Ainda sentia minha mão na bunda dele... quantos meses eu pensei em tocar nele, em poder percorrer minhas mãos naquele corpo branco, com pequenas pintinhas... Sonhei por meses em beijar sua boca, sentir aqueles lábios vermelhinhos junto ao meu. Sentir seu corpo colado no meu, seu corpo me esquentando... e agora eu tinha, agora aquilo tudo era meu. Ao mesmo tempo eu me sentia super mal por ter feito tudo aquilo com ele. Mas ao mesmo tempo eu sentia no céu, no ônibus, voltando pra casa. - “Como eu consegui fazer aquilo com ele? Mas foi delicioso! Mas eu estou me entregando a esse negócio todo, e quero me entregar muito mais, como eu queria dormir com ele.”.
Duas semanas se passaram e nossas conversas ficaram mais frequentes. Nesse tempo que passou todo dia, pelo menos por mensagem, nós nos falávamos. Era um oi, um e ai? Tudo muito tímido ainda... No fim do dia, nós conversávamos por MSN por horas e por fim, lutávamos para desligar porque queríamos cada vez mais ficar juntos. Nessas duas semanas nós não nos vimos, mas era tudo o que queríamos poder nos tocar novamente.
Um dia eu estava no meu quarto, lendo um texto qualquer, quando ouço a voz da minha irmã e a voz dele. Meu estômago gelou, comecei a tremer lentamente. Quis ficar no quarto, mas não consegui, tirei a camisa, coloquei uma bermuda TAC-tel e fui na cozinha como se não quisesse nada. Chegando lá, vi que eles estavam na varanda... passei por lá e só falei um oi, olhando bem pra ele. Peguei o copo de água e ao voltar, eu passei por lá de novo.
- Bruno, você conhece o Devil May Cry?
- Claro pow, tenho lá em casa, porque?
- Pow, num to passando de uma fase, você pode me ajudar?
- Porra Edu, você é chato heim!
- Eu sei maninha, vou fazer o que!? Kkkk
Fui andando na frente e o morceguinho atrás. Ao entrar no quarto, eu esperei atrás da porta, assim que ele entrou eu a fechei e tranquei.
- Ué! A TV tá desligada! Cadê a fase que você num tava conseguindo passar?
- Essa aqui ó! – agarrei ele pela cintura e o beijei do jeito que ele gostava, puxei ele com tudo, colei meu corpo no dele, e segurava levemente no cabelo de sua nuca. Era tudo de bom.
Beijar ele era a realização de algo que eu não sabia bem o que era. Era u sentimento de felicidade que eu nunca tinha experimentado, beijar ele era viajar sem sair do lugar, ao mesmo tempo que era provar de todas as delicias de uma só vez. Minhas mãos percorriam seu corpo, matando a saudade daquilo que ainda não tinha sido meu. O beijo estava tão intenso que ele começou a forçar meu peito, pedindo ar.
- Nossa, assim eu desmaio.
- É meu morceguinho, você tem que aprender a respirar pelo nariz enquanto estiver beijando rsrs.
- É mesmo professor?! Me ensina como é!
Puxei ele de novo e dei um desentupidor de pia. Mas depois de um tempo, eu fui diminuindo a intensidade e passando para um beijo que eu chamo de degustativo (Esse é uma delicia) onde beijo o mais tranquilamente possível, provando e sentindo cada movimento da língua um do outro. O tesão estava a mil, mas ele me empurrou novamente... saco!
- Tenho que ir pra lá.
- Não, fica!
- Não posso... eu quero, mas não posso.
- Quando vamos nos ver de novo?
- Não sei, quando der eu te ligo e você vai lá pra casa.
- Vamos sair de noite?
- Ir pra onde? Tá doido?
- Vamos dar uma volta, tomar um vinho.
- Tá! Vamos sim, me pega lá em casa.
- Ui delicia, quando você quiser!
- Safado! Pra gente sair, assim que você chegar da faculdade passa lá.
- tá certo.
Ele saiu e eu fiquei novamente com aquela cara de babaca no quarto, nem consegui ler mais nada. Não resisti e minha mão foi escorregando para o botão da minha bermuda, depois para dentro da minha cueca e eu comecei a pensar nele ali na minha cama, me beijando, lambendo, pulando sobre mim, me deixando sem fôlego... gozei! Que loucura!
Na faculdade eu estava morrendo de curiosidade doido pra acabar logo a aula e eu ir buscar meu morceguinho. Assim que deu 22:00 hs eu corri pro ponto e 23:30 eu estava ligando pro seu celular, logo ele aparece no portão, lindo, como sempre.
- Boa noite
- Boa, Edu... Então, pra onde a gente vai?
- Para um barzinho no centro.
- Ok, vamos nessa.
Fomos até um ponto e pegamos o ônibus... no caminho fomos contando sobre como foram nossos dias e ele rindo demais das minhas maluquices. Chegamos no barzinho e ficamos lá conversando, tomando um vinho e beliscando umas batatas-fritas e música ao vivo... Estar ao lado dele era incrivelmente prazeroso. Ele me deixava fora de mim, ia ao céu só em admirar seus olhos... que porra de olho era aquele!!!
- Sério! Todo mundo me zuou porque eu admiti que via bob esponja. – falei arrancando gargalhadas dele.
- Porra, mas você também né! Porque foi admitir isso?
- Ué! Vou ficar fingindo ser o que eu não era?
- É verdade, eu tentei fazer isso pra ver se você se interessava por mim, mas nada deu certo.
