Antes de começar o relato, gostaria de dizer que sempre fui e ainda me considero amigo da Juliana, apesar de como tudo aconteceu. Pra você ter ideia, eu tava lá, do lado da minha amiga, desde a primeira vez que ela abriu a boca pra comentar a respeito do Renatão. Tinha acabado de me mudar pro Irajá naquela época, não conhecia ninguém e Ju foi minha melhor amiga, por isso andávamos quase sempre juntos, jogando conversa fora, e ela contava dos machos safados com quem já havia ficado no bairro.
- Muito pegadora, você. Quem dera sair com qualquer um desses caras. – tive que elogiar.
- Ih, pego mesmo! Não tô morta. – ela se divertiu. – Mas meu sonho mesmo é pegar o Renatão.
- Renatão?
- O personal trainer que mora na rua de trás. De vez em quando ele passa aqui correndo, treinando. Geralmente no fim da tarde, tu ainda não reparou? Hoje mesmo. Ele é alto, careca, negão. Não viu, Bruno?
- Acho que não.
Ela e Renato ainda não ficavam, mas já se conheciam e estavam de conversinha por trás dos panos, sem ninguém saber. Eu passei um bom tempo interessado por outro cara, o Lucas, primo da Juliana, e por essa razão não prestei atenção nos outros machos que me rodeavam.
Teve um dia que eu tava no portão conversando com o Lucas e, sem me dar conta, um homem virou a esquina, pegou a calçada e chegou correndo acelerado do nosso lado, ensopado de suor. Ele vestia roupa de treino, usava relógio digital no pulso, cordão de prata e estava ofegante da corrida. Barbudo, careca, o olhar sério, a cara fechada e voz grossa. 1,86m de altura e a pele super escura, melaninada mesmo. Sua aparência remeteu a uns 29 anos e ele possuía aparelhos nos dentes, dando charme à imagem de brabo. Seu aperto de mão amassava os dedos e a primeira coisa que pensei quando nos vimos foi na chulezada que devia habitar os tênis 44. O tamanho da pica foi a segunda.
- Coé, Luquinhas. Viu tua prima por aí, mano? Sabe dizer se ela tá em casa? – o sujeito perguntou.
- Fala, Renatão. Pô, vi não. Tô voltando do fute agora, parei aqui no amigo pra tomar uma água. Tu quer falar com a Juliana?
- É, ela ficou de... – Renatão usou o dedo mindinho pra desafogar a cueca do meio das bolas e fez a genitália movimentar o calção. – Ver uma parada no meu currículo.
- Dá uma passada lá no portão e grita. De repente ela já chegou, não sei. – Lucas falou.
- Já é, mano. Tamo junto.
Posso falar? Me perdi na visão, eu não soube pra onde olhar. Comecei a suar e foi o mais perto que cheguei de um desmaio.
- Opa. Renato. – antes de sair do meu portão, o negão barbudo me olhou e se apresentou.
- Bruno. Muito prazer. – falei num certo tom de desejo, mas apenas meu colega Lucas percebeu.
O que posso dizer? A Juliana que tava certa de se envolver com esse macho grandão chamado Renato. O foda é que o tempo passou, eu e Lucas nos afastamos, minha amiga Ju foi curtir a vida a dois com o novo namoradão dela e eu fiquei me sentindo solitário, depressivo e sem amigos.
Acho que o único contato que tive com ela nesse tempo foi indiretamente, nas vezes que eu bisbilhotava o Instagram da minha amiga atrás de palinhas do Renatão nos stories, de sunga na praia ou malhando sem cueca por baixo. Ou seja, apesar da distância, vira e mexe eu pegava o celular e era deliciosamente bombardeado com o peso da mala daquele negão treinando na academia ou dando aulas coletivas na pracinha do bairro. A cacetona chegava a pular quando ele fazia polichinelos, e eu não sei como a Ju não mandava Renato vestir uma bermuda mais pesada.
- “E se eu começasse a frequentar as aulas lá na praça?” – pensei comigo.
Mas me faltava disposição pra caralho naquela época, então eu não ia. Um ano correu até chegar o aniversário da tia Sônia, mãe da Juliana, e foi nesse dia festivo que eu reencontrei minha amiga. Apareci lá no casarão pra dar um abraço na mãe dela, toquei a campainha e, pro meu desespero, quem veio me receber foi aquele puta negão maludo que, além de personal trainer, também era professor de Educação Física.
- Diga aí, Bruno. Tranquilidade, brother? – Renato falou primeiro.
- Opa, boa tarde. Você ainda lembra meu nome, é? – achei graça.
- Ô, se lembro. A Ju fala muito de tu. – ele abriu o portão pra eu entrar.
- Ah, fala? Espero que só coisas boas. Hahahaha!
- Nada de mais. Ela disse que tu é a maior cachorra do Irajá. A mais piranha, a mais rodada. E que não tem uma mina que seja mais vagabunda que tu. Coisinhas leves. Hehehehe!
Minha cara ardeu de vergonha e ficou vermelha na hora, porque eu não tinha a menor intimidade com o Renatão e ele foi super direto comigo, não deu nem um risinho enquanto falava. Como você reage quando um macho de 1,86m te encara, faz cara feia e manda uma tirada dessas na lata? Meu corpo parou no lugar, eu travei e fiquei sem resposta.
- Calma lá, amigão. Precisa ficar com vergonha não, tô zoando. Geheheh! – ele estendeu a mãozorra e me cumprimentou.
- Porra, que susto! Logo eu, o mais quietinho e inocente. Hahahah! – me fiz de bobo e banquei o tímido.
Tudo naquele trintão era imenso, super, master, mega. Coxas grossas e extremamente peludas, pés largos e veiúdos, altura de ogro, o tom concentrado da melanina na pele, o peso pesado no short fino da Nike, a barba bem feita, suas sobrancelhas... Tirando o fato de ser careca e mais escuro, Renato lembrava o artista Baco Exu do Blues, talvez por causa do porte grande, do barbão preto e da carinha de safado. O que quebrava um pouco seu semblante sério de macho intolerante eram as covinhas e os aparelhos nos dentes.
