Entre a Tempestade e a Bonança - Cap. 1

Um conto erótico de BinhoOoO
Categoria: Homossexual
Contém 1491 palavras
Data: 07/02/2012 18:58:32

Este é o capítulo introdutório para nossa série, conheceremos os personagens e alguns de seus anseios e receios.

Boa leitura!

Capítulo 1 – A primeira noite

Enzo

Seus toques esquentavam meu corpo, enquanto meus lábios sugavam fortemente seu pênis. “Que horas devem ser agora?” pensei enquanto os gemidos de meu amante nesta noite se perdiam em meio aos meus devaneios. “Onde será que estou?”. “Quanto tempo ele vai demorar pra gozar?”.

Já havia gozado. Minutos atrás ele cavalgava sobre meu pênis, gemendo e gritando como uma garotinha. Eu já não sentia mais prazer, ou o “tesão” como algumas pessoas dizem.

Pra mim, sexo era apenas um ritual de encerramento de minhas noites nas baladas da cidade. Não havia mais prazer, não havia mais mistério, eramos somente eu e meu parceiro. Sentia o suor escorrendo por meu corpo, me sentia sujo.

Estranho: Vou gozar!

Eu não sei nem o nome desta pessoa que anuncia seu gozo para mim. Não sei se é a facilidade que tenho para conquistar, ou se todos os gays desta cidade estão tão frustrados no amor como eu e, por isso, não acreditam nele.

Sexo já fazia parte do meu dia a dia, não tinha mais significado. Eu realmente acreditava que sexo era pra ser feito entre duas pessoas que se amam. Mas como poderia ser? Eu não amava este carinha, mas estava transando com ele.

Eu sempre sonhei em encontrar o amor, mas não conseguia, sempre era enganado por alguém que apenas queria uma noite na cama comigo. Eu havia desistido desse tal amor.

Estranho: Ahhhh

O esperma preencheu minha boca, mas nem mesmo o ápice de uma transa, o gozo, pôde me trazer de volta de meus devaneios. Pude ver a imagem de um amigo, com seus cabelos castanhos longos na altura do ombro e seu corpo liso e macio.

Estranho: Foi bom pra você?

Augustin

Meus dedos deslizam pelo mármore das teclas do piano como se fossem feitos um para o outro, poucas coisas me dão tanto prazer quanto passar a noite tocando. O piano é meu parceiro, confidente, ele me faz esquecer de meus problemas, receios. Mas ele não faz me esquecer do grande amor de minha vida, de seus olhos azuis, seus cabelos dourados, cada músculo de seu abdômen, seus toques, que a anos atrás eu pude sentir. Enzo era meu melhor amigo, desde que éramos crianças. Ele foi meu primeiro beijo, minha primeira transa, meu primeiro e último amor.

A melodia do piano embalava minha lembranças. Lembrava de Enzo segurando meus cabelos, beijando minha nuca, e me penetrando delicadamente com movimentos ritmados. Com uma das mãos ele me masturbava. Podia sentir um certo amor vindo dele. Até que anunciou seu gozo e, após gozar, deitou-se ao meu lado e adormeceu. Não disse nenhuma palavra, apenas adormeceu. Tínhamos 15 anos.

Pai: Augustin, saía desta porcaria e vá dormir. Amanhã você deve estar cedo na empresa para começar

Augustin: Eu já disse que não quero trabalhar lá!

Eu já não aguentava mais ser obrigado a continuar com o projeto de vida de meu pai.

Pai: E você pensa em fazer o que da vida? Você está com 18 anos e tudo o que faz é ficar na frente deste piano o dia todo!

Augustin: É o que eu amo fazer, é o que eu quero fazer minha vida toda! E não trabalhar na sua empresa e viver na sua sombra!

Pai: A minha sombra é o que te alimenta seu ingrato, é o que te deu essa merda de piano.

Augustin: Eu não sou ingrato. Agradeço por tudo o que o senhor me deu, mas eu não vou desistir do meu sonho.

Pai: Se sua mãe ainda estivesse viva, ela saberia te convencer a fazer o certo.

Augustin: Não envolva minha mãe nisso!

Pai: Chega! Estou cansado, vá dormir. Você não será mais obrigado a trabalhar lá, mas não pense que vou te ajudar a seguir seu sonho maluco.

Augustin: Você nunca me apoiou nisso mesmo!

E a porta bateu com um estrondo seco ao mesmo tempo em que minhas lágrimas caiam ao chão. Se pelo menos eu soubesse onde você está, Enzo. Se eu pudesse deitar minha cabeça em seu colo e descansar em seus braços.

Augustin: Enzo, onde você estará?

Zachary

Não sei a quanto tempo estou trancado neste quarto escuro, não consigo ver, nem ouvir nada. Somente meus pensamentos habitam meu quarto. Perdi a conta de quantas vezes minha mãe bateu em minha porta e perguntou se estava tudo bem. Eu digo que sim, não quero preocupá-la. Mas não sei dizer o que realmente está acontecendo. Não tenho vontade de viver, não sozinho. Preciso sair deste quarto e dar um jeito na minha vida.

