Pizza Com Guaraná - Cap.1

Um conto erótico de EdMcPhee
Categoria: Homossexual
Contém 2068 palavras
Data: 18/09/2012 04:05:21

Olá, pessoal. Meu nome é Ed e sou leitor da Casa dos Contos há algum tempo. Essa semana finalmente criei vergonha e me inscrevi na Casa e comecei a comentar os contos de alguns escritores. Acho que tem gente muito talentosa por aqui e foi inspirado por eles que tomei coragem de também publicar uma história minha. Trata-se de um conto 100% ficcional, embora algumas situações tenham sido retiradas de experiências pessoais minhas ou de conhecidos. Mas os nomes e os personagens são todos ficção. A história está narrada em primeira pessoa para maior cumplicidade. É uma história seriada e ainda está endo escrita. Estou no capítulo 7, neste momento. Os primeiros capítulos são mais longos por serem mais descritivos, mas logo, logo, acho que pego o jeito. Espero que gostem e comentem! Boa leitura.

PIZZA COM GUARANÁ

Capítulo 1

-Caralho, mano, que gostoso...

-Vai, moleque, soca fundo. Vai, velho, até o talo.

-Puta que pariu, mano, se eu soubesse que tu era gostoso assim tinha te catado há muito tempo.

-Cala a boca e me beija. Esse teu cacetão tá me deixando doido.

-Brother, eu vou gozar dentro do teu cu, pode?

-Demorou, maninho. Vai, com tudo.

- Então já é.

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3 MESES ANTES

-AI, AI, AI... FILHO DA PUTA! – A dor lancinante fazia eu me esquecer de toda e qualquer educação, fazia eu me esquecer de que aquilo fazia parte do jogo, da brincadeira, fazia eu me esquecer de que não era de propósito. Não me interessava. Estava doendo demais e eu gritava para parar tudo.

–PÔ, FOI FALTA AQUI, CARALHO!

Os moleques paravam o jogo e já começava o bate-boca. Os meus companheiros de time me defendendo e me acudindo, os adversários dizendo que não tinha sido nada, que eu tinha entrado numa dividida e levado a pior, mas que tinha sido totalmente lance normal e começavam a imitar o Arnaldo César Coelho. Lance normal. Não foi falta. E zuando comigo. Meu tornozelo estava praticamente da grossura do meu joelho. Arranquei a chuteira e o meião, gritando de dor. E aí geral percebeu que, falta ou não, a minha dor era séria e não encenação. Resultado: fim da partida e foram vários amigos levarem o mané aqui pro pronto socorro mais próximo.

Problema básico: estava sem a carteirinha do convênio e o Tiago e outro moleque novo, o Henrique, se ofereceram para ir até minha casa buscar pra mim. Liguei pra minha mãe e expliquei o que tinha acontecido, pra ela ficar tranquila que os caras iam passar em casa. Ela não quis nem saber, desligou o telefone e se mandou pro pronto socorro. Enquanto isso, tentávamos adiantar alguma coisa no atendimento, preenchendo uma ficha lá.

-Nome?

-Rafael, ué.

-Rafael do quê?

-Medeiros Figueiredo.

-Idade?

-20.

E assim foi, mó sessão cadastro. Aí os caras começaram a zoar, como se fosse um bate-papo de chat.

-Como você é? (imitando voz e jeito de falar de mulher)

-Loirão, magrelão, feio... huahuahauahauhaau

-Ah, vão se fuder vocês tudo. Bando de invejosos.

Os caras eram tudo gente boa e, claro, adoravam uma zuação. Tiago era praticamente meu irmão. Crescemos juntos, desde o jardim da infância. Branco, saradão, lutador de jiu-jitsu, atacante e capitão do time. Era o maioral com a mulherada. Não namorava fixo nem por ordem divina. Estava sempre pegando uma hoje, outra amanhã, duas diferentes na semana que vem e por aí ia. Sua lista de conquistas era interminável e, se fôssemos obedecer a regra de não ficar com garotas que os amigos já ficaram, bom, digamos que precisaríamos ir procurar em outra cidade. Era um verdadeiro galinha e o melhor de tudo é que não escondia de ninguém e gostava da sua fama. Não prometia nada às garotas e mesmo assim elas voavam na sua direção como aqueles cupins com asas típicos de fazendas, as aleluias ou siriris, voam na direção da luz de lampião.

