíram e, da recepção, eu ouvi o barulho dos carros arrancando.

Entrei no meu consultório e fiquei olhando tudo. Lucas havia morrido em meus braços um dia antes. Quanta reviravolta.

De psicólogo correto e apaixonado pelo colega à injustiçado na luta por justiça e por vingança...

Fiquei tocando minhas coisas de forma saudosista ainda pensando nos acontecimentos, quando escuto a voz grave se aproximar:

- Carlos.

Me virei de imediato e vi Luciano com o sorriso fraco, mas bem significativo. Ele não havia ido com os dois? Como assim?

- Oi Luci... Opa, desculpa. Barros.

- Não, pode me chamar de Luciano. Estamos sozinhos, lembra?

- Claro. O que foi?

- Então, você bateu no Murilo não foi?

Eu me imaginei perdido. Murilo provavelmente havia contado e não adiantou de nada minha pressão. Eu poderia ser processado por lesão corporal e agora eu não seria mais réu primário, não enquanto a morte de Lucas não havia sido esclarecida. Minha feição mudou, não somente pelas circunstâncias de poder voltar pra delegacia, mas de lembrar da cachorrada de Murilo e Adriana:

- Barros, eu bati sim. Ele mereceu. E eu entendo que eu deva voltar pra delegacia. Mesmo sendo justo...

- Não, que delegacia? Ninguém falou em delegacia. Só perguntei por que notei o clima e liguei as coisas. E eu sou Luciano, lembra?

- Sim, mas que susto. Achei que fosse ter que voltar praquele lugar.

- Não. Acho que você só volta lá pra prestar depoimento. E se tudo estiver a seu favor, seus amigos vão se ferrar no depoimento.

Estava gostando daquele momento. O Luciano, rude e quase sem contato deu lugar a um cara empático e amigável.

Ele se aproximou mais um pouco e foi direto:

- Eu sei que não foi você que matou esse garoto e também não acredito que tenha sido capaz de manipular pra que ele matasse o padrasto.

- Obrigado pelo voto de confiança Luciano. E eu vou conseguir provar isso.

- Eu sei que vai, mas vai ser difícil sozinho.

- O que eu posso fazer? O delegado não vê se empenhar nisso.

- Mas eu posso ajudar.

Não consegui esconder minha felicidade. Meu sorriso foi instantâneo e imediato:

- Sério? Nossa! Nem sei o que dizer. Por que quer me ajudar?

- Ah, digamos que eu fui com a sua cara. E olha que isso não é muito comum.

- Eu nem sei o que dizer Luciano.

- Começa a me contar o que você sabe.

E foi assim. Contei sobre meu encontro com a mãe de Lucas e detalhei o seu caso de terapia. Tive que quebrar o sigilo profissional pela gravidade do caso e a cada detalhe novo, Luciano parecia entender da mesma forma que eu. Havia uma relação entre Murilo, Adriana e a mãe de Lucas que pode explicar os comportamentos de Lucas e podem ter sido responsáveis por tudo.

Acabei de contar e Luciano tratou de montar estratégias:

- Bom, primeiro é bom ficar claro que ninguém deve nem sonhar que eu to te ajudando nisso.

- Sim, eu sei.

- Toda vez que a gente se encontrar na delegacia eu sou Barros! Mas eu faço questão de te ajudar, então me mantém inteirado da história.

- Luciano, eu nem sei mesmo como te agradecer.

- Topa jantar comigo hoje?

- Como assim?

- Vai me dizer que o psicólogo não sabe o que é jantar? Sair para comer ora.

Agora sua tentativa de aproximação me assustava... Ele parecia interessado em muito mais que o caso Lucas.

- É... Será que é necessário? Alguém pode nos ver e...

- Não se preocupe. Na minha casa não tem câmeras, nem espiões.

- Mas tem sua esposa. Já avisou a ela?

- Que esposa? Eu não sou casado. Quem disse isso?

- Eu que deduzi, mas você tem um filho.

- É... Isso é uma longa história. Mas e o jantar?

- Eu vou sim. Eu nem sei como te agradecer por essa ajuda.

Ele me olhou e eu não consegui controlar meu comportamento. Corri e o abracei. Não sei precisar por quanto tempo ficamos abraçados, mas senti inicialmente uma paz tão grande que me fez estremecer. De fato, me senti muito seguro nesse abraço. Suas mãos nas minhas costas me seguravam firme e me passava tanta segurança... Segurança tão grande que me fez reagir.

Eu o beijei.

CONTINUA...


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Comentários

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Espero que o Luciano Barros esteja realmente do seu lado.

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Beijou? Não acredito!! Cris, a estória está muito boa, você escreve divinamente bem, mas vamos combinar que o Carlos é meio babaca né, acho que falta algo nele pra "conquistar" a gente, mas de qualquer forma parabéns!

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Aí aí aí aí ksks ... mt bom hein!! só kero vee agora a reação desse Luciano ksks

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Hummm interessante, mas ainda nao confio nesse luciano kkkkk NOTA 10

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Aguardando os próximos acontecimentos... Nota 10. Parabéns!

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Ainda não confio nesse Luciano, ninguém é confiavel nesse conto kkkk, fora o Carlos é claro kkkkkk, continua logo

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Tomara que o Barros/Luciano seja confiável e, não esteja iludindo o Carlos. Continueee.

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Tomara que o Barros/Luciano seja confiável e, não esteja iludindo o Carlos. Continueee.

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Adoreii tomara que o Luciano não reaja mal a esse beijo e que o Carlos e ele consigam desmascara esse corja toda.

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iaaaiiii amo esta historia e que os verdadeiros culpados venham atona n10

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Acho que Luciano vai dar de machão e ficará falando um monte de coisas, mas não vai se distanciar de você, pois ele quer algo a mais. Vamo ver. Abraços

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Ai meu deus , quero ver como Barros vai reagir agora kkkk Aposto que ele e um daqueles policiais lindo,competentes mas que tem uma mulher doida q ainda corre atras dele e bandidos querendo sua cabeça kkk espero q murilo e adriana se ferrem por favor, continua logo!!

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Meu fofuxo, sua história esta demais hein. Essa história policial cheia de mistérios, esta prendendo mesmo, fico esperando o próximo post. Mas tem uam coisinha, será que esse Luciano é confiavel mesmo? Vindo de você nada me surpreende se pintar outra reviravolta. Beijão.

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