Capítulo 12
Quero agradecer os comentários de todos vocês, fiquei surpreso pela quantidade de mulheres que apreciam o conto, espero escrever um especial pra vocês.
Abraço para Shun, Geo, Shot, Olavo, Stahn, adoro o comentário de vocês.
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João olhava, ainda segurando sua mala, não acreditando no que via.
Fernando vinha do fundo da casa chamando por Cíntia, mas dando de cara com João.
Fernando – João, o que você esta fazendo aqui?
João – Eu que te pergunto, não sabia que você viria.
Nesse instante o celular dos dois tocava. Era uma mensagem de Cíntia.
“ Queridos rapazes, espero que tenham um ótimo final de semana a dois. A casa é só de vocês, esta na hora de serem felizes. Bjossssssss”
João e Fernando olhavam seus aparelhos e apenas riam.
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João lia a mensagem e não acreditava: Foi uma armação da Cíntia? Tentava processar a informação, mas tinha algo que tirava sua atenção. Era Fernando ali em pé na sua frente, mais lindo do que nunca, também com cara de bobo.
Os dois se entreolhavam, sorrindo timidamente. Aos poucos tudo foi ficando claro. Cíntia planejou tudo para uni-los. Antes de dizerem alguma coisa, João correu até a porta de entrada, seguido por Fernando e de longe viam o carro de Cíntia sumindo diante dos seus olhos.
Novamente os dois se olhavam, alguém precisava quebrar o gelo e Fernando tomou a iniciativa.
Fernando – Mas que maluca né? Pegou-me de surpresa.
João – Eu também não sabia de nada, mas depois ela me paga. Dizia de maneira carinhosa.
Fernando – Eu não, depois vou dar um prêmio a ela. Dizia olhando fixamente nos olhos de João.
Fernando – João, precisamos conversar.
João apenas assentiu que sim, com a cabeça.
Fernando – Desde aquele dia na sua casa, me sinto mal, fui muito grosso com você, não queria ter dito aquelas palavras.
João – Mas disse Fernando e me magoou muito.
Os olhos de Fernando começavam a ficar encharcados.
João – Mas aquilo passou, tanto que fui até sua casa e deu no que deu. Esboçou um sorriso.
João estava sentando no sofá e Fernando sentou-se na mesinha de centro, ficando cara a cara com João.
Fernando – Estou muito feliz de estar aqui com você, segurando a mão de João.
João – Também estou muito feliz de estar aqui contigo.
Fernando – Já que estamos aqui, e fomos agraciados de ter essa casa e esse marzão só para nós, aceita minha companhia nesse fim de semana?
Fernando dizia sorrindo, com uma cara de garoto pidão, o que seria impossível pra qualquer pessoa negar um pedido seu.
João apertou as mãos de Fernando, sorria:
João – Aceito sim. Fernando, vamos começar de novo?
Fernando – É tudo o que eu mais quero. João, não sei o que acontece comigo mas tudo que faço na minha, faço pensando em você. Acordo, vou trabalhar, comer, tomar banho, tudo, tudo mesmo, você esta sempre la, nos meus pensamentos.
João ria de felicidade, sempre esperou escutar isso de alguém e agora escutava essas tão esperadas palavras, de um cara que ele amava profundamente. Tentou segurar uma lágrima, mas foi em vão, aquela gota d’agua escapuliu dos seus olhos, apesar de estar com seu enorme sorriso estampado em seu rosto. Fernando foi mais rápido, acariciou o rosto de João, limpando sua lagrima com o dedo polegar. Os dois se olhavam e num gesto carinhoso se abraçaram, tão forte a ponto de sentirem seus corações batendo.
João sentia-se protegido, em volta dos braços de Fernando, com sua cabeça repousando em seu pescoço. Fernando por sua vez sentia uma paz muito grande em estar abraçado com João, sentia-se o mais feliz dos homens. Se soltaram mas riam como dois bobos.
