Prisioneiro da paixão 2 - IX

Um conto erótico de Will
Categoria: Homossexual
Contém 3443 palavras
Data: 26/05/2012 02:55:27

“Pai, porque você fez isso comigo? O que eu te fiz? Por que você não quer ficar mais perto de mim? A minha mãe fala que é problemas na sua vida, mas eu tenho certeza que eu fiz alguma coisa errada. Minha vó está sempre tão triste. Meu avô xinga o senhor, mas eu já peguei ele chorando olhando sua foto pequeno. O tio Rafa veio aqui ontem, e ele também não está legal... Paizinho, volta pra gente, vai? Por favor.

Eu te amo muito, Clarinha”

Isso me partia o coração e todas as vezes em que eu abria os e-mails dela, eu chorava. Nesse tempo que passei fora do rio, eu me comunicava com ela mais por e-mail mesmo, mas eu ligava uma vez por semana para o celular que a mãe tinha comprado. Ficávamos conversando por horas, juro, eram horas, sempre tivemos uma boa conversa... nesses papos, eu sempre terminava chorando com ela suplicando pra eu voltar. Mas toda vez que eu estava tentado a voltar um filme rodava na minha cabeça:

“- Rafa, não faz isso, pelo amor de Deus! Você é muito importante na minha vida, Rafinha, não faz isso, por favor.

- Chega! Você não me merece, você não merece ninguém perto de você... faz um favor pra todos nós, fica aqui direto, não volta não! Todo mundo tá muito melhor sem você.”

Isso me dava um aperto no peito tão grande que as lágrimas eram inevitáveis. Ele me mandava e-mails, minha ex, até minha mãe, mas aos poucos, com o passar dos meses, foram diminuindo até o ponto de eu só me comunicar com minha filha. Isso só comprovava que eu não era importante, que depois do choque do meu sumiço, eles se acostumariam com minha ausência e seguiriam com suas vidas.

Nesses 7 meses, eu beijei na boca, óbvio, por mais triste que eu estava, tinha ganhado minha liberdade e um jeito que eu achei de curar minha dor era saindo e tentando me divertir, afinal aquela era minha nova vida. Não quis namorar, alguns rapazes quiseram, mas comigo era só ficar mesmo, não queria saber sobre esse negócio de amor, assim me especializei em turistas #rsrs pois tudo era passageiro. Poderia ser de qualquer nacionalidade, era bonito, me deu mole, dava uns beijos numa boa... sexo era com poucos, só os que me excitavam muito, o que era raro. Mas tenho que admitir, todas as noites, quando eu deitava pra dormir, eu lembrava do beijo do Rafael, nenhum desses beijos que eu tinha agora se comparavam ao que ele tinha me dado. As vezes também me pegava pensando nele, lembrando dos nossos momentos, fantasiando como seria se estivéssemos juntos, como um casal... Mas eu sempre brigava comigo mesmo por ter esses pensamentos com ele, porque na realidade eu não queria nem vê-lo novamente, ou eu me enganava pensando assim. De qualquer modo eu não admitiria me apaixonar pelo Rafael, mas pelo visto era algo incontrolável.

Nessa minha nova vida, eu já tinha criado um grupo de baladinhas pra farrear, como morava sozinho, as festinhas eram na minha casa. No restaurante eu era um maitre de respeito e muito elogiado. Meu chefe dizia que eu era um achado, pois sabia acolher bem as pessoas sem parecer aquele falso amigão. Estava me saindo bem... se não fosse a dor da separação da minha filha, dos meus pais, dos meus amigos... eu estaria bem.

Minha maior satisfação ali era poder sair do trabalho com minha vara de pescar, ir para a praia e tomar um bom vinho ou qualquer outro destilado e pegar uns bons peixes, enquanto ouço os clássicos da MPB. Aos poucos, a mim foram se juntando outros pescadores da madrugada.

Então assim eu levava uma vidinha pacata, sem muito stress, só as preocupações do dia-à-dia, coisas que eu tirava de letra. Mas a falta que minha filha fazia me castigava a alma. Não sabia mais quanto tempo eu aguentaria sem vê-la, sem abraçá-la... em uma dessas crises de saudades eu fui até a estátua da Brigite e fiquei lá, olhando a foto dela, que sempre levava comigo e as lágrimas eram inevitáveis. Eu amava tanto aquela menina...

