BOLA DE NEVE
Eve parecia uma assombração: estava sempre nas minhas pegadas.
“Você só pode estar de brincadeira não é mesmo? Anda me seguindo agora?” Perguntei á ela com cara de poucos amigos tentando tirar de lado algo que com certeza renderia assunto, mas também estava certo de que era em vão afinal fui pego em uma situação bem embaraçosa.
“Já lhe disse e repito Léo: não preciso e nem quero perder meu tempo te seguindo, tenho mais a fazer. E mesmo que estivesse fazendo isso não teria a mínima necessidade afinal você se entrega sozinho” Riu Eve da forma mais irônica e debochada possível.
Minha vontade naquela hora era de voar em cima de Eve, mas como nunca havia em encostado o dedo em uma mulher e apesar da vontade não tinha a intenção de que fosse aquela a primeira vez e menos intenção ainda que houvesse uma primeira vez.
“Você não respondeu ainda Léo: de quem é essa roupa? E de quem era aquele carro? Não me diga que resolveu voltar à adolescência? E pensando bem aquele carro me era familiar, acho que já o vi em alguma outra ocasião.” Continuou Eve ainda com um sorriso irônico no rosto.
Eve não era burra com certeza já havia pegado tudo no ar, sabia que o carro era de Andréa afinal ela realmente já tinha visto carro no dia do atropelamento. E ligando uma coisa à outra não ficava difícil descobrir o que estava acontecido.
Realmente não sabia como me livrar daquela situação óbvia, poderia dar uma desculpa qualquer mas não pensava em nada convincente o suficiente para sair de tal situação e contar uma história esfarrapada somente pioraria tudo e realmente não poderia me dar ao luxo de piorar o que já estava ruim.
“Eve, em primeiro lugar não lhe devo satisfações, em segundo lugar se você está tão certa de que tem algo de errado não preciso explicar nada você já deve saber o que aconteceu não é mesmo? Para estar insinuando e perguntando tanta coisa.” Respondi as indagações de Eve de forma seca já me retirando da sala. Pouco me importava o que ela estava fazendo em minha casa àquela hora, apenas queria da um fim na roupa do filho de Andréa antes que Gaby chegasse e piorasse tudo.
Mas algo me dizia que Eve não deixaria por menos o fato de ter me pego em situação no mínimo suspeita e o fato de estar sozinha comigo em casa.
Sai para o banheiro para tomar mais um banho agora para tirar o perfume que Andréa havia deixado em meu corpo.
Ao sair do banho fui para meu quarto, coloquei a roupa que acabará de tirar em cima de minha cama e comecei a revirar o roupeiro atrás de algo para vestir quando do nada fui surpreendido por Eve invadindo meu quarto quase que do nada.
“Nossa Léo faz assim não, você sabia que sou capaz de te agarrar aqui mesmo tamanho é meu tesão pelo “maridinho” de minha mana?” Disse Eve de forma sarcástica com um sorriso estampado no rosto me olhando de cima abaixo fazendo me lembrar do fato que ainda estava sem roupa.
“Já lhe disse Eve, aqui não. Você quer que sua irmã nos flagre? Ai sim seu “planinho” vai por água a baixo. Se bem que não seria má ideia, pelo menos assim Gaby saberia quem de verdade é você.” Respondi tentando intimida-la.
“Ah, realmente não seria má ideia mesmo, assim minha irmã veria quem é o marido dela.
E com certeza você sairia bem mais prejudicado do que eu afinal você não está com crédito com a Gaby.
E por favor Léo pare de tentar parecer o “durão”, com certeza ser flagrado não está em seus planos. Ou quem sabe você não quer ver seu filho crescer? Se for isso Léo me avise ok? Por que posso ter uma “conversinha” com minha mana e resolver seu problema.” Respondeu Eve agora com um ar mais sério
“E vamos parar com indiretas, sei muito bem de quem era aquele carro.
A tarde com sua nova “amiga” deve ter sido maravilhosa. E quando encontrar com ela novamente diga á ela para colocar menos perfume.” Continuou Eve, se aproximando.
Ao ouvir suas palavras fiquei sem resposta.
Cada vez mais estava nas mãos de Eve e isso não me agradava. A situação estava se tornando uma “bola de neve”.