- Ju tá por aí? – perguntei.
- BRUUUNO! QUE SAUDADE, AMIGA! – Juliana surgiu no quintal, correu no meio do pagode e se atirou em meus braços.
- Deixa de ser falsa, você nem aparece pra me ver. – falei com deboche.
- Mas eu te amo, seu viado, tu sabe! Bahahah! Vem, hoje a gente vai tomar todas. – ela me arrastou e fomos na direção dos isopores.
Churrasco liberado, família da tia Sônia reunida, pagodão comendo solto, banho de borracha e de chuveirão, e eu me sentindo incomodado, cercado, emboscado de estar no meio daquele povo. O motivo? A malota do Renato chegava nos lugares antes dele, de tão protuberante, pesada e chamativa no calção. E quando o brutamontes inventou de tomar banho? Ele arriou o short, ficou só de sunga branca e meu mundo veio abaixo. Tive que inventar uma desculpa pra sair às pressas do churras, caso contrário passaria a tarde inteira manjando a mala do namorado da minha amiga.
- “CARALHO! MALUCO, QUE MACHO GOSTOSO DA PORRA!” – meu cérebro me maltratou até eu chegar em casa.
E detalhe: quando cheguei, corri pro Instagram da Juliana e fiquei mais de 10min vendo os vídeos daquele grandão pacotudo fazendo exercícios na praça.
- “Preciso aparecer na pracinha. Não tá dando pra segurar... Calma, Bruno, controla a mente. Ju pode ter sumido, mas ela ainda é sua amiga. Respira...” – tive que me acalmar pra não pensar besteira.
Enfim, o churrasco no casarão da tia Sônia foi apenas um episódio atípico na rotina ausente da Ju na minha vida. Como de costume, esse domingo festivo passou, minha amiga continuou na dela, curtindo o namoro, e mais uma vez o tempo voou. E ele voa quando a gente se diverte, você sabe.
Levou mais ou menos um ano até eu e Juliana voltarmos a nos esbarrar e isso aconteceu da maneira mais inesperada possível. Eu tava em casa sozinho, ouvindo música e lavando louça, quando escutei o grito no portão e fui surpreendido por uma Ju fora de si. Ela chorava, esperneava e gritava, tudo ao mesmo tempo, eu custei a entender o que estava acontecendo e a ficha só caiu quando ela mostrou o celular.
- Caramba! Tá de sacanagem que o Renato te traiu?! – não acreditei.
- ESSE CARA É UM OTÁRIO! AGORA EU ENTENDI PORQUE QUE ELE PASSOU AS ÚLTIMAS SEMANAS SÓ FALANDO DE BUNDA, BUNDA ISSO, BUNDA AQUILO! É TARADO, ESSE SONSO! SÓ PENSA EM CU, CU, CU! ME TRAIU COM UMA PIRANHA, UMA PUTA! PAGOU PRA FAZER ANAL, BRUNO! PODE ISSO?!
- Meu Deus! Ele te traiu pra comer cu de piranha? Que traste! – sendo que eu dava o cu de graça, que desperdício. – E agora, amiga, o que você vai fazer? São três anos de namoro, quase quatro, não são três semanas. É bastante tempo, concorda?
- EU VOU É ME VINGAR DAQUELE FILHO DA PUTA, ISSO SIM! COMEÇANDO AGORA, BRUNO! OLHA, TÁ VENDO AQUI?! – ela virou o telefone na minha cara e exibiu a foto que me deixou zonzo, de pernas bambas.
Meu queixo caiu, os olhos arregalaram e bateu até tonteira quando vi.
- Juliana, isso é... – demorei a processar, tamanho impacto.
- FODA-SE, TÔ NEM AÍ! ELE ME TRAIU E VAI PAGAR! PODE VER, FICA À VONTADE! Ó O TAMANHO DA ROLA DO RENATÃO, AMIGO! BAHAHAH! – a coitada não sabia se ria ou se debulhava em lágrimas.
Não quis tirar vantagem da fraqueza de ninguém, mas o que eu posso fazer? Tenho que ser sincero, a nude do namorado dela mexeu com as minhas estruturas. Eu sou manja rola de carteirinha e já desconfiava que Renato era dotado desde o dia do churrasco da tia Sônia, quando ele inventou de vestir sunga branca na minha frente, só que aquela foto ali foi demais, absolutamente intragável. Nunca vi uma pica tão bem feita, tão bonita e grande quanto aquela, e olha que só andei com caralhudo na época dos bailes no Amarelinho.
- Caralho, Juliana... – tudo que consegui dizer pra consolá-la.
A uretra era monstruosa de larga, tão imensa que parecia cartilaginosa, musculosa, grotesca. Sacão de touro garanhão, ultra pentelhudo, sovacudo, pezudo, tudo de mais delicioso que um macho faixa preta de elite pode oferecer. Ju não sabe como ela amaldiçoou minha mente e perturbou minha consciência a partir do momento que decidiu me mostrar as fotos do Renatão pelado.
A fofoca que rolou na rua é que Renato visitou o puteiro com os amigos marombeiros e eles comeram putas naquela noite. O negão, por sua vez, foi aquele que se destacou no meio dos colegas e deu canseira em mais de uma piranha, por isso os boatos correram de boca em boca e chegaram nos ouvidos da Juliana. Daí pra frente, as coisas se embolaram igual bola de neve e aconteceram muito rápido: minha amiga terminou o namoro de quase quatro anos, lembrou do gostinho da vida de solteira e voltou a frequentar as noites de baile no Amarelinho. Em questão de poucas semanas, ela passou a andar cercada de outras minas e não demorou a meter a máquina dois nas laterais do cabelo loiro.
