O namorado da minha amiga *25

Um conto erótico de Jhoen Jhol
Categoria: Homossexual
Contém 1950 palavras
Data: 20/03/2013 00:04:11

Temos procurado aproveitar o tempo que agora temos porque tanto do lado dele como do meu estamos cada vez mais compromissados com a faculdade e com o trabalho e não queremos que isso termine por nos afastar um do outro embora isso tome parte do tempo que antes dávamos reciprocamente. Mas tudo bem, as coisas entrarão nos trilhos e quero crer que serão melhores em tempo azado.

Como disse, tempos passado por ajustes, todavia temos um ao outro e daí obtemos força, o mesmo não tem ocorrido com O Guto, tenho notado que ele está diferente, menos animado é a palavra que melhor o descreve. Outro dia, ele me telefonou e perguntou se eu teria um tempo no meio do intervalo da faculdade para falarmos. Respondi que sim e combinamos o encontro.

“Às vezes eu me sinto muito só e desejo viver uma história assim como a de vocês dois. Sabe encontrar alguém, que me preencha e que me prenda, que dê vontade de voltar pra casa e seja só para mim. As pessoas às vezes me veem apenas como um pedaço de carne, isso me incomoda”

Tais palavras ditas pela voz embargada de um homem daquele tamanho me doeram. Alguns de nossos amigos até pensam o contrário, mas Guto sente-se muito só.

Como ele mesmo diz, companhia para uma noite só ele tem aos montes, mas alguém que deseja algo sério é difícil de se encontrar. “Sabe Cláudio, havia tempo não via Marcello tão entusiasmado e cheio de planos e tão crente que as coisas fossem melhorar, você fez isso com ele e não vou mentir que eu queria que o mesmo ocorresse comigo” Disse ele.

“Guto, você é especial demais para mim, é como o irmão que me foi negado, mas não sei como ajudar. Eu penso que haverá um momento em que as coisas estarão amadurecidas e a pessoa certa aparecerá e essa situação se inverterá”.

Creia no que digo, vale a pena acreditar, eu mesmo já, antes de conhecer seu primo vez por outra pensava que o meu momento talvez jamais chegasse, estava enganado e acho que você pode perceber como estou feliz.

O que quero lhe dizer é que você se sentirá completo no tempo certo na companhia da pessoa certa” eu disse a ele que me sorriu, me abraçou e completou: “Coelhinho, só o fato de poder desabafar contigo já me faz muito bem, obrigado” Nos despedimos e o observei ir embora sem saber ao certo como ajudá-lo. Gosto dos seus sorrisos e da suas maneiras debochadas, das suas tiradas bobas; sentia-me triste por ele estar assim.

É difícil de entender como pessoas assim ainda não encontraram seus pares. Conversei com amigos que fiz aqui e que os percebi assim, como Guto está, a procura de alguém com quem compartilhar momentos bons.

Há um amigo muito querido, amado de uma forma diferente e única como quero a cada um de vocês amigos a quem me reporto e amo de maneira igualmente ímpar, mas o fato é que é um rapaz excepcional do norte do Paraná. Conversei com ele em momentos em que precisei de apoio e a ele pude apoiar também.

Gosto de nossa amizade e digo que ele é importante para mim de forma especial como especial são os amigos que fiz aqui. Como eu, ele ama ser homem e cultiva o masculino que há em si, mas isso não o impede de ser extremamente delicado em seu espírito, charmoso, educado e simples.

Gosta de música sertaneja, Lembrei de uma que ele gosta “Por que chora a tarde interpretada por Edson e Hudson” Apaixonadamente linda country music brasileira, Marcello adora. Drigo toca violão, é romântico. É uma alma que trás em si muitas coisas boas e o desejo ver feliz. Muito feliz, o mesmo tanto que a cada um dos meus anjos da guarda que estão aqui.

O Drigo é uma candura de pessoa, bem humorado é um exemplo do homem responsável embora seja jovem e digam que jovens não podem ser responsáveis (absurdo!).

O seu jeito me lembra o Marcello às vezes, talvez pelo modo de pronunciar seu erre acentuado. Dele invejo a habilidade de saber dirigir caminhão, experiência que julgo ser incrível. De qualquer forma certa vez ele me contou sobre o fato de haver lido a cerca de uma história que contava sobre o porque nascemos com apenas uma asa ao passo que os anjos nascem com duas.

