Agarre-se aos 16 - 13

Um conto erótico de Walmir Paiva
Categoria: Homossexual
Contém 1129 palavras
Data: 30/08/2012 07:30:14

• 13 – Cartas para José

Acordei com cara de ressaca no dia seguinte. Eu não tinha cara para ir à escola. Mas Eu precisava falar com José, Eu prometera aquela conversa a ele.

Tomei o meu café e meu pai levou-me na escola. Ainda era cedo quando cheguei lá, mas o carro de José já estava no estacionamento. Entrei na sala e sentei duas cadeiras a frente da dele. Eu não tinha cara para olhar pra ele. Abaixei a cabeça e ouvi-o falar:

– Plinio! Senta aqui na minha frente! – Não parecia uma ordem, mas assim Plinio fez.

– Tá precisando de algo? – Perguntou Plinio preocupado – Estas com cara de choro e Eu nunca te vi assim.

– Na boa, o que menos preciso é de uma pessoa perguntando como Eu estou e o que aconteceu. Só fica aqui na minha frente sem falar nada!

– Okay brother! Eu fico sim.

Era aula de matemática e Eu não estava nem a fim de assistir. Sinto Plinio me cutucar e quando olho para ele, ele me entrega uma carta. Agradeci e nela estava escrito:

“E então?”

Pus na carta: “Desculpe! Não sou bom com palavras, mas o que você quer mesmo saber?”.

Entreguei a carta para Plinio que em menos de 1 minuto me devolveu.

Agora estava escrito: “Também não sou muito bom com palavras então... Nosso namoro ainda esta de pé?”. Eu não queria, mas tive que responder assim: “Nosso amor é impossível. Teu pai não o permite e não temos meios para viver. Amo-te e sempre amarei – Os Miseráveis.”.

Devolvi a Plinio que percebeu uma lágrima cair em meu rosto.

Pensei que José havia decidido parar com as cartas quando Plinio me cutuca novamente, me entrega a carta, mas dessa diz baixinho em meu ouvido:

– Eu não sei o que o José te fez, mas, por favor, perdoa ele. Eu nunca vi meu irmão assim. É sério, Walmir. Eu meio que sei o que tá acontecendo desde o primeiro dia em que Eu te vi ao lado dele e antes desse dia Eu nunca tinha visto meu irmão tão feliz. Por favor, perdoa ele.

Eu peguei a carta, passei minha mão sobre o rosto de Plinio e sorri. Abri a carta e estava escrito: “Eu tive um sonho que ele voltava para mim e nós viveríamos juntos. Mas há sonhos que não podem ser e há tempestades que não podemos prever – Os Miseráveis”.

Na boa, Eu me derreti todo com aquilo. José era realmente diferente do que Eu pensava. Ele é lindo, gentil, romântico e... Ainda por cima, escreveu na carta a melhor parte de “I Dreamed a Dream” que é a música que Eu mais amo do musical Les Mis. Ele é romântico, é diferente e me completa. Ele me ama. Só não conseguia admitir para seu pai.

Por fim, escrevi na carta: “Na hora do intervalo converso com você.”.

Passaram-se duas horas de aulas torturantes. Eu não aguentava mais. Até que o sinal tocou para o intervalo. Todos saíram da sala. Não porque queriam, mas sim porque José os obrigara.

José sentou-se em sua cadeira e sentei ao seu lado. Antes de Eu começar a falar ele me interrompe num beijo. Eu estava todo derretido por dentro, porém queria me soltar. Tentei, foi em vão. José queria/ precisava daquele beijo muito mais que Eu. Depois de mais de 1 minuto do beijo ele olha para mim com uma cara de felicidade e tentei falar:

– Isso não está...

– Certo. – Ele concluiu – Eu sei. Eu precisava me desculpar. Eu sei a merda que fiz ontem. Mas Eu senti saudades do seu beijo, do seu toque, do seu cheiro. Você não sabe o quanto chorei quando você foi embora. Eu deveria ter falado que te amava. Mas preciso te dizer o porquê que não falei.

Ele fez uma pausa e então continuou:

– Minha mãe morreu ainda quando Eu era criança. Fui criado por meu pai a base de tapas e castigos. Minha rotina sempre foi rígida, e quando Eu fazia qualquer coisa meu pai me aplicava um castigo que pode ser considerado crime. Parecia que Eu vivia em um regime militar. Eu sou duro como sou por causa da educação que recebi dele. Meus comportamentos são involuntários. Sempre o obedeci e concordo com tudo o que ele faz. Eu não disse que te amava, porque meu pai não queria ouvir aquilo. Eu fui criado para fazer a vontade dele. Desculpe-me!

Eu não acreditara no que José falara. Como um homem daquele tamanho e porte físico se comportara daquele jeito tão... Tão submisso? Ao menos agora Eu entendia sua situação. Eu entendia o porquê da sua reação.

Por fim, dei um beijo em sua mão. Ele pôs a mão em meu rosto e beijou-me mais uma vez.

As aulas acabaram e fomos para minha casa. Direto para o quarto. José estava louco de desejo. Eu percebia. Não podia negar um carinho. Mas só ficaria no carinho. Ele me jogou em cima da cama e ficou por cima de mim. Dava beijos em meu pescoço que me arrepiara. Era impressão minha ou ele queria me provocar? Sim, ele queria. Mas não conseguiria. Castiguei-o legal. Tirei sua camisa e deixei-o tirar a minha. Nessa hora ele quase rasgou meu uniforme. Pedi para ficar em cima dele e assim o fez; pôs-me em cima do seu corpo. Tirei a minha calça com rapidez logo depois tirei a sua. Ele estava usando uma cueca preta. Sentei de pernas abertas em cima do seu pênis e o fiquei beijando e deixando ele sarrar em mim e tocar em minha bunda. Comecei a descer minha língua por todo seu corpo. Desde a boca, pescoço, peito, abdômen... E quando ele pensou que Eu iria descer para o pênis, subi e voltei para a posição inicial. Ele olhou com cara de reprovação pra mim e Eu disse:

– Você provocou... Agora aguente!

– Isso é cruel – Ele disse – Vai me deixar assim nesse estado.

– Sim! – Falei com um sorriso na cara.

– Amor, Eu preciso estar dentro de você o mais breve possível – Ao ouvir isso Eu saí de cima dele, mas ele continuou – É sério. Você está me deixando louco e sabe o quanto Eu quero isso.

– Aguente um pouco mais e serás recompensado – Disse ajeitando minha franja e dando um sorriso para ele pelo espelho do meu guarda-roupa.

Ele me puxou e me fez cair de costas para ele, me prendeu colocando uma de suas pernas por cima de mim e falou no meu ouvido:

– Da próxima vez, Eu te pego na marra.

Eu sorri e falei:

– Da próxima vez não vai precisar me pegar na marra.

Sai daquele monte de músculos que me agarrava e fui para o banheiro. Ele me queria, mas não fazia ideia de que Eu o queria ainda mais.


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Comentários

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comecei a ler seus contos agora e adorei

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As coisas estão esquentando... O capítulo quatorze terá 3 partes que serão postadas amanhã. Espero que gostem.

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