Uma Noite Muda Tudo – 16
Acordei às 10 horas do sábado e algo me dizia que não seria um dia tão bom assim, precisava tomar um rumo na minha vida. Peguei o celular pra ver as mensagens do Raul e todas eram pedidos de desculpas, mas já era tarde demais.
Levantei fiz minha higiene, desci até a cozinha, mas não tinha ninguém em casa, apenas um bilhete avisando que tinham ido visitar uns amigos, fui preparar meu café almoço e voltei pro quarto. Liguei o som e me deitei, fiquei pensando na vida mais uma vez.
Decidi sair pra espairecer. Fui ao shopping, necessitava de distração e nada melhor que compras, gente, cinema e muito riso. Mas não foi bem isso que aconteceu.
Depois de ter andando um pouco e ter feito algumas compras decidi ir lanchar, me sentei numa mesa mais reservada e fiquei apenas analisando as pessoas de longe e pra minha surpresa e infelicidade, o Caio entrou na lanchonete e veio até mim.
- Boa Tarde Pedro.
- Olha Caio, eu não quero brigar com você, então acho melhor você ir pra outro lugar e me esquecer aqui.
- Calma Pedro! Eu vim na paz, precisava mesmo conversar com você.
- Acha que tenho cara de idiota e vou cair na sua conversa?
- Pedro, eu estou andando atrás de você a horas...
- Deu pra me seguir agora?
- Pedro! Eu fui na sua casa conversar com você, mas vi você saindo e vim atrás de você, esperei você fazer suas compras e decidi vim conversar com você.
- Então fala logo que eu não tenho todo o tempo do mundo – ele olhou pra mim e sorriu, puxou a cadeira e sentou-se na minha frente.
- Olha, quando eu voltei pro Brasil eu vim disposto a te procurar, a ter você de novo. Precisava de você, mas quando vi você com outro meu coração apertou, eu me revoltei. Por você ter esquecido tudo que passamos juntos.
- Eu nunca esqueci... Eu só superei, com a ajuda do Raul...
- E eu não tinha conseguido superar... E hoje posso te dizer que ainda te amo, nunca vou esquecer de você, meu primeiro amor, por quem eu sorri, chorei, sofri por estar distante, eu tentei me matar por não estar com você. Tentei voltar pro Brasil a todo custo, mas todas tentativas foram frustradas.
Eu já começava a chorar, enquanto ele falava comigo, ele me entendia, tinha passado pelas mesmas coisas que eu tinha passado por ter ficado sem ele.
- Eu te amava tanto, quando você voltou tudo que tinha em mim se reacendeu, mas minha vida estava diferente. Você estava diferente! – falei em meio às lágrimas.
- Eu sei... Eu sei... Eu fiquei totalmente louco por não ter você... E depois do seu acidente, foi ai que eu percebi que o Raul te amava, ele não saiu do seu lado nenhum minuto. Aquilo me revoltou ainda mais. Mas eu não podia fazer nada, ninguém manda no coração. Eu fiquei fora esses últimos dias, fui a praia, pensei, revi minhas atitudes com você. E... Eu não fui justo, nem comigo, nem com você. Me desculpa, por ter feito você sofrer, ter feito tudo que eu fiz... Eu queria acabar com o Raul, ficar com você a todo custo, mas pra que? Ele te ama e eu não posso mudar, nunca!
- Eu sempre soube Caio, que dentro de você ainda existia aquele cara por quem me apaixonei um dia, que era legal, carinhoso, amigo, verdadeiro. Era esse Caio que eu esperava, que eu queria rever.
- Oh meu lindo, não chora não... Vem cá – ele me puxou pra um abraço, forte e aconchegante. Estava nos braços dele de novo, mas agora como amigo.
- Me desculpa, por qualquer coisa que eu tenha feito de errado com você!
- Eu que preciso pedir desculpa Pedro, agi mal com você... Me desculpa!
Eu sorri pra ele, que me abraçou mais uma vez, olhou nos meus olhos e logo perguntou...
- Você me aceita de volta? Como seu amigo?
- Claro que aceito. Estava precisando muito de você como meu amigo agora.
- Então me conta tudo, porque está aqui sozinho?
