Talvez, esse tenha sido o maior desafio da minha vida. Mil coisas passavam pela minha cabeça naquele momento, mas tentava manter o meu pensamento firme, imaginando o final feliz da nossa relação. Afinal, o que poderia dar errado dessa vez? Não foi nada fácil me ‘render’ aos seus desejos e, já tinha pensado em desistir diante de tantas dificuldades, mas ali estava eu novamente... Persistindo pela última vez... Era a minha jogada final. Ele permanecia em silêncio, me observando. Só precisava ouvir um sim para o nosso amor, nada mais.
Eu – Eu amo você Eduardo. E então... Vamos voltar a ficar juntos?
Meu coração já estava a mil por hora. O Edu não demonstrava nenhuma reação, me deixando ainda mais aflito diante daquela situação. Eu sonhava com nós dois juntos e felizes novamente... Por isso, preparei aquele momento especial para reatarmos o que nunca deveria ser terminado: a nossa união. Já havia planejado todos os detalhes para que tudo acabasse perfeitamente bem. Nada poderia estragar essa ocasião. Meu desejo era que ele me abraçasse, beijasse... Enfim, quisesse está ao meu lado outra vez, mas nem tudo seria como eu imaginava, infelizmente.
Edu - Você já sabe dos meus sentimentos, não é? Eu pensei muito no nosso relacionamento por esses dias e, cheguei à conclusão de que não daria certo. Sinto muito cara, mas não quero namorar contigo.
Inacreditável! Não esperava receber essa resposta, jamais. Porque ele estava fazendo isso comigo? Já não era o suficiente todo sofrimento que me causou? Fiquei totalmente sem chão, sem saber ao menos como reagir. Meu coração foi terrivelmente quebrado da forma mais cruel que pudesse existir. Rapidamente, minhas lágrimas começaram a rolar. Nossa! Fiz tanto por aquele cara, pelo nosso amor... Eu não conseguia aceitar essa situação. Impossível!
Eu – Por quê? Tem que ter uma explicação. Edu... Eu quero ficar com você. Porque tá me fazendo sofrer dessa forma?
Edu – Simples... Já decidi. Não tenho que ficar aqui te explicando. É não e ponto.
#TRISTE.
Eu – Será que você não percebe que eu te amo? Não faz mais sentido continuar com esses joguinhos idiotas. Raciocina cara... Chega dessa farsa.
Edu – Não tem jogo nenhum. Nós somos diferentes, eu quero ser livre, você tem outros objetivos na vida. Vai ser melhor assim. Acabou!
Como pôde se transformar dessa maneira? O Edu agia e falava tudo naturalmente, como se nada tivesse acontecido... Completamente tranquilo para quem tinha acabado de destruir os meus sentimentos. Dessa vez, ele ultrapassou todos os limites possíveis. Difícil demais acreditar que aquele cara tão especial e amoroso estava me tratando daquele jeito. Eu estava triste, mas também muito irritado. Haja amor nessa vida para aguentar tanta rejeição. Só queria que toda essa dor ‘voasse’ para bem longe de mim e, que nunca mais voltasse a me incomodar.
Eu – Quer saber Eduardo? Chega! Cansei de ficar tentando chamar a sua atenção, enquanto nem se importava comigo. Eu me humilhei, fiz coisas inacreditáveis... Porque eu queria está ao seu lado de verdade. Você é muito imbecil cara... Desprezou todo o meu amor. Quando se arrepender... Vai ser tarde demais.
Infelizmente, assim encerrava-se a nossa relação. Fiz até mais do que deveria para reconquistá-lo, mas era mesmo o fim. Desapareci rapidamente da sua frente. Precisava ‘sumir’ para o lugar mais distante possível. Deixei o presente, as declarações, pedidos de desculpas e, todo o meu amor em suas mãos. Não queria mais lembrar e, sim esquecer tudo o que me recordasse o Edu. Que noite horrível! Me sentia completamente perdido, abandonado. Porque nada dava certo na minha vida? Eu caminhava de um lado para o outro, sem saber ao certo o que fazer. Porém, depois de muito procurar... Logo avistei a minha ‘salvação’. Precisava esquecer essa situação terrível. Então, bebi uma, duas, três, quatro doses e, muito mais, até ficar completamente alterado. Permaneci por ali afogando as minhas mágoas. Por quê? Essa pergunta atormentava a minha mente. Estava totalmente distraído, pensando na minha derrota... De repente, alguém se sentou ao meu lado. Minha condição não era muito boa, por isso não fazia a mínima ideia de quem era o cidadão que me fazia companhia naquele momento, mas depois de tanto esforço... Consegui reconhecê-lo. Há alguns dias atrás... Por meio de um esbarrão por acaso... Acabei conhecendo um homem na academia. Conversamos e despedimo-nos sem ao menos saber o nome um do outro... Naquele instante, esse cara estava novamente diante de mim... Não seria coincidência... A pessoa certa no momento certo... Surgiu para me tirar do ‘fundo do poço’. Apesar do meu exagero em todos os sentidos... Nós conseguimos bater um papo bem rápido sobre algumas coisas, mas o suficiente para distrair meus pensamentos. Já estava bem tarde, então decidi ir embora, mas quando dei o primeiro passo... Minhas pernas bambearam. Que vergonha! Percebendo o meu estado, ele se ofereceu para me levar em casa. Agradeci e, seguimos o nosso rumo. Mal cheguei ao meu destino e, rapidamente “apaguei” na minha cama. No dia seguinte, acordei de mau humor, desanimado, triste, mas não poderia me entregar tão facilmente. Me concentrei, respirei fundo e ‘marchei’ para a faculdade. A Clara já me aguardava ansiosamente para saber todas as novidades. Infelizmente, as noticias eram as piores possíveis.
