Jaguar (cap. 5 e 6)

Um conto erótico de GossipBoy
Categoria: Homossexual
Contém 2349 palavras
Data: 28/08/2009 11:15:55

Mais dois capítulos do conto "Jaguar". O carro usado nestes capítulos existe de facto: podem ler mais sobre ele no blog GossipBoy.

Outros capítulos deste conto:

Capítulos 1 e 2: zaberemenet-devochkoi.ru/texto/Capítulos 3 e 4: zaberemenet-devochkoi.ru/texto/

JAGUAR - INSTINTO HOMOSSEXUAL 2

Capítulo 5

ROTA DE FUGA

Ele e o seu homem perfeito estavam nus, colados um ao outro, no meio da escuridão.

Beijavam-se demoradamente, as suas línguas enrolando-se com lentidão à medida que os seus corpos se uniam num abraço apertado. Luís sentiu o seu coração acelerar com aquele beijo.

Quando as suas bocas se separaram, ele encostou a cabeça no peito do seu homem perfeito. Não sentiu nada. Nenhum batimento. O coração do seu homem perfeito estava parado.

Luís olhou confuso para ele, sem perceber porque razão o seu coração não batia. Mas eles começaram a desaparecer e a escuridão foi substituída por luzes ofuscantes e brancas. Estava rodeado de branco, de luz.

Acordou com a confusão de vozes que davam instruções aos gritos. Ordens estavam a ser dadas, com vozes firmes. Só depois percebeu que era a polícia que andava no local.

Afastando o sonha da sua mente, Luís percebeu que o local era o hospital. Alguns segundos depois, lembrou-se que passara lá a noite, esperando notícias sobre o estado de saúde do seu homem perfeito, que além disso também era um condutor pouco responsável.

Ele levantou-se da desconfortável cadeira da sala de espera, quando uma voz conhecida lhe entrou pelos ouvidos.

– Por aqui, Luís Menezes? – Era a detective Mónica Vieira. Mas nem lhe deu tempo para responder; a voz firme dela voltou a fazer-se ouvir. – Não nos venha empatar, por favor. O seu amigo assassino acaba de desaparecer do hospital.

Os olhos negros da detective, desviaram-se de Luís para a equipa de intervenção.

Polícias de uniforme, armados, seguiam as ordens de Mónica, preparando-se para cercar o hospital e revistar cada piso.

* * *

O edifício tinha começado a ser evacuado.

Obviamente, graças às ordens de Mónica, Luís tinha sido dos primeiros a sair. Na rua, com o sol a ofuscar-lhe os olhos pouco minutos depois de acordar, ele viu o poste onde o Jaguar tinha embatido na noite anterior.

E foi então que reparou no cartaz… Álvaro Fernandes. Líder partidário, candidato político e um ídolo homossexual. A vítima ideal para o seu homem perfeito. Teria ele conseguido sair do hospital sem ser visto?

A voz de Álvaro Fernandes fazia-se ouvir, não muito longe. Ele estava a discursar para uma grande multidão na avenida. Campanha política.

Foi então que Luís percebeu o plano. Álvaro ia morrer. Uma corrente de esperança percorreu cada célula do seu corpo, quando percebeu que podia voltar a encontrar o seu homem perfeito, imediatamente depois de o ter perdido pela segunda vez.

Luís sentiu-se desumano por não se importar com a morte de Álvaro, desde que pudesse ver aqueles olhos dourados de novo. A consciência pesou-lhe por breves instantes, até voltar a ser inundado pela esperança de encontrá-lo.

Sem que se apercebesse, começou a correr em direcção à avenida onde Álvaro discursava. Enquanto percorria as ruas, Luís apercebeu-se que a cara de Álvaro estava espalhada por todo o lado, em cartazes, enquanto várias carrinhas negras passavam por si, seguindo na direcção da avenida.