- Pai?! – Ouvi sua voz me chamando, só poderia ser um sonho... – Pai? É você? – Sim, era a voz dela, mas era tão absurda a ideia dela estar me chamando que abri os olhos e levantei a cabeça para conferir. Ao fazer isso me deparei com seu rosto, o rosto mais lindo da face da terra, era ela, ali, em Búzios.

- Clara? Clarinha? É um sonho, só pode ser... – Ela sorriu e me agarrou, me abraçou forte e começou a chorar.

- Pai, que saudade de você!

- Filha, é você mesmo? Eu devo estar sonhando... Filha, o que você faz aqui? – indaguei ainda abraçando-a o mais forte ainda.

- Vim com minha mãe e o tio Rafael. – ao ouvir o nome do Rafael eu fiquei sério, não sabia se queria vê-lo.

- E cadê eles?

- Estão ali, em uma loja...

- Filha, volta pra lá e não fala com eles que você me achou, ok?

- Mas pai... não posso fazer isso, quero ficar aqui com você. Não me deixa...

- Oh meu amor, eu não te deixei porque eu quis, eu causava muito sofrimento a vocês, então o melhor foi eu vir pra cá, pra que vocês pudessem viver melhor. Eu só pensei no seu melhor amor.

- Pai, você nunca me fez sofrer, só quando sumiu, não quero ficar sem você...

- Claraaaa! Sai de perto desse homem! Larga minha filha agora!

- Mãe, é meu pai!

- Will? É você mesmo? Não acredito... você estava aqui esse tempo todo? – ela veio correndo e me abraçou forte.

- oi Julia.

- Não acredito... o que deu em você Will? Porque sumiu desse jeito? O que nós fizemos pra você? Seja o que for a gente resolve, eu juro, mas volta pro rio, a gente precisa de você. – eu apenas sorri por estar sem graça com aquilo tudo.

- Como estão todos lá? E minha mãe? Meu pai?

- Estão todos bem, mas tristes por você ter sumido, nós nos culpamos por isso, o que a gente fez? – nessa hora o Rafael chegou ao me ver ficou com cara de espanto, mas nada falou. Eu olhei sério pra ele e deu pra ver em seus olhos que ele estava muito envergonhado.

- Juh, vai na minha casa com a Clarinha e a gente janta junto hoje, assim a gente conversa, ok?

- Porque não conversamos agora?

- Tenho que ir trabalhar.

- você arrumou emprego? Tem casa? Tem outra família?

- Não, mas tenho outra vida.

- E você nos excluiu dela né?

- Não, só tentei fazer vocês mais felizes... vem na minha casa e a gente conversa... o endereço é esse aqui. – e entreguei o papel pra ela.

- Vamos sim. Rafael, você não vai falar nada? – olhei pra ele novamente e este estava chorando silenciosamente.

- A noite vamos resolver – ele falou.

- Você não foi convidado, só a Juh e minha filha.

- Que isso Will, ele é seu amigo, está mau todos esses meses e te procurando feito um louco, como você trata ele assim?

- Ele não é meu amigo, eu o demiti desse cargo.

- O que você está falando Will, você está bem?

- Estou sim, minha sanidade mental não foi afetada kkk. Mas quero te pedir uma coisa... Deixa eu ficar com a Clarinha?

- Deixa mãe, por favor!

- Não, claro que não... você some de uma hora pra outra, se muda, abandona tudo, começa uma nova vida e ainda fala que está bem? Não Will...

- Eu estou bem sim, não vou fugir com ela, só quero passar essa tarde com minha pimpolha.

- Tá, tudo bem... mas que horas vou pra sua casa?

- Umas 7, o jantar já estará pronto.

- Tudo bem – ela foi até a Clara e falou algumas coisas no ouvido dela, devia ser recomendações de segurança, para o caso deu começar a comer vidro moído.

Eu abracei forte a Julia e sentei com a Clara perto da Brigite. Fiquei olhando pra ela um pouco e novamente as lágrimas apareciam, mas não de tristeza e sim de pura alegria.

- Filha, como você está? Como está a escola?

- Ah pai, você sabe, conversamos por e-mail e telefone, tá tudo na mesma. E o senhor? Porque está aqui?

- É nosso segredo?

- Sim, nosso segredo!

- Bem, eu comecei a namorar uma moça um tempo depois que sai da sua casa e eu amei muito essa mulher, muito mesmo, mas infelizmente ela morreu. Então eu fiquei triste demais, você se lembra né?

- sim.