O Caio podia ter mudado, podia ter me ameaçado, ameaçado o Raul, ter feito da minha vida uma loucura, mas no fundo ele era uma pessoa maravilhosa, ainda era aquele menino meigo, engraçado, legal, que preserva os amigos. Eu sentia falta disso, mas ele estava de volta.
Nós passamos o dia inteiro conversando, sobre mim, sobre ele, nossas vidas, sobre as mudanças, sobre tudo. Ficamos até a noite ali conversando, até que era hora de voltar pra casa.
- Bom Caio, foi muito bom conversar com você hoje, mas preciso ir.
- Tudo bem, a gente passou praticamente o dia inteiro aqui conversando.
- É verdade...
- Vou deixar você ir então.
Agente se despediu um do outro e eu fui pra casa, parecia que um peso tinha sido retirado das minhas costas, me sentia mais leve, estava confiante que tudo se resolveria o mais breve possível.
Assim que cheguei em casa fui direto pro banheiro, tomei um banho ótimo, jantei e quando estava subindo o telefone tocou, era minha mãe.
*Inicio da Ligação*
- alô.
- oi filho, onde você estava? Liguei o dia inteiro pra casa e você não atendia.
- eu sai mãe, precisava fazer umas compras.
- ah, tudo bem meu filho. Só estou ligando pra avisar que só volto amanhã, decidimos emendar o passeio e viemos visitar uns parentes que não víamos a algum tempo.
- tudo bem mãe, ta tudo certo por aqui.
- que bom querido, espero que fique bem.
- vou ficar mãe. Aproveite ai...
- pode deixar... E o senhor nada de aprontar besteira.
- Mãe!
- então tá meu filho... Boa noite... Durma bem!
- Boa noite mãe, beijos!
- beijos meu filho, se cuida!
*Fim da Ligação*
Já que ia ficar a noite inteira sozinho, fui na locadora perto de casa e peguei um filme pra assistir, depois ia cair na cama, precisava descansar. Shopping também cansa...
Estava no meio do filme quando meu celular tocou. Era o Felipe.
*Inicio da Ligação*
- Oi Pedro.
- Oi Felipe, tudo bem?
- melhor agora que estou falando com você, mas e você como está?
- bem.. Vivendo normalmente...
- hum... Mas então, te liguei pra te convidar pra sair...
- Poxa Felipe, não vai dar. Meus pais saíram e eu vou ter que cuidar da casa.
- Ah! Tem problemas se eu for até ai?
- Por mim nenhum, mas meus pais não estão em casa e não ficaria bem você aqui Felipe.
- Mas não ia acontecer nada entre a gente.
- Eu sei que não, mas é que eu fico com vergonha de você aqui, nós dois sozinhos.
- Tudo bem então Pedro. Você sabe que eu te amo e vou esperar seu tempo.
- Obrigado por me entender Felipe. Você é um anjo!
- Já posso dormir feliz hoje...
- Porque?
- um elogio desses seu...
- Ahh... Bobinho!
- quando estou com você fico mesmo.
- hum... – não sabia o que falar.
- bom, vou deixar você dormir... beijos boa noite meu lindo!
- boa noite Felipe, beijos!
- Beijão, se cuida! – falou ele por fim.
*Fim da ligação*
Nem assisti o final do filme e fui me deitar, minha vida estava bagunçada. O dia inteiro e o Raul nem ligou. Tudo bem que eu tinha pisado na bola, mas ele podia ter me ligado pelo menos. Mas tudo bem, vou respeitar esse tempo entre a gente.
E o Felipe? Sempre preocupado comigo, será um bom sinal? O que eu faço? Decidi ir dormir e esquecer os problemas... E consegui logo... O domingo me reservava decisões rápidas... O fim dos meus problemas estão chegando... Posso sentirFim de mais um capítuloOi gente, bem como o fim dos problemas do Pedro o fim da série também está chegando ao fim. Como eu estou sem tempo de postar aqui pra vocês, decidi acabar logo com essa série. Depois, com mais calma talvez eu volte com uma nova temporada, ou uma nova série. Me desculpem mesmo...
Sei que esse capítulo não ficou bom, mas dá pra vocês terem uma ideia do final desse conto né? Bom, é isso... Obrigado pelos comentários... Beijos... Ahh! Me desculpem pelos erros...
Até o próximo capítulo! =)