Clara - Eu não acredito que o Edu fez isso contigo. Cara... Que raiva dele, mas não fique assim Diego. Ele não merece o seu amor.
Eu – Nossa! Ele me disse coisas horríveis Clara. Difícil esquecer, mas eu vou seguir em frente. Não vou mais sofrer por ninguém.
Clara – Tem razão. Como ele consegue ser tão idiota? Sinto tanto por você Diego. Pode contar sempre comigo para o que precisar. Ok? (ela disse me abraçando).
Desde quando a conheci... A Clara sempre me apoiou nas minhas decisões e, ajudou-me em varias situações da minha vida. Mesmo afirmando a todo o tempo que já superou esse sentimento... Era impossível não notar o que ela sentia realmente por mim, mas eu não poderia oferecer-lhe nada além da minha amizade e, ainda sim, nós não nunca nos afastamos... Ao contrário. Era maravilhoso tê-la por perto. Permanecemos ali, conversando normalmente, mas logo o Breno e o Edu chegaram onde estávamos. Queria evitar mais confusão no meu caminho, mas era a hora de dar um basta nessa história de uma vez por todas. Por isso, antes dele começar com as provocações diárias, chamei-o para conversarmos bem longe de tudo e de todos. Dessa vez, terminaria por ali a minha participação nesse ‘teatrinho’ ridículo. Ele queria continuar brincando comigo, mas para mim já era o fim. Triste perceber que o nosso relacionamento acabaria daquela forma.
Edu - Você saiu tão apressado que esqueceu isso aqui. (me entregou o presente) Guardei para te devolver. E então... Está tudo bem contigo?
Eu – Eu to mal Eduardo, mas vai passar. Não se preocupa comigo.
Edu – Eu disse que não seria nada fácil me reconquistar, mas vou te dar outra chance. Nosso jogo ainda não terminou. E então... Tá preparado para continuar?
Eu – Não. Já chega dessa brincadeira. Cara... Você destruiu a minha vida, me deixou no chão. Não vou viver um amor tão destrutivo assim. Eu mereço mais do que isso.
Realmente, o jogo tinha virado. Ele não esperava essa recepção, mas eu já estava decidido. Chega de sofrimento na minha vida.
Edu - Ei. Que papo é esse? (ele disse me segurando) Eu não quero terminar nosso namoro. Quando você se acalmar nós conversamos. Ok?
Eu – Me solta. Não consigo mais ficar perto de você, to me sentindo mal só de olhar nos seus olhos. É melhor nós terminarmos. Chega de tentar ficar juntos. Nunca daria certo mesmo.
Edu – Para de falar bobagens. Cara... Era tudo uma brincadeira. Não precisava levar tão a sério. Você sabe que eu te amo. Nunca quis te fazer mal.
Eu – Mais fez. Não quero ouvir essa mesma história de novo. Eu desisto da gente. Lembra-se quando me disse que era um cara muito difícil de ser conquistado? Então... Eu perdi... Você ganhou. Parabéns! Acabou por aqui.
Edu – E o nosso amor... Como a gente fica? Diego... Vai mesmo terminar comigo por conta de uma brincadeira sem importância?
Eu - No momento que você me fez passar por todo esse sofrimento... O nosso amor deixou de existir. Nunca te tratei dessa forma tão cruel Eduardo. Eu tenho vários defeitos, vivo errando nessa vida, mas os meus sentimentos por ti, sempre foram verdadeiros.
Edu - Eu te amo Diego. Me desculpa, por favor. Não deveria ter exagerado tanto assim. (ele dizia desesperado).
Eu – Eu não consigo. Você me machucou demais. Não vou dizer que não te amo, porque seria mentira, mas vou fazer o impossível para te esquecer para sempre. Segue a sua vida e, me deixe em paz.
De repente meu caminho seguiu um rumo totalmente desconhecido. Não fazia mais sentido continuarmos como amigos. Por isso, eu evitava toda e qualquer aproximação. Só o tempo seria capaz de curar e colar os pedaços do meu coração. Não era nada fácil vê-lo a todo o momento, mas a vida seguia. Ainda bem que a Clara ‘grudava’ em mim e, não me deixava sozinho por nenhum minuto. Dessa forma, não sobraria tempo para pensar nele e, em ninguém mais.
Clara – Ânimo Diego. Vamos dar umas voltas, ver gente, fazer alguma coisa... Não quero ouvir mais você falando naquela pessoa hein.
Eu – Ah! Não to afim Clara. Só quero ficar quietinho no meu canto, me desligar de tudo.
Clara – Nem pensar. Você não pode ficar desse jeito. Acho que eu vou para sua casa ficar contigo. Pode ser?
Eu – Claro, mas já vou avisando que eu não vou conseguir ser uma boa companhia. Estou péssimo. Só vou te dar mais trabalho.
Clara – Impossível. Está com você é especial em qualquer situação. Ok? Vamos logo.
Ficar sozinho pelos cantos não me ajudaria em nada, ao contrário. Então, seria melhor fazermos algumas coisas para espantar o baixo astral. Circulamos por alguns lugares e, em todo o momento ela me incentivava, animava, aconselhava, mas eu estava triste demais para esquecê-lo tão facilmente. Conforme os dias passassem, tudo se encaixaria no seu devido lugar... Essa era a minha esperança.
Clara - Você quer passar o final de semana na minha casa? Por favor, aceita. Vai ser divertido. (ela disse toda animada).
Eu - Sabe o que é Clara? Eu quero ficar com a minha a família. Estou precisando do carinho deles nesse momento tão difícil.