Jean era o goleiro. Alto, moreno, rapaz sério. Namorava a mesma garota, a Lu, desde o ensino médio. Já iam bons 4 anos juntos e era certeza que acabaria em casamento logo, logo. Por incrível que pareça, depois de mim, era o melhor amigo do Tiago. Apesar dos comportamentos diametralmente opostos, os dois se davam muito bem, se respeitavam e se apoiavam. Na verdade, o Jean era um moleque muito ponta-firme e nós três éramos quase inseparáveis. Viagens, baladas, jogos, festas, churrascos, clube... estávamos sempre juntos, com ou sem namoradas. Até mesmo na escolha da faculdade. Escolhemos todos a área de comunicação: eu e o Jean fomos fazer Jornalismo e o Tiago, Publicidade e Propaganda. Enfim, continuávamos o trio inseparável também na faculdade.

E tinha os outros caras que estavam ali com o pretexto de “dar uma força”, mas estavam mesmo me zoando legal. Enfim, tudo muito comum. Estavam o Pedro, o Jota e o irmão dele, o Bisonho (não me perguntem, porque eu não sei a história, huahauaha), o Gustavinho e o Henrique.

No meio dessa zoação toda, chega a dona Raquel, minha queridíssima e linda mãe.

-Rafael, meu filho, o que aconteceu?

-Ah, mãe, nada demais, uma bola dividida, levei a pior. – Mostrei o tornozelo pra ela.

-Minha Santa Margarida! Enfermeira, alguém, por favor, um médico agora! Meu filho vai perder o pé!

-Calma, dona Raquel! Sem drama! Já vieram me ver e constataram que não deve ser nada muito grave. Provavelmente uma luxação, mas não existe risco de eu perder o pé, não. – disse, rindo do mico que minha mãe acabara de pagar ali no meio do pronto-socorro. Meus amigos todos tentavam, sem sucesso, esconder o riso.

-Não me interessa! Quero um médico te atendendo, AGORA!

-Então, mãe, leva a carteirinha do convênio lá na recepção. Talvez isso ajude a agilizar o atendimento. – pisquei um olho pra ela. – E vê se fica calma, o pior já passou. Está doendo, mas eu já me acostumei.

Enquanto aguardava o atendimento, alguns amigos resolveram se mandar, despedindo.

-Aí, Rafa, se precisar de algo, é só dar um toque, beleza?

-Falou, irmão, te cuida!

-Brother, manda um torpedo dizendo que está tudo bem, valeu? Vou nessa, tchau “tia”!

Minha mãe se despediu dos moleques, que eram todos velhos conhecidos de frequentar minha casa desde os tempos do colégio. Ficaram, além da minha mãe, o Tiago, Jean e o Henrique.

-Galera, se quiserem ir nessa, de boa. Minha mãe já cuida de tudo aqui.

-Ih, olha o mané querendo se livrar da gente! – disse o Tiago – Fica frio aí, maninho, a gente tá de boa. Bom, eu tô. A menos que a tia queira que a gente vá embora. – perguntou olhando para minha mãe.

-Que isso, Tiago? Você e o Rafa são praticamente irmãos. E o Jean também não larga vocês dois. Só você eu não conheço, quer dizer, você é familiar, mas não sei de onde. – disse, virando-se para o Henrique, que corou.

-Eu sou o Henrique, prazer. – disse estendendo a mão.

-Prazer, não, moleque. Satisfação. Com prazer... – Tiago, sem noção, começou a fazer aquela piadinha sem graça de sempre.

-Tiago!!! – gritamos eu e Jean juntos e caímos na gargalhada.

Henrique corou mais ainda.

-Ele é irmão do Victor, mãe. – expliquei o motivo da familiaridade despertada pelo garoto.

Henrique não era exatamente da turma. Mais novo, 17 anos, era irmão de um parceiro nosso, o Victor, que tinha se mudado para fazer faculdade em outra cidade. No começo, ainda vinha pra jogar conosco nos fins de semana, mas aos poucos foi se afastando. Normal. E o Henrique acabou ocupando o espaço do irmãozão no time e, com o tempo, na turma. Gente boa, sossegado, molecão, vivia nos seguindo querendo ir às baladas, no que era imediatamente cortado por ser menor de idade. Mas nos botecos e nos churras, a gente sempre incluía o moleque, lógico. Ficava meio na cara que ele era “irmão mais novo de alguém”. Enquanto nós já éramos “barbados” e mais altos e desenvolvidos, o moleque ainda tinha realmente cara de adolescente, nem tinha barba ainda, era bem branquinho, daqueles que ficam com as bochechas vermelhas quando fazem algum tipo de esforço ou está muito frio. Em compensação, o corpo já estava se desenvolvendo. Embora não passasse do 1m70cm de altura, já era meio saradinho, graças ao esforço na academia. Não tinha menor dúvida, logo, logo, estaria um belo rapaz musculoso.

-Claro, o caçula da Carminha. Nossa, como você cresceu! Tá um mocinho já e muito bonito.

-Mãe!!!

-Bom, eu acho que já vou indo, então! – Henrique levantou-se, completamente sem jeito depois da última declaração da dona Raquel. Rafa, vê se fica bem aí. Se precisar de alguma coisa, me liga.

