A conversa com Dan me deixou bem casado, acabei mandando mensagem para o Mauro dizendo que precisar ficar um pouco sozinho, amanhã começo uma nova semana e preciso descansar, no saldo geral acredito que tive um dia bem produtivo, ainda almocei no restaurante da família do Ciço onde a comida é de qualidade.
Minha semana começou bem, mas foi piorando com o passar do tempo, na segundo Téo fez um anúncio importante durante nosso café, ele e o Tales vão morar juntos — sério não entendo o Téo — só que na casa do Téo, vai ser uma espécie de teste drive, bem espero que dê tudo certo, para eles. Mauro me mandou mensagem bem cedo falando que vai precisar fazer uma viagem a trabalho e que só volta na sexta, me arrependi de ter falado para ele não vir me ver no domingo já que agora só vou vê-lo no fim de semana agora e pior ele não vai poder me ligar e nem mandar mensagem.
Na terça meu chefe me contou que nosso próximo jogo será decisivo para nos colocar na semifinal e que vai ser em casa, ou seja no colégio em que trabalhamos, dessa vez o diretor nos deixou montar a escalação do nosso jeito pelo menos então estamos mais animados e confiantes para esse jogo, Tales que parece que vai explodir de tanta felicidade estava mais inspirado do que nunca nos treinos e conseguiu fazer os moleques renderem um bocado.
Quarto o dia amanheceu com uma das maiores chuvas que a cidade já viu, parecia até que o céu ia desabar — tive que pegar um carro de aplicativo para chegar no trabalho — o treino fui puxado e estava indo bem, mas ai do nada Junior e outro jogador começaram a brigar e antes que pudéssemos intervir ele acertou o olho do colega com um soco certeiro, isso gerou uma dor de cabeça gigante, os dois foram para a diretoria e os pais foram chamados, como Mauro está viajando só a mãe dele compareceu, o motivo da briga foi por que o outro garoto fez bullying com Junior por ele ser bolsista.
Na quinta Tales ficou sabendo que Junior foi suspenso ou seja havíamos perdido nosso melhor jogado nas vésperas de um grande jogo, ele bateu num moleque filho de político, foi um inferno na escola e a sorte foi que ele não perdeu a bolsa, se não fosse pela parceria da escola com o restaurante da mãe dele e também pelo fato dele ser a melhor chance da escola de ter um atleta como aluno ele teria sido até expulso, o outro moleque tomou só uma advertência porque o mundo não é um lugar justo, Tales ficou possesso com os garotos e isso nem foi a pior parte do meu dia, a noite Téo foi até minha casa para me contar que recebeu uma proposta de fazer um estudo fora do país e que por birra o chefe dele que não quer que ele vá se recusou a me matricular como aluno transferido, afinal não cursei o primeiro período.
Sexta estou sem forças, foi tanta coisa que nem sei como lidar, Ciço não deixou de falar comigo, mas está um pouco afastado essa semana, eles estão fazendo prova então ele quase não tem tido tempo e seu namoro claro tem sido sua principal prioridade — nem julgo — Raylan também devido às provas não falou muito comigo, Téo e Tales se separaram de novo por causa da viagem e sim Téo vai para Europa por seis meses podendo ficar por mais seis meses totalizando um ano de projeto de pesquisa, vou precisar fazer Enem de novo se quiser estudar na federal daqui ou voltar para casa e destrancar minha matricula, tenho uma decisão a tomar e não faço ideia do que fazer ainda
O trabalho foi exaustivo, quando Tales está de mau humor ele é ainda mais exigente e para piorar ele acha que eu deveria convencer o Téo a não ir, mas ao meu vê essa é uma puta oportunidade para ele, o problema é que meu mentor e amigo já deixou claro que não vai namorando, pois não quer está em outro continente em uma relação a distância e Tales é irredutível a respeito de uma relação aberta, ou seja esse impasse os fez terminar.
Chego em casa completamente derrotado e sem saber o que fazer, não quero preocupar meus amigos com isso então não contei a ninguém sobre como minha semana mudou completamente meus planos para o futuro, estou exausto quando escuto a buzina do carro do Mauro, abro o portão pelo controle e ele entra, no apartamento o recebi na porta, me esforçando para parecer um pouco mais animado pelo menos.