Fernando – E ai, vamos curtir esse sol?
João – Claro, mas antes temos que comer né, estou morrendo de fome.
Fernando – Humm, e o que nosso mestre cuca vai preparar de bom?
João – Há, não acredito que você esta me mandando ir pra cozinha. Hoje vou só me alimentar de porção e cerveja, ao menos que alguém me convide pra ir num lugar bem legal almoçar.
Fernando – Deixa comigo meu príncipe. João apenas sorria.
João pegou sua mala foi até um dos quartos, ia se instalar e foi seguido por Fernando.
Fernando – Onde vamos dormir?
No primeiro quarto que João entrou só tinha uma cama de casal, tinha mais 01 quarto na casa mas Fernando queria ficar junto com João mesmo que em camas separadas.
Fernando – João, queria ficar junto com você. Posso dormir aqui também?
João – Claro.
Tudo estava dando tão certo, João não acreditava que alguém poderia amá-lo daquele jeito, queria que nada estragasse aquele momento maravilhoso.
Os dois arrumaram suas coisas rapidamente e se preparavam pra curtir a praia.
João foi até o banheiro e voltou vestindo uma sunga vermelha. Sempre ficava muito sexy de vermelho, seu peito peludo ia descendo até abaixo do umbigo sumindo por dentro daquele pedaço de pano. Sua bunda apesar de pequena, levava-se a crer que também era como o resto do corpo, peludinha, pois tinha um par de pernas peludas, ou seja, era um belo exemplar de macho que foge da linha atual de depilados em clínicas de estética.
Fernando admirou sua beleza, apenas riu da sua brancura, mas logo se preocupou.
Fernando – Você vai a praia com essa sunga cara?
João – Sim, pq?
Fernando – Vai de bermuda cara.
João – Ah Fernando, fico a semana toda de calça e camisa social, quero ficar bem a vontade e outra preciso pegar uma corzinha.
João não tinha percebido ainda, mas Fernando esta com ciúmes de João. Apesar de não ser do tipo tanquinho, João tinha um belo corpo, freqüentava academia sempre que dava.
João – Não acredito, tu ta com ciúmes de eu sair assim? Perguntava rindo.
Fernando – Estou sim, não quero nenhum marmanjo por ai olhando o que é meu. Dizia sério.
João – Podem olhar a vontade, só tenho olhos pra um marmanjo só.
Fernando ria, sua vontade era de beijar João. Estava tudo estranho ainda, eles tinham se acertado, mas ainda havia algo velado entre os dois, ainda não tinham se tocado intimamente, nem beijado. Não só Fernando, como também João estava louco para isso, mas o medo de errarem novamente os travavam. Estava tudo tão gostoso, o melhor a fazer deixar que o tempo se encarregasse de levar aquela situação.
Fernando sem cerimônia tirou a roupa na frente de João, colocando uma sunga preta. Foram poucos segundos, mas João admirava seu corpo, era a primeira vez que via seu amor nu.
Os dois vestiram uma camisa e uma bermuda e partiram no carro de Fernando para um restaurante.
Fernando – Vou levar você num restaurante que conheço você vai adorar.
João – Cara, qualquer lugar pra mim esta bom, tenho certeza que vou curtir.
Fernando por algumas vezes, retirava sua mão direita do volante e repousava sobre a mão de João que estava em cima da perna. Olhava um para o outro, não era preciso dizer nenhuma palavra, seus olhos já entendiam a cumplicidade que havia ali entre os dois.
Os dois foram num restaurante a beira mar, bem simples, mas muito acolhedor, conversavam animadamente mas o melhor ainda estava por vir, não viam a hora de ir para o mar.
João – Nossa, faz tanto tempo que não vinha a praia. Olhava em pé contemplando o mar.
Fernando estendeu seu braço sobre o ombro de João:
Fernando – E ai, vai ficar só olhando?
Como duas crianças, os dois correram para a água, parecia que nunca tinham visto água na vida, mas somente os dois sabiam o porquê de tanta felicidade.
