Entre o real e o virtual

Um conto erótico de Syll
Categoria: Heterossexual
Contém 1224 palavras
Data: 06/06/2012 10:51:16

Aquele relacionamento era de um sabor deliciosamente proibido, cheio de aventuras e bem longe do que se chamaria rotina...

Aquele amor era intenso, marcado pelas taras que compartilhavam... pelos vôos nas asas da imaginação... Por surpresas que às vezes ficavam na vontade...

Ela descrevia com detalhes eróticos cada encontro imaginário e por vezes, os reais também!... Imaginar trazia-lhe um prazer imenso, dava vida àquele amor virtual... mas nada se comparava ao momento da união real!... Aquilo era divino! Surreal! Sublime!

Quando os corpos se uniam, num abraço, num beijo, e principalmente, na comunhão plena de seus sexos, eles mergulhavam no desejo eterno de se possuir plenamente... suas almas se encontravam no êxtase!

Eles se pertenciam naquele momento único!

Eram muito mais que um corpo dentro do outro!

Eram almas que se entrelaçavam!

Era perfeito!

E por mais que o tempo passasse, eles ainda seriam um do outro no momento em que se encontrassem. Comandavam lambidas e metidas. Dominavam o gozo um do outro. Partilhavam emoções únicas!!

Tudo o mais poderia ser imaginação, mas aquele amor era real.

E mesmo que tentassem se afastar, que os anos passassem, que ficassem longe um do outro, sabiam que aquela sintonia fina sexual só existia entre eles... só teriam aquelas emoções um com o outro!... Mais que tudo, o sentimento que havia entre os dois era raro. Combinavam características únicas de um casal!

É verdade que havia muitas pessoas que escreviam contos eróticos... e com certeza havia pessoas tão taradas quanto eles... certamente achariam pessoas com gozos múltiplos e pessoas que se encaixariam sexualmente aos desejos deles... e garimpando muito bem, poderiam até mesmo encontrar pessoas com gozo raro e diferente... Mas levaria uma vida para encontrar pessoas que tivessem todas estas características reunidas, como eles dois tinham!... E talvez levasse ainda mais tempo para conseguir tudo isso junto com o ferormônio capaz de deixar um ao outro maluco sexualmente...

Suas fantasias eram complementares! Juntos, eles eram como um encaixe perfeito!... Chave e fechadura!... Partilhavam da mesma emoção! Subtraíam limites! Somavam movimentos de modo perfeito! Multiplicavam o tesão! E dividiam entre si o gozo e o êxtase...

Ela lhe surpreenderia pela simplicidade ou pela exuberância. Taras e desejos de mulher misturados na essência de uma menina. Meiguice e criancice que eram capazes de rejuvenescê-lo uns 20 anos. Quando estavam juntos, era assim que eles se sentiam: com a vitalidade e a criatividade dos 20 e poucos anos.

Aquela paixão, aquele tesão era sinônimo de juventude. E tudo o que eles queriam era ter mais que a sensação... Queriam que o desejo os fizessem ser jovens o bastante e por muito tempo para usufruírem daquele tesão todo que acumulavam! Eles se amavam loucamente, com força e vigor até que o gozo inundasse a cama, lavasse o chão ou molhasse o sofá... Ficariam exaustos de amar... Mas para compensar, isso lhes traria a juventude na pele, no corpo, no sorriso de felicidade que se estamparia em seus rostos depois do gozo e por horas a fio depois dele...

Outras vezes, apenas se deixariam levar pelo tesão numa ternura sem fim... O gozo aconteceria quase sem se mexer, apenas por se pertencerem... A sensação de estar dentro um do outro e gozar... Seria sublime!... Dentro! Fisicamente! e sentimentalmente! O gozo seria sempre supremo!... Soberano!...

Por trás de toda a seriedade daquele rosto taciturno, ele lhe renderia amor eterno... Ele revelaria seus sentimentos apenas em alguns momentos... mas isso era tão necessário para ele quanto respirar o mesmo ar que ela...

Ela sabia e sentia dentro de si, o quão difícil era para ele expor seus sentimentos... Para ela, só era fácil nos limites daquele mundo imaginário... No mundo real, suas dificuldades em lidar com aquele sentimento eram iguais às dele...

