Capítulo 4
Galera, obrigado pelos comentários, fico feliz por terem gostado. Assim da vontade de postar cada capítulo por hora, kkkkkk.
Vai ai a quarta parte.
Cíntia – Pessoal foi muito boa a balada de sexta, devíamos fazer isso mais vezes.
Willian – Claro galera, ou então armar algo la em casa.
Cíntia – E ai João, de onde você conhece o Fernando?
João contou como o conhece e perguntou:
João: e vocês, de onde se conhecem?
Cíntia: Ele é namorado de uma amiga, nos conhecemos em um churrasco.
João ouvia aquelas palavras e foi nítida sua decepçãoJoão disfarçou seu desapontamento, mas toda essa decepção era apenas mérito seu, que em sua cabeça carente fantasiou algo alem de uma bela amizade. Não demorou, e logo João se pos em seu lugar, ele tinha uma meta, veio pra SP pra trabalhar, firmar sua carreira, não tinha tempo a perder com romancezinhos.
As vezes a frieza com que ele agia consigo mesmo era algo assustador. Para evitar sofrer ele era impiedoso consigo mesmo, cortando pessoas da sua vida, sem pensar duas vezes.
Os dias foram se passando, seu trabalho fluía muito bem.
Mônica – João, o Sr. Rubens esta gostando muito do seu trabalho, ele percebeu que você tem um potencial altíssimo e gosta do que faz, o que pra ele é mais que um ponto positivo a seu favor. Siga nesse ritmo pois prevejo uma promoção pra você.
Aquela conversa fez os olhos de João brilhar, ele foi pra aquela cidade pra vencer e começava a colher os frutos que plantou. Era mais um final de semana e João queria comemorar, chamou Pedro pra tomar um chop depois do trampo, já que resolveu dar cano na aula. Pedro aceitou mas logo teve que ir embora, pois teria outro compromisso.
Em casa João já descansava, viver sozinho e estar sozinho já tinha se tornado um hábito pra ele. Estava deitado curtindo um som, quando é interrompido pelo barulho do celular.
João – Alô
Fernando – Alô, João, tudo bem?
João - Estou ótimo e você?
Fernando – Só estou bem, ótimo ainda não. Dizia rindo.
João pensou em encurtar a conversa e ser seco, mas viu que estaria agindo errado, Fernando até o momento tinha tido um comportamento sincero com ele, não teria motivos realmente relevantes para se privar de uma futura amizade.
Fernando – Então cara, o que vai fazer amanhã?
João – Não sei meu, acho que nada, talvez pegue um cineminha, pq?
Fernando – Estava pensando da gente sair amanhã a noite, o que acha?
João – Ah cara, pode ser, até pq não conheço quase nada nessa cidade ainda.
Fernando – Que bom, até pq tenho que lhe entregar algo.
João – Entregar o que?
Fernando - Amanhã você vê, larga mão de ser curioso rapaz.
João – Pelo jeito você não vai falar o que é né?
Fernando – Positivo, não mesmo. Disse rindo.
Fernando – Bom, amanha a noite passo ai no seu apê.
João – Combinado então.
Já mais tranqüilo em relação a Fernando, João esperou pelo dia seguinte da forma mais natural possível, o que dominava sua mente, era a promoção que iria receber.
No sábado, pontualmente as 21:30 hs o interfone tocava era Fernando avisando que o aguardava.
Fernando estava encostado ao lado de seu carro, mais lindo que nunca, com um jeans claro e camisa azul, sempre estampando aquele belo sorriso em seu rosto, o carro atrás do seu corpo, não era nenhum camaro vermelho esportivo, mas isso era irrelevante, aquele cara sabia ser notado e simpático naturalmente.
João também esbanjava charme, estava de jeans escuro e camisa social branca, dobrada nos punhos, a cor clara de sua camisa ao lado de seu braço absurdamente peludo, lhe dava uma seriedade e masculinidade fora do comum, mesmo não sendo do tipo exibido, os pelos negros que insistiam em sair acima do seu peito, pela gola da camisa, era algo que complementava sua beleza.
Fernando riu no começo ao vê-o todo formal, mas João nem deu bola, era do tipo de cara tão certinho, que não se importaria em sua terno até para ir a praia.
Fernando aproveitou sua seriedade e pra quebrar o clima, bagunçou a roupa todo engomadinha do amigo.
João – Para com isso cara, demorei um tempão pra me arrumar.
Fernando – Relaxa, depois que tira-la do corpo, vai amassar tudo mesmo.
Antes de João processar a informação, Fernando foi mais rápido.
Fernando - E ai donzelo, vamos?
João – Claro, vamos, mas aonde vamos, e o que você ia me dar?
Fernando – Calma moleque, tu é muito tenso, relaxe.
O lugar era bem legal e descontraído, pediram uma pizza e um chop, a conversa estava muito boa.