- Era a maior piranha, agora olha lá como tá. Francamente... Essa menina virou sapatona, só pode. – até nossas vizinhas comentavam.
Mas a realidade é que eu sempre enxerguei essa fagulha bissexual na Juliana, então confesso que não fiquei surpreso quando fomos pro baile juntos e ela pegou todas as novinhas da roda.
Numa das vezes que levei o carro do meu pai no lava-jato, voltei pra casa andando e aproveitei pra comprar frango assado na pracinha. Eu tava perto do campo de futebol da rapaziada e fui surpreendido quando vi a bola vindo acelerada na minha direção.
- AGARRA A BOLA, AGARRA! SEGURA MINHA BOLA, BRUNO!
Atrás dela, Renatão vinha correndo sem blusa, com o peitoral de fora, os pelinhos crescendo no meio e o calção recheado de pica pra todos os lados. Ele levantou o braço pra gritar meu nome, exibiu o sovacão peludo e deixou os pelos suados tomarem ar fresco por um breve momento. Tentei parar a bola nos pés, mas não tive sucesso e ela passou direto por mim, me obrigando a sair do lugar para agarrá-la.
- Porra, valeu! Salvou, mano. – ele agradeceu.
- Até tentei aparar no pé, Renato, mas não sou bom de bola.
- É, tô vendo. A bola que tu gosta é outra, né, Bruninho? Heheheh!
- Ahahaha! Ah, pronto. Tá muito engraçadinho pra quem acabou de ficar solteiro. – falei com deboche.
- Ih, a lá? Qual foi, viado, vai me zoar também? Vacilão. Pensei que tu tava do meu lado, pô.
- E por que estaria?
- Porque nós é amigo, né não? Pensei que fosse. – na zoação, Renatão deu um tapa na minha bunda e cagou pro fato dos amigos estarem próximos de nós, logo ali no campo.
Enquanto segurava a bola de futebol numa mão, ele encheu a outra mão nas próprias bolas, deu aquela mascada gostosa e eu não resisti, tive que manjar. O cheiro do suor quente acertou meu nariz, eu vi seus pés 44 no chão da praça e não sei explicar, só sei que me senti satisfeito ao lado daquele trintão careca e barbudo. Seu jeito de respirar, as coxas peludas, a mala hiper marcada no short, as coçadas de saco que ele deu em tão pouco tempo, a pentelhada preta quase aparecendo no púbis massudo... Um verdadeiro deus afrobrasileiro em corpo de personal trainer.
- Se a gente é amigo? Hmm, sei não, Renato. Vou pensar no teu caso. Mas vem cá, que vontade é essa de ser meu amigo justo agora que ficou solteiro? Sabe como fofoca rola solta no Irajá, não sabe? Daqui a pouco vão dizer que você largou a Juliana pra me comer.
- EUHEUHUEH! Até que não seria má ideia, cuzão. Experimentar um viadinho, por que não? – pra minha sorte ou azar, o sacana levou na esportiva, veio por trás de mim, segurou minha cintura e me sarrou de propósito. – Já pensou, eu pegando aqui assim? Heheheh! Duvido que tu guenta o tamanho do problema, rapá.
- Tá duvidando da minha capacidade, cara? Eu te deito, te faço dormir. Você que não me aguenta. – falei de brincadeira, mas só eu sei o quanto pisquei na caceta do Renatão quando ele me encoxou.
- Até parece, Bruno. Tu nem tem disposição. Tá precisando pegar sol, isso sim.
- Tô mesmo. Nisso você tem razão, quase não tenho energia pra nada.
- Por que tu não vem correr com teu parceiro? É bom que me faz companhia. Tô meio solitário, sabe coé?
- Sei... Você quer mesmo que o povo faça fofoca com os nossos nomes. – zoei.
- Tu se importa? – o filho da puta roçou a vara no meu lombo outra vez, olhou nos meus olhos e fez questão de pulsar, pra eu sentir quanta bravura ele tinha.
- Caralho, Renato... Brinca muito.
- Coé, irmão! UHEUHEU! Tô gastando, porra, ó a vacilação! – só então me soltou e parou de brincar, pois percebeu que eu era fraco.
O mais interessante é que ele brincou, mas também teve que parar, ou então ia acabar encaralhando e ficando de pau meia bomba na minha frente. O tamanho do volume entre as pernas do Renatão cresceu, eu fingi que não vi e retomei o convite que ele me fez.
- Vai pegar leve comigo na corrida?
- Lógico, filhão. Tu tá começando agora. Só aparecer, anota meu número.
- Tá bom. Primeiro, vou me preparar. Quando sentir que tô pronto, aí te mando mensagem.
- Já é, fico no aguardo. Mas ó, enrola muito não. Toma vergonha nessa cara e bora se exercitar, Bruno.
Era o combustível que eu precisava. Já sentia vontade de frequentar a praça antes, justamente pra encontrar com o personal gostoso, então não perdi tempo pensando e levei apenas três dias pra acioná-lo no WhatsApp. Nossa primeira corrida foi no fim de tarde de uma quarta-feira, meio da semana, e eu tive que me acostumar a estar na presença daquele macho maludo sem ficar vidrado na caceta dele pulando o tempo todo. Os primeiros dois quilômetros até que foram fáceis, o problema foi quando Renato inventou de corrermos até Acari pela Avenida Brasil.
- Na moral, onde eu tava com a cabeça quando aceitei isso?! Tomar no meu cu! – reclamei enquanto corria.
- É nada, só o início. Depois tu acostuma e pega o ritmo, desanima não. Chegar lá em casa, te dou um litro de água gelada. Tá tranquilo, para não!
- Ué, você mora em Acari? Pensei que morava na rua atrás da nossa.
- Mudei tem pouco tempo, Bruno, mas ainda dou aula lá na praça. – explicou.