Não seria justo ‘desprezá-la’ depois de todo o seu esforço para me ver bem. A Clara era uma pessoa maravilhosa. Nunca me cansaria de agradecer por tê-la por perto. Então, para animar o ambiente... Nada melhor que está junto dela por esses dias lá na minha cidade. Rapidamente, ela aceitou o meu convite. Depois de algumas horas juntos, já me sentia muito confortável e, por alguns instantes, nem me lembrava da minha triste situação. Apesar de todos esses problemas... Estava tudo ótimo por ali, mas sempre poderia melhorar, não é? De repente, alguém ‘interrompeu’ o nosso papo, juntando-se a nós. Dessa vez, reconheci no mesmo instante essa tal pessoa, pois agora, eu já estava totalmente sóbrio, rsrs. Era o cara que conheci na academia e, que me ajudou a chegar até em casa. Não sabia como agir perto dele. Impossível não notar a minha timidez, ainda mais depois do trabalho que lhe causei por ter exagerado tanto assim na bebedeira.
Clara – Eita! Diego... Não acredito que você não vai me apresentar o seu amigo. Quem é ele?
E agora? Como agir diante dessa situação? Nos encontramos apenas por duas vezes e tudo muito rápido. Sobre mim, aquele cara já sabia algumas coisas, pois o Edu fez questão de fazer um ‘espetáculo’ quando nos viu juntos pela primeira vez na academia. Ele notou o meu constrangimento e, logo se apresentou para nós corretamente... O nome dele era Ricardo, a idade um pouquinho diferente da nossa, mas uma pessoa muito interessante. Expliquei para a Clara como nos conhecemos, mas sem envolver o meu relacionamento na história.
Ricardo – Cara... Nem parece que você era a mesma pessoa que estava comigo ontem. Totalmente diferente. E então... Está recuperado?
Eu – Sim. Estou envergonhado até agora. Te dei muito trabalho, não é? Me desculpa cara, mas se não fosse a sua ajuda, nem sei o que seria de mim ontem a noite.
Ricardo - Relaxa. Todo mundo já tomou um porre na vida. Com certeza você deveria ter algum motivo bem grave para ficar daquele jeito.
Clara – Gravíssimo, mas isso já passou, não é Diego? Chega de correr atrás dos outros.
Eu – Clara! Menos. Para de falar dos meus problemas para os outros. (disse tentando a repreender).
Ricardo - Se não quiser falar tudo bem. Fica tranquilo cara.
Não queria expor a minha intimidade dessa forma para alguém. Por mais que ele tenha me ajudado sem ao menos conhecer-me direito... Ainda não me sentia muito confortável em falar sobre a minha sexualidade. Se bem que esse assunto nem era tão ‘segredo’ assim, pois qualquer um desconfiaria de mim, bastava observar o jeito que o Edu me tratava, cheio de amor e cuidado na frente de quem quer que seja. Dessa vez, eu não iria mentir, mas omitir.
Eu - Você já sofreu por amor, ou ao menos já fez coisas demais por uma pessoa?
Ricardo - Quem nunca? Eu já sofri demais por alguém que não merecia, mas isso é passado.
Eu – Então... Esse é o meu problema. Ultrapassei todos os meus limites por amor e, no final... Só me ferrei.
Não queria ficar lembrando do Edu a todo instante, mas tudo o que eu falasse ou fizesse... Lá estava ele na minha mente outra vez. Que tormento! Acho que seria impossível esquecê-lo, pois a nossa história foi muito intensa... Marcante demais. Então, só me restava dar tempo ao tempo... Deixar tudo acontecer naturalmente. Pensando nisso, o Ricardo nos convidou para curtir a noite, nos divertir... Enfim, aceitamos e, mais tarde nos encontramos para seguirmos juntos até o local combinado. Engraçado que o conheci de repente e, em tão pouco tempo de convivência, ele já se mostrava um cara muito especial. Já estávamos na balada, dançando, conversando... Tudo muito legal e divertido.
Clara – Diego... Ele é muito gatinho. Impossível não se encantar. (ela disse no meu ouvido).
Eu – Ei. Eu tenho ciúmes tá? Você não pode ficar com qualquer um não. (disse a abraçando).
Clara - Relaxa Diego. Você é o único para mim. Nem precisa ficar com ciúmes. Ok?
Eu – Clara... Estou brincando. Relaxa... É só para descontrair. Ele parece ser um cara bacana. Quem sabe não rola algo entre vocês?
Clara – Ah! Para de falar essas coisas comigo. Por enquanto, não quero me envolver com ninguém, mas quando acontecer... Você será o primeiro a saber. Ok?
Seria melhor pararmos essa ‘brincadeira’ de uma vez. Eu queria que a Clara encontrasse alguém que a amasse de verdade, mas parecia que ela não fazia muita questão de ser feliz no amor. Que situação! Enquanto o Ricardo foi comprar algo para bebermos, nós permanecemos por ali curtindo a festa, mas rapidamente, o Edu e o Breno apareceram onde nós estávamos. Acho que a minha noite não terminaria tão bem assim. Por que essas coisas só aconteciam comigo?
Breno - Porque vocês não disseram que viriam para cá? Nós poderíamos seguir todos juntos. Estão se divertindo sem a gente por perto agora?
Clara – Nossa! Quanto drama! Não seja por isso. Agora estamos todos juntos. Fiquem aqui conosco.
Era impossível não perceber que o Edu estava totalmente arrependido. Eu conseguia ver no seu olhar o quão triste ele estava por toda essa situação, mas agora nada poderia ser feito para reverter esse acontecimento.
Edu - Só estão vocês dois por aqui?
Clara - Não. Estamos com um amigo. Daqui a pouco ele está de volta.
Breno - Que amigo é esse que a gente não conhece?
Não estava muito a fim de conversar com ele. Então, continuei em silêncio para evitar um novo confronto, mas logo o Ricardo retornou com as nossas bebidas e, juntou-se a nós. Que constrangedor! Permanecemos todos quietos, um observando o outro, sem dizer absolutamente nada. O clima estava péssimo novamente, mas a Clara teve a brilhante ideia de convidar todo mundo para dançar. Eles aceitaram, mas eu e o Edu ficamos por ali. Na verdade, acho que isso foi uma desculpa para ficarmos sozinhos.
