Felipe- Você não sabe né ?
Marcos- O que?
Felipe- Sou gay Marcos.
Marcos- Hum, sem preconceito, vamos entrar?
Sentir uma pontada de desapontamento na parte dele, entramos na minha casa, eu o apresentei para os meus pais, que logo o encheram de pergunta sobre tudo na hora na janta.
Nossa casa tem só 3 quatros e ele teria que dormir no meu, achei que ele iria se incomodar, mas logo ele foi falando.
Marcos- De boa, vamos dormir estou muito cansado.
Felipe- Eu durmo na sala?
Marcos- Eu to te atrapalhando?
Felipe- Não, só acho que você preferia dormir sozinho no quarto.
Marcos- Acha, dividi meu quarto a vida toda com o meu irmão adotivo. Para com isso cara e vamos dormir.
Felipe- Ok, mas eu fico no chão.
Marcos- Só que faltava, eu que vou dormi no chão, se você não quiser que eu durmo na cama com você.
Ele riu, com um sorriso safado, que me deixou sem jeito.
Felipe- Ok, melhor você dormi no chão mesmo.
Então ele arrumou a cama no chão, com uma cara de satisfeito.Quando apagamos a luz, começado a falar sobre a vida um do outro.
Marcos- Se ta namorando?
Felipe- Tava.
Marcos- Homem? Claro se é gay.
Felipe- Sim!
Marcos- Hum, e por que terminou?
Felipe- Ah! Uma longa historia.
Marcos- Queria saber.
Felipe- Outro dia te conto, juro.
Marcos- Vou cobrar em.
Felipe- E você?
Marcos- Se eu namoro homem?
Ele falou rindo, me deixando outra vez com vergonha.
Felipe- Não, se você ta namorando? e eu acho que você é hetero.
Marcos- Por que essa certeza?
Felipe- Por tudo.
Marcos- Sim, sou Hetero, já fui noivo.
Felipe- Terminou também?
Marcos- Longa Historia.
Felipe- Vou querer saber também.
Marcos- Outro dia te conto.
Rimos juntos, e resolvemos dormi. Mas eu não conseguir, pensei muito na minha vida, em tudo que estava acontecendo.
Longe do Rafael eu me sentia incompleto, e agora que o Pedro voltou tinha trazido um pedaço que ele roubou quando foi embora, mas outra vez esse pedaço se foi. Senti-me triste.
No outro dia acordei, o sol já iluminava o quarto, e eu virei meu rosto e vi aquele homem dormindo.
Ele tinha tirando a camisa durante a noite, vi a sua pele bronzeada, seu abdômen normal, mas magro, e um pouco de pelo que começava perto do ombro seguia por todo o peito e terminava na barriga. O caminho levava ao short, que percebia que estava meio volumoso.
Quando voltei para o seu rosto, quase tenho um infarto. Seus olhos estavam aberto e assassinado os meus. Logo abaixei a cabeça e falei vergonhosamente um oi, estava todo vermelho e acho que ele percebeu.
Marcos- Bom dia meu sobrinho, vamos descer to varado de fome.
Felipe- Sim, claro.
Eu não podia sentir nada por ele, minha vida tinha drama de mais, e resolvi deixar isso para lá, por que querendo ou não ele era meu tio, que ainda era hetero, sentir raiva de mim por estar desejando ele.
Desci a escada e ele desceu depois, peguei minha bolsa e fui para escola, deixando ele ali, mas antes eu falei.
Felipe- No almoço eu venho te pegar para nós ir ao orfanato.
Marcos- ok, boa aula.
Felipe- Obrigado, “Tio”
Marcos- Agora virei tio de marmanjo.
Felipe- Não posso mudar isso.
Marcos- Vai logo.
Despedimos e fui, levei Julia na escola, e depois fui para a faculdade.
Mas quando sair do carro alguém me empurrar, me fazendo bater a costa na lataria do meu carro.
Felipe- Se ta louco Pedro?
Pedro- Louco por você.
Felipe- Me solta, na próxima vez me dar um murro na cara também.
Falei ironicamente e ele me fuzilou com os olhos.
Pedro- Menos.
Felipe- Se pode falar com um pouco de distancia?
Ele se afastou uns 10 cm, mas suas mãos ainda continuavam firmes em mim, com medo deu escapar.
Pedro- Entrar no carro, precisamos dar uma volta.
Felipe- Ta louco? Agora temos aula, esqueceu?
Pedro- Não, mas você tem 10 na media, e eu tenho uma nota boa também.
Realmente tinha tirando 10, mas mesmo assim não queria matar aula.
Felipe- Não, depois da aula conversando.
Pedro- Não, agora.
Não deu tempo de responder, ele me jogou de volta no carro e montou do outro lado.