Fizemos o percurso em menos de 20 minutos, eu cheguei na casa dele morto de cansaço, suando mais que tudo e respirando ofegante. Ele abriu o portão, subimos as escadas, eu fui pra baixo do ventilador e Renatão correu na geladeira pra buscar duas garrafas de água.
- Fica à vontade, irmão. Toma um fôlego aí, respira. – ele ligou o ar condicionado da sala e eu sentei no sofá.
Continuei me controlando pra não manjar muito, mas o sem vergonha removeu a camiseta na minha frente, exibiu aquele peitoral suculento e eu morri de vontade de dar uma chupada nos mamilos até eles endurecem na minha boca, mas é claro que fiquei na minha. Quando essa tensão sexual não foi suficiente, o barbudo coçou o saco, beliscou a pica por cima do calção, ligou a TV como quem não queria nada e não se contentou, ele teve que pôr a mão dentro do short e se coçar ao vivo.
- Tá olhando o quê? – seu olhar atravessado de macho brabo me atropelou.
- Não, é que... Ah, quer saber? Dane-se. Tô aqui me contorcendo pra não pedir pra cheirar essa tua mão. Cê não queria saber? Pronto, falei.
- Caô! Tem nojo não, comédia?
- Não. Nojo de cheiro de macho? Nunca.
- Porra, tem que gostar muito. Duvido!
Peguei a mão dele e fechei na minha cara, como se fosse uma máscara de respiração cobrindo meu rosto. Renato achou engraçado, caiu na risada e me deixou cheirar a palma da mão, ele levou na brincadeira entre colegas. Só que pra mim não foi zoação, foi puro tesão mesmo. Inalar a mesma fragrância suada e salina produzida na virilha e nos pentelhos daquele negão me deixou de cuzinho piscando na cueca, pau duro no short e mamilos acesos na blusa suada.
- Duvida agora? Hahahaha!
- Na moral, Bruno, que nojo.
- Por que? Se tivesse uma mina aqui agora e ela coçasse a buceta, você também não ia pedir pra cheirar?
- Ah, mas eu sou macho, porra! Bagulho de macho, pega visão.
- Eu também sou, mas gosto de macho. Hahahah! É tudo cheiro.
- Não me convenceu. – ele se achou.
- Eu não preciso te convencer, querido.
Renatão não gostou da resposta e apertou meu nariz com a mesma mão que usou pra coçar os pentelhos, ou seja, me deu mais testosterona bruta pra cheirar.
- Porra, mano, que merda de Wi-Fi do caralho! Esse bagulho nunca mais funcionou direito desde a última chuva. Que saco! – ele pegou o notebook e reclamou.
- Wi-Fi? Não é o roteador?
- Sei lá! Internet dos infernos. O ruim de morar na favela é isso, não tem escolha. Serviço lixo e a gente não pode reclamar, tá ligado? Foda.
- Quer que eu dê uma olhada? De repente, resolvo.
- Tu entende dessa parada, Bruno?
- Mais ou menos. Eu que configurei a rede lá de casa. Deixa eu ver.
Ele me passou o notebook, eu comecei a mexer e precisei usar o navegador pra configurar o roteador. Logo de cara, fiquei impressionado com a quantidade absurda de 35 abas abertas no Google Chrome. Não dei atenção, ignorei o conteúdo delas e abri uma nova, porém sem querer cliquei numa das páginas e apareceu o pornozão de uma loira rabuda cavalgando num caralho imenso. Foi aí que percebi que não eram 35 abas comuns, mas de pornografia. Te pergunto: qual é o tipo de cara que consome 35 pornôs de uma só vez? Eu mal chego na metade do primeiro e já gozo, como o caralhudo do ex-namorado da Juliana conseguia dar conta de tanta putaria?
- Opa! Foi mal. Hehehe! – ele riu da situação, mas ficou sem graça.
- Alguém andou se divertindo aqui, hein? – brinquei.
- Tá foda, Bruno. Desde que tua amiga terminou, eu tô na seca legal. Perdi as contas de quantas vezes joguei leite na tela do notebook. Vai ver, foi por isso que desconfigurou a porra toda. Heheheh!
- Eita! Pera aí, então a Juliana que terminou com você? – a curiosidade me pegou.
- Tu não ficou sabendo? Pensei que ela tinha contado. – Renatão coçou o saco, deu aquela apertada marota e me observou, enquanto eu reconfigurava a rede.
- Que nada. Eu e Juliana nos afastamos quando vocês começaram a namorar. Ela meio que sumiu e foi viver a vida a dois contigo.
- Tô ligado. É foda. E eu falava pra ela sair, pra não ficar tão na minha cola e tal. Olha a merda que deu no fim das contas, irmão.
- Mas vem cá, você traiu a Ju ou não? Porque rola a fofoca de qu-
- CLARO QUE NÃO! Posso ser safado, mas traíra? Infiel!? Nunca! Tua amiga que batia neurose comigo direto, do nada. Ela botou na cabeça que eu não posso ter aluna na academia. Vou trabalhar como, viado? E meu salário, como fica?
- Caramba... Não sabia que ela é tão ciumenta assim. Posso ser sincero?
- Diga lá. Me dá tua palavra de amigo. – ele achou que eu ia dizer algo super inteligente e sentou do meu lado no sofá.
- Entendo a Juliana. Porque se eu namorasse um gostoso igual a você, também teria ciúme de todo mundo. Hahahaha!
- UHEUEHU! Coé, moleque, sossega o fogo no cu. Eu desabafando na responsa e tu me zoando? Hehehe! Segura a onda que agora não é hora, Bruno.
- Foi mal, não resisti. Mas então, voltando ao assunto. Você não traiu, mas mesmo assim ela terminou contigo?
- É, ela caiu na pilha dos meus colegas. Juliana pegou conversa minha no grupo dos amigos de treino, tá ligado? Eles me zoando porque eu dei trabalho no puteiro. Sendo que, tipo, isso é bagulho de vários anos trás. Ela deu piti em parada boba, que já aconteceu.
