Continuação do capítulo – 4
*Tálita*
Estava deitada na cama viajando nos meus pensamentos até que ela saiu do banho enrolada na toalha. Eu não ia agüentar vê-la se trocar na minha frente, ia ser torturante. Levantei-me rápido e disse:
- Me empresta seu carro, vou até minha casa tomar um banho trocar de roupa depois volto aqui pra te pegar!
- Pode pegar, mas vamos onde depois?
- Vou passar na empresa do meu pai pra ver o que Paulinho ta arrumando lá e ver como ta Luana.
- Ok, pega lá. Vou te esperar então!
Coloquei minha roupa rápido, peguei as chaves e sai correndo. Cheguei em casa rápido ela morava a uns três quarteirões da minha casa, tomei um banho bem rápido, coloquei uma roupa leve, desci até a cozinha encontrei minha mãe, antes que ela me xingasse lhe dei um beijo, tomei um remédio pq minha cabeça tava me matando, tomei um copão de suco de maracujá, era viciadissima em suco de maracujá. Entrei no carro e voltei pra casa de Isa, quando cheguei à mãe dela quem me recebeu, fiquei um pouco envergonhada, mas ela foi educada comigo, me cumprimentou e disse:
- Ah, então você que é a famosa Tálita?!
- Famosa? Não sei não... – Olhei e sorri sem graça.
- Dora fala muito de você, já estava curiosa.
- Espero que fale bem!
- Não duvide disso.
- Estão falando mau de mim? – Disse Isa descendo as escadas.
- Até que em fim conheci sua amiga que tanto fala.
- Pois é, ela resolveu perder a vergonha e aparecer aqui hoje. – Ela disse e me olhou com cumplicidade. – Vamos Tatá, você não pode se atrasar. – Ela disse me puxando pelo braço.
- Foi um prazer conhecer à senhora. – Eu disse já quase chegando na porta.
- Igualmente!
Chegamos até o carro, lhe dei a chave e ela insistiu pra que eu dirigisse ele, entramos e eu disse:
- Porque me puxou daquele jeito, sua mãe já estava quase contando o que a Dora tanto fala de mim uai!
- Engraçadinha, vai logo. – Ela disse e meu deu um tapinha no ombro.
No caminho Isa pediu pra eu passar no centro da cidade que ela tinha que passar em um contador e deixar alguns documentos que seu pai pediu. Estacionei e desci junto com ela, passamos perto de uma construção, Isa não estava com uma roupa provocante, estava com um shorts não muito curto e uma regata preta, e uma rsterinha, mas aquele corpo provocava qualquer um, assim que passamos em frente à alguns rapazes ela foi motivo provocações. Assim que passamos um pouquinho à frente eu disse:
- Ham.. Olha que abusados.- Brinquei e olhei pra trás, puxei ela pela cintura e ela me abraçou entendendo a minha “brincadeira”. Olhei pra um dos caras e falei baixinho fazendo com que ele entendesse o que eu dizia “é todinha minha”.
- Boba mesmo hein! – Ela disse e caiu na gargalhada.
- É bom deixá-los com inveja. - Disse e dei um sorriso sacana.
Deixamos os tais documentos e voltamos pro carro. Fui direto para a empresa, descemos, entrei, conversei com algumas pessoas, e puxei Isa direto pra cozinha junto comigo, lá eu encontrei Dona Zizi, lhe cumprimentei com um longo abraço e fui tomar o cafezinho que eu tanto gostava, conversei um tempo com ela e depois subi para o escritório onde Paulinho estava, assim que entrei ele disse:
- Resolveu vir trabalhar agora?!
- Eu não resisto a você. – Disse e lhe dei um abraço. Ele cumprimentou Isa e logo foi dizendo o que tinha acontecido naquele dia na empresa, assinei alguns papéis e ele disse:
- Semana que vem tem reunião em BH, o tio quer que a gente vá juntos e ficou uma fera quando soube que você não veio hoje.
- Meu pai é muito dramático, e já esta quase na hora de fechar. Hoje é sábado. Mas me diz como a Lúh ficou ontem?!
- Deixei ela em casa, fiquei com ela um pouco e logo fui, ela ligou aqui hoje perguntando de você e disse que precisava falar contigo urgente.