Quando Luís chegou lá, viu Álvaro como uma minúscula figura: a distância entre ele e Álvaro era enorme e preenchida por uma multidão silenciosa que o ouvia atentamente. Luís ouvia Álvaro, mas não o escutava.

Luís penetrou na multidão, ao mesmo tempo que agentes da Força de Intervenção, armados e protegidos por fatos especiais, saíam das carrinhas negras para procurar o potencial assassino: o seu homem perfeito.

Luís levantava a cabeça, procurando no meio da multidão. Um dos agentes cobertos com um fato negro, com a cara protegida dentro de um capacete à prova de bala, chocou com Luís. Quando ele olhou para o agente, viu-o a colocar a arma acima das cabeças da multidão.

A arma começava a cuspir balas. Por instinto, Luís apoiou-se nas pontas dos pés, procurando o alvo das balas. As lágrimas inundaram os seus olhos.

O alvo só poderia ser o seu homem perfeito. Tinham-no encontrado! Estaria já morto?

Porém, ele viu que as balas provocaram sobressalto no palco onde Álvaro discursava: ele e toda a gente no palco procuraram abrigo das balas. Era Álvaro o destino delas.

Luís voltou a olhar o agente. Este, quando o viu, ficou imóvel, a olhá-lo. Apesar de não ver o rosto do agente, Luís soube quem estava por detrás daquele capacete, tentando atingir Álvaro.

O homem do capacete agarrou Luís pelo braço, puxando-o para fora da multidão.

Enquanto eles percorriam ruas indefinidas, sem que Luís soubesse para onde ele o levava, ouviam-se gritos de pânico, vindos da avenida. O caos instalara-se após o ataque.

Percorreram uma última rua, aproximando-se de um carro descapotável branco que Luís nunca vira em toda a sua vida.

– Entra! – Ordenou a voz, vinda de dentro do capacete, aquela voz doce e ao mesmo tempo grave que Luís bem conhecia.

Depois de entrarem ambos no carro sem tejadilho, o “agente” atirou o capacete para fora, deixando Luís ver os seus olhos de um castanho dourado.

Mónica e os seus colegas já deviam ter-se apercebido do ataque, pois o som das sirenes dos carros da polícia estava cada vez mais próximo.

O homem dos olhos dourados ligou a ignição e o carro arrancou a toda a velocidade, ignorando as luzes vermelhas dos semáforos e os carros da polícia que tentavam alcançá-lo.

Luís teve de se agarrar à porta do carro para evitar voar para fora durante as curvas, que eram feitas sem diminuir a velocidade.

A fila de carros, com o descapotável branca à cabeça e os carros da polícia a seguirem-no, lançava o caos nas ruas, até entrarem na longa ponte que atravessava um rio.

Não bastava estarem a ser seguidos por trás, Luís viu que, umas dezenas de metros à sua frente, mais carros da polícia barravam a saída da ponte.

O descapotável branco virou rapidamente em 90 graus, fazendo os pneus assobiar. Num segundo, Luís viu o carro onde estava chocar contra as barreiras laterais de protecção na ponte; no segundo seguinte, o carro branco saía da ponte, pairando em pleno ar, sobre o rio. Num breve instante, entrou em queda livre.

Enquanto o carro pairava sobre o rio, a queda pareceu dar-se em câmara lenta. Luís olhou para cima, vendo a ponte afastar-se cada vez mais. O pânico fez o seu corpo estremecer.

Com um estrondo, o carro caiu sobre a água, ligeiramente inclinado para o lado de Luís. Gotas de água foram lançadas pelo ar e Luís sentiu aquele líquido frio começar a entrar pelo seu lado do carro.

O som da água a inundar o carro bloqueou o seu raciocínio, ao mesmo tempo que o carro era arrastado pela corrente do rio. Na sua mente corriam imagens incoerentes de afogamentos e mortes lentas e dolorosas.