Edu - Você mal terminou comigo e, já está aqui se divertindo? Porque esse cara está contigo de novo?
Eu - Você está fazendo o mesmo que eu. Então... Pode parar com essas ceninhas. Não vou ficar em casa sofrendo por ninguém.
Edu – Eu não quero discutir. Por favor, tenta me perdoar. Eu estou sentindo tanto a sua falta. Amor... Quero muito ficar contigo de novo.
Eu – Não posso. Você me negou o seu amor, brincou com os meus sentimentos. Não da para fingir que nada aconteceu.
Edu - Vamos tentar ficar junto Diego. Eu te amo tanto cara. Você não sente mais saudades de mim? (pegando na minha mão).
Eu – Chega! Não insista mais Edu. Nós erramos demais com o nosso amor. Eu acho que não estamos preparados, e nem somos maduros o suficiente para vivermos juntos.
Edu – Então me deixa ficar perto de você. Não me negue isso.
Eu – Tudo bem. Só não toca mais nesse assunto comigo. Promete?
Edu – Não posso prometer algo assim. Você já me conhece e sabe como eu sou. Porque trouxe esse cara contigo? Vocês estão juntos?
Eu – Nem deveria ficar aqui me explicando, mas ele é apenas meu amigo. Se for para continuar com esse papinho... É melhor você ir embora.
Que constrangedor!!! Permanecemos os dois por ali em silêncio, observando todos se divertirem. Mais tarde, eles retornaram, juntando-se a nós novamente. Já imaginava que o Edu não aceitaria facilmente o término da nossa relação. Ele tentou de todas as formas possíveis me acompanhar até em casa, mas eu neguei. Quanto mais longe nós estivéssemos... Mais fácil conseguiríamos superar esse momento tão complicado.
Conforme o tempo passava... Mais próximos eu e o Ricardo ficávamos. Aconteceu tudo por acaso... Carência do momento. Por várias vezes, nós estávamos juntos e, a companhia dele me fazia muito bem, além de me ajudar a pensar em outras coisas importantes. Não me imaginava ficar longe do Edu, mas o destino traçou outros planos para nós, mas vê-lo todos os dias, só dificultavam ainda mais as coisas. Porque tudo teria que terminar dessa forma?
Os dias por ali andavam bem complicados. Meu desejo era está com a minha família, mas a ‘correria’ da faculdade sempre adiavam os meus planos. Já caminhávamos para o final daquele período... Então, faltava muito pouco... Em questão de semanas estaríamos juntos novamente, mas enquanto esse tempo não chegava... Eu me ‘jogava’ em qualquer festa que surgisse. Essa era a única alternativa para esquecer tudo o que me entristecia. Pensando nisso, decidi matricular-me na academia junto com a Clara e, por muita insistência do Ricardo. Foi uma experiência diferente, mas muito legal. Minha vida seguia tranquila, mas a saudade dele ainda permanecia por aqui machucando o meu coração, principalmente à noite quando estava sozinho. Impossível não pensar em todos os nossos momentos felizes.
Novamente, fui convidado para curtir a noite. Dessa vez, a Clara não iria... Então, naquela hora seríamos apenas nós dois. Aceitei o seu convite... Afinal, nada de mais aconteceria, apenas um momento entre amigos. O Ricardo era um cara muito bacana, inteligente e educado. Enfim... Sempre quando estávamos juntos, a diversão era garantida. Me sentia tranquilo perto dele... Eu adorava ouvi-lo contando todas as suas experiências, rsrs. E para completar o acaso da vida... Como se não bastassem todas as nossas afinidades... Ele também possuía alguns familiares lá na minha cidade. Agora... Mais perto estaríamos um do outro. Eita destino imprevisível demais!
Ricardo – Te disse que eu conseguiria fazer você malhar. E então... Está gostando dessa nova fase?
Eu – Você ganhou. Olha que já tentaram me convencer de todas as maneiras, e eu nunca aceitava, mas por enquanto to gostando muito.
Ricardo – Com o tempo você vai se viciar, e depois não tem mais volta, mas é muito bom. Sem contar que faz muito bem para saúde.
Eu – Sim, mas sou muito preguiçoso. Tenho que mudar meus hábitos. A única atividade que faço é jogar futebol e dançar, mas porque eu gosto muito, pois se não... Ficaria o dia inteiro relaxando, sem fazer nada.
Ricardo – Já eu sou um fiasco no futebol, nem sei dançar direito, mas já te vi dançando e você manda bem demais.
Eu – Ah! Obrigado! Eu e os meus amigos formávamos um grupo de dança, só por diversão, mas tem muito tempo. Então, para não perder a prática... Continuo treinando meus movimentos.
Ricardo – Vamos negociar então... Eu te ajudo a se adaptar na academia, com alguns exercícios, e você me ensina a dançar. Que tal?
Eu – Tudo bem, mas você terá muito mais trabalho do que eu. Sou um péssimo aluno, rsrs.
Ricardo – Será? E eu sou um desastre em dançar qualquer tipo de música. Então, teremos muita coisa para aprender um com o outro, rsrs.
Nossa conversa fluía tranquilamente. Na verdade, já estava adorando conhecê-lo dia após dia. O Ricardo surgiu num momento muito complicado da minha vida e, ainda sim... Sem me conhecer, recebi a sua ajuda. Quem diria que eu conheceria alguém assim como ele no meu caminho?
Ricardo - Quando você disse que sofria por amor... Era por aquele cara que estava conversando contigo na balada, não é?
#TENSÃO.