- Então... enquanto namorávamos, nós viemos aqui. E eu tive que voltar pra cá pra pensar e poder esquecer ela, é coisa de gente grande.

- Eu sei pai, mas como decidiu morar aqui?

- Bem... Eu cansei de ver todos vocês tristes por minha causa, cansei de causar preocupação para vocês, então para que vocês pudessem viver melhor, eu decidi morar aqui.

- Pai o senhor é muito burro! – Tive que rir.

- Porque?

- Não acha que a gente ficar sem você ia causar mais dor do que com seus problemas?

- Bem, aos poucos vocês iam se acostumar, como se acostumaram.

- Nunca vou me acostumar a ficar sem você, seu Mané!

- te amo sabia garota?

- também te amo muito.

- Vamos lá no trabalho e depois nós vamos pegar o jantar.

- Como assim pegar o jantar?

- você vai ver!

Eu estava radiante como a muito tempo não ficava. Fomos conversando até o meu trabalho e lá apresentei ela a todos os funcionários. Falei com o dono do restaurante que aquele dia não poderia ir trabalhar, mas que já tinha organizado todo o serviço, era só receber os clientes e colocá-los nas mesas. Ele falou que tudo bem e então minha filha e eu partimos para uma sorveteria, ela comprou uma montanha de sorvete e fomos para a praia, para pescar. Passei no trabalho novamente e peguei os materiais de pesca e as armadilhas para lagosta e caranguejo.

Fomos para uma praia mais afastada e eu joguei tudo no mar. Enquanto esperávamos alguma coisa fisgar, continuávamos conversando sobre tudo e eu ia contando sobre minha vida ali. Quando era umas 5 da tarde nós fomos para casa, eu havia pego um linguado mediano, alguns outros peixes menores como roncadores, Marias-luiza. Na armadilha, consegui pegar uma lagosta grande e alguns caranguejos e camarões. saímos de lá, passei no mercado e comprei tudo para preparar o jantar.

Lá cozinhamos juntos, a Clara e eu. Fizemos o linguado assado com leite de coco, gratinado; e a lagosta ao olho e óleo. Tudo ficou lindo demais, coisa de cheff mesmo, eu tinha aprendido muita coisa com o cozinheiro e os assistentes do restaurante. Às 19:30 hs a Julia chegou e a Clara foi abrir. Ela entrou olhando minha casa e deu pra perceber que ela ficou surpresa. Ela era pequena, tinha um pequeno quintal na frente, mas não era gramado, tinha mato mesmo, eu capinava, mas não dava 2 semanas já estava tudo nascendo de novo. Assim que entrou ela se deparou com minha sala, nela tinha dois sofás, uma mesinha de centro, e uma televisão 29’. Na cozinha, tinha apenas a mesa, o fogão, uma geladeira, um microondas e o armário, tudo simples. Os demais cômodos era um quarto e um banheiro pequeno, com aquelas cortinas de plástico.

Dava pra ver a surpresa na cara dela, entendi que ela esperava uma casa semelhante ao meu apartamento, ou a casa que ela morava, quase uma mansão, mas não, era tudo muito modesto e eu gostava assim. Ela foi entrando e logo foi elogiando o cheiro da comida. Eu estava terminando de assar o peixe e fritar a lagosta. A Clarinha estava colocando a mesa.

Ela ficou falando sobre o bairro e outras coisas que não me recordo, percebi que ela não queria conversar sobre meus problemas na frente da Clara. Então durante o jantar ficamos conversando sobre ela, sobre a casa, a empresa e tudo mais. Comemos demais, estava tudo delicioso, eu tinha dom pra cozinha, algumas pessoas já tinham falado isso. Assim que terminamos, dei meu computador para ela e pedi para ela ir para o quarto. Assim que a menina saiu, eu a chamei para a sala e lá ela ficou me olhando. Olhava com ternura, com carinho, e com compaixão. Quando eu ia começar a falar, ela me abraçou. Que abraço gostoso! Ela foi me induzindo a deitar em seu colo e ficou fazendo cafuné. Eu fechei os olhos e fiz uma viagem a 3 anos trás, quando ela era ainda a minha esposa, eu morava no Humaitá com as duas, tinha minha empresa, quando eu era feliz de verdade.

- O que fizeram com você amor?

- É mais o que eu fiz comigo mesmo...

- E o que seria isso?

- Porque você ainda tenta me entender?

