Pessoal, desculpem a demora pra postar! É que eu não estava mais conseguindo postar! Tive que criar uma nova conta! Os contos antigos estão aqui: zaberemenet-devochkoi.ru/perfil/116930
Bem, no último conto eu parei no momento em que eu sentei com o Léo para contar o que aconteceu.
Léo: O que você quer me contar?
Felipe: Eu poderia esconder isso de você e manter em segredo. Só que não é assim que eu quero fazer. No sábado, eu sai com alguns amigos, fui na pizzaria onde a gente se conheceu. Eu acabei me deixando levar pelos meus amigos e bebi além da conta.
Até esse momento ele pareceu estar compreendendo e não vendo problema.
Felipe: E eu, bêbado, acabei transando com uma menina.
A felicidade na cara dele sumiu, esse foi o momento em que o arrependimento bateu mais forte.
Léo: Tá falando sério?
Felipe: To.
Léo: Como você teve coragem?
Felipe: Eu bebi demais. Não sabia o que estava fazendo. Acordei no final da madrugada abraçado com ela e quase surtei. Ela que me contou o que tinha acontecido.
Léo: Onde vocês fizeram?
Felipe: Na casa dela. Passei a noite lá, minha mãe quase ficou louca.
Léo: Quem é essa menina?
Felipe: A Lana. Você não conhece...
Léo: Pelo jeito você conhece muito bem agora.
Felipe: Eu sei que eu errei. Eu fui um idiota por beber tanto daquele jeito. E se eu tivesse consciente, nunca faria aquilo com ela. Eu nunca quis te trair.
Léo: Tem razão. Você foi um idiota. E mais, foi um irresponsável. Se você não costuma beber, então deveria ter maneirado na pizzaria. E se você fez, mesmo bêbado, é porque tinha alguma vontade dentro de você.
Felipe: Eu não vou pedir desculpas. Porque eu não mereço. Prometi pra mim mesmo que nunca ia te magoar.
Léo: É, e magoou muito.
Felipe: Mas não foi intencional. Se eu fosse capaz de te trair, eu já teria feito isso com o Matheus, só que eu resisti, dei um fora nele por você.
Léo: Não sei, Felipe. Não tenho certeza se você fez ou não com ele.
Felipe: Léo, eu fui burro nesse fim de semana, só que eu não sou mentiroso! Eu mesmo quis te contar sobre a Lana, contei até sobre o Matheus, quando podia muito bem ter mentido e escondido isso de você.
Ele não demonstrou mudança no modo de pensar.
Felipe: Léo, eu sei que eu errei. Só que eu te contei isso porque eu prometi ser sincero contigo. E achei que você entenderia.
Léo: Entender o que? Que meu namorado passou uma noite com uma menina enquanto eu viajava? Entender que ele não tem responsabilidade pra manter sua palavra?
Felipe: Entender que eu to arrependido, e mesmo que você não me perdoe, eu nunca vou fazer algo parecido de novo.
Léo: Sabe que eu também to arrependido. Eu deveria ter feito um corte maior nesse pulso.
Felipe: Não fala isso, por favor...
Léo: Arrependido de ter olhado pra você. Arrependido de ter conhecido você.
Ele não estava chorando. Na verdade, falava com muita frieza na voz.
Léo: Pelo menos me diga que você usou camisinha.
Opa, quase bati minha cabeça na parede! Eu não lembrava! E eu tinha ficado tão preocupado com outras coisas que nem perguntei aquilo pra Lana.
Felipe: Não sei. Eu não lembro, e não perguntei pra ela.
Léo: Eu retiro tudo o que eu disse sobre você ser um homem exemplar. Você é só uma criança que brinca de beber com os amigos e passa a noite com uma qualquer.
Felipe: Não fala assim...
Léo: Eu falo sim. E deveria falar muito mais. Só que já entendi que não adianta conversar contigo.
