Galera!!! Fiz um cadastro no site romancegay.com.br e consegui postar a primeira parte de meu conto com o Walmir: / publicarei, simultaneamente, lá e aqui. Sam...: Espero que goste, meu caro :D
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• 21x02 – Fazer o certo
Passou-se uma semana desde os fatos ocorridos. Era exatamente dia 20 de dezembro; meu relacionamento com o Walmir fazia dez meses naquela data. Ele ainda estava sobre os meus cuidados e não demonstrava, em algum momento, que queria voltar para a sua casa. Enquanto arrumávamos os preparativos finais do nosso jantar de comemoração, Walmir também organizava a festa de Natal, que seria na casa dele, e a festa de virada do ano, que seria na minha casa. O Baixinho ligava para buffets, músicos e serviços de limpeza pré e pós-festa. Por outro lado, Eu ligava para os convidados que iriam participar de nossa tão especial comemoração e ligava para uma pequena equipe de Buffet responsável para o jantar daquela noite. Diferente do combinado, convidei o pessoal da lanchonete de dona Marilia para que os mesmos ficassem responsáveis pela recepção, organização e alimentação dos convidados (Que seriam poucos; apenas nossos amigos mais íntimos. Sequer nossos pais iriam – Motivos profissionais e, em outro caso, motivos pessoais).
Fazia uma semana que a gente não se tocava com desejo. Walmir sempre evitava minhas investidas, porém Eu não perdia as esperanças. E depois que começamos a nos atarefar, as coisas foram ficando mais difíceis.
Por volta das 12h30min, fui à casa dos Almeida Paiva para convidar meu cunhado e sua namorada, que agora morava com eles, Nanny. Dona Suzana atendeu-me cordialmente, e indicou-me o quarto de Rafael. Claro que, antes de Eu dirigir-me ao mesmo, ela fez uma série de interrogatórios de como Eu estava cuidando do meu Anjinho.
– Avise-o que tenho alguns assuntos para tratar com ele que são de extrema importância! Ele vai amar saber dessas noticias. – Fiquei com uma pulga atrás da orelha pensando que aquela noticia era relacionada à “fuga” dele.
– Tudo bem. De qualquer maneira, minha sogra, preciso falar com os pombinhos. – Fiz referencia à Nanny e Rafa.
Subi ao quarto e os dois estavam arrumando algumas roupas de bebê numa pequena cômoda.
– Ei! O que está acontecendo aqui?
– Não é obvio? – Interrogou-me, Nadine – Estamos arrumando as roupas de nossa filha. Depois irei encaixotá-las para que o quarto fique com bastante espaço. Sabe? Ainda precisamos arrumar o chá de bebê, mas não se preocupe! Dona Suzana já está cuidando disso e o Rafa também, não é amor?
– Pode crer. Nossa! Essa criança terá pais maravilhosos. Uma pena que não ficaremos com ela. Mas, José, sempre que puder, quero que a traga aqui. Infelizmente não poderemos criar a menina, pois Eu ingressarei numa faculdade de administração e a Nanny entrará numa faculdade de pedagogia.
– Relaxem! Eu e o Walmir decidimos cuidar da criança. E nós iremos até o fim com isso. Sabe o que Eu acho mais engraçado? Walmir e Eu ainda estamos no colegial e vamos ter que cuidar da criança por vocês. Vocês acham que vai ser fácil para a gente?
– Calma, José! – Nanny se manifestou.
– Calma uma ova! Eu sou pai dessa criança, porém tal como você – Pus a mão em seu rosto. – Eu tenho minhas responsabilidades com ela. Mas o que você fez? Jogou tudo para mim com a história de que Eu tenho mais condição de criar essa criança.
– Eu não posso parar meus estudos.
– E você acha que Eu posso? Eu ainda vou cursar o terceiro ano. Meu Deus do céu! Você não poderia esperar mais um ano para voltar a estudar? Nanny, você é mais nova que Eu. Olha pra mim! Eu vou terminar a porra do terceiro ano com 20 anos, enquanto a você vai ingressar na faculdade com dezoito. Você acha que é justo? – Não se ouviu mais nada depois de tudo aquilo. – De qualquer maneira, não vim aqui para discutir como essa criança será criada, vim dizer que Walmir e Eu, hoje, comemoramos dez meses de namoro e queremos que vocês participem de nosso jantar. É muito importante a presença de vocês. Por favor, esqueçam o que fizemos aqui e compareçam a nossa festa!