- Pera. Vocês ainda não namoravam quando cê foi no puteiro?
- Não! A gente nem se conhecia. Tô dando o papo reto, viado, não traí tua amiga! Tá vendo como ela é braba?
- Complicado. Que merda, Renato. Acabou que ela terminou à toa.
- Tô dizendo, paizão! Tua amiga é mó neurótica, tenho paciência não. Pior que eu me amarro na dela, mas essas briguinhas por ciúme bobo...
Terminei de configurar a rede no notebook, achei que tinha feito tudo da forma correta, mas Renato tentou conectar o Wi-Fi no celular e não conseguiu. Da mesma maneira que fiz com o notebook, pedi o telefone, ele me deu e lá fui eu reconfigurar a partir do navegador. Adivinha a surpresa? 17 abas de sites pornôs abertas. Somando com os do notebook, já totalizavam 52 vídeos de putaria no Google Chrome do Renatão. Dessa vez ele não teve como disfarçar e ficou mega sem graça do meu lado.
- Pelo visto, alguém andou se divertindo no celular também. Tô até com medo de segurar esse telefone. – zoei.
- Ah, se tu soubesse quantas vezes eu esporrei na tela...
- Tá zoando, né?
- Sacanagem. Hehehehe! – foi a vez dele de zoar. – Mas tá osso, moleque. Tô só na bronha.
O papo descontraído me deixou confortável demais, eu mergulhei na nossa intimidade recente e resolvi perguntar.
- Me explica uma coisa, Renato. Que história é essa de que cê deu trabalho no puteiro? Sei que você foi lá com os colegas, mas dar trabalho?
- Ah, mano, vai pra porra! Vai me julgar, cuzão?
- Nah, lógico que não. Só fiquei curioso. Você já explicou que foi há muito tempo e que não traiu a Juliana. Eu acredito, cara. Minha curiosidade é só pra saber o que aconteceu nessa noite do puteiro. Por que você deu trabalho?
- Hmmm... – ele pensou, levantou do sofá e parou diante do espelho da estante da sala. – É que o pai amassa, porra! Ó a carcaça, Bruno. Pode olhar, sei que tu gosta. Chega perto, vem cá ver. O pai é jogador, nós só joga se for pra esculachar! Heheheh!
Ah, o bom e velho ego masculino. Mudam os tempos, as formas, os jeitos, mas a essência narcisista do homem permanece primordial e inexorável, como sempre. Eu só queria saber o que aquele gostoso aprontou no puteiro e ele poderia ter simplesmente respondido com palavras, mas não. Sabe o que Renatão fez? Ele se olhou no espelho, flexionou os bíceps, mostrou os sovacões, fez pose de fortão e se achou o tal, o pegador-mor, o faixa preta do Acari. Pitbull raiz, comedor nato, garanhão número um da favela.
- Dei trabalho no puteiro porque as puta não me aguentaram, filhão. Comi uma, comi duas, três, quarto, e nenhuma deu conta de tomar pirocada na buceta, tu se ligou? – ele mordeu o beiço inferior, segurou a pica no short e apertou pra eu ver. – Deitei quatro vagabunda em sequência e não gozei. Queria mais, mas o dinheiro acabou. Tiveram que me botar pra fora daquela porra, posso nem entrar lá. Tô proibido.
- QUE ISSO, HOMEM! TOMOU VIAGRA, FOI?! – me assustei.
- Mané viagra, Bruno. Preciso dessas porras não, eu me garanto. Sou viciado em sexo, só isso. Viro outro maluco quando o assunto é putaria, tá ligado? É tipo tara, meu ponto fraco. Fiz até tratamento pra essa parada.
Eu travei. Não deu pra acreditar, e o pior é que ele falou sem fazer piada, não esboçou um riso sequer. A barba escura deu tom de seriedade ao assunto.
- Você... Tá falando sério?
- Papo reto, mano. Sofro com isso. Quando eu era mais novo via muito pornô, aí cresci cheio de ideia torta, cheio de fetiche. Hoje sou trintão e tal, mas nada mudou. Tá entendendo porque tem tanta aba aberta no navegador?
Sei que não deveria, mas meu corpo pegou fogo e eu não consegui me controlar diante de um macho viciado em sexo.
- Caramba, então é verdade? Cê é viciado em putaria, Renato?
- Tô dizendo, filhão. Bagulho sinistro, tira minha paz. Tô me controlando pra não ir no puteiro. É que não posso entrar lá, então tô na punheta.
- E você toca muita bronha, é?
- Demais! Todo dia, Bruno! Bato uma quando acordo, depois no banho é de lei, no intervalo do almoço, no vestiário da academia, quando chego da rua, antes de dormir, outra no banho... Ultimamente, tem sido papo de seis, sete gozada por dia. Isso pra ficar tranquilão e não sair por aí caçando puta. – inquieto, ele apertou a calabresa no calção e não se importou com a manjada sincera que eu dei.
Dava pra ver o formato da glande saltada, assim como a umidade do suor transparecendo o tecido e até o volume estufado do sacão no vão entre as coxas do negão. Ele ficou exaltado ao contar sobre sua condição e, daí pra frente, não parou de dar coçadas, pegadas e afofadas no porrete deitado de lado.
- Cê toca bronha até quando volta da rua? Caralho, haja tesão!
- Diariamente, meu brother. O que não falta aqui é fogo.
- Então quer dizer que se eu for lá no banheiro agora, vai ter uma cueca sua cheia de leite? – não desperdicei a zoação.
- Hoje não, porque cheguei agora e ainda não bati. Mas na próxima vez, quem sabe? Heheheh! – ele não perdeu o bom humor.
- De verdade, Renato... Sei nem o que responder. Acho que o mínimo que posso fazer é dizer que tô aqui, caso você precise. Tanto pra te dar ombro amigo, quanto pra dar uma mãozinha ou, quem sabe, cuzinho, já que sou seu amigo gay. Hahahah!