- Porque você faz parte da minha vida... você é o homem mais íntegro e honesto que já conheci, é um ótimo pai e foi um excelente esposo. Assim, como não lutar por você?

- Sei que fala isso pra me agradar... Eu não faço bem a ninguém Juh... Nem a mim mesmo. Só não acabo com tudo de uma vez porque eu te prometi que nunca mais faria isso. Então decidi viver aqui, trabalhando, pescando, mergulhando, vivendo o resto dos meus dias tentando não causar dor nem sofrimento às outras pessoas.

- Meu Deus! Isso não pode ser você falando Will... foi a prisão né? O que fizeram com você lá? O que aconteceu lá dentro pra você sair desse jeito?

- Eu sempre fui assim Juh, não foi a prisão, eu nasci com essa maldição...

- Você... você... precisa de ajuda, voltar ao psiquiatra, você não ficou melhor depois daquele acidente? Pode resolver agora...

- Amore, o psiquiatra só me fez mascarar meu problema, eu continuei causando mau a vocês, enquanto eu ficava feliz. É que você não entende o que é ser a fonte da tristeza dos outros, é terrível – as lágrimas que eu vinha segurando, começaram a rolar, num choro copioso.

- Mãe? O que meu pai tem?

- Clarinha, nós estamos conversando, volta pro quarto vai.

- desculpa mãe...

- Ela é a coisa mais perfeita que já vi... Obrigado por trazer ela pra mim.

- Não sabíamos que você estava aqui... viemos buscar mais informações sobre o seu paradeiro e acabamos te encontrando rsrs. Porque você mentiu, falando que não estava aqui?

- Para que vocês pudesses viver em paz, sem essa preocupação de me procurar.

- Mas o Rafael não parou de te procurar, aqui em toda a região dos lagos, ligava para hospitais, delegacias, clínicas e tudo mais que pudesse nos dar seu paradeiro. Ele é um amigo de verdade...

- Ele não é meu amigo.

- O que aconteceu entre vocês?

- Se ele não te contou, não vou ser eu que contarei.

- ah mais vai! Eu exijo saber!

- pergunta pra ele ué... Não queria ter olhado pra cara dele de novo.

- você não vai me contar mesmo porque você mudou tanto?

- Não vem ao caso.

- Isso tem cara de paixão.

- Vamos mudar de assunto? Vamos falar de você agora... quando planeja ir pra outra cidade viver como eremita? – ela não segurou a gargalhada.

Ela me fez pensar muitas coisas, mas o sentimento de vazio e de que eu era o vilão da história ainda martelavam na minha cabeça, depressão é uma doença terrível, amiguinhos. Ficamos lá no sofá por mais uns minutos, rindo um pouco, como amigos que somos. Quando ia dar 23:00 hs ela falou que ia pro hotel e foi acordar a Clara, mas eu pedi para deixá-la comigo e no outro dia, antes deles voltarem para o Rio eu a levaria. A acompanhei até o centro da cidade e voltei pra casa, sorrindo e cantarolando uma musica, de tão feliz que eu estava.

Dormi maravilhosamente bem, assim como minha pimpolha. No outro dia acordamos, tomamos café e fomos pra praia dar um mergulho. Depois nós fizemos um passeio de escuna, almoçamos em um restaurante bombadão, no fim da tarde eu a levei no hotel. Ela ligou pra mãe, avisando que já estava lá e ficamos lá em baixo, nos despedindo.

- Filha, você sabe que o pai te ama né?

- claro que sei pai.

- sabe que o pai nunca vai te abandonar... Nunca vou deixar você sozinha... posso estar longe, posso estar triste, jogado na merda, mas sempre vou te amar, sempre vou estar com você.

- Eu sei pai... vou pedir pra minha mãe me trazer sempre aqui pra ficarmos juntos.

- seria ótimo...

- pensa em voltar pai, por favor!

- vou pensar.

- Tudo pronto Clarinha? – perguntou sua mãe.

Ao olhar para ela, vi o Rafael junto, ele me olhou profundamente de deu pra notar que ao me ver sua expressão mudou, ficou logo sério e com um semblante triste, mas mesmo assim... e o achava lindo. Era branco, cabelo ondulado, preto, olhos castanhos claro, rosto bem másculo e com traços marcantes, já falei aqui que ele parece o Michael Max, e parece mesmo, só que o Rafa é mais jovem. Como a vida era irônica, descubro essa beleza nele, quando não quero vê-lo nem pintado.

- tá sim mãe.