Ele levantou do sofá, passou por mim e abriu a porta. Eu fui atrás dele, segurei sua mão e falei:
Felipe: Pelo amor de Deus, não faz nenhuma besteira.
Léo: Não vou fazer. Minha vida vale mais do que você. Me da um tempo pra pensar. E não me procure.
Ele puxou o braço com força, e tudo o que eu fiz foi ficar olhando ele andar até o portão de casa, na maior frieza, sem chorar ou olhar pra mim.
Quando ele fechou o portão, eu entrei. Não sei explicar o que eu estava sentindo. Aquele comportamento frio do Léo tinha me afetado um pouco. E o que ele tinha dito, que eu não sou o homem exemplar que ele pensava, mas apenas uma criança. Essas ofensas me irritavam, me davam vontade de voltar lá com a Lana e fazer tudo de novo. Esquecer o Léo de uma vez e ficar com ela.
Só que eu amava o Léo, eu só tinha cometido um erro com a Lana. E eu me senti disposto a qualquer coisa pra ele me perdoar. Só que eu não sabia e nem tinha o que fazer.
Peguei o celular e liguei pra Lana.
Lana: Oi, Fe.
Eu podia ouvir pessoas conversando perto dela. Então eu não poderia falar tudo o que eu queria.
Felipe: Oi, tem gente por perto?
Lana: Tem sim.
Felipe: Então só responde sim ou não. Eu usei camisinha?
Lana: Aham.
Felipe: Ah, menos mal. A gente conversa mais tarde então.
Lana: Tá bom.
Felipe: Tchau.
Lana: Tchau, beijo.
Desliguei o celular e fiquei mais aliviado. Talvez ela tivesse se aproveitado da minha situação pra transar comigo, só que acho que nem ela queria correr o risco de engravidar naquela idade.
No dia seguinte, o Léo me mandou uma mensagem no celular: “sei lá, Fe. Eu sei que você não tinha noção do que tava fazendo... só que, me magoou do mesmo jeito. Acabou... me esquece, por favor”.
Eu fiquei triste sim, só que de certa forma, eu já estava me preparando pra algo assim desde o dia em que fiquei com a Lana.
O tempo passou, passou o Natal, ano novo, e eu fiquei todo esse tempo sem notícias do Léo. Mas eu ficava sabendo através de outras pessoas que ele estava bem, por isso eu me mantinha calmo, sem correr atrás dele.
Eu não procurei mais a Lana. Nós continuamos amigos, conversamos mais algumas vezes sobre o que aconteceu. Só que ela sempre pensou que eu ainda estava namorando. Eu nunca contei que tinha terminado, porque sabia que ela daria em cima de mim se soubesse.
No final de janeiro, uma sexta feira. Eu sai tomar sorvete com algumas amigas logo depois do almoço. É verdade que só tinha menina, e a Lana estava no meio. Mas eu fiquei na minha, apesar de uma ou duas delas ficarem olhando de um jeito diferente às vezes, kkkk.
Quando voltei pra casa, eu encontrei o Léo em pé no portão da minha casa, me esperando chegar. Metade das meninas ainda estavam comigo, inclusive a Lana. E eu tive vontade de enfiar todas do bueiro da rua, rs.
Elas pararam comigo e todas se despediram, uma por uma, me deram um beijo no rosto e depois seguiram andando juntas. Olhei pro Léo e ele disse: preciso conversar com você.
Felipe: Ok, entra.
Peguei a chave no bolso e destranquei o portão.
Felipe: Fez tempo que você está esperando?
Léo: Uns dez minutos.
Felipe: Menos mal.
Nós dois entramos juntos. Isso me lembrava os velhos tempos, rs, onde normalmente eu abraçaria o Léo e daria um grande beijo. Mas não era o caso naquele dia.
Eu levei ele até a cozinha, perguntei se ele queria alguma coisa. Ele respondeu que não, mas eu peguei um copo bem cheio de coca cola, hehe.