Segundo essa história, nossa asa única aguardava a chegada de seu par que estava com a pessoa que iría nos completar. Drigo, meu amigo, estimado, essa sua espera não é vã. Tenho certeza que um homem como você, de estatura moral tão elevada, tem reservada a felicidade da sua outra asa estar a sua busca, esteja certo.

Amigo Drigo, gosto muito de você, continue sendo essa referência do que é ser homem, continue mantendo dentro de você essa sua essência firme e delicada, essa força linda e realizadora que não se embrutece diante de açoites tantos. Érick e Cara são exemplos do que digo, creia. Obrigado por partilhar comigo momentos seus e ter me deixado falar tanto de mim.

Às vezes a pessoa certa está onde menos esperamos. Tive a imensa felicidade de saber esses outros dois amigos que moram aqui em Brasília, se encontraram aqui nessa comunidade e estão vivendo momentos muito felizes. Um abraço aos dois.

Saber que nossos desabafos, que depois se transformam em relatos, contribuíram para ajudar a outros pensarem de forma diferente me deixa imensamente contente. Parabéns Fernando por haver considerado que há espaço para todos e por ir ao hemocentro com seu primo que lhe doou o próprio sangue, isso foi um ato de amor que merece ser reconhecido.

Hoje estou ao lado de um homem que me respeita como homem que também sou e me ama de uma forma que nem eu imaginava ser possível e reconheço que só, sem a orientação dos amigos que aqui fiz talvez meu destino tivesse sido outro. Agradeço a todos os que têm estado comigo nesse tempo todo. Cada um de uma forma especial tem posto perene no meu coração.

Ps: Erick, Cara e Fernando são membros da comu "Tenho tesão por amigos heteros", na qual Claudio postou o conto . As palavras do coelinhu ajudaram a todos...

Hoje pude voltar a escrever, Voltei para casa mais cedo e apesar do tempo seco senti uma agradável brisa e à tarde, já não mais com o sol a pino, me pareceu linda. O projeto no qual trabalhei deu certo, Dr.Tiago viajou. Encontrarei Marcello depois da facul e sairemos, iremos ao Pontão.

De repente percebi a grande felicidade que é estar vivo e agradeci ao criador. Ao acessar o orkut para das notícias de mim me deparei com uma surpresa boa, saber que há heterossexuais visitando nossa comunidade e lendo a respeito de nossos sentimentos, nos entendendo, e mais, pensando de forma diferente do preconceito que é o comum, me deixou muito feliz, imensamente feliz.

Saber que podemos contribuir para uma mudança na idéia que fazem de nós me faz extremamente contente. Obrigado pela Visita Fernando, esteja bem entre nós. Quanto a Senhora Valcinere, recordo sim de haver conversado com ela faz algum tempo antes de começar no novo emprego e espero que esteja se entendendo com seu filho, o que posso dizer ao seu respeito é que ela é de uma simplicidade pitoresca, fico feliz que esteja entendendo mais seu filho é tudo que posso dizer.

Um outro fato que ocorreu por esses dias é que Marcello foi convidado a fazer um curso de seis meses no Canadá a partir do próximo janeiro. Não teci comentário a respeito com ele, mas senti certo medo.

A Gerente do banco foi extremamente delicada ao nos atender, “Conta conjunta?, Sim, serão necessário estes papéis” Disse ela nos entregando uma lista. “Desejam fazer um seguro de vida e acidentes mútuo também?”, prosseguiu, numa demonstração sofisticadíssima de sensibilidade diante de uma realidade que cada dia se faz mais presente.

Não sei de devo dizer o nome do banco, prefiro o fazer reservadamente, mas fomos tão delicadamente recebidos por aquela moça de cabelos ruivos que eu bem poderia fazer sim propaganda daquela instituição.

Retornamos do dia seguinte à agência onde, sem maiores embaraços nos tornamos correntistas solidários e segurados pela mesma chancela. “Marcello e Cláudio, é um prazer tê-los entre os nossos amigos” disse Clara, num sorriso que foi bem mais que profissional. Não pude deixar de notar uma foto sobre sua mesa, me pareceu a de uma família feliz, talvez tivesse dois filhos pensei, pois duas crianças haviam na fotografia, uma nos braços dela a outra nos braços do rapaz negro muito bem apanhado, seria seu esposo?