— Que saudade que estava de você — ele diz enquanto me envolve em seus braços e me beija.
— Também senti muita saudade de você — estou sem forças para ser difícil hoje.
— Falei com a escola, o que aconteceu foi um absurdo, estamos pensando em mudar o Junior de escola, claro que bater no outro garoto não foi certo, mas só ele ser punido, isso foi muito injusto.
— Foi sim, mas o Junior anda meio estressado esses dias, aconteceu alguma coisa? — Pergunto.
— Ele começou a colocar na cabeça que a mãe dele e eu ainda podemos ser uma família, já falei para ele que estamos separados e que é melhor assim, mas criança é complicado.
— Entendi — quando tinha a idade do Junior tudo que mais queria era que meus pais se separassem.
— Mas o que você tem, estou te achando estranho.
— Mauro acho que vou embora — ele me observa sem entender nada então conto a ele sobre a semana caótica que tive.
— Mas e seu trabalho? — Ele argumenta.
— Meu chefe tá p da vida comigo por causa da viagem do Téo e não me paga tanto assim, vir para cá foi uma péssima ideia desde o começo mesmo — Dan nunca mais vai ser meu amigo de novo, Raylan tem sua rotina e sinto que não tem nada que me prenda nessa cidade a não ser a lembrança de que minha mãe não está mais aqui, Téo vai embora e não vai sobrar muita coisa para mim aqui.
— E eu, tipo a gente? — Mauro me encara nos olhos.
— O que nós temos Mauro?
— Nós estamos ficando — sinto que não era isso que ele queria dizer.
— Eu não vou conseguir ser seu segredo Mauro, te falei, com você não é só sexo para mim, vou me machucar nessa relação se não puder ser eu mesmo — ele está surpreso por ter me ouvido admitir que gosto dele.
— Eu também gosto de você Ricardo, muito, você para mim não é só sexo, eu adoro ficar com você.
— Mauro além dessas paredes a gente não existe, eu te quero, mas você não pode me dar o que eu quero — ele me abraça e retribui seu abraço o apertando com toda a força.
— Dá uma chance, só preciso de tempo — estou muito balançado, mas sei que esse tempo pode nunca acabar.
— Dormi aqui — digo.
— Seu amigo não vem amanhã? — o encaro e ele entende o que eu quero dizer — não posso.
— Téo está de viagem marcada para Europa, você acha que ele vai te expor?
— Não é isso, só não posso correr riscos, ainda mais nesse momento em que meu filho está — Mauro é um pai incrível, mas não é o cara certo para mim.
— Mauro eu não vou te obrigar a nada, mas também não posso fazer isso, eu vou embora no final do meu contrato de trabalho, vai ser melhor assim.
— Pois me dê esse tempo para te fazer mudar de ideia — Mauro me beija e aperta seu abraço.
— Tudo bem, já sabíamos que isso iria acabar em algum momento, vou gostar de aproveitar você um pouco mais antes de dizer adeus — agora sou eu quem o aperta.
Mauro me leva até o quarto e tira toda a minha roupa, ele me deita de bruços e sinto seu corpo nú deitar sobre o meu, sua boca na minha nuca e seu membro imenso fazendo pressão na minha bunda, Mauro me faz delirar de tanto prazer, ele vai descendo por minhas costas deixando um rastro de beijos, com suas mãos fortes ele abre minhas nádegas para que sua língua quentinha possa alcançar seu objetivo.
Minha alma quase sai do corpo quando sinto sua língua me foder, não consigo segurar e começou a gemer, sua cara no meu rabo me faz querer mais, então levanto bem o quadril para que ele posso ir mais fundo, nossa que delicia, depois de um tempo me chupando ele me deixa lubrificado o suficiente para que seu membro grosso deslize para dentro de mim, estou vendo estrelas, a dor vem de imediato, porém o prazer de dar para ele supera qualquer dor.