– À tua frente, o respirador! – Gritou a voz grave do seu homem perfeito, fazendo-se ouvir por cima do ruído da água.

Luís olhou para ele e viu-o a tirar uma máscara de respiração de mergulho por baixo do volante. Olhando para a sua frente, Luís viu uma máscara de mergulho igual e colou-a de imediato à cara. Que raio de carro vinha equipado com material de mergulho?

O homem dos olhos dourados abriu ligeiramente a sua porta, por onde a água começou a entrar, fazendo o carro ficar estável, numa posição paralela à superfície do rio.

A água entrava no carro cada vez com mais velocidade, e em poucos segundos o peso da água superou a leveza do tanque de ar comprimido, que permitia àqueles dois homens respirar, fazendo o carro ficar submerso.

Luís estremeceu com a água gelada.

Na traseira do carro, o motor eléctrico desligou-se, e duas hélices ganharam vida.

Dentro de água, o carro nadou contra a corrente.

Capítulo 6

CALOR HUMANO

A superfície da água estremeceu quando a figura branca emergiu.

O carro começou a navegar na superfície do rio, com dois molhados ocupantes a retirarem as máscaras de respiração.

Luís olhou para o condutor, o homem mais perfeito que os seus olhos poderiam ver.

– Onde e que arranjaste esta… máquina?

Ele sorriu, enquanto conduzia o carro para a margem do rio.

– Foi roubado, obviamente. E agora, pensam que estamos os dois mortos no fundo do rio. Ou seja, vão gastar recursos a procurar-nos perto da foz e dar-nos tempo para fugir… pela estrada. Vamos arranjar um esconderijo temporário.

* * *

Luís não tinha a certeza que o armazém estivesse abandonado, pois várias vezes julgou ter ouvido ratos a passear. Porém, tinha mais em que pensar… tinha demasiadas perguntas a fazer. Tremeu, arrepiado pelo frio da roupa molhada.

– Porquê? Porque é que queres matar o Álvaro Fernandes?

O homem dos olhos dourados andava a bloquear todas as entradas do armazém, passando por entre caixas de cartão vazias.

– Eu não quero matá-lo. Simplesmente fui contratado para o fazer. É um… emprego.

Luís olhou-o, começando a duvidar que ele fosse assim tão perfeito.

– Belo emprego.

– Foi por isso que te abandonei naquela noite. Eu… não me posso dar ao luxo de…

O seu olhar dourado virou-se para Luís, que o viu cheio de hesitação.

– De amar. Não me posso dar ao luxo de amar. – Conclui ele, com uma voz baixa e reprimida.

Dizendo isto, foi buscar uma seringa ao carro, mostrando-a a Luís.

– Vou injectar-te isto. Vais acordar em casa. Esqueces o que se passou. Nunca mais me procures. Nunca mais interfiras.

Ele aproximou-se de Luís, com a agulha ameaçadora. Luís afastou-se, olhando-o, andando de costas, até que se esbarrou contra um objecto. Viu que era o carro: visto de frente, fazia lembrar um tubarão.

– Eu não quero… voltar a perder-te. – Disse Luís.

O seu homem perfeito continuava a avançar para ele e Luís, com o carro mesmo atrás de si, não tinha por onde fugir. Antes que a agulha se aproximasse mais de si, Luís agarrou-o pela cintura.

Foi então que os seus lábios colidiram. Estavam levemente encostados, mas ao sentir a textura e o calor um do outro, abriram-se, deixando as suas línguas se envolverem.

Luís ouviu a seringa cair no chão e sentiu duas mãos percorrerem as suas costas, enquanto ele e o seu homem perfeito se encontravam unidos pela boca.

Ao mesmo tempo que Luís ficava livre das suas roupas molhadas e frias, fazia o seu homem perfeito sair daquele uniforme policial. Por fim, restaram apenas dois corpos quentes, porém molhados.