João conseguiu conversar melhor com Fernando e descobriu mais sobre sua vida.
Fernando morava com seus pais, Bete e Jair, era o filho mais velho e tinha um irmão caçula, chamado Felipe.
Fernando se formou a pouco tempo em engenharia ambiental, trabalhava na área e da maneira como contava sua vida a João, estava percebia que ele estava muito feliz com a profissão escolhida.
João – legal cara desculpa minha ignorância, mas não sabia realmente o que um engenheiro ambiental fazia.
Fernando – Tranqüilo, mas você adora números né, deve ser muito inteligente.
João – Que nada, a gente apenas corre atrás.
João – Mas e sua namorada, pq não a chamou, também não vi ela aquele dia la na balada?
Fernando – Bom, preciso que você me apresente a minha namorada, pois até onde eu sei, eu sou um cara solteiro.
Os olhos de João brilharam, ele não compreendia, mas sentiu um misto de felicidades ao ouvir aquelas palavras.
João – Mas...
Fernando – Eu não tenho ninguém cara, namorar é bom, mas com quem vale a pena.
João – É que a Cíntia disse que você namorava uma amiga dela.
Mais uma vez Fernando riu
Fernando – nossa isso é tão antigo, acho que a mina até já casou com outro, mas e você?, ta sozinho?
João – Sim
Fernando – Faz tempo?
João – Desde o dia que eu nasci. Disse rindo.
Fernando olhou meio sério, e Jão percebeu que estava entrando num terreno onde não dominava afinal um cara de 30 anos, solteiro, sem ninguém, por mais discreto que fosse, essa posição levantava margem pra suspeitas quanto a sua sexualidade.
Fernando – Tu é um cara legal, me admiro ainda estar solteiro.
João – Isso também vale pra você.
Seus olhares se cruzaram, fazendo com que João ficasse constrangido. João não tinha a menor idéia de como funciona esses jogos de sedução, era um verdadeiro amador, e sem saber o que poder esperar do outro, resolveu mudar de tática. Boca fechada não entra mosca, e tratou logo de mudar de assunto.
João – Mas e ai, afinal de contas o que iria me dar?
Fernando – A verdade, perai.
Fernando foi até seu carro e 5 minutos depois voltava com um embrulho com um belo laço de presente.
João – pq isso?
Fernando – Abra, é falta de educação fazer desfeita para um presente.
João – então ta ué. Disse contente e curioso.
Ao abrir, era um livro, o mesmo que levava durante o impactante primeiro encontro dos dois.
João olhou rindo para Fernando.
Fernando – Aquele dia fui embora, mas voltei pelo mesmo caminho onde caímos, tinha um pedaço da capa desse livro, que rasgou-se quando caímos. Só tinha esses desenhos, mas nenhum nome ou autor que eu pudesse identificar. Passei semanas rodando livrarias, com esse pedaço de capa, tentando descobrir qual era. Deixei varias vendedoras loucas, parecia um detetive procurando um mapa do tesouro, mas de tanto fuçar encontrei. Dizia-se vangloriando de seu sacrifício.
João se sentiu tão feliz, apesar de ser algo bobo, qualquer gesto que remeta carinho a sua pessoa, age em seu interior como um tisunami de alegria.
Era visível a alegria em seu rosto.
João – Poxa cara, obrigado mesmo, nunca imaginei isso e nem precisa comprar outro livro, mas mesmo assim, obrigado. Dizia com os olhos brilhando.
Fernando apenas riu, de alguma maneira ele percebeu que algo mexeu com João.
No carro, indo embora João diz:
- Vamos tomar a saideira em casa?
Fernando - Opa, claro, mas não vai me embebedar hein, sou motorista sério.
João – Fica, tranqüilo, ate pq também tenho que lhe dar uma coisa.
João – E nem pergunte, pq da mesma maneira que fez comigo, você só ira saber na hora.
Entraram no apartamento, e João ofereceu uma cerveja a Fernando, que aceitou de imediato, sentaram-se no sofá e João contou um pouco mais de sua vida em São Paulo.
Já era muito tarde, João queria que aquela noite não acabasse mas já era hora de encerrar a noite.
Fernando – Cara, já ta na minha hora, mas e ai? O que tu ia me dar?
João – É verdade, já estava esquecendo.
João foi até seu quarto e voltou com uma sacola de papel, com um presente dentro.
Fernando – Pelo visto hoje virou dia de amigo secreto.
Fernando abriu aquele lindo embrulho e ficou admirado, era uma camiseta regata parecida com a que deu para João, quando tiveram seu primeiro encontro.
Fernando – Poxa cara, que legal, mas nem precisa meu.
João – Espero que seja seu numero.
Antes mesmo de terminar se concluir sua frase, Fernando já tirava sua camisa, exibindo seu tórax nu, exalando aquele perfume suave e másculo.
Fernando – Bom, isso a gente descobre agoraContinua.....