Felipe- Senhor gentileza, tinha que ser seu sobrenome.
Falei com raiva, e ele revirou os olhos, sentando no barco do passageiro.
Felipe- Ok, já que não vou ganhar com você, a onde vamos?
Pedro- Para um pouco longe, pode ir dirigindo.
Felipe- To sendo sequestrado, acho melhor ligar para policia.
Dessa vez falei brincando, mas ele olhou para mim com raiva, eu sabia que devia algumas explicações pra ele, mas não
precisava agir assim.
Felipe- Acho que você não sabe o que significa distancia né ?
Pedro- A claro que não sei, só fiquei 7 meses, 24 dias e 6 horas longe da razão da minha vida.
Nem perdi tempo fazendo as contas, foi vencido, liguei o carro e fui.
Pedro- Pode parar ai.
Felipe- Tem certeza?
Ele tinha me indicado a viajem toda para onde ir. Tínhamos saído da cidade, passamos por uma estradinha de terra ate
chega a um pico de uma fazenda, era muito alto o lugar que estávamos, dava para ver a cidade toda. E nesse lugar tinha
uma casa muita linda, tipo uma casa de fazenda.
Felipe- Que lindo aqui, imagina de noite? A onde estamos?
Pedro- Minha casa.
Felipe- Aqui que você se esconde?
Ele abaixou a cabeça e falou sim.
Felipe- Ok, se quer uma explicação que te prometi ontem?
Pedro- Sim.
Comecei a explicar a historia dês do começo, ate a chegada do meu tio. Para ele contei os detalhes que não tinha
contando as outras pessoas, ele me ouvia atentamente, e em algumas partes sobre os absurdo do Sr. El diablo, ele serrava o punho, e seus olhos ardia de raiva.
Na parte que eu bati no desgraçado ele começou a rir.
Felipe- Qual é a graça?
Pedro- Você.
Felipe- O que tem?
Pedro- Você ai tão magrinho e fraco, batendo em alguém.
A nessa hora eu fiquei com raiva e falei.
Felipe- Cala a boca, só por que não sou bombado e sarado igual você, não significar que não consigo bater em alguém, se
você quiser eu posso demonstrar.
E dei um soco bem forte em seu braço.
Ele falou em um tom de ironia junto com risada.
Pedro- Aiiii, ta forte mesmo em.
Felipe- Cala a boca. Deixo continua? Ou quer que eu vou embora para você voltar a rir de mim?
Pedro- Continua.
Quando acabei de falar ele disse serio.
Pedro- Nossa, sabe o que é mais surpreendente?
Felipe- O que?
Pedro- Você ter me falando isso só agora.
Felipe- Desculpe, se sabe os motivos por que to me afastando.
Pedro- Você já tomou sua decisão neé?
Felipe- Sim.
Pedro- Pense melhor, não consigo respirar longe de você.
Felipe- Também não, mas não podemos ficar junto, se não entende caramba?
Eu me levantei e andei de um lado para o outro, explicando de novo os motivos, igual um descontrolado. Mas ele me segurou pelos braços e não falou nada, por que nossas bocas estavam ocupadas em um beijo explosivo, que tirou todas as minhas defesas, eu me entreguei a aquele beijo.
Que começou calmo, mas meio era algo inevitável. Eu tive que comparar o beijo do Rafael e o Pedro. Os dois eram maravilhosos, mas se fosse julgar o melhor, coisa que eu odiava fazer, o Pedro ganhava disparado. O jeito dele que ele me pegava pela cintura, me fazia grudar em seu corpo, sentir seu calor.
Depois de um tempo nós beijamos ele se afasta dos meus lábios e vai beijando meu pescoço, e dando beijinhos por todo
meu ombro ate a boca, seu toque fumigava a onde passava me sentir no céu. Tudo aquilo era tentação demais, eu não podia deixar ele, precisava dele como a terra precisa do sol, às vezes era quente demais e destruía tudo, mas às vezes era necessário se fazer um dia de sol.
Depois ele retornou para minha boca, mas não a beijou, ficou roçando seus lábios nós meus e mandei tudo para puta que pariu e falei.
Felipe- Não consigo ficar sem você.
Ele deu uma risada de canto de boca e falou.
Pedro- Eu sei!
Felipe- Mas Pedro…
Pedro- Vamos dar um jeito nisso, eu te prometo. Se esse tal inimigo secreto quer brincar, vamos jogar o joguinho dele,
você confia em mim?
Felipe- Com toda a minha vida.
Continua...
GENTE SENTI QUE VOCÊS DESANIMARAM UM POUCO COM MEU CONTO, TA SEM GRAÇA? CALMA GENTE TA ACABANDO A SERIE. BJS, ESPERO QUE VOLTEM A LER, XAU, ADORO VOCES.