O frio desaparecera do seu corpo, e era substituído por um calor de prazer à medida que ele e o seu homem perfeito se devoravam num beijo empenhado.

As mãos de Luís percorriam o corpo do qual sentira a falta, gravando cada toque na sua memória como uma recordação única. Por fim, os seus dedos encontraram algo mais rígido.

Luís percebeu que era o pénis erecto do seu homem perfeito.

Começou então a mover a pele que cobria aquele membro, para cima, depois para baixo. Lentamente, no início… depois, aumentado a velocidade.

Encostou o ouvido ao peito do seu homem perfeito, ouvindo o seu coração bater aceleradamente à medida que o masturbava com um ritmo crescente.

Luís colocou-se de joelhos. Quando a sua mão largou o pénis do seu homem perfeito, a sua boca não hesitou em ocupar-se dele.

O seu cabelo foi acariciado enquanto a sua boca percorria toda a superfície daquele membro rígido. O seu homem perfeito gemeu, apertando as suas mãos no cabelo de Luís.

Luís sentiu-se ser puxado levemente para cima, pelos cabelos. A sua boca soltou o pénis do homem dos olhos dourados, e quando terminou a subida, beijou-o na boca.

O seu homem perfeito prolongou o beijo, fazendo a sua boca percorrer o pescoço de Luís, os seus mamilos, o seu ventre, enquanto Luís gemia de prazer e duas mãos percorriam as suas costas quentes.

Voltaram a beijar-se, as suas línguas entrelaçadas e inseparáveis numa união húmida e quente. Luís sentiu as suas nádegas serem apalpadas por duas mãos que pareciam querer arrancá-las.

Luís sentiu, momentos depois, o toque dessas mãos na sua cintura. Mas as mãos começaram a mover-se, tentando virar o corpo de Luís: ele percebeu a dica.

Girou sobre si mesmo, ficando de costas para o seu homem perfeito, e deitou-se sobre o carro.

Luís esperou alguns instantes até sentir o pénis erecto entrar no seu corpo. O impacto inicial provocava-lhe sempre dor, por isso, quando gemeu pela primeira vez, não foi de prazer.

Aquele membro rígido começou então a invadir o seu corpo, num balanço rítmico. Os dois corpos unidos moviam-se ora para a frente, ora para trás, numa coreografia perfeita.

O pénis entrava-lhe cada vez com mais força. Porém, a dor tinha sido substituída pelo prazer.

Enquanto se moviam a um ritmo igual, os seus gemidos cortavam o silêncio do armazém. Luís sentiu os seus cabelos serem acariciados de novo. A sensação daquele toque era algo que não queria perder. Porém, temia que a “profissão” arriscada do seu homem perfeito pudesse conduzi-lo a uma morte prematura.

De repente, Luís gritou, tal era a força com que tinha sido penetrado desta vez. Sentiu algo a picá-lo no ombro… uma agulha, talvez.

O armazém à sua volta desapareceu à medida que Luís caía no sono.

* * *

Mónica entrou na pequena sala, onde coabitavam dois homens e dez monitores.

– Porque é que me chamaram?

Um dos homens explicou-lhe.

– Temos dados importantes das câmaras de vigilância da auto-estrada. O carro não tinha matrícula. Em vez disso, tinha uma espécie de abreviatura.

Ele apontou para um dos monitores, onde Mónica leu o acrónimo: “sQuba”. Olhou interrogativamente para o técnico.

– Inspectora… este carro tem uma característica especial… ele é um anfíbio… – o homem quase gaguejava ao ver a expressão dura de Mónica – é como… como um submarino.

Mónica Vieira sentiu um fluxo de raiva e pânico percorrer o seu corpo, ao mesmo tempo que o sangue lhe aflorava à cabeçaCAPA DESTE CONTO:

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Comentários

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Estou acompanhando seus contos. CAda dia fica melhor.

Continue escrevendo assim, vc tah de parabens

e a nota só poderia ser 10

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