“Ok Eve, Já vi que não vou me livrar de você tão fácil. Vou lhe dar o que quer, mas não aqui e nem agora você sabe disso.”
Pus a primeira roupa que achei no roupeiro, mas antes de podermos continuar fomos surpreendidos por Gaby entrando no quarto.
No clima da conversa não percebemos que estava no horário de Gaby retornar do serviço.
“Que baderna é essa no meu quarto?” Brincou Gaby aparentando estar bem humorada.
Eve e eu sorrimos meio forçosamente.
Fui ao encontro de Gaby, lhe dei um beijo e perguntei como havia sido seu dia de trabalho tentando agir normalmente.
Com o pretexto de conversar á convidei para ir para a sala fazendo assim com que ela não percebesse a roupa em cima da cama. Eve ficou para trás mas logo depois nos seguiu.
Conforme a conversa se seguia, mentalmente tentava achar uma saída para me livrar da roupa sem que Gaby percebesse, sem encontrar uma maneira, cada vez mais o nervosismo tomava conta de mim.
E quando Gaby levantou-se para tomar banho num ato quase que instintivo á chamei quase que gritando: “AMOR...”
“Fale Léo, algum problema?” Perguntou Gaby estranhando minha atitude.
Ao ver minha situação Eve intrometeu-se: “Deixe minha irmã ir para o banho Léo, ela deve estar cansada do dia de serviço precisa relaxar e nada melhor que um banho para isso, não é mesmo mana?”
Fulminei Eve com os olhos ao ouvir suas palavras.
“Com certeza Eve. Já volto. E você acalme-se Léo não vou fugir.” Respondeu Gaby sorrindo.
Apenas me sentei novamente, não quis nem olhar Gaby se dirigindo ao quarto apenas esperei o pior.
Baixei a cabeça e logo que Gaby retirou-se senti Eve cutucando minha perna.
Rapidamente ela abriu sua bolsa e sorrindo para mim mostrou-me as roupas que estavam em cima da cama.
E mais uma vez estava nas mãos de Eve, com certeza aquele “favor” teria um preço.
Gaby retornou a sala e continuamos conversando normalmente como se nada tivesse acontecido.
Não permaneci na sala por muito tempo, deixei as duas irmãs na sala e fui para o quarto ainda tentando me acalmar após toda aquela situação tensa.
Não demorou muito Eve foi embora para sua casa.
O resto da noite transcorreu normalmente: jantamos Gaby e eu e logo depois fomos deitar.
Estava muito cansado do dia corrido que tive.
“Léo, seu dia parece ter sido muito cansativo meu amor você mal tocou na comida.
Mas tomara que todo seu esforço compense você vai ver, esse emprego será seu.” Disse Gaby otimista.
Apenas consenti, mas o fato de não ter tocado na comida não era por estar sem apetite por causa do dia corrido que tive e sim por não conseguir tirar da cabeça que cada vez mais Eve me tinha a sua mercê.
Virei para o lado na cama fechei meus olhos para tentar dormir mas fui surpreendido por uma mensagem no meu celular, que por sorte estava no silencioso.
Peguei o celular, era Eve me lembrando de que estava em suas mãos: “Você me deve mais uma meu amor!” Referindo-se ao “favor” que havia feito para mim mais cedo.
Com certa raiva larguei o celular debaixo do travesseiro, fechei os olhos para esperar o sono chegar.
Adormeci logo em seguida tamanho era meu cansaço.
________________________________________________________________
Bom pessoal, após uma longa demora aqui está a parte 9 da saga.
Mais uma vez peço desculpas por tamanha enrolação, mas uma semana maravilhosa que passei no inicio do mês rs e o fato de que estava sem PC para continuar o conto me fizeram atrasar a parte 9. Mas agora estou de volta para por pra frente o conto.
Nuca esquecendo os leitores: Bruh Htinha, Bia26, frannh, Natyzinha, Théo, jordane.
E a Nah delicia: calma amor, já tá ai a continuação rsrs
E Diêguito’o: obrigado pelo comentário continue seguindo amigo. É bom saber que estás gostando. :)
E a todos que estão lendo espero que estejam gostando, continuem comentando como falo sempre: todas as opiniões são muito importantes para mim!
E por aqui me despeço.
Beijos e abraços á todos!
E em breve Desejos- Parte 10.