Ele mete em mim devagar e com cuidado, estou sendo rasgado e ainda sim quero senti-lo cada vez mais fundo, o peso de seu corpo sobre o meu, sua boca mordendo minha orelha e falando sacanagens, estou completamente entregue a ele, aos pouco seus movimentos vão ganhando forças, nesse ponto já estou gemendo feito um putinho no cio.
— Fica.
— Mauro — digo ofegante.
— Fica, seja meu — sua voz rouca me invade assim como sua rola que sinto alcançar minha próstata.
Ficamos de ladinho ele segura minha rola e me masturba enquanto me fode com vontade, seus movimentos não tem presa, mas tem força, a cada estocada sinto um arrepio percorrer todo meu corpo, não consigo ficamos assim por mais um tempo até que ele trira seu pau de dentro de mim e se masturba até me cobrir com sua porra quente e espeça, ele espalha sua porra pelo meu peito inteiro, o safado monta e mim sentando no meu pau e continua se masturbando enquanto senta na minha rola.
Não dá para resistir, encho seu rabo com minha porra e o safado continua sentando com vontade, nossa vou explodir de tanto prazer, Mauro goza pela segunda vez com o meu pau atolado em seu rabo, ele deita seu corpo sobre o meu e me beija, transar com esse cara é alucinante, fica cada vez melhor, é golpe baixo ele usar isso para tentar me convencer a ficar.
Depois de uns beijos debaixo do chuveiro Mauro se vestiu e foi embora, afinal ele não pode ficar para dormir, é até bom que ele tenha ida pois se ele ficasse não teria coragem de ir embora, ele ir é um lembrete de que no final nosso lance é carnal acima de qualquer coisa e que por mais que vá fazer falta vai ser melhor assim. Estou cansado, porém satisfeito, preparei um macarrão instantâneo para jantar e vou dormir cedo, afinal amanhã tem jogo decisivo, dependendo do resultado vou poder voltar para casa algumas semanas antes do previsto.
Estamos na primeira semana de Maio, se o time vencer hoje vamos para semifinal, depois a final, que vai acontecer na primeira semana de Junho, depois desse jogo ou a escola me contrata para o torneio escolar que virá a seguir ou sou demitido, esse era o plano antes, mas agora vou finalizar o contrato e voltar para casa, retomar minhas aulas em Sobral mesmo e é isso, no caso o time perder esse jogo meu contrato será rescindido afinal os moleques vão está fora da competição e assim eu volto para casa mais cedo, bem tudo está nas mãos dos moleques.
Nem preguei os olhos, a primeira coisa que faço é mandar mensagem para meu pai contando a ele o que estou prestes a fazer, depois tomo um banho frio para pensar melhor no que fazer, dessa vez Téo não veio, ele teve que fazer uma viagem para Sobral, parece que vai precisar de umas coisas que estão lá para poder viajar, é tão estranho como as coisas mudam do nada e totalmente sem aviso prévio, assim como minha vinda para cá parecia ser o certo, agora para mim o certo é voltar para casa.
Estou quase saindo de casa quando meu celular começa a vibrar, vejo o nome do meu pai na tela, ele costuma ir todo domingo para cidade com minha mãe por conta dos eventos da igreja, respiro fundo e atendo, já esperando que ele me encoraja a ficar e continuar lutando pelo meu sonho de viver do esporte.
— Oi filho, o que aconteceu? — Sua voz soa um pouco preocupada, então conto a ele todos os acontecimentos recentes.
— Sinto muito Ricardo, mas e aí o que você quer fazer?
— Acho que o melhor é voltar para casa pai — digo.
— Filho, estamos morrendo de saudades, mas é seu sonho, se você quiser ficar aí podemos dar um jeito — ele se preocupa muito comigo, mesmo por telefone me sinto muito acolhido por ele.
— Não sei, estou muito confuso pai.
— Ricardo me conte o que você quer, de verdade, sem se preocupar — ele me conhece bem, sabe que tem algo que não estou contando.
— Pai eu quero voltar, mas não quero decepcionar o senhor, vocês investiram em mim aqui para que eu conseguisse, eu posso passar na faculdade e começar a estudar aqui e arrumar um emprego — começo a pensar em mil formas de fazer isso dar certo.
