UM FURACÃO (PARTE 1: UMA CARONA)

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1365 palavras
Data: 15/02/2025 18:57:54
Assuntos: Heterossexual

Era Betânia, mas todos a chamavam de Beta. Tinha pelos seus 32 anos, casada não pela primeira vez, tinha dois filhos – um casal. Conheci primeiro o marido, Eudes, orgulhoso padrasto e marido aparentemente companheiro. Um homem simples, poucas letras. Mas Beta também não era muito sofisticada, e usava aparelhos nos dentes, que dificultava sua fala. Talvez por isso, talvez por temperamento, era uma mulher acanhada.

Um casal que me pareceu isento de tesão entre si, também não me despertava a menor atração física, embora logo me afeiçoasse a todos. Encontramo-nos algumas vezes e conversávamos frivolidades. Depois naturalmente nos distanciamos – meses sem nos vermos.

Casualmente, encontrei Beta, certa vez. Estava diferente. Findara o calvário ortodôntico, liberando um sorriso encantador, a voz livre de obstáculos, era cristalina. Parecia estar mais cuidada, emagrecera um pouco, embora mantivesse o gosto duvidoso do vestuário.

Um pouco mais à vontade, mas ainda com resquícios da timidez com que a conhecera, atualizou-me sobre as novidades da família. Estava separada. O marido não era um homem dos seus sonhos, afinal; tinha mais a ver com pesadelo. Estava sozinha, dando um tempo a si mesma e aos filhos.

Confesso que baqueei com a nova Beta: sorriso sem metal, corpo mais proporcional, curto vestido e ousado decote a insinuar seios redondos e pequenos... E solteira. Tratei de acalmar à reação involuntária do meu corpo e o desejo que brotava entre minhas coxas. Recorri à lembrança da amiga de tempos atrás, e restabeleci a apenas amizade.

Além do mais, eu estava de viagem pronta. Até tinha certo tempo de crédito, mas preferi dizer que estava atrasado, e que precisava ir. Beta disse que também iria viajar logo mais, e os olhos brilharam quando respondi sua pergunta sobre meu destino. Era o mesmo dela. Universo conspirando? Pediu uma carona. Como negar? Universo conspirando!

Em minutos, estávamos lado a lado, saindo da cidade, em direção à estrada. As sombras da noite chegante começavam a invadir os caminhos. As coxas pronunciadas pelo vestido que subira ao sentar-se, me causavam estranhas sensações. Coxas que eu nunca olhara com gula, mas que agora... Entretanto, mantive-me o cavalheiro que sempre havia sido com ela e sua família.

Ela falava, falava, falava. Parecia que a boca, agora livre do aparelho, sentia necessidade de recuperar o tempo perdido sem o uso que desejava. Contou-me alguns dramas que culminaram com a separação, estresses, raivas e choros. E a volta por cima. De repente, calou-se, olhos distraídos pela paisagem que voava escura pela janela. Senti que buscava jeito de dizer algo. Esperei.

Ela voltou à carga, falando de outras coisas, vez em quando olhando para mim, depois voltando o olhar a estrada. Suas palavras agora eram meio que entrecortadas por evidentes tentativas de contar algo que a incomodava. Finalmente decidiu-se. Há muito tempo, desde que me conhecera, na verdade, se sentira atraída por mim, mas, além do respeito ao marido na época, achava que eu não lhe via como mulher.

Senti o coração batucar no peito. Perguntava-me o que eu deveria fazer, dizer... Sentia-me um adolescente alesado. Ainda bem que estava dirigindo, e a atenção na estrada era uma forma de não deixar transparecer meu nervosismo. Mas, porra, eu precisava falar alguma coisa! Com a voz meio trêmula, falei que eu também era a fim dela. Só não disse que, ao contrário de quando começou a atração por parte dela, a minha surgira naquele encontro.

Os demônios não dormem: divisei ao longe a fachada de um motel. A decisão foi imediata, no espaço que me separava da entrada. Diminuí a velocidade, e sem nada dizer, entrei. Ela estava em silêncio, lançando-me olhares que eu não conseguia decifrar direito, mas optei por defini-los como de aquiescência, desejo e ansiedade.

Quando a porta do quarto fechou-se atrás de nós, tive a plena consciência do que estava acontecendo. Ela sorriu e, silente, abriu os braços e circulou meu pescoço, seus lábios carnudos cataram os meus, nossas línguas se encontraram, nossos corpos se friccionavam, eu senti a maciez lúbrica daquela carne e a dureza ávida de minha rola.