Eu – Se importa se eu não falar sobre isso? Não me sinto muito confortável conversando sobre essas coisas.
Ricardo - Tudo bem, mas se você quiser conversar... Pode ficar a vontade. Ok?
Que confusão na minha cabeça. Ele me colocou contra a parede. Não adiantaria negar o que era tão óbvio. Não conseguia entender o porquê de tanto interesse nos meus problemas, na minha vida. Tantas coisas estavam acontecendo comigo... Já pensava em várias possibilidades, mas não chegava a nenhuma conclusão, mas eu não ficaria com essas questões atormentando a minha mente, não mesmo.
Eu – Porque você quer tanto me ajudar e ficar perto de mim? Que estranho! Me diz... Quer me contar alguma coisa?
Ricardo – Não tem nada de estranho cara. Você está passando por um problema. Então, só estou tentando te ajudar, nada mais.
Acho que essa aproximação me confundiu totalmente. Já não estava conseguindo raciocinar direito. Meus sentimentos pelo Ricardo eram de gratidão, mas eu estava enfrentando um momento delicado na minha vida. Não existia amor entre nós, mas apenas uma amizade que começava a ser construída com o tempo. Todas essas circunstâncias fizeram uma verdadeira revolução dentro do meu coração. Não pude evitar... Agi por impulso e o beijei. Só queria acabar com todas as dúvidas que permaneciam atormentando a minha cabeça. Rapidamente, ele me afastou bruscamente, me deixando totalmente sem reação.
Ricardo - Cara... Você tá maluco? Porque fez isso?
Eu - Foi mal. Eu não queria... Acabei confundindo tudo.
Ricardo – To aqui de boa tentando te ajudar e, você vem me agarrando? Ah! Cara... Vai para *$#.
Que situação! Naquele momento, fui obrigado a ouvir uma sequência dos piores insultos que pudesse existir na face da terra. Não conseguia entender o motivo de tanto ‘escândalo’ por um simples beijo. Pela sua reação, parecia que eu havia cometido algum crime. Nossa! O Ricardo ficou irado comigo... Nós não costumávamos conversar sobre as nossas intimidades, mas ele demonstrava ser hétero e tudo mais. Acho que a nossa amizade ficaria muito abalada dali para frente.
Eu – Cara... Por favor, me desculpa. Eu não poderia fazer isso, mas...
Minha voz já falhava. Fiquei com muito medo do que pudesse acontecer comigo naquele momento. Não conseguia dizer mais nada, apenas chorava de desespero. Meu nervosismo era tanto... Que corri, fugi dali para o lugar mais longe possível. Ignorei seus apelos pedindo para eu esperá-lo. Como iria encará-lo novamente? Caminhava rapidamente por vários lugares diferentes para tentar despistá-lo, mas não adiantou... Ele continuou me seguindo tentando se explicar. Então... Seria melhor parar e deixá-lo falar.
Ricardo – Olha só. Me desculpe se eu te tratei mal, mas você confundiu a nossa amizade. Nós somos amigos cara. Gosto de está contigo, mas não desse jeito. Aqui nunca vai rolar nada, entendeu?
Eu – Não queria te beijar acredita em mim, mas eu estava me sentindo tão sozinho, e nós estávamos tão próximos por esses dias. Por favor, esquece tudo isso que aconteceu por aqui.
Ricardo – Ok, mas só vou conseguir esquecer mesmo se você entrar naquele carro agora. Vamos voltar para a festa?
Conversamos e acertamos a nossa situação. O clima entre nós ainda era estranho, mas tentávamos a todo instante modificar o ambiente para ficarmos mais confortáveis perto um do outro novamente. Chegamos à balada e, por coincidência ou não... O Edu estava por lá outra vez. Porque essas coisas só aconteciam comigo? Tentaria evitá-lo, mas seria impossível. Assim que percebeu a minha presença, ele chegou junto a mim, cheio de intimidade, querendo conversar. Quanto mais fugisse, mas eu o atrairia para perto.
Edu – Te encontrei de novo hein? E então... Tá se divertindo por aqui?
Eu - Não como eu gostaria, mas tudo bem. E você, como está?
Edu - To seguindo também. Será que a gente poderia conversar um pouco?
Porque eu era tão fraco assim? Deveria negar, mas não consegui. O local estava cheio e muito barulhento, por isso seguimos para um lugar mais apropriado. Precisava acabar com todas as chances de ficarmos juntos novamente, mas ele era insistente demais. O Edu era muito irritante quando queria. Impressionante!
Edu - Eu quero ficar contigo Diego. Não consigo parar de pensar em nós dois. Me perdoa, por favor.
Eu – Eu também estou sofrendo por ficar sem você, mas nós já tentamos várias vezes e, nunca dá certo. Acho melhor a gente dá um tempo por enquanto.
Edu – Me dá mais uma chance... Eu prometo fazer tudo diferente. Sei que você me ama também.
Eu – Claro que eu te amo. Já te disse. Você não tem noção do quanto sinto falta dos seus beijos e carinhos, mas será melhor seguirmos separados. Ok? Sem ressentimentos.
Edu – Não dá para ficar sem você. Não me pede isso. Vamos fugir daqui? Me deixa te fazer feliz hoje a noite?
E agora, o que eu faria? Agi com o coração. Seguimos no seu carro. O destino pouco importava desde que estivéssemos juntos. Queria está em seus braços novamente, mas tantas coisas precisavam ser esclarecidas entre nós. O Edu não me deixava dizer mais nada. Minha cabeça não me permitia pensar em outra coisa, senão naquele beijo no Ricardo. Todas as tentativas de tentar me explicar foram fracassadas, pois ele não me ouvia... Parecia completamente ansioso para estarmos sozinhos de novo. Seria impossível adiar esse assunto. Teríamos que ser sinceros um com o outro se quiséssemos reviver o nosso relacionamento no futuro.