- Tá maluco?! – falei sorrindo – to louco pra te beijar cara! To na sua!
- É verdade, mas não consegui sendo outra pessoa, mas sendo eu mesmo.
- Exatamente, mas você mesmo me irritava muito.
- E eu não sei... a sua cara pra mim era de total desprezo, doía muito, eu me maldizia todos os dias por amar você.
- E quando você se apaixonou por mim?
- Sei lá, talvez quando te vi a primeira vez de cueca na sua casa... ali eu te olhei diferente... então o seu jeito, nossa! Eu fazia tudo pra você me notar, mas você só me notou quando eu entrei no seu quarto.
- Ai eu comecei a olhar pra você e não esqueci mais. – Começou a tocar evidências.
Quando eu digo que deixei de te amar
É por que eu te amo – Ih fudeu! Presta a atenção nessa letra cara – falei. (brega!)
Quando eu digo que não quero mais você,
É por que eu te quero
Eu tenho medo de te dar meu coração
E confessar que eu estou nas tuas mãos
Mas não posso imaginar o que vai ser de mim
Se eu te perder um dia
Me afasto e me defendo de você,
Mas depois me entrego
Faço tipo, falo coisas que eu não sou,
Mas depois eu nego
Mas a verdade é que eu sou louco por você
E tenho medo de pensar em te perder
Eu preciso aceitar que não dá mais
Para separar as nossas vidas
E nessa loucura de dizer que não te quero
Vou negando as aparências,
Disfarçando as evidências
Mas para que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração
Eu sei que te amo,
Chega de mentiras
De negar o meu desejo
Eu te quero mais do que tudo,
Eu preciso do seu beijo
Eu entrego a minha vida
Para você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim – ele sorriu e olhou nos meus olhos.
Diz que é verdade, que tem saudade
Que ainda você pensa muito em mim
Diz que é verdade, que tem saudade,
Que ainda você quer viver pra mim.
- É... não dá mais pra me enganar não é?
-É verdade! Não dá mesmo! você me ama?
- O que você acha?
- Posso achar várias coisas, mas só quem pode me dizer a verdade é você.
- Hum... é verdade.
- O que é verdade?
- O que você perguntou. – ele sorriu.
- Fala.
- falar o que Bruno?
- Você me ama?
- Sim.
- Fala! – sorria mais ainda.
- Para de me zuar cara!
- Não estou te zuando, mas quero ouvir a frase toda.
- Eu não consigo, tá legal!
- Oh meu Deus! Eu te ensino. Repete comigo
- Ah morcego, para!
- Vamos lá, Eu...
- Eu.
- Te
- Te
- Amo
- Amo.
- Agora junta tudo. – meu rosto queimava de vergonha, mas ele merecia ouvir aquilo.
Eu segurei sua mão por baixo da mesa, olhei naqueles olhos lindos dei um sorriso de canto de boca:
- Eu te amo Bruno. – ele me olhava profundamente, mas dava pra ver que seu olhar sorria.
- Doeu?
- Sim, demais... você não sabe a guerra que estou travando aqui dentro – falei apontando para minha cabeça.
- E aqui? – ele apontou para o peito.
- Eu te amo.
- Isso que me importa. Então a gente pode namorar?
- Hã?!
- Namorar ué!
- Tá, pode!
- Então você aceita namorar comigo? – nem parei pra pensar, senão minha resposta seria outra.
- É.
- Então vamos embora.
- Hã?
- Isso...
Não discuti, paguei a conta e fomos andando pra casa. Era umas 2 da manhã e ele pediu para pegar o ônibus perto do shopping porque queria ficar mais um pouco comigo. Fomos andando pela rua deserta e eu com um cagaço enorme, mas ele cantava Evidências. Chegando num lugar com uma arvore grande, perto de uma loja maçônica, ele me puxou e me empurrou contra a parede:
- Você me ama?
- Sim.
- Estamos namorando de verdade?
- Estamos – ele deu um sorriso de pura safadeza rsrs e me beijou.
Ficamos nos beijando por um tempo enorme, ele alisando meu corpo e apertando minha rola que a essa altura, já fugia da cueca de tão dura. Eu estava adorando aquela travessura, só que algo inesperado aconteceu... ele abriu o botão da minha calça... Eu suava e minha respiração acelerou. Que loucura! Do nada ele abaixou, colocou minha rola pra fora e (biscate!) começou a chupar. Eu fiquei louco!!! Abri o olho e me vi, no meio da rua no centro da cidade, com meu... o Bruno, abaixado na minha frente, engolindo meu pau... que loucura! Eu estava tão excitado que nem me importei, mas eu estava com medo. Depois de uns minutos ele levantou e disse:
- Vamos indo, depois a gente continua. – meu queixo caiu mais ainda. (prefiro não comentar! ¬¬Amigos, mais uma parte postada rsrs, to muito feliz com o que eu estou lendo! QUero parabenizar o CrisBR... O irmão ogro foi incrível, assim como Pronto de novo!... Bernardo, surreal! Sabe que sou fã de você e do Ariel, pessoas fantásticas e escritores incríveis... Luquinhas, adorei seu inicio na casa como escritor, gasta mais essa tinta rapaz, bota toda essa criatividade pra fora, adorei sua história; e por fim e com honras eu falo do Lord D. com Asfalto, to fascinado... parabéns a todos!!! Quem eu não li ainda:
“Eu li, eu leio, lerei. Eu sou uma mulher lida” O mistério de Irma Vap, Charles Ludlam
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