Tive receio de perguntar e o que elegância me permitiu dizer foi um tímido “linda família” quando ela observou que eu havia visto a fotografia. “O nome dele é Marcelo também só que com um L, e esses são meus dois filhos, Ana e João” me respondeu ela com o orgulho sutil dos justos de coração.

Dali, nos dirigimos ao Cartório. O funcionário quis disfarçar de forma sutil, mas sua sobrancelha arqueada e a testa em rugas não podiam esconder a surpresa por ver dois rapazes registrando um testamento no qual um punha o outro como herdeiro inquestionável de 50% de seus bens em caso de morte (é o que a lei permite em razão de termos ascendentes vivos). “Os senhores têm mais alguma dúvida?” Ele nos perguntou mal conseguindo esconder certa impaciência no tom da voz. Respondemos que não. Marcello me fez um carinho na cabeça e assinamos os papéis.

Havia um casal atrás de nós cujo marido que nos observava, em sua elegância precária, mal acondicionada em seu terno de talho antigo, meio surrado e de cor excêntrica, em seu português rudimentar que para além dos esses e erres, ignorava o plural dos substantivos e adjetivos, fazia comentários depreciativos de visão estreita a cerca da modernidade, à sua mulher visivelmente mais nova e que tinha uma criança que chorava baixinho nos braços e demonstrava não estar muito bem, “... os homem de hoje tão tudo desviado de Deus! Essas novela só dá mal exemplo, essas abominação é tudo servengoiça*. Onde é que já se viu home com home?” [sic].

Prendendo a bíblia contra seu peito, tal qual um sequestrador em laço prende a vítima, aquele senhor se considerava o emissário da verdade absoluta ignorando completamente que mesmo a verdade é relativa. Marcello ensaiou virar-se, contudo eu o contive segurando seu braço.

Ele olhou pra mim, deu um sorriso e disse “Eu sei que somos maiores que isso, mas às vezes não dá pra segurar, só não vou responder por você e pela senhora com a criança doente nos braços” e continuou com a mão nos meus ombros enquanto esperávamos o funcionário trazer um carimbo que, aparentemente, custou séculos para chegar.

Em alívio por sair dali e evitar que Marcello se alterasse com aquele religioso, sob o sol das 15h desta Brasília castigada pela umidade que há muito nos quis deixar, sugeri que refrescássemos nossas gargantas. “Com um beijo?” Marcello perguntou com aquele seu jeito provocador e sorriu em seguida. O abraço daquela sombra e a brisa no meu rosto jamais foi tão bem-vindo. Embora funesta a preocupação de Marcelo procedia, o que seria um do outro na ausência de qualquer dos dois? Marcello me fez pensar assim.

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Pelas poucas pessoas seguindo, acho que as outras esqueceram do conto hahahaha. Estou super-hiper-mega-master carregado de tarefas com: 1 prova, 1 exercício de 40 questões e 1 seminário, e tudo para??!! SEXTA! Os professores amam os alunos né??!! Então postarei na sexta, se Eu estiver vivo. Obrigado a todos!!


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Comentários

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Nossa, não para de postar não.. Não conhecia a história até pouquinhos dias e desde q comecei a ler desde o principio, me apaixonei por essa linda de historia de amor desses dois.. Aos poucos a galera vai chegando e assim como eu, se apaixonando. Entao continua, mesmo aos trancos e barrancos por favor kkkkkkk 100000

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Estou acompanhando, mas confesso que só lembrei que conto era esse ao ver Coelhinho

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E esse homem do conto é típico crentelho ignorante fundamentista cego pela religião e esse acha dono da verdade. Até porque têm essas características.

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Não foi esquecido... Só que muitos dos leitores que acompanhavam antes sumiram da cdc ou não sabem que o conto estar continuando. Continue.

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Pode postar sim, esquecido nada! Só estamos abrindo o baú de lembranças, esse conto foi um dos melhores contos da casa. Não deixe de postar não, e claro foque em seus estudos também!:)

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10 e manda ver na facu mas nao esqueça do conto aqui kkkkk

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Entendo como é essa vida de estudante do cão rsrss. Esperarei ansiosamente pelo próximo. Abraços

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Sorte, vai dar tudo certo. Só fico triste por só postar na sexta, se eu n tiver um ataque, eu leio

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boa sorte na prova paciencia com o exercicio e calma com o seminário, até sexta

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