Será que Camila falou alguma coisa com ela? Só falta ela ter enchido a cabeça da Luana, ela deve ta um fera comigo. Meu celular tocou e era Naty, atendi.
- Fala meu amor!
- Táh, onde você ta?
- Estou na empresa ainda, porque?
- Vem aqui pro Armazém, estamos te esperando.
- A Lúh ta ai também?
- Anham.
- Assim que fechar aqui eu apareço por ai.
- Ok, beijinho.
Ajudei Paulinho no que faltava, terminamos tudo bem rápido. Isa me observava o tempo todo. Assim que terminamos e fechamos tudo a gente foi pra Armazém.
*Isadora*
Assim que sai do banho, Tatá se levantou correndo e me pediu o carro emprestado. Disse que precisava ir em casa tomar banho e depois ir até a empresa do seu pai. Ela se trocou bem rápido e saiu disparada pela porta.
Em menos de uma hora mais ou menos escutei a campainha, quando desci vi Tatá conversando com minha mãe, então eu disse:
- Estão falando mal de mim?
- Até que em fim conheci sua amiga em que tanto fala. – Disse minha mãe me olhando, ela adorava me entregar.
- Pois é, ela resolveu perder a vergonha e aparecer aqui hoje. – Eu disse olhando para ela, e continuei. – Vamos Tatá, você não pode se atrasar.
Se deixasse a conversa continuar a gente ficaria o resto da tarde ali então resolvi cortar.
- Foi um prazer conhecer à senhora. – Tatá disse já quase chegando na porta.
- Igualmente!
Fechei a porta atrás de mim, chegamos no carro, mas eu insisti pra que Tálita fosse dirigindo. Me lembrei que tinha alguns documentos que meu pai tinha me pedido para entregar para o contador dele, então pedi que Tatá parasse no centro da cidade. Descemos e assim que passamos perto de uma construção começou a seção de provocações, não era pra menos néh?! Duas mulheres lindas, passando perto de um bando de homens, Tálita estavam uma gracinha, com um short bem curto e uma regata branca bem colada e uma tênis all star branco com uma blusa xadrez amarrada na cintura, eu adorava o estilo dela, pra mim ela era linda. Vendo as provocações dos marmanjos, Ela disse:
- Ham.. Olha que abusados.
Tatá resolveu provocar também, me puxou pela cintura pra perto dela, e eu entrei na brincadeira e enlacei seu pescoço num abraço, ela olhou pra trás e disse alguma coisa pra uma dos caras mas eu não ouvi o que era.
Deixamos os tais documentos e voltamos pro carro. Fomos direto para a empresa, descemos, entramos, e Tatá conversava com todos, sempre dando atenção e escutando todos que paravam pra falar com ela, algumas ela até brincava.
Ela me puxou e fomos até a cozinha, ela encontrou uma senhora e parecia ser velha conhecida dela, lhe abraçou forte Tatá pediu o tal cafezinho e elas conversaram durante um bom tempo, Tatá perguntava sobre sua família e tava toda atenção à senhora.
Aquele jeitinho atencioso e humilde de Tálita me encantava mais ainda, eu ficava lhe observando e admirando seu jeito. Logo depois subimos para o escritório, Paulinho estava lá, eles se abraçaram. Paulinho mostrou alguns papéis pra ela, olharam tudo, mas logo Tatá perguntou de Luana.
Era incrível a maneira com que ela se preocupava com Luana, Paulinho disse que ela tinha ligado e precisava falar com Tálita. Assim que ele disse isso ela ficou pensativa mas logo seu celular tocou e ela atendeu.
- Fala meu amor! Estou na empresa ainda, porque?
Eu só consegui ouvir isso, assim que ela disse “meu amor” eu não consegui pensar em mais nada, só pensava em saber com quem ela estava falando. Como eu poderia sentir ciúme dela, a gente não tinha nada. É terrível ter que admitir, mas acho que eu estava me apaixonando por Tatá.
Fizeram todo o serviço que faltava, até que foi bem rápido, eu não parava de olhar pra ela, ela me fascinava, às vezes ela retribuía minhas encaradas. Assim que eles terminaram a gente foi direto pro Armazém.