Eu - Edu. Para o carro agora. Eu preciso te contar uma coisa muito importante.
Edu – Tudo bem. Pode falar, mas depois nós vamos ficar juntos, só nós dois. Ok?
Eu – Nem sei se você vai querer ficar comigo depois dessa conversa. Edu... Eu te amo, mas aconteceu uma coisa muito chata comigo.
Edu - Eu também te amo, mas o que você fez? Esse papo tá me assustando. O que aconteceu contigo?
Eu – Depois de tudo o que aconteceu entre nós... Eu me sentia tão carente e sozinho... O Ricardo foi se aproximando... Sei que você não vai me perdoar, mas rolou um beijo entre a gente.
Edu - O que?!?! Aquele cara te beijou? Eu vou acabar com esse otário.
Eu – Edu... Calma! Você entendeu tudo errado. Eu o beijei. O Ricardo não tem culpa. Ele até ficou muito irritado com essa situação.
Edu – Porque você me traiu? Esqueceu o nosso amor tão rápido assim?
Eu - Eu errei. Não nego, mas nós não estávamos mais juntos. Então, não rolou nenhuma traição. Você me dispensou Edu. Portanto, ninguém aqui é culpado.
Não queria ninguém me julgando, mas o Edu não disse mais nada... Simplesmente ignorou toda aquela situação e me levou de volta para a balada. Nossos planos de ficarmos juntos naquela noite fracassaram, mas foi melhor assim. Não queria enganá-lo. Por isso, fui totalmente justo com ele. Quando chegamos por lá... Nos separamos novamente e, cada um seguiu o seu rumo.
Que fase mais difícil era essa? Minha vida trilhava um caminho totalmente complicado. Era torturante vê-lo todos os dias e não poder beijá-lo. Que saudade! Talvez, esse tempo em que estivéssemos separados serviria como aprendizado. Quem sabe? Por esse motivo... Decidi aproveitar o meu final de semana em Angra... Longe dessa confusão, mas dessa vez, não viajei sozinho. A Clara e o Ricardo me acompanharam, ainda bem. Mais tarde, deixei-os com a minha família por um instante, enquanto eu visitaria os meus amigos rapidamente, mas por sorte ou azar... Quando cheguei á casa deles... O Edu já estava por lá, cheio de ‘segredos’ com eles. Porque essas coisas só aconteciam comigo? Alguém havia contado meus planos de ficar uns dias por ali, ou o pior... Esse cara estava me seguindo. Que situação! Impressionante como os problemas insistiam em me perseguir. Só necessitava de um único minuto de paz para o meu coração, mas enquanto não resolvêssemos o nosso “problema”, Seria impossível viver tranquilamente. Ele permanecia firme no propósito de reatarmos o nosso relacionamento outra vez. Insistente demais esse cara!
Edu - Amor. Por favor, a gente precisa conversar. Eu quero você na minha vida.
Eu – Cara... Já te pedi um tempo. Tenta respeitar. Ok? Quero ficar sozinho no meu lugar. Eu preciso decidir a minha vida, mas sem você por perto.
Edu – Eu não vou sair daqui, entendeu? Não adianta tentar fugir de mim. Primeiro... Você vai me ouvir.
Eu – Edu... Não me faça perder tudo de mais bonito que eu ainda sinto por você. Por favor, cara... Me dá um tempo. Não dificulta as coisas.
Edu – A gente tem que se entender. Eu to sentindo tanto a sua falta. Por favor, me deixa ficar aqui com você?
Eu – Não estou com raiva de você. Ok? Já te disse o que eu sinto, mas vamos nos dar esse momento para organizarmos a nossa vida. Te prometo que depois desse período, nós vamos conversar. Ok?
Edu – Tudo bem, mas você promete que vai pensar com muito carinho, e que não vai me esquecer?
Eu – Sim. Vou pensar sempre em você. Está bom assim? Esse tempo vai nos ajudar a refletir sobre o nosso amor. Vai ser melhor assim.
Edu – Tá certo. Eu aceito essa condição, mas posso ficar com você? Se a resposta for não... Vou pedir abrigo aos seus amigos.
Não existiam alternativas. O Edu era muito irritante, sempre com a mesma conversa perturbando a minha mente... Como suportar? Ah! essa situação me incomodava demais. Não adiantaria me esconder ou expulsá-lo dali. Realmente, eu não teria saída. Nós dois erramos, e não soubemos cuidar do nosso amor corretamente. Somente o tempo se encarregaria de aproximar ou afastar-nos novamente. Por hora... Estávamos bem outra vez, mas ele sempre encontrava motivos para transformar nossos momentos de paz numa verdadeira tempestade.
Edu - E aquele cara? Não fica perto dele. Se eu encontrar vocês dois juntos de novo... Eu não me responsabilizo pelos meus atos.
Eu – Ah! Qual é Edu? Você não tem que se meter na minha vida. Já disse que ele é meu amigo. Para de ‘show’ cara.
Edu – Amigos não se beijam. (ele disse com raiva). Não quero você de papo com esse cara.
Eu - Já te disse que foi eu quem o beijou. Ninguém aqui tem culpa de nada. Se você continuar arrumando problema por aqui... Vou te pedir, por favor, que vá embora de uma vez da minha vida.
Edu – Tá certo. Eu vou tentar me controlar. Não vamos mais falar nesse assunto. E então... Vai me deixar ficar na sua casa?
Eu – Edu... Vou pedir para um dos meus amigos te acolherem. Você está muito nervoso para ficar na minha casa, mas a gente pode ser ver todos os dias. É só por um tempo.