Fernando tentava afogar João, puxava suas pernas, se abraçavam, jogavam água um no outro, passaram a tarde dessa maneira.
Depois de matarem a fome de água, os dois descansavam numa sombra. Apesar de ser um feriado prolongado e praia relativamente cheia, para eles as demais pessoas eram apenas complementos, só tinham olhos um para o outro.
Fernando – Estou muito feliz mesmo cara.
João – Eu também, e olha que hoje é quinta-feira ainda.
João – O que foi? Fernando o olhava fixamente.
Fernando – A Cíntia me contou o fora que você deu no Alex e também no seu encontro com a Carla. Fiquei com muito medo estar ficando com aquele cara e o pior achar que eu estava ficando com ela.
João – Foi uma sucessão de maus entendidos né?. Dizia sorrindo.
Fernando – Mas agora você não me escapa mais. Ah, antes que me esqueça, quero te mostrar uma coisa.
João – O que?
Fernando – Vem comigo. Fernando já se levantava, puxando João pelas mãos.
João – Aonde vamos?
Fernando – Calma, e deixa de ser curioso, confia em mim, você vai gostar.
João – Essa sua mania de surpresas hein...
Caminhavam pela praia, rumo a uma parte onde tinha umas pedras e uma mata um pouco mais fechada. Nessa região tinha poucos banhistas e já era quase final de tarde, estava perto do sol baixar.
Fernando subia algumas pedras e era seguido por João. Fernando parou em cima de uma pedra grande, olhando o mar.
Fernando – Olha que imagem bonita. Dizia olhando fixamente para o mar.
João – Linda. Como você descobriu esse lugar?
Fernando – Vim poucas vezes aqui, mas na ultima estava sozinho, descobri por acaso, alguns banhistas gostam de pular daqui dessa pedra e mergulhar na água.
Fernando – Vamos?
João – Vamos o que?
Fernando – Pular, vamos?
João ficou sem graça, na verdade não tinha contado a Fernando, mas não sabia nadar e ainda por cima tinha medo de altura.
João – Ah, não Fernando, vai você fico aqui te olhando, ta tranqüilo.
Fernando – João, não quero fazer mais nada sem você. Vamos?
João – Sabe o que que é? Não sei nadar. Dizia com vergonha.
Fernando apenas sorriu, eu te ensino, eu pulo primeiro, depois você pula, eu te seguro, vou te segurar.
Fernando percebia que João não estava confortável e olhou nos seus olhos, pula, eu vou estar te esperando, você confia em mim?
João – Confio. Pela primeira vez na vida dizia essa palavra a alguém sentindo uma confiança e segurança verdadeira.
Fernando só completou:
Fernando – Então vem. Pulando logo em seguida.
João ficou o olhando na água, sorrindo.
Fernando – Vem João, confia em mim.
João ainda um pouco nervoso, não pensou duas vezes, se atirou na água.
Afundou na água com a força da queda, mas logo começou a se mover pra retornar a superfície. Não sentia o chão, era só água, começou se mover pra tentar manter-se submerso, mas logo foi aparado por Fernando, que surgiu do nada em sua frente o segurando pela cintura, estabilizando seu corpo. Ficaram cara a cara, Fernando o segurava pela cintura.
Fernando – Eu não te disse que podia confiar em mim, vou sempre te proteger, nunca iria deixar algo de mal de acontecer.
Olhavam fixamente um nos olhos do outro, seus corpos estavam colados, João sentia o pau de Fernando roçando suas pernas, da mesma maneira que Fernando sentia o de João.
João – Eu confio em você. Disse rindo.
Fernando – João, eu te amo, fica comigo?
João – Também te amo Fernando, e ficar com você é o que mais quero na vida.
Os dois já estavam colados com seus corpos dentro da água, apenas moveram lentamente suas cabeças, encostando seus lábios, beijando-se com muito amor.
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Contínua......
