A Montanha Russa da Vida VI
Continuando....
Olhei para o relógio em meu pulso e vi que já era 13:45. Eu estava no shopping, não fui ao colégio. Já que eu tinha uma consulta com o meu oftalmologista. Acabara de sair da ótica da minha madrinha, dei adeus a minha armação vermelha que minha mãe odiava e disse seja bem vinda à armação preta de hastes grossa que tinha tudo a ver com a minha vida personalidade atual. Passei em frente a um salão e achei conveniente entrar, era a primeira vez que eu ia a esse lugar, mas mim identifiquei com o lugar logo de cara. Fui atendido por uma mulher super simpática que convenceu – me a mudar não tão radicalmente o visual, mas já foi o começo. Acabei alisando o cabelo e fazendo uma franja meio que igual a do Felipe, para mata – ló do coração. (Meu cabelo não é ruim, mas é ondulado e volumoso e sempre usei topete).
Ao sair olhei para o relógio e já estava bem na hora do meu encontro. Agora sim o plano iria para frente.
As 16:00 Vânia (Uma loira alta e elegante com cara de bobinha) estava a minha espera em um restaurante na praça de alimentação do shopping. Ao aproxima – me ela obversava – me e sorrir. Realmente o Murilo acertou em cheio na sua escolha, ela seria mais que perfeita para o meu plano.
Puxo uma cadeira de frente a ela e começo as apresentações:
Eu: Boa Tarde. Obrigado por ter vindo.
Com uma voz melosa, ela responde:
Vânia: Nada. Eu não iria deixar você nem o Lilo (Abreviação de Murilo) na mão.
Percebendo o duplo sentido em suas palavras tratei logo de ir direto ao assunto, ou seja, negócios:
Eu: Qual a tua idade mesmo ?! E o Murilo já lhe explicou tudo ?
Vânia: Tenho 19 anos. Sei que não aparento. E sim. Ele explicou algumas coisas.
Eu: Então bem. Vamos falar o que importa. Pagamento.
Vânia: Garoto você fala a minha língua.
Eu: Exatamente. Quanto você cobra para ser essa personagem que eu vou criar ?
Vânia: Três mil.
Eu: Nossa garota seu preço é alto. Vamos ter que negociar isso aí.
Vânia: Pegar ou largar ?!
Eu: Dois mil ?
Vânia: Fechado.
Pronto eu já tinha o plano, as micro câmeras estavam compradas e a atriz contradada. E agora era só pôr em açãoTerça pela manhã, estava eu na frente do colégio ao telefone falando com a Vânia. Acertando com ela os últimos detalhes para o grande show que iria ter inicio neste mesmo dia. Vânia na verdade iria se chamar Jessy uma prima minha que acabara de chegar do interior de Minas e iria estudar na nossa turma. Convence – lá a aceitar esta parte do plano foi um pouco difícil:
Eu: Vânia agora você é Jessy e terá que ir ao colégio todos os dias.
Vânia (Jessy): Mais de jeito nenhum. Nunca suportei ir ao colégio. E que diabos é Jessy ?!
Eu: Dar pra imaginar que você não gostava mesmo de estudar. E Jessy é um nome legal e combina com você ao contrario do seu próprio.
Vânia (Jessy): Garoto o que você estar insinuando com “Dar para imaginar que você não gostava de estudar ?”
Eu: Nada. Acho que você compreendeu mal.
Depois de um certo tempo consegui fazer com que ela aceitasse as minhas ordens até por que eu estava pagando um preço alto por seus serviços. O que tinha sido difícil de fazer foi enganar o Sr. Carlos (Diretor do Colégio), com essa história de prima do interior, mas por sorte Murilo que se passou por meu pai através do telefone conseguiu que ele desse permissão para que Jessy entrasse no colégio na altura do campeonato.
Quando acabei de falar com Jessy (Vânia) tratei de entrar no colégio, já que faltavam poucos segundos para tocar o sinal. E pela primeira vez em três semanas nada aconteceu nenhum olhar ou sorriso, pelo que aparentava a sorte estava ao meu lado. Passando pelos corredores algumas pessoas que haviam tirado saro da minha cara começaram a cumprimenta – me com acenos, por um instante achei até estranho, porém isso só indicava que a minha popularidade estava de volta. Ou eles tinham aprovado o meu novo visual.