— Filho, vem para casa — meu pai me interrompe — você volta para faculdade em Sobral.
— Desculpa pai, não queria fracassar.
— Você não fracassou meu menino, a vida é feita de experiências e nem sempre elas vão dar em alguma coisa, os propósitos de Deus nem sempre são claros para os homens, sou seu pai e um pai não pode decidir o destino do filho, cabe a mim apenas lhe orientar no caminho certo, se Deus mandou você para Fortaleza é porque você tinha algo a fazer aí, mas se está sentindo no seu coração que é hora de voltar é porque você cumpriu seu dever.
— Pai, o senhor é a pessoa mais incrível do mundo, eu te amo muito, amo todos vocês.
— Muito bem, você nunca vai me decepcionar Ricardo, você só me enche de orgulho meu filho, o pai te ama, tá todo mundo sentindo muito sua falta.
Gustavo é o melhor pai do mundo, eles todos são a família mais perfeita que existe, minha mãe está feliz em saber que fiquei em boas mãos, posso sentir paz pela primeira vez desde que cheguei aqui, essa é a primeira vez em que não estou sentindo a pressão de que tenho que fazer as coisas darem certo, estou aliviado, no fundo vou sentir muita falta do Raylan, do Ciço, dos moleques do racha, do Mauro principalmente, mas não agora entendi que meu lugar é em casa, essa viagem do Téo e o lance da faculdade era o que me faltava para me dar conta disso.
Vou para o trabalho me sentido muito mais leve, quando chego procuro pelo Ciço na arquibancada, mas ele não está, me sinto meio mal, tinha esperanças de que ele viria, de que as coisas pudessem ser como artes pelo menos nisso, bem já sabia que depois da conversa com Dan as coisas mudariam, acho que por isso adiei por tanto tempo, de qualquer forma o melhor agora é focar no trabalho, Tales está uma pilha, nem parece ter dormido, pelo menos ele parece mais de boas pro meu lado, ainda preciso avisar a ele que vou embora ao final do meu contrato.
O jogo começa apertado e a logo no início já é perceptível a falta que Junior vai fazer, os moleques mantém o ritmo pelo menos, o primeiro tempo é bem apertado, mas eles conseguem se segurar, o segundo tempo se inicia com uma falta do time rival e isso é o ponto em que o jogo começa ficar favorável a nosso favor e em uma brecha pequena nosso time consegue reagir e marcar o primeiro e único gol da partida nos levando para a semifinal, esses moleques ainda vão me matar do coração.
Tales até melhorou de humor, isso é bom, só espero que Júnior já esteja de volta no próximo jogo, estou cansado de jogos apertados assim, Ciço ira ter adorado esse jogo, os moleques estão correndo pela quadra comemorando, vou por isso na lista de coisas de que vou lembrar com apreço, esses moleques são feras. Quando começo a organizar as coisas sou surpreendido por um abraço muito forte que me tira do chão, Ciço está vibrando de tanta emoção enquanto me levanta.
— Caralho esse moleques vão me matar do coração — ele diz gargalhando.
— Você veio — ainda estou muito surpreso e agora mais feliz por ele ter vindo.
— Claro ué, estamos nas semifinais, você acha que eu perderia — Ciço é apaixonado pelo esporte — foi mau não ter te dado uma carona hoje é que deixei o Dan na casa dele antes de vir, acabei atrasado.
— Tranquilo, o importante é que você veio e o Raylan?
— Ele até queria vir, mas disse que ia comemorar com a gente então vou te levar pro apê deles agora, vamos almoçar por lá hoje, parece que o Guilherme não pode sair hoje.
— Tranquilo, por mim tudo bem — posso aproveitar e contar para todos logo que vou embora.
— Estou doido para ver como vamos nos sair nas semifinais? — Ciço é um torcedor fervoroso.
— Vai ser um jogo difícil — pensando bem todos tem sido.
— Esses são os melhores — o sorriso do Ciço é mesmo contagiante.
— Obrigado Ciço — digo em voz baixa só para mim mesmo.