-Valeu, leke!

-Ow, Ricão, espera aí que te dou uma carona, leke! – Jean já se levantava e se despedia do Tiago com um abraço e um beijo no rosto, depois o mesmo comigo e com minha mãe.

-Valeu, Jean. Manda um beijo pra Lu!

-Pode deixar, broder. Fica bem aí, hein, Rafa. Me avisa quando já estiver em casa e a gente conversa no face.

-Já é. Tchau, Rique!

-Mãe, você quer me matar de vergonha, falando desse jeito com meus amigos? – Disse, baixinho, depois que os dois saíram.

-Ah, que bobagem, sempre falei assim com vocês desde que vocês eram crianças.]

-Justamente! Não somos mais crianças. Nem o Rique que é o caçula e se morde inteiro toda vez que é lembrado disso.

-Ah, que nada. Mandou benzão, tia. – O Tiago se divertia.

Bom, o atendimento foi até rápido, acabei tendo de enfaixar o pé e ficar de repouso absoluto por duas semanas. Droga!

As férias mal começavam e eu já me ferrando. Duas semanas sem curtir o clube, sem bater nosso fute, sem poder fazer sexo!!! Se bem que, se a Juliana cooperasse, até daria... hehehe eu teria de xavecar ela muito bem pra pelo menos fazer umas gulosas caprichadas pro convalescente aqui. Po mas eu merecia, né não?

Aquelas duas semanas pareciam não acabar nunca. E, pior, tinha um churasscão irado combinado, marcado, rotulado para o fim de semana. Era no rancho da família de um dos moleques do fute. Churras, breja à vontade, piscina, sauna, lago, floresta pra dar uns pegas nas gatinhas e o manezão aqui podia, no máximo, ficar sentado na beira da piscina. Que ódio! Pelo menos graças à minha situação, tinha ganhado o direito de ter um quarto só pra mim e a Ju – íamos passar a noite ali. Maravilha! Não ia ter desculpa de que meus pais estavam ali do lado, ou coisa do tipo.

Mas mais uma vez os deuses não estavam ao meu favor. Por incrível que pareça algo muito, muito raro aconteceu: o Jean e a Lu se desentenderam e a garota saiu furiosa do rancho. E, claro, a Juliana, como boa amiga, foi atrás e acabou indo embora com a Lu. Me ligou avisando com aquela vozinha de solidariedade e de cumplicidade que eu já entendi não conseguiria fazê-la mudar de ideia de jeito nenhum.

Resultado, ficaram só os cuecas: eu, Tiago, Jean, filho da puta(!), Henrique, Sérgio, o dono do rancho e o Tico, amigo inseparável do Sérgio. Aí, não prestou, né? Papo de putaria rolando solto, Tiagão contando geral das minas que comeu, mostrando como tinha pegado, a molecada toda vibrando e aplaudindo, todo mundo rindo, bêbado, se divertindo. Uma verdadeira confraria masculina. No meio da bagunça, chamei o Jean e perguntei o que tinha acontecido.

-Ah, cara, frescura de mulher. Não quero falar disso, beleza?

-Pô, mano, falae comigo. Afinal de contas eu também fui afetado pela “frescura de mulher” da sua mina. – fiz o movimento das aspas com as mãos no ar.

-Ah, mano, é complicado, não gosto de ficar falando dessas coisas. É muito íntimo.

-Bom, se é tão difícil assim, beleza, mas achei que a gente era parceiro, irmão mesmo.

-Ah, caraio! Mano, a Ju deixa tu comer o cu dela? – ele perguntou na lata, quase num desabafo.

-Po, mano, isso é pergunta que se faça? A Ju é minha namorada, cara. Não é uma periguete qualquer como essas que o Tiagão pega toda semana. – fiquei muito desconfortável com aquela pergunta. Que que ele pensava? Que eu discutia como minha namorada gostava ou não gostava de fazer sexo numa rodinha de moleques bêbados? Se ferrar...

-Calma, Rafa. Foi só uma pergunta, relacionada com o motivo da briga com a Lu.

-Como ass... ahhh, caraca! Tu pediu o toba pra mina? – Disse quase num grito, caindo na gargalhada! – Huahauhauahauahaua

------Continua-----


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Comentários

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Tá bom, razoavelmente bem escrito, uns errinhos ortográficos e gramáticais aqui ou ali, mas você não está nem prestando vestibular e elaborando uma redação, né? Então dá pra deixar passar! kkkkkkkkkkkkkk. Gostei da história, vou te dá um voto de confiança e começar de pontuando com 10, essa história está prometendo.

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Parabénssss...Começou muito bem!

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Hahahaha Muito legal... E o tamanho tá bacana. Continua logo, nota 10

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começo legal. espero a continuação

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