– Obrigado, José! – Falou Rafael estendendo-me a mão. Para descontrair o ambiente, beijei as costas de sua mão direita. – Veado do caralho! – Ele exclamou sorrindo e Eu saí porta a fora.
Não queria que, em uma data tão especial para mim e para o Walmir, as coisas acabassem daquele jeito ou pior, porém aquela conversa era precisa. Precisávamos encarar a realidade. Precisávamos por os pontos nos ‘i’s. Depois daquela discussão, ainda saudei a minha sogra, que estava com um sorriso totalmente estranho e voltei para a minha casa. Walmir tinha acabado de sair do banho e estava lendo um livro em cima de minha cama.
– Eu amo esse seu jeito intelectual, sabia?
– Diga-me uma coisa que você não ame em mim! – Ele falou me olhando por cima do livro.
– Esse seu jeito chato e petulante de ser. Você merece uma surra para aprender a virar gente.
– Vem cá! – Ele pediu-me, batendo ao seu lado na cama. – Sabia que Eu te amo muito. Amo todo esse seu jeito grandalhão, bruto e ogro de ser, porém Eu amo mais o José carinhoso, romântico e debochado, porém que sempre me faz sorrir e sentir amado. – Ele me agarrou pela nuca e me deu um beijo na testa. – Você foi o único homem que me fez sentir amado, todos os outros só queriam meu corpo, por tal motivo, Eu sempre tive medo de me meter com qualquer pessoa. Eu queria tanto que você tivesse sido meu primeiro tudo; primeiro beijo, primeiro ficante. Uma pena que o primeiro beijo foi daquele imbecil do Pedro.
– Eu fui seu primeiro homem. O homem que te amou e, em duas semanas de relacionamento, te levou pra cama. Você é fácil, hein?! – Sorri e ele bateu em meu ombro.
– Não é questão de ser fácil. É questão de ter certeza de que você será meu, todos os dias, durante toda a minha vida. Não importa quantas vezes iremos nos separar, Eu nunca mais me entregarei a ninguém, pois Eu sei que você vai voltar pra mim, Otávio. – Eu adoro o jeito de ele me chamar de Otávio. É sempre tão singelo e manhoso. – Eu te amo mais que tudo. – Ele falou dando um selinho em meus lábios.
Deitamos na cama e ficamos um olhando para o outro. Eu viajava naquele mar que se formava em seus olhos. Quando ele estava comigo, a cor de seus olhos parecia um azul da mais pura água do mar, como se fosse uma piscina natural que ali se formava. Passamos alguns minutos nos encarando e fazendo carinho um no outro. Aquele momento foi o mais sincero e romântico em toda a minha vida. Nem percebi quando Eu peguei no sono.
Ao acordar, percebi que Walmir estava com a cabeça encostada em meu peito e suas mãos repousavam naquela região, suas pernas estavam entrelaçadas, a minha e sua respiração estava levemente ritmada. Tentei fazer o mínimo de movimento para me levantar, porém o mesmo percebeu.
– Fica um pouco mais aqui! Estava tão bom. – Ele falou, bocejando e lacrimejando (Típico do Walmir quando acorda.).
– Eu preciso ir ao banheiro, meu anjo, mas Eu prometo que fico mais um pouco aqui por você.
– Me põe em cima da tua barriga?! – Ele quase implorou e assim Eu fiz. Fiquei com a barriga em direção ao teto e o pus em cima de mim. – É tão bom ficar em cima de você. – Ele falou sorrindo, mostrando-me aquela arcada perfeita e impecavelmente branca. – Se, por acaso, um dia formos morar em baixo de uma ponte, Eu posso passar por um frio horrível, porém desconforto é uma coisa que nunca sentirei. Você é o melhor colchão do mundo. – Ele falou afundando seu rosto em meu peito.
– Eu serei seu abrigo sempre que você precisar. Um colchão macio nunca irá faltar.
Nesse momento o meu celular tocou e, prontamente, Eu atendi.
– Mais rápido que a velocidade da luz. – Walmir falou quase me repreendendo.
“Alô”.