Fiz o comentário na brincadeira, mas é claro que com aquele fundinho de verdade. Pensei que o Renato ia levar na esportiva, como sempre, e me zoar de volta, mas o que ele fez comigo ali foi judiação demais, tortura psicológica das brabas. Com um olhar cínico e fechado, o cafajeste me encarou, fez minhas pernas arrepiarem e prendeu a mão grossa na minha nuca, controlando meu corpo com extrema facilidade.
- Tu tá maluco, seu merda?!
- Foi mal, cara, eu não quis te desrespe-
- O problema não é tu querer me dar o cu. O problema é tu aguentar minha tora na bunda, Bruninho. Eu como xereca porque é grande, e nem assim as piranhas dão conta. Imagina se eu plantar 26cm de rola no teu cuzinho, já pensou no estrago? Sou capaz de desentupir teu intestino, viado. Se liga, porra, acorda! Se eu te comesse, tu ia se arrepender de ser bicha, porque eu soco com ódio, na pressão. Pego assim, ó. – ele fincou os dedos na minha cintura de um jeito super forte, me puxou pra trás e estancou o ventre na minha bunda com violência.
Chegou a fazer o barulho do estalo entre nossos corpos. Depois da carcada, Renato moveu a cintura pros lados e, sem querer, eu senti a pulsada da piroca no meu lombo. O melhor de tudo é que eu já tinha visto as nudes que a Juliana mostrou e, realmente, o personal trainer tinha mais de um palmo de caceta, o que me deixou fervendo de tesão só com aquela mera demonstração de poder.
- Só como se for pra acasalar, moleque. Tu tem que ter muito ódio, muita raiva do teu cu pra oferecer ele pra mim, sem neurose. Se eu te pego, te abro por dentro. Minha piroca muda a estrutura do teu lombo.
- E se eu disser que adoro tomar tapa na cara, puxão de cabelo, cuspida na boca? Muda alguma coisa? Minha tara é ser feito de fêmea por macho igual você. – empinei o rabo no quadril dele, pisquei de propósito e minhas pregas só faltaram morder o short do Renatão.
- Tô ligado que tu é a maior cachorra do Irajá. A mais piranha, a mais rodada. Não tem mais vagabunda que tu. Heheheh! Lembra? – ele grudou o corpo suado nas minhas costas, montou em mim e me deu uma prova do que era sentir seu peso.
Fez isso só pra colar a boca no pé da minha orelha e sussurrar as mesmas palavras com as quais me zoou no dia do churrasco na tia Sônia. Que negão gostoso e provocador do caralho! Meu furico pegou fogo e eu suei de prazer ao sentir Renato cobrir o corpo no meu, principalmente com seu cheiro e sua quentura me devorando vivo. Pena que o momento durou pouco, ele caiu na risada e mostrou que tava brincando comigo. Sabe esses héteros que adoram zoar o amigo viado? Acho que isso define exatamente nossa amizade.
- Nunca esqueço desse dia. Você de sunga branca e eu tendo que me controlar pra não manjar. Hahahaha!
- E tu ainda disse que era santinho, né? Piranho do caralho. Tua amiga mal terminou e tu já vem oferecer cuzinho pro namorado dela, olha como tu é putinha de macho.
- Sou putinha mesmo. E corrigindo, Renato: ex-namorado. Vocês terminaram, não tem traição nenhuma. Fora que, vamo combinar que a Juliana tá seguindo com a vida dela, cê sabe das fofocas.
- É, tô ligado. Até com mulher ela tá ficando. Heheheh! Safada.
- Pois bem. Toma seu celular. Tudo certo, Wi-Fi funcionando. Pode bater sua punheta em paz, mas se precisar... Me chama. Hahahaha!
- É muito oferecido mesmo.
- Ué, cê prefere bater bronha do que descontar a tara num cuzinho quente? Tá bem, é direito seu. Eu só quis ser o bom amigo e ajudar. Hahahah!
- Eu gosto de buceta, Bruno. Xereca, um xoxotão aberto e mal passado batendo na minha cara. – só agora o barbudo tirou a mão da rola e uniu as duas pra fazer o símbolo de uma pepeca aberta.
- Eca, sai fora! Mudou totalmente o clima, chega. – levantei do sofá.
- EUHEUHEU! Seu fresco.
Essa foi a primeira noite que visitei a casa do Renato, em Acari. Saí de lá com uma sensação muito gostosa no meu cérebro, o corpo temperado dos contatos físicos com o ex-macho da Juliana e cheio de vontade de armar uma putaria pesada. Saber que ele tinha suas taras e que sofria com o constante excesso de tesão era algo que devia me solidarizar, só que o efeito foi ao contrário e eu ardi de desejo cada vez mais.
Se o sacana se dizia compulsivo, se masturbava com mais de cinquenta abas de pornografia e tinha que gozar pelo menos seis vezes por dia pra esvaziar o estoque de esperma que produzia, então eu era o viado ideal pra ser amigo dele. Me sentia o alvo perfeito para canalizar toda a avalanche de sensações e de estímulos que o Renato manifestava durante o orgasmo, a única questão é que, sendo hétero, ele não ia iniciar nada comigo, portanto precisava de um empurrãozinho pra pegar no tranco.
Voltei pra casa sozinho no início da noite, corri pro banheiro e descontei o tesão tocando punheta e cheirando a meia chulezenta que roubei no banheiro do personal gostosão. Nem preciso dizer que isso não foi suficiente pra me satisfazer, certo? O que eu queria com o ex-namorado da minha amiga era luxúria das brabas, uma madrugada inteirinha de bate-soca sem parar, pra ele fazer o que disse que faria comigo. Eu queria olhar na cara de comilão do Renatão, sentir o tranco impulsivo dele no meu cu, piscar e dizer:
- “Me arrependi de dar cuzinho pra você! Cê tá me deixando esfolado, macho!”