Não queria passar por mais um conflito na minha vida. Então, para evitar qualquer tipo de problema... Seria melhor mantê-lo longe por um tempo. Não poderia nem imaginar nós três juntos na mesma casa. Meu coração não suportaria tanta confusão. O Ricardo era apenas meu amigo, nada mais. Aquele beijo foi um pequeno ‘acidente’ que não aconteceria novamente, mas o Edu sempre foi tão teimoso... Impossível fazê-lo compreender essa situação. Acho que no pensamento dele... Toda pessoa que se aproximava de mim... Queria ficar comigo, hahaha. Como se eu fosse muito sedutor ou algo assim, rsrs. Nossa! Ele conseguia me tirar do sério com esse gênio tão difícil. Impressionante!
Edu - Não. Eu vou ficar na sua casa contigo. Já disse que você é meu. Esse cara não vai conseguir nos separar.
Seria sempre assim? Essas atitudes dele só prejudicavam o nosso relacionamento. Acho que nós nunca teríamos um futuro decente. Ele ‘sumiu’ furioso, batendo a porta violentamente. O Edu era muito cabeça dura. Às vezes, eu me sentia sufocado demais por tanta obsessão em mim. Haja diálogo nessa vida, para convencê-lo a mudar esse jeito tão complicado.
Enfim, deixaria essa difícil missão de ‘enfrentá-lo’ para depois. Continuei por ali conversando com meus amigos. Eles sabiam muito bem como me deixar mais feliz. Sempre adorei está junto deles, mas o nosso papo agora terminaria em outro lugar. Seguimos até a minha casa para continuarmos a nossa ‘farra’ por lá. Enquanto nos aproximávamos... Ouvíamos alguns sons estranhos: vozes alteradas, insultos... Cada vez mais perto. Porque isso só acontecia comigo? Seria impossível não reconhecer aquela voz. Que situação! Era o Edu fazendo o seu ‘tumulto’ para quem quisesse ver, discutindo com o Ricardo e a Clara... Que vergonha! Minha mãe permanecia por ali, tentando amenizar aquele clima de guerra. Eu teria que agir rapidamente e, dar um basta nessa confusão de uma vez por todas.
Eu - O que você está fazendo? Já te disse para não agir dessa forma. Edu... Chega dessa zorra aqui na minha casa. Vai embora agora!
Edu - Eu vim acertar minhas contas com esse cara. Te avisei várias vezes, mas você não quis me ouvir.
Eu – Cara... Já te expliquei mil vezes, mas você não quer entender. Vê se cresce Edu. Não to aguentando mais suas atitudes.
Ricardo – Olha só... Não tenho nada a ver com a vida de vocês, mas a Clara está de prova... Eu estava aqui de boa com ela. Esse cara é maluco... Já chegou me insultando por nada.
Eu - Ricardo... Nem sei o que te dizer. Me desculpa cara. Por favor, esquece tudo isso que aconteceu por aqui.
Todo dia era um conflito diferente no meu caminho. Na verdade, eu queria que ele permanecesse na minha vida, mas aturar tanto ciúme por todos os dias seria muito complicado. Meus amigos já me preveniram diversas vezes sobre esse temperamento tão problemático do Edu. Claro que toda essa situação me assustava um pouco. Não queria viver com medo dele, ou do que pudesse acontecer com a gente, mas existia amor entre nós. Só queria que esse sentimento conseguisse superar todas essas dificuldades. Depois de toda essa ‘bagunça’... Resolvi lhe dar mais uma chance. Decidimos tentar conversar novamente... Longe de tudo e de todos.
Edu - Diego... Eu preciso de você ao meu lado. Pensa no meu amor. Vamos tentar de novo?
Eu – Já te expliquei tantas vezes... Para com essas idiotices, por favor. Você vai acabar me perdendo para sempre.
Edu – Você não consegue compreender o meu amor. Eu só quero ficar contigo, sem ninguém atrapalhando. É pedir demais? Nós precisamos de um tempo só nosso.
Eu - Esse teu amor é muito complicado cara. Olha só a confusão que aconteceu com a gente por causa do seu jeito todo explosivo. Se você não mudar... Sinto muito, mas a nossa história vai acabar por aqui.
Edu – Me diz... O que eu posso fazer para você me desculpar? Não quero ficar sem o seu amor.
Eu – Quero ação Edu. Chega de palavras, pois eu sei que na primeira oportunidade, você irá fazer tudo novamente. Não vou ficar te desculpando a todo instante.
Edu – Eu não posso te perder. Acredita em mim. Vou melhorar por você, pelo nosso amor. Agora... Esquece essa história, por favor... Não me deixa. Fica aqui comigo?
Nunca soube lidar muito bem com essas situações. O que eu poderia fazer naquele momento? Ouvi todas as suas explicações. Nós nos amávamos de verdade... Então, tentaria ajudá-lo... Pensando na nossa felicidade.
Edu – Se você me ajudar... Eu vou conseguir mudar. E então... Vai me perdoar?
Era uma situação muito complicada. Está com o Edu me deixava muito mais feliz. Apesar de todos os obstáculos que já enfrentamos... Nos momentos mais difíceis da minha vida... O seu apoio me ajudou a superar toda e qualquer dificuldade. Seria impossível apagar da minha memória a nossa história. Já imaginava que receberia uma “tempestade” de críticas de todo mundo por aceitá-lo novamente, mas eu confiava no amor que sentíamos um pelo outro.
Eu – Espero não me decepcionar novamente, mas a verdade é que eu te amo demais e quero muito seguir a minha vida com você ao meu lado.
Edu – Ah! Nem imagina como eu fico feliz em ouvir isso. Senti tanto a sua falta, mas você me fez sofrer demais, seu muleque.
Eu – Ah! E você foi um verdadeiro anjo comigo durante esse tempo, não é mesmo? Para de falar essas coisas Edu, eu não sou nenhum muleque. Ok?