“José?” – Era a minha sogra – “José, o Walmir precisa vir ao hospital, agora. O pai dele está internado.”.
“É algo muito grave? Acabamos de acordar, dona Suzana”. – Nesse momento Walmir fitou-me espantado.
“Não, não. Apenas uma queda de pressão. Porém arrumem-se logo! Geraldo quer ver Walmir o mais rápido possível.”.
“Pois. Estamos indo”. – Desliguei o celular e olhei sério para o Walmir. Aliás, mesmo com uma notícia que, possivelmente, iria abalá-lo, Eu precisava ser a força dele naquele momento.
– Não fica preocupado com o que vou te falar, está bem? – Ele me observou com uma pontada de incredulidade; sua sobrancelha direita arqueou-se. – Seu pai teve uma leve queda de pressão e está internado no hospital. Sua mãe já me avisou que não é nada alarmante, então, vamos fazer as coisas sem pressa, Okay?! – Ele apenas positivou com a cabeça.
Tomamos banho juntos, porém não havia clima para se ter uma pegação. Aliás, não havia clima há uma semana. Saímos apressadamente do banheiro, nos vestimos e fomos pegar o carro na garagem.
Chagando ao hospital, fomos a recepcionista, demos os dados do paciente e a mesma se prontificou de nos levar até o quarto do meu sogro.
– Papai?! – Walmir exclamou baixinho, pondo a sua cabeça de forma a espionar o quarto.
– Você demorou tanto, meu Baixinho.
– Meu Baixinho! – Sussurrei, marcando, em minha cabeça, meu território. Só Eu o poderia chamar assim.
– Papai! – Ele exclamou com a certeza de que seu pai estava alí. Correu para os braços de meu sogro. E o abraçou. – O que aconteceu?
– Sem interrogatórios, por favor! – A enfermeira o repreendeu.
– Pode sair, senhora. – Geraldo fez um gesto com as mãos e a mulher saiu do quarto. – Eu estava com saudades de você, meu filho. Você não sabe a falta que me faz ouvir sua voz, ouvir você cantarolando naquela imensa casa.
– Foi por causa de mim que o senhor teve essa queda de pressão?
– Não! Na verdade foi todo o estresse desde a cerimônia de casamento, a saudade que Eu senti de você e uma noticia que Eu não recebi muito bem. – Nessa hora lembrei-me de dona Suzana e liguei os pontos, porém não entendi em que uma “boa noticia” faria mal ao meu sogro.
– Papai, o senhor precisa se cuidar! Não pode ficar passando grandes emoções! O senhor não é mais tão jovem assim.
– Eu sei, eu sei. Uma equipe já me acompanhou aqui, mudou meu cardápio e falou que preciso praticar exercícios para receber tais noticias como essa e minha pressão não baixar tão bruscamente. – Walmir abraçou seu pai e chorou um pouco. – Eu sei que hoje será a comemoração de seu noivado com o brutamonte... – Pigarreei e resmunguei um “Eu estou aqui.” – Então, quero que você se cuide e que cuide dele. – Depois seu pai sussurrou algo em seu ouvido que Eu escutei e decifrei seus lábios muito bem (Por causa do treinamento militar) e soltou-o para perto de mim. – Divirtam-se! – Ele fez uma pequena pausa nos acenando um “tchau”. – E cuidado!
Voltamos para a minha casa e fomos nos arrumar. A comemoração não era algo formal, porém trajamo-nos com roupas no estilo esporte-fino.
– Você está um gato. – Walmir falou ajeitando a gola da minha camisa polo.
– Você é um gato. – Falei pondo minha mão em torno da sua cintura e beijando levemente os seus lábios. – Por mim, Eu ficava nesse quarto com você aproveitando o resto do dia. – Articulei enquanto desprendia meus lábios dos seus. – Mesmo que a gente só ficasse conversando ou olhando um para a cara do outro. – Ele sorriu e veio me beijar.
Ficamos naquele clima de beija e desprende por quase quinze minutos. Logo depois descemos para a sala e os convidados já estavam sendo servidos pela equipe.
– O que temos? – Perguntei ao garçom enquanto me aproximava da mesa de jantar.
– Macarronada, arroz branco e refolgado, purê de batata inglesa, almondegas, batata palha e bife ao molho de madeira. Além dos acompanhamentos que podemos fazer caso o senhor queira – Não é por nada, mas ainda lembro-me dos pratos daquele dia, pois estavam impecáveis.