- Will, meu querido, você vai ficar bem?

- Vou, agora mais ainda...

- Não vou convencer você a voltar mesmo?

- Não, causo menos danos aqui. – falei olhando bem para o Rafael.

- Chega! Eu não aguento mais! – gritou o Ele.

- O que Rafa? – perguntou a Julia.

- Me perdoa, pelo amor de Deus, me perdoa cara!

- Vai embora Rafael!

- Eu te imploro, me perdoa, eu não queria que isso tudo acontecesse... eu estava com raiva de você, com raiva de mim, com raiva da minha vida e acabei descontando tudo em você, por favor Will, me perdoa.

- O que você fez Rafa?

- Juh, princesa, façam uma boa viagem, eu amo vocês duas. – virei e fui embora.

Vi que ele ia me seguir, mas a Julia se colocou na frente dele exigindo explicações. Assim virei a rua, fugindo de sua vista. Entrei logo em casa e na minha mente só vinha o rosto dele, era incrível, longe dele só queria estar perto e perto dele só queria estar longe. Logo escuto alguém esmurrando o meu portão.

- Passa por cima do portão logo de uma vez!- mas a pessoa só bateu mais uma vez.

Ao abrir o portão o Rafael entrou com tudo e se jogou nos meus pés.

- Pelo amor de Deus! Me entende... Nada do que eu falei foi verdade, nada, você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci, você é perfeito, eu te amo demais e não aguento mais ver você recluso aqui, fugindo de tudo por minha causa, essa não é a vida que você merece...

- Tudo bem, eu te perdoo. Levanta daí vai.

- Perdoa? Sério... então você volta com a gente.

- Não.

- como assim? Volta por favor!

- Essa é minha vida agora, aqui eu não tenho preocupação nenhuma, vivo o resto dos meus dias em paz e sem machucar ninguém.

- Que machucar o que! Você faz tanta falta pra todos nós, você não causa dor em ninguém Will, eu inventei aquilo só pra extravasar minha dor.

- Não, tudo o que você falou era a verdade que eu estava escondendo. É o que todos sabem, mas não têm coragem de falar.

- Não Will... – ele lacrimejava, seu pranto começou calmo.

- Chega Rafael, nada o que você disser vai me fazer mudar de ideia. É melhor você ir, pra não dirigir a noite.

- Elas já foram...

- como assim?

- A Julia sabe dirigir, mandei elas irem...

- por que você fez isso?

- porque falei com elas que se você não fosse embora, eu também ficaria. – ele enxugou seus olhos - Bem, agora tenho que arrumar uma casa, porque você não deixaria eu ficar aqui né?

- É mentira sua! Só pode ser!

- Não, não é... ali fora estão minhas malas.

- você é maluco...

- eu jurei pra mim mesmo e para a memória do Rodrigo que eu te protegeria – seu pranto foi aumentando a intensidade – Eu jurei que não te abandonaria... e eu acabei fazendo tudo o que não deveria. Agora eu vou reestabelecer tudo, mesmo que para isso eu tenha que ficar todo dia aqui, na porta da sua casa. Eu te amo Willian. – agora eu que chorava.

- E de que adianta? Você sabe que vai sofrer, seu ibecil e ainda quer me amar?

- Eu só vou sofrer se você continuar me tratando como está! Se você deixar eu só pegar na sua mão, eu vou ser feliz pra sempre. E ai? Deixa eu ser seu novamente?

Galera, desculpa a demora para postar... Minha empresa está trabalhando junto à RIo+20, logo não adiantou nada a Greve na Rural, estou trabalhando mais direto... Tá acabando amiguinhos... esse é o penúltimo... bem, não sei ainda, mas enfim, tá acabando rs. Bjus


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Comentários

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tem gent nessa merda q só quer saber de sexo, putaria...mas tem q ter essas partes pra ter melhor entendimento da história...e eu simplesmente amo muito tudo isso!!

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Ódio do Rfael, mandava ele se fuder e não aceitava de volta.

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Muito bom! não acabe não a histórias esta maravilhosa

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ahhh perfeito kra e nao acaba nao please please please

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Eu ñ consigo pensar em nada melhor que magnifico!!!!

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Own não acaba não... continue postando suas historia pra gente mesmo que não sejam reais sei que vc é capaz de tudo isso, saiba que tem meu carinho respeito e admiração por ti. Posta logo a continuação e por favor não nos abandone. Grande beijo nota 100000000000000000000000000000000000000000

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