Sentamos os dois na mesa, um de frente pro outro. Eu não disse nada, fiquei encarando ele, e ele pareceu não ter nada pra dizer.
Felipe: O que queria conversar?
Léo: Quero saber, antes, se você tem alguma coisa pra me dizer!?
Felipe: Eu já disse tudo o que tinha pra te dizer.
Léo: Eu não.
Felipe: Então, to esperando você falar.
Léo: Entendo que você não teve culpa de transar com a Lana. Mas não deveria ter bebido tanto. Você tem culpa, mas ao mesmo tempo não tem culpa.
Felipe: Onde você quer chegar?
Léo: Me desculpe por ter dito tudo aquilo sobre você. Você não é uma criança irresponsável. Na hora da raiva, eu me esqueci do homem que você foi pra mim.
Felipe: Tudo bem, eu te desculpo. Só que eu também preciso pedir desculpas, por ter feito aquilo enquanto você viajava inocentemente. E durante esse tempo sozinho, eu percebi que talvez eu não te tratasse do modo que você merece.
Léo: Você sempre me tratou muito bem. Nunca me senti usado ou diminuído perto de você. Você tá perdoado.
Ficamos no encarando por um minuto, e enquanto eu dava o último gole na minha coca, ele disse:
Léo: Na verdade, eu não consigo mais ficar longe de você.
Depois disso foi automático. Eu deixei o copo sobre a mesa, nós nos levantamos e nos abraçamos. Não nos beijamos, apenas nos abraçamos bem forte. Era tão bom sentir o corpo dele de novo, junto do meu. Sentir seu carinho e poder demonstrar meu amor. *-*
Felipe: Também não consigo ficar sem você. Você é tudo pra mim. Meu objetivo é te fazer feliz dia a dia.
Léo: Você faz. Nem imagina o quanto.
Só então nos beijamos. Devagar, as mãos dele pararam nas minhas costas e as minhas na cintura dele. Ficamos um longo tempo nos beijando. Trocando carinhos.
Léo: Senti sua falta.
Felipe: Também senti a sua.
As mãos dele deslizaram pelas minhas costas, ele parou de me beija e “encaixou” a cabeça entre meu pescoço e meu ombro. Pus a mão na cabeça dele e fiquei mexendo em seu cabelo. Ainda tínhamos muito tempo até minha mãe chegar, podíamos fazer várias coisas, mas não fizemos nada além de conversar, trocar carinhos e beijos. Não surgiu vontade, intenção e nem clima pra transarmos.
Não sentamos no computador ou na televisão. Sem brincadeira, ficamos quase duas horas conversando e trocando carinhos.
Poucos minutos antes da minha mãe chegar, ele disse:
Léo: Acho que vou embora. Você conversa com sua mãe sobre a gente?
Felipe: Claro. Mas você não precisar ir embora.
Léo: Quer que eu fique?
Felipe: Quero muito.
Léo: Volto amanhã. Que tal?
Felipe: Tenho escolha?
Léo: Não.
Felipe: Então pode ser.
Demos um último e longo beijo. E então ele foi embora.
Poxa, como vou explicar? Eu fiquei pulando de felicidade. Imaginando como tudo seria agora. Se seria igual a antes, ou diferente? Não importava, só sei que seria com o Léo,>.<
Bem, mais tarde eu comentei com minha mãe de que eu tinha me entendido com o Léo de novo. Ela não demonstrou felicidade e nem tristeza, mas disse: Quem bom filho.
Achei ela desanimada, preocupada com alguma coisa. Mas não quis perguntar e deixei ela quieta.
Bom, vou encerrar essa parte por aqui. Desculpem por ter ficado realmente pequena!
Posso dizer que esse foi o último “problema” que tive com o Léo. A partir de agora, não tenho muito o que contar. Mas, se vocês quiserem, eu continuo escrevendo mesmo assim. ^^
Até mais, pessoal.