Depois dessa primeira caminhada, a gente continuou correndo durante a semana. Na sexta-feira, eu iniciei e terminei a corrida pensando em apenas uma coisa: cerveja gelada, daquelas que a garrafa estala quando sai do congelador. Comentei com o negão que a rotina não era só malhação, perguntei quando a gente ia tomar uma e ele animou.
- Porra, agora tu falou minha língua. Deixei vários latão no freezer lá de casa, bora cair dentro?
- É um convite? Sério? – me admirei.
- Claro, pô. Tu é meu parceiro, Bruno.
- Ah, é que sei lá... Não imaginei um garanhão feito você ficando de bobeira na noite de sexta. Não vai sair, não vai comer piranha nenhuma? Hahahah!
- Te falei, cuzão. Tô andando na linha pra não despirocar no puteiro. É bom que eu fico em casa, longe dos perigos noturnos. Teheheh! Fora que... Tô com a minha piranha favorita, né? Isso também conta. – ele guindou o braço no meu pescoço, esfregou a barba na minha nuca de propósito e apertou a mão na minha cintura, pois sabia que seus toques me tiravam do sério.
- Para de brincar assim comigo, cara. Só quem me come pode me pegar desse jeito, tô falando sério.
- Ah, tá! UEHUEHE! Aperto onde eu quiser. Tu é meu viado, lembra? Juliana deu azar, perdeu o namorado e o melhor amigo. Geheheh! – o puto deu um tapa na minha bunda e gargalhou alto, ensopado de suor do fim da corrida.
Diferentemente da outra vez que fui na casa do Renato, agora ele chegou e foi direto pro banho, na intenção de se refrescar e ficar à vontade. Saiu do banheiro enrolado na toalha, com a tromba fazendo o maior volumão entre as pernas e o risinho cínico no rosto, típico de quem sabia que eu ia manjar.
- Assim você me deixa fraco, amigão. Tô tentando não olh-
- Se controla, viado. Vai lá tomar banho também, já que nós vai entornar uma. Vou buscar toalha.
Tomei banho rápido, voltei pra sala e lá estava o grandalhão me esperando, só de short, descalço e com o copo vazio na mão.
- Até que enfim. Pensei que tu ia ficar cheirando minha cueca pra sempre, viado, papo reto.
- É o quê? Me respeita, não preciso disso. Tudo que eu quero, faço ao vivo.
- Faz, né? Então enche a porra do copo e bebe, tá falando muito. Hehehe!
Brindamos, começamos a beber e não paramos mais. Jogamos videogame, enchemos a cara, pedimos mais bebida no depósito e rachamos até uma pizza quando a fome bateu. O ápice da noite foi quando Renato, que era personal dedicado, bolou um baseado e acendeu pra gente fumar, aí sim me senti à vontade até demais no sofá e fiquei muito relaxado na presença daquele careca maludo. Quanto mais a gente conversava e se zoava, mais eu manjava o picão amontoado entre as pernas dele, soltinho no short.
- Caralho, olha a hora! Já vai dar uma da manhã, cara, preciso meter o pé. Tô crente que ainda são dez e pouca, onze. Maconha é foda.
- Relaxa, irmão. Hoje é sexta-feira, bora fumar outro.
- Daqui a pouco dá duas horas e você diz a mesma coisa, Renato. Chega.
- Ué, e daí? Dorme aí, pô, tá em casa. Tu é meu amigo, meu parça.
- Não, eu tenho que ir pra cas-
- PÁ! PÁ! PÁ! – três rajadas atravessaram o céu da noite no Acari.
- Vish... Tô dizendo. Agora que tu não vai mesmo. – ele riu.
- Puta merda! Era só o que faltava. Você ainda ri?
- Tu não tem como sair no meio do tiro, Bruno. Sossega a porra do cu e bota matar os latões que sobraram, anda. Vou bolar mais um, tá decidido.
- Tá, tudo bem. Você venceu.
Não era um tiroteio, mas deu pra ouvir mais rajadas ao longo do tempo e pairou um clima de alerta sobre a favela. Fui na janela da sala ver se conseguia identificar a origem dos disparos, mas não deu, a única coisa que vi foi um vizinho ou outro fechando as cortinas e se escondendo, que foi o que eu fiz.
- Relaxa, daqui a pouco para. Às vezes acontece, dá em nada. – ele falou.
- Tomara. Preciso ir pra casa.
- Qualquer coisa, dorme aí.
Só que não parou. De tanto em tanto tempo, o barulho de tiro se fazia presente. Teve um momento que fui na janela e avistei os traçantes no céu noturno, aí sim fiquei apreensivo e achei melhor passar a noite ali. Já eram quase três da madrugada quando, distraído, escutei o ronco estrondoso no sofá, olhei pra trás e me deparei com a cena daquele machão largado na poltrona, todo aberto e relaxado. Seu ronco foi tão alto que ele próprio se acordou e tomou um susto.
- Foi mal, eu só... Mmmmm!
Renatão esticou o corpo, começou a se despreguiçar e eu viajei em mil pensamentos, porque o que vi foi um espetáculo masculino. As solas maciças dos pezões 44 dobraram sob meu campo de visão, os dedos se afastaram, o ogro esticou os braços pro alto, exibiu os sovacos cabeludos e abriu a boca pra soltar outro rugido de predador que desperta. Ver um faixa preta desse porte eliminando a preguiça do corpo é a maior das paisagens que um viado como eu pode vislumbrar. É de tirar o fôlego, me faltaram forças até pra pensar.
- O sono me pega, moleque.
- Tô vendo...
Depois de se esticar, ele desceu as mãos no tórax e só nesse instante eu me dei conta do volume envergado no calção. Não deu pra esconder: Renato tava no mínimo meia bomba, com a giromba empenada pro lado, armando barraca na roupa e levantando o tecido acima do normal. Parecia uma montanha, uma colina, um... Pico? Esse efeito de suspender o short fez as saídas das pernas subirem e, muito sem querer, o sacão preto escapou pra fora, bem diante dos meus olhos. Meu queixo caiu, a língua despencou da boca, os olhos arregalaram e não deu pra disfarçar que fiquei galudo.