Meu celular toca, uma melodia gostosa. Normalmente ligações para mim vem acompanhadas de notícias ruins. Me recuso a atender. Na tela só posso ver um nome, Augustin. Me pergunto o porque dele me ligar agora, mas não quero atender. Não estou em condições de conversar.

Escuto o bater em minha porta.

Mãe: Filho? Está tudo bem?

Zachary: Está mãe.

Mãe: Por que você não sai desse quarto e vêm assistir um filme comigo?

Zachary: Não estou no clima mãe.

Mãe: Deixe eu entrar para conversarmos.

Zachary: Eu já disse que não quero!

Mãe: Filho, algo não está certo com você, precisamos conversar.

Zachary: ...

Mãe: Filho, por favor, abra a porta.

Abri a porta e minha mãe entrou no quarto com certa aflição, seu sorriso sempre estonteante não estava mais presente. Era óbvio que a culpa era minha, eu já não saia do quarto haviam 5 dias.

Mãe: Filho, você está bem?

Zachary: Estou.

Mãe: Você está encolhido no canto do quarto. Como pode estar bem?

Zachary: …

Mãe: Filho, por que você não sai deste quarto? Seus amigos ligam o tempo todo atrás de você.

Zachary: Eu não tenho amigos.

Mãe: E aquela sua namoradinha? A Anne?

Zachary: Ela não é minha namorada!

Comecei a chorar.

Mãe: Filho...

Minha mãe me abraçou fortemente. Ela sabia que eu não estava bem. Sempre fui quieto e costumava me isolar. Mas desta vez era diferente, eu não me sentia bem.

Mãe: Filho, você não está bem e eu sei disso. Me diz o que acontece com você.

Zachary: Mãe... Eu... não sou o que você pensa que sou...

Mãe: Como assim filho?

Zachary: Eu não aguento mais ficar sozinho. Mas eu não quero namorar a Anne.

Mãe: E por que não filho?

Zachary: Por que eu não gosto dela.

Mãe: Então por que você não conhece outras meninas filho?

Zachary: Mãe, escute. Eu não procuro conhecer outras meninas porque...

Mãe: Você é gay?

Lucca

Por que será que esse anjo de olhos azuis está com o olhar tão distante? Ele está a alguns minutos sugando meu pênis sem qualquer expressão no rosto. Mesmo enquanto acaricio seus cabelos dourados ele não me da atenção. Será que ele está gostando?

Eu não devia ter trazido ele aqui para casa, é óbvio que essa transa não significa nada para ele. Eu sou só mais um. Mas ele é tão lindo. E ele foi tão simpático lá na balada. Eu achei que ele seria diferente. Mas algo nele me faz querer mais, me faz querer ele ao meu lado pra sempre. Ele parece tão triste agora.

Queria poder beijar seus lábios doces e abraçá-lo fortemente e dizer que agora tudo está bem. Mas duvido muito que ele se lembre de mim amanhã.

A alguns minutos ele estava dentro de mim, seu membro me preenchia e eu me sentia completo, senti que ele era o homem certo pra mim. Seu olhar de prazer quando chegou ao gozo me fez continuar. Enzo é tão lindo. Nunca conheci ninguém tão lindo.

Lucca: Vou gozar!

Sua sucção aumentou, o ritmo aumentou e eu atingiria o orgasmo dentro de instantes. Mas sentia que ele queria acabar logo com isso. Que seu corpo estava comigo, mas sua mente estava em outro lugar. Queria poder ler seus pensamentos.

Meus gemidos se intensificavam ao passo em que seus doces lábios massageavam a cabeça de meu pênis. Queria durar mais tempo, queria que não tivéssemos que terminar esta noite. Aquele anjo loiro de olhos azuis, sua franja cobria um dos olhos.

Lucca: Ahhhh

Ejaculei, mas mesmo com meu esperma em sua boca, Enzo não pareceu se importar. Seu olhar, azul da cor do céu de verão, continuava distante. Ele é tão lindo.

Lucca: Foi bom pra você?

Enzo: …

Lucca: Enzo?

Enzo: Oi? Desculpa, estava pensando.

Lucca: Posso saber em que?

Enzo: Não é nada.

Lucca: Bom, tudo bem. Deita aqui comigo e vamos dormir um pouco, amanhã te levo para buscar seu carro lá na boate.

Enzo: Tudo bem... Obrigado

Apenas abracei-o e adormecemos.

Continua...

E nosso primeiro capítulo chega ao fim, peço que comentem. Por aqui ou por msn. Os comentários são o que movem o autor. Espero que tenham gostado da leitura. Em breve postarei o próximo capítulo.

MSN:

BinhoOoO


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Comentários

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Nunca mais fique tanto tempo sem escrever assim, eu sou apoixanado por suas historias, vc e incrivel....Adorei o novo conto.....

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amigo, nunca mais v]conversamos no MSN hein?... fiquei triste em saber do cancelamento de Love Life, e amei essa nova serié, esperando ansiosamente. e valeu pela sua consideração comigo, bjs.

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Binho, onde que você tá? Não entra mais no msn, perde o contato. Como é que você tá? Se puder entrar no msn e me mandar uma mensagem, mesmo eu estando off pode mandar, que depois eu leio. Quero notícias suas!!! Se cuida, Abração!

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