– Para mim, apenas uma pequena porção de arroz branco com batata palha e bife. Você quer comer comigo, Walmir?
– Eu faço meu prato. – Ele sorriu enquanto agarrava meu braço.
– O caralho! A gente divide o mesmo prato. – Ele sorriu e afundou seu rosto em meu braço; estava corado. – Duplica a porção, por favor!
Depois de servidos, fomos sentar à mesa onde estava Nanny e Rafael.
– Nossa! – Exclamou Walmir. – Que barrigão. – Cantarolou. – Essa menina vai ser enorme, hãm?!
– E linda! – Rafael sorriu ao comentar. – Aliás a mãe é uma gata e o pai não é de se jogar fora. – Walmir e todos sorriram com o comentário.
Sentamos à mesa e comemos, com os mesmos talheres, aquele maravilhoso jantar. Claro que Eu comi a maior parte, e me divertia sempre que ia por comida na boca do Walmir. Era tão sexy o jeito que ele mastigava e engolia aquilo que, por um momento, precisei me concentrar para não ficar, instantaneamente, excitado. Os garçons nos serviram com refrigerante, porém pedi para que o espumante (Não podiam liberar champanhe) fosse aberto e servido.
Depois fui para a outra mesa cumprimentar os meus amigos e depois corri toda a minha casa para falar com os convidados. Alguns estavam ali somente por causa da comida ou para falar mal de algum detalhe da festa. Outros foram para apreciar e felicitar a mim e ao Walmir.
Logo após as congratulações, fiz um discurso e Walmir fez o dele, as meninas choravam com nossa demonstração de afeto e faziam questão de enfatizar que o Walmir era um garoto de sorte.
– E quanto a mim? – Soltei no meio do discurso do Walmir. – Eu não tenho sorte de ter encontrado a pessoa que Eu mais amo nesse mundo? A pessoa mais linda, carinhosa e amorosa desse mundo. Eu te amo, Walmir. Muito – Nessa hora Eu já chorava como um bebê enquanto ele me abraçava.
Sei lá! Mas depois que conheci o Walmir Eu me permiti ser “Eu mesmo”. Ele fez minha armadura cair e enxergar o cara que Eu verdadeiramente era. Chorar, para mim, não era mais um ato de fraqueza, mas sim, um ato de que você ama e se importa. Ou que você sofre. Com Walmir Eu me permitia ser o que Eu era. Independente do que as pessoas achassem.
A festa acabou com o Walmir cantando um trecho de uma música, para mim, em um acústico a capela:
“E o céu, e o mar se parecem com você a brilhar; Nos seus olhos Eu vejo estrelas, no seu sorriso vou me lambuzar de amor; Grandão, adoro tê-lo, amar você é tão bom.” – Quem conhece essa música sabe muito bem que ele a modificou, porém para mim soou tão bem que Eu me permiti levar pelos sentimentos que ele me passava. “Certeza”. Certeza de que nos amamos e que sempre teremos um ao outro.
Logo após a comemoração, subi com o Walmir, agarrado com suas pernas em minha cintura, aos beijos. Deitei-o levemente em minha cama e fui tirando ao poucos as nossas vestes.
– Eu te amo e te quero... – Parei por alguns instantes. – Mas acho que não agora.
– Acredito, Eu, que você consegue me entender, agora. – Ele sorriu e continuamos a nos beijar.
Encerramos aquela noite com juras de amor e dormimos agarradinhos, como sempre fazíamos. E como sempre fazemos desde entãosonhadora19, grimm, Edu15 e frannnh - Obrigado por acompanharem e comentarem a série;
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foguinho99 - Ele me pediu para publicar esse conto por causa de você. E relaxa! Vai ter um de especial de Natal. Aliás, nosso primeiro Natal foi mágico;
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Docinho21 - Estamos juntos há exatamente 5 anos, 10 meses e dois dias;
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Jhoen Jhol - Cuidamos sim, e muito bem, obrigado! ;) Só não digo a idade dela, pois aí estragaria esse meio suspense. Só posso dizer que foi numa data muito especial para mim.
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¤$€MI¤¤ - Já estamos cuidando disso ;)