- Opa. Hehehehe... Maconha é foda, me deixa molinho. – riu.
- M-Molinho? Mole? Duvido! – cheguei a gaguejar.
- Coé, comédia. Respeita. Heheheh...
Pensei que ele ia se recompor e botar as bolas pra dentro do short, mas o personal não ligou pro que fez, virou o corpo de lado e a piroca vazou pra fora. Meu cérebro até esquentou quando vi a rola do ex-namorado da Juliana ao vivo pela primeira vez. Igualzinha às fotos que Ju mostrou antes, só que maior, muito preta, da cabeça exaltada, pesada e marrom, quase roxa. Renatão tava ligeiramente inchado, mas a olhada que eu dei fez a tora empenar, ela apontou pra frente e pulsou, enchendo minha boca d’água.
- Pô, Bruninho... – a única reação dele foi coçar a careca e se lamentar.
- Que. Pica. É. Essa. Meu. Senhor?!
- Culpa da erva, mano, sempre fico assim. Vou ter que castigar na punheta.
- Punheta? Não, claro que não. Olha aqui, Renato, olha o que eu trouxe pra você. – foi a minha deixa.
Me empinei no sofá, tirei o short, virei o rabão na direção do negão e arreganhei as nádegas, só pro cuzinho piscar na cara dele. E apesar da feição de desconfiado que ele fez, sua marreta abandonou o estado meia bomba e apontado pra frente, deu um pinote brusco e não desceu mais, permaneceu dando seta pra cima. Nesse ângulo torto, a uretra estufada se fez evidente e deu sentido ao fato daquele pau ser chamado de mastro, de travessão. Ao mirar pro teto, o couro espesso arregaçou sozinho, a chapuleta amarronzada saiu e inflou na hora, adquirindo praticamente o dobro do tamanho de antes. Fiquei zonzo.
- Para de neurose, moleque. Tô assim porque sonhei com a piranha que eu amassei no puteiro. Se nem a puta, que era profissional do sexo, deu dentro comigo, quem é que dá? Ninguém. – outra vez a jeba pulsou, balançou sozinha e acenou pra mim, me chamou pro desafio.
Tava na cara que o macho estava me testando, me afrontando, medindo meu nível de viado. E já que ele podia me testar, eu também resolvi testá-lo. Direitos iguais, não?
- Pena que tu não é mulher, senão eu te amassava aqui mesmo. Te afundava nesse sofá sem pena, Bruninho. Tu ia pedir pra parar e eu não ia parar, sem neurose.
- Aí é que tá. Eu já emprestei cuzinho pra tudo quanto é macho desse bairro e até hoje nunca pedi pra parar. Será que você vai ser o primeiro a me fazer implorar? Não sou de pedir arrego, adoro desafio. Ainda mais se for com um tarado do teu tipo, com cara de macho predador. Diria que... Eu gosto de ser presa, sabe, Renato? – provoquei.
Tava feito. O empurrãozinho inicial que o traste do Renatão tanto precisava foi dado, o resto ficou por conta do efeito dominó. Bati palminhas com as piscadas de cu, abri o máximo que pude, mostrei minhas entranhas pro macho esfomeado e ele não negou o que sentia. Sem perder tempo, o cafução correu na gaveta da estante, procurou alguma coisa e encontrou uma camisinha velha, perdida ali dentro. Num minuto, Renato estava encaralhado e hesitante. No minuto seguinte, ele já tinha encapado o garotão e se preparava pra me currar em grande estilo canino: de quatro, que nem vira-lata.
- Aaahnsss! Eu sabia que esse dia ia chegar!
- Sabia, piranha? Como?
- Eu sou a maior cachorra do Irajá, lembra? A mais piranha, a mais rodada. não tem uma que seja mais vagabunda que eu. Só coisinhas leves, homem. Comigo não tem enrolação. Mmmm! – dei outra piscada, senti a cutucada e ele jogou cuspe pra ajudar a lubrificar.
Me abri de fora pra dentro. A sensação era de ser rasgado ao meio, sem sacanagem. Primeiro, a ardência sem tamanho consumiu meu lombo e deixou meu traseiro queimando em chamas. Pensei que seria fácil, que nem com os outros caralhudos de Irajá, mas com o personal do Acari foi diferente. Foi... Escaldante, cheio de ardor e de tesão inflamável.
- Caralho, Renato! Essa pica não acaba, não? Tomar no cu, cara! Ooohnsss!
- Te dar o papo? Ainda nem botei metade, sem caô. Heheheh! Pisca o cuzinho no meu caralho, pisca.
- Tô tentando, mas é muito grosso! Bem que você falou! – me concentrei.
- Eu avisei, tu não quis acreditar. Ffffff...
Renato beliscou meus mamilos, me botou pra piscar e aproveitou minhas relaxadas momentâneas pra enterrar mais e mais centímetros do caralho no meu ânus, só que nem assim chegou ao final, tão comprida a caceta. A rola era tão grande que a camisinha cobriu menos da metade e ficou super esticada, com o látex no máximo da expansão.
- Tô fazendo esforço pra dar conta, tá vendo? Olha minha testa suada. Ssssss!
- Ué, tu não é viado? Quero ver a valentia, cuzão. Heheheh! Tua sorte é que eu tô brincando. Se eu fosse falar sério, Bruno...
- Pode falar sério. Eu aguento, dou conta do recado.
- Ffffff! Tá maluco, viado? Vou te machucar, inventa não. É pra dar o gostinho da minha jeba no teu rego. Só brincadeirinha, sem falar sério.
- Mas eu quero sério! Sou cachorra, lembra? Pega pesado comigo. Não sou fracote que nem a Juliana, não. – apelei pro lado raivoso do Renato e, de