Em pouco tempo estávamos nus, minha boca percorrendo ansiosamente todos os recantos de seu corpo, sugando seus seios... ela gemia de um jeito que eu jamais a imaginava gemendo. Desci até sua buceta, cuja lubrificação intensa já escapava da caverna, e ao tocá-la com a língua, Beta pareceu tomada por um choque.

Comecei a chupá-la e os gemidos foram se fazendo ganidos e gritos, suas mãos forçavam minha cabeça contra sua xoxota, como se quisesse que eu lhe entrasse pelas suas entranhas. E dizia palavrões e pornografias que ainda mais me excitavam, principalmente pela novidade que era, para mim, todo aquele depravo vindo daquela boca atrevida.

Quando deixei sua encharcada buceta e me dirigi à boca, levando seu gosto de cio, que ela devorou com avidez em minha língua, a rola deslizou facilmente para dentro dela. Seu corpo todo se retesou e virou-se em serpente escandalosa, a clamar prazeres retidos há muito tempo. O característico barulho do entra-e-sai da rola na buceta alagada enchia de tesão o quarto.

Em pouco tempo, os movimentos do seu corpo foram tomando uma velocidade e sinuosidade mais intensas, sua voz gutural alardeava mais e mais putarias, sua buceta esquentava minha rola e Beta explodiu num orgasmo como poucos que eu já fizera uma mulher sentir. Ela colava de tal forma seu corpo ao meu que parecia mesmo querer se fundir ao meu naquela foda.

Após os últimos impactos do gozo, o corpo rígido foi aos poucos relaxando, e ela foi se aconchegando nos meus braços, se aninhando no meu peito, e roronando como uma gata manhosa. Sussurrou, como se falasse mais para si mesma: “Eu sabia que você era assim, gostoso, mas não pensava que fosse tanto. É muito mais do que gostoso.” Em seguida, uma confissão que me deixou admirado e inquieto: “Depois dessa foda eu tenho certeza que o que eu tinha em casa era uma merda de macho, não era um homem!”

Nem me deixou responder – até porque eu não estava concatenando lé-com-cré. Repentinamente ela deu um salto e agarrou minha rola, duraça e toda melada de seu mel, e passou a chupa-la como se fosse um picolé. Eu gemia e gemia, e pelo prazer que se formava na minha genitália, sentia que iria morrer ali, naquele boquete divino.

Mas ela parou e se aproximou do meu ouvido: “Goza no meu cuzinho!” Mal concluiu a frase e já foi se virando. Eu estava atônito. De onde surgira aquele furacão feminino? Onde estava aquela mulher avassaladora, quando a conheci? Não tive muito tempo para continuar com tais questionamentos, e desci minha boca sobre as nádegas firmes, a língua enfiando-se no seu rego e chegando ao seu cu, enfiando-se no buraquinho e lubrificando bem.

A cabeça do meu pau sondou a portinha carnuda de seu anel e foi se enfiando facilmente. Ela rebolava e novamente gemia. Enfiei-me todo por dentro dela de novo. Sua mão rápida acariciava-se, numa siririca alagada. Eu sabia que não demoraria muito a explodir, passei a estocar com suavidade, procurando sentir cada prega daquele cu maravilhoso, apertadinho e rebolativo.

A natureza avisou e minha pica fez-se rocha, começou a explodir em jatos líquidos. Eu gritava descontrolado. Beta gritava descontrolada, mais uma vez gozando agora em seus dedos, e nossos corpos se contorciam sem qualquer concatenação. Nossas respirações ofegantes foi o que restou, depois daquele duplo gozo.

Enquanto meu peito subia e descia, agarrado ao seu seio macio, minha mente, sem que eu percebesse, começava a percorrer os difíceis caminhos que viriam a seguir: como dizer que aquela loucura há tanto desejada por ela e tão intensamente desejada por mim naquele encontro, aquilo tudo não poderia jamais se transformar em qualquer tipo de relacionamento.

Como dizer isso com suavidade para não a machucar, mas com a firmeza necessária para acabar tudo ali? Nova surpresa: ela foi que falou da unicidade daquele encontro, do nunca-mais de nova foda, das lembranças maravilhosas que aquele momento deixaria em nossos corpos. Beijei-a com sincera emoção, nem de longe desconfiando (acho que nem ela) que aquele não seria nosso único encontro, e que o universo preparava mais surpresas para nós dois.

Mas isso eu conto outro dia.


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