Oi galera estou de volta, bom, vou postar o primeiro capítulo dessa temporada só pra vocês não ficarem esperando muito, ainda estou de férias, estou curtindo um pouco, talvez semana que vem comece a postar os contos com a mesma frequência de antes, continuem ligados na história, espero que curtam essa nova temporada, prometo que vocês vão gostar, vão se surpreender e vão pedir mais... Obrigado por estarem acompanhando! XOXO
-Que droga Caio, pra que tudo isso? Você transformou o que era pra ser diversão em chateação, olha isso – eu estava mesmo nervoso - eu tentei fazer tudo direitinho e agora isso.
-Desculpa Eric, não faria nada que fosse te chatear, é só que às vezes eu perco a cabeça, esse cara me tira do sério.
-Caio, só me diga por que, porque você odeia tanto o Félix? Ele nunca te fez nada, qual o seu problema?
-Você! Você é o meu problema – antes que eu pudesse perguntar do que ele estava falando ele me jogou uma bomba – ele tem a única coisa que eu queria ter há muito tempo… Você!
-O que? Caio, eu… - eu estava nervoso, minha mão estava tremendo, eu estava sério e não conseguia falar nada, na verdade eu ainda estava analisando tudo que tinha acontecido.
-Não acredito, todos os caras que eu me interesso, se interessam por você Eric! Desse jeito eu vou ficar solteira o resto da vida, vou parar de falar de namorados com você – Alana disse brava.
-Fica quieta Alana, eu tenho um problema bem mais sério aqui – eu não estava com cabeça para ouvir bobagens.
Todo mundo ficou sério, quieto, afinal, depois daquela situação, o que devia ser dito? Eu olhei para o Félix, ele estava com um olhar furioso, mas ele não poderia fazer nada, podia correr o risco de apanhar mais.
-Caio, por favor, que brincadeira é essa? Eu sei que você não aprova nosso namoro, mas isso já é demais.
-Eric, eu não estou brincando, eu sempre gostei de você como pessoa, como irmão, eu sou apaixonado por você faz algum tempo e depois daquele dia na praia, foi tão bom, a gente se deu tão bem, você me conquistou, me deixou mais apaixonado.
Eu olhava fixamente para ele, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, eu estava triste, ele escondeu isso de mim, me fez pensar que eu era uma vergonha pra ele, ficava repreendendo meu namoro, eu estava decepcionado.
-Por que não disse antes?
-Eu não tive coragem de me expor assim, eu moro na sua casa, não sabia qual seria sua reação, mas depois que vi você junto com ele, eu fiquei feliz por saber que poderia ter uma chance com você, mas ao mesmo tempo eu pirei, não conseguia aceitar o fato de que poderia te perder.
-Aí então você fez o que fez e agora estamos aqui…
-Desculpa.
-Acho melhor nós irmos embora.
-Ele não vai no meu carro – o Félix já disse logo de cara.
-Não podemos deixa-lo aqui, como ele vai pra casa?
-Ele se vira.
Eu já estava pensando em tentar convence-lo a deixar o Caio ir também, mas o Caio também não aceitou a minha carona, então ele acabou ficando, Alana não falava nada, apenas escutava.
Estávamos no carro, estava todo mundo quieto, quando o Félix falou um pouco bravo.
-O que foi aquilo? Por que não ficou do meu lado?
-Não fiquei de lado nenhum, não existem lados, existem duas pessoas que eu amo muito.
-Então é isso, vem um carinha qualquer e te fala umas coisinhas bonitas e você já fica em dúvida.
-Não é isso, é que eu o conheço a minha vida inteira, não posso virar as costas pra ele do nada.
-Mas pro seu namorado pode.
-Félix, depois conversamos.
-Agora vai ficar assim?
-Depois! Depois conversamos, isso é conversa pra termos a sós.
Eu fiquei calado também, não ia mais falar sobre aquilo, então deixamos a Alana em casa e ficamos na porta da minha casa, conversando dentro do carro.
-Agora podemos conversar.
-Por que você não me apoiou?
-Eu só não achei que seria justo, somos adultos e deveríamos resolver as coisas como tal, mas por favor, vamos passar por cima disso, não quero discutir.
-Isso não é o meu maior problema, meu problema é o Caio morando com você.
Agora que tinha parado pra pensar isso, seria totalmente estranho, a pessoa que eu chamo de irmão, apaixonada por mim, morando na mesma casa, seria uma loucura, mas o que eu poderia fazer? Despejá-lo?
-Mas quanto a isso não tenho o que fazer amor.
-Como ficamos então? Pois eu não consigo aceitar isso.
-Félix, eu te amo e você sabe disso, mas ele é minha família, não vou simplesmente expulsa-lo de casa, não posso e nem consigo.
-Então acho que temos um problema – ele falou olhando nos meus olhos.
Eu fiquei olhado bem em seus olhos, ele estava realmente falando sério, mas eu não ia dar o braço a torcer, ele devia confiar em mim, confiar que não tem nada a ver.
-Amanhã a gente se vê – disse saindo do carro, não olhei para trás, estava fazendo a coisa certa.
Fui direto pro meu quarto, tomar um banho para esfriar a cabeça, eu não estava acreditando, todas as conversas, todas as vezes que ele me viu trocando de roupa, ele estava me vendo com outros olhos, mas eu também não posso culpa-lo, ninguém tem culpa de se apaixonar por alguém, mas estava numa situação, eu namorando, não tinha como acontecer nada entre a gente.
Fui me deitar, queria dormir e acordar e descobrir que era tudo um sonho, que nada era real, estava alto em meus pensamentos quando percebo a presença de alguém no meu quarto, então me virei e vi que era o Caio.
-Podemos conversar? – ele estava todo tímido, acho que estava com medo do que eu poderia falar.
-Entra.
Continuei deitado, ele então entrou e sentou na beirada da minha cama, mas ele não falou nada depois que entrou, então eu comecei a falar.
-Isso foi tão confuso, não entendo como chegou a isso.
-Na verdade nem eu, quando eu vi, eu já não conseguia te ver com aquele moleque.
-Eu sinto muito Caio, mas eu estou namorando, é impossível rolar algo, segundo que você é meu irmão.
-Não somos irmãos de verdade, você sabe que você também pode me amar.
-Não é assim… - eu tentava escapar de suas investidas, mas sem ser rude, sem machucar.
-Sei que você pode se apaixonar por mim, do mesmo jeito que eu me apaixonei por você, um garoto doce, inteligente, lindo, que cresceu comigo e que me conhece melhor do que ninguém e que eu conheço melhor do que ninguém.
-Por favor, não faz isso comigo.
-Você só precisa dar uma chance ao seu coração para ser feliz – ele foi se aproximando de mim.
-Eu sou feliz.
-Agora, mas eu prometo que vou te fazer feliz para toda a vida, você só precisa dar uma chance pra eu mostrar isso – ele se aproximou mais, chegando mais perto do meu rosto – deixa eu te amar – ele tentou me beijar, mas eu desviei o beijo, ele então deu um beijo em minha bochecha.
Eu não tinha sentimentos pelo Caio, não sentimentos de amor carnal, eu amava o Félix, mas eu não podia negar que ele era muito bonito e charmoso.
Ele ficou me olhando, então ele colocou a mão no meu cabelo, perto da orelha e começou a fazer carinho, ao mesmo tempo que eu me sentia culpado pelo Félix, eu estava gostando, isso não estava certo, ele então começou a acariciar meu rosto, desceu sua mão até meu queixo, segurou de leve e então tentou me beijar novamente.
CONTINUA…