Edu – Você é sim... Mimado, muleque e só meu... Todo marrento, mas te amo desse jeito.
Eu – Nossa! Cara... Você é irritante demais. Impressionante. Gosta mesmo de me perturbar hein?
Edu – Tudo bem. Já parei. Eu prometo pegar leve contigo e fazer o possível para te fazer muito feliz.
Eu – Agora sim, mas eu também prometo que vou te dar mais carinho, atenção e muito amor.
Edu – Vai dar certo. Tenho certeza! Eu senti tanta saudade de você, do seu cheiro, seu corpo.
Dessa vez, não neguei seus carinhos... Me entreguei ao amor. Eu deveria ser mais rígido com ele, não nego, mas naquele momento agi com o coração. Rapidamente, nós já estávamos totalmente envolvidos pelo clima da sedução. Finalmente, nosso relacionamento conseguiu manter-se forte. Agora seria a hora perfeita para recuperarmos o tempo perdido, com muito amor e sexo, mas num instante, todos os nossos planos foram interrompidos. Que constrangimento! Minha mãe entrou no meu quarto, nos flagrando daquele jeito: bem excitados. Como fui me esquecer de trancar aquela porta? Gostaria de excluir da minha vida essa cena lamentável. Depois de nos recompormos... Ela decidiu conversar, e nos dar alguns conselhos muito valiosos para a nossa relação.
Por fim, comunicamos a minha família e amigos sobre a nossa decisão. Por amor... Acreditei nas suas promessas de transformar-se. Agora... Só me restava confiar e seguir em frente. Os dias por ali na minha cidade caminhavam tranquilamente. Não foi tudo perfeito, mas conseguimos aproveitar alguns momentos da melhor maneira possível. O Edu ainda implicava um pouco com o Ricardo. Não seria tão fácil assim, mas eu percebia que ele se esforçava para convivermos em paz, sem brigas nem guerra.
Enfim, as horas passaram tão depressa... Logo, retornamos ao R.J novamente. Na ‘facul’, tudo seguia normalmente. Agora... Eu teria que tomar uma decisão muito importante e, em poucos dias: Ficaria aqui com o Edu, ou voltaria para a minha cidade perto da minha família? Que dilema! Precisaria pensar e decidir rapidamente, pois o tempo seguia veloz.
Minha amizade com o Ricardo acontecia tranquilamente. Às vezes, quando o Edu não dificultava as coisas... Nós combinávamos de dar umas voltas, circular por qualquer lugar e tudo mais. Numa noite qualquer, resolvemos seguir por aí sem destino. Todos aceitaram numa boa, mas apenas uma pessoa recusou esse convite. rsrs. Quem mais seria? Esse cara era muito complicado.
Aquela noite foi muito especial. Claro que eu sentia a ausência do Edu por ali, mas estranhamente ele me incentivou a curtir aquele momento, e não me preocupar com mais nada. Assim fiz... Aproveitei cada minuto. Mais tarde, o Ricardo deixou a Clara em casa e, por último nós dois seguimos o mesmo destino. Já gostava e, muito de tê-lo por perto.
Ricardo – E então... Tem certeza que vai arriscar? Quer mesmo continuar sendo meu amigo?
Eu – Claro. De pouco a pouco as coisas vão se acertar. O Edu tem que respeitar as minhas amizades. Devagar ele vai seguir mudando.
Ricardo – Vou te dar uma dica: Não deixe de fazer as coisas que você gosta por causa de ninguém. Ok? Sei que é difícil, mas tenta controlar esse cara hein.
Eu – Obrigado. Quanto mais conselhos, melhor. O Edu é uma pessoa especial... Um pouco irritante, mas um cara muito bacana.
Ricardo – Se você diz... Quem sou eu para duvidar? Então... Nossa amizade vai seguir firme e forte? Gostei de te conhecer cara.
Eu – Claro que sim. É até engraçado ouvir isso, pois todo mundo vive falando que eu sou chato, estressado, marrento... Nossa! Dá para enumerar um milhão de defeitos.
Ricardo – Deixe quem quiser falar... Essas pessoas não merecem a sua atenção. Você é um ótimo amigo. Pode acreditar.
Realmente, era incrível está com o Ricardo. Conversamos por mais um tempo e, depois cada um seguiu o seu rumo. Já estava exausto... Ansioso para descansar, mas quando acendi as luzes de casa... Que surpresa maravilhosa! O Edu me aguardava... Todo lindo! Até me esqueci de que ele possuía as chaves daqui. O ambiente estava todo preparado especialmente para nós. Novamente, fui surpreendido, mas dessa vez eu já tinha a certeza de que surgiria algo maravilhoso pela frente.
Edu - E então meu amor... Gostou? Fiz tudo isso pensando em você.
Eu – Eu amei. Está tudo perfeito. Nossa! Agora você conseguiu me deixar sem reação.
Edu - Eu preparei várias coisas especiais para nós. Hoje a noite é toda nossa.
Eu – Uau! Você sempre me surpreendendo. Te amo muito.
Edu – Eu amo você também, mas agora... Se prepara. Vou te surpreender ainda mais.
Meus olhos brilhavam. Impossível conter a emoção. Nós já lutamos tanto para ficar juntos. Só de está com ele naquele momento já era uma grande recompensa. Merecíamos ser felizes e, só dependeria do nosso esforço para que tudo ficasse em paz novamente.
Edu - Sei que nós erramos muito, mas eu te amo demais. Você é tudo o que preciso para ser feliz de verdade.
Eu - Você também é tudo o que eu quero. Nosso amor vai resistir á todos esses obstáculos.
Edu - Vamos fazer da maneira correta. Ok? Diego... (ele disse pegando na minha mão) Eu acredito em nós e no nosso amor. Você me aceita de novo na sua vida? E então... Quer namorar comigo?