Mas o amor era, acima de tudo, algo para ser sentido, imaginado, re-inventado a cada dia... e eles podiam senti-lo e adoravam fazê-lo das mais variadas formas... no cheiro perfumado de seus corpos envoltos durante um abraço... liam no olhar e no sorriso... no riso misturado à fala ao telefone... na felicidade do encontro... provavam no beijar, lamber e também no chupar aquilo que ele chamava "inodoro" e "insípido"... pressentiam ao ouvir a voz embargada ao pronunciar o nome, na hora do gozo... esvaíam-se, ela transparente, ele leitoso e ambos saborosos... como se fossem água a um sedento, pão a um faminto... enquanto ela se sentia preenchida por ele... e ele, cuidado por ela... mas ambos na plenitude do prazer mútuo... na saciedade magnífica que proporcionavam um ao outro.

Sem aquela sensação, só restaria o vazio, o vácuo, a ausência calada...

Estar juntos era rejuvenescer! Sentiam-se mais jovens, mais alegres e melhores depois de cada encontro... E viver isso era imperioso!... Por mais perigoso e ousado que pudesse ser!...

Saber-se presente nos pensamentos e no cotidiano dele era bom humor certo para ela. Viver os encontros virtuais na leitura do que ela descrevia para os dois era uma necessidade vital para ambos. Ele sentia a presença dela em seu corpo. Ele a via em sua mente. Pensava nela e podia sentir a boca dela se deslizar nele. Podia sentir o perfume dela no ar... Sentava-se no sofá, e ela aparecia bem ali, ajoelhada à sua frente e lhe enchendo de carinhos. Paradoxalmente, ele podia provar do gosto e do cheiro, do que ele mesmo dizia ser "insípido" e "inodoro"... Ele se admirava por ter descoberto o que significava "ferormônio"... a química reação de seus corpos juntos...

Quando ele segurava seu pau, na solidão de sua casa, fechava os olhos e era ela que ele sentia ali com ele... Deliciar-se-ia com pensamentos daquela boca sobre seu pau... daquelas mãos mexendo em seu prazer... Do seu pau se esfregando entre os seios dela, numa 'espanhola' de perder o fôlego e levar ao gozo!... Se a voz dela surgisse gemendo em seus ouvidos, ele gozaria! e gozaria muito!... com sabor multiplicado!... e sabia que a levaria também ao gozo!...

Em algum lugar, ela também estaria se tocando com o pensamento voltado para ele... Ela se molharia toda de tesão... gemeria e desejaria mais... e enfiaria os dedos na buceta e no cuzinho, se entregando a ele em pensamentos, até que fluísse seu gozo num grito de exaltação e tesão ao ouvir os gemidos e urros de prazer dele... Ele se curvaria aos caprichos dela... Chamaria por ela, ampliando-lhe ainda mais a excitação... E encantado por levá-la ao gozo tão especial, também ele teria seu tesão aumentado ao ouvir seu nome na boca dela...

Isso os faria ligados, conectados, sintonizados na mesma estação... a estação "tesão"...

Eles precisavam de um simples toque que os colocasse em contato... ao vivo ou não... algo que mantivesse acesa a chama queimando dentro deles... algo que trouxesse alegria de viver e mandasse a depressão pra bem longe... algo que os fizesse levitar na imaginação até brindar ao vivo... que os levasse ao gozo literário, virtual e real!... E entre o virtual e o real, ficavam com os dois!!! Sabiam e se comiam de todas as formas que o prazer pudesse permitir. E tentariam também aquelas formas que parecessem impossíveis... Loucos de tesão e amor pra dar!... Surpreenderiam-se a cada dia!

Eles precisavam um do outro.

Precisavam daquela fonte da juventude!

Precisavam se sentir vivos e desejados!

Eram viciados em sexo!

Viciados NO PRAZER que um podia oferecer ao outro!...


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Comentários

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Diferente mas curti bastante! Continue com sua criatividade! Um bj

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Não há como discordar da Pimenta Vermelha, este é o conto mais poético entre todos os que você publicou. Adorei, muito mesmo. Bjs

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Belo conto!! Vale um 10! Acesse clube-de-casais.blogspot.com.br e publique seu conto! Você pode até ganhar uma renda mensal!

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