Chegando a sala noto que na sala só estar o pessoal da besteira, uma galerinha que passa a aula toda conversando sobre jogos e coisas nada interessantes, ele simplesmente nunca serão lembrados por nada. Por isso resolvi sair e dar uns passeios nos corredores para mostrar a todos que apesar de tudo, eu estava de pé e de cabeça erguida.
Estava eu descendo as escadas rumo ao térreo, quando esbarro na Marcela que estava acompanhada pelo Tom e Thiago. Olhei para os três e os cumprimentei com um simples bom dia e seguir o meu caminho.
Na hora do intervalo estava eu na fila da cantina quando Marcela chegou e começou a puxar assunto:
Marcela: Essa fila parece que não nada né ?!
Já estava na hora de por um ponto final nessa história dela se sentir culpado pelo ocorrido e voltar a falar comigo. Por isso tratei logo de ir direto ao assunto:
Eu: Acho que nós precisamos conversar. Se você quiser é claro !
Marcela: Realmente nós precisamos conversar.
Após uma longa conversar com Marcela finalmente nos acertamos e ficamos bem. Pelo menos em partes, já que não toquei no assunto do beijo. Eu sei que beijei o seu cunhado, porém minha cabeça eu estava beijado o seu namorado, mas isso não era assunto para se tratar agora.
Ao voltamos da sala onde são guardados os materiais das aulas de educação física, local onde tivemos nossa conversa, fomos para a nossa mesa de sempre, onde se encontrava o Tom e seu irmão gênio Thiago, que pelo que deu para notar já começara a arrasar corações.
Sentamos e começamos a conversar como nos velhos tempos, apesar de o assunto ser a minha pessoa, o que deixava – me um pouco desconfortável:
Marcela: Aí Rafha, você arrasou com esse novo visual.
Tom: Pois é. Seus óculos e esse novo corte resaltou a sua beleza.
Eu: Gente pelo amo de Deus. Também não é tanto !
Thiago nos observa em silêncio. Talvez teme se falar algo e minha reação não fosse uma das melhores.
Conversa vai, conversa vem. Meu celular toca e no identificador estar escrito: “Jessy”. Finalmente ela havia chegado ao colégio e meu plano poderia ser posto em prática.
Exatamente na terceira aula Jessy chegou ao colégio, ela entrou na minha sala com um sorriso tímido de boa moça vinda do interior do mesmo jeito que eu havia pedido.
Nosso professor de Sociologia lhe deu as boas vindas e a apresentou as pessoas que assistiam à aula. Sem mencionar o fato de ela ser minha parenta. Foi necessário pedir ao Sr. Carlos que ficasse em segredo esse falso laço família existentes entre nós dois.
Nós tratamos de forma normal para não levantar suspeitas principalmente de Marcela.
O resto do dia passou sem nenhuma surpresa. À noite antes de dormir liguei para Jessy (Vânia) para certificar que ela iria ao colégio amanhã como já estava previsto. Antes de cair no sono constatei que mesmo sendo uma terça-feira eu estava muito cansado.
Na manhã seguinte cheguei ao colégio um pouco tarde, não atrasado exatamente. Caminhei rumo às escadarias quando finalmente em duas semanas encontrei com o Felipe. Lancei – lhe um olhar frio mesmo ele estando de costas. Tratei de continuar meu caminho, não queria brigar com ele, pois temia qual seria a minha reação perante a ele, minha resposta a todo o trauma que ele me causara seria dada graças ao meu plano.
Mas como ele estava acompanhado de seus amigos do terceiro ano, um deles lhe chamou atenção e avisou – lhe da minha presença. Quando subir dois degraus da escada, sinto algo puxa – me a mochila, virei – me imaginado quem seria, o observei em extremo silencio. Mesmo depois de tudo ele causa – me um efeito gigantesco, vendo que eu não iria expressar nenhuma reação, ele tratou de provocar:
Felipe:Oi pessoal. Como falei no conto anterior irei agradecer a cada um que vem acompanhando – me desde o inicio dessa série. O escolhido para receber este agradecimento foi o foguinho99.
Cara você é vidente ?! Por que tipo enquanto todos vão seguindo uma linha de raciocínio, você segue outra completamente diferente e acaba acertando sempre. De antemão agradeço por você estar sempre comentando os meus contos e pelo que percebi você curte a história, assim como os demais é uma honra lhe agradar. E adianto – lhe que acredito que você iria gostar muito do rumo que a história tomara em breve.
E aos demais Obrigado !
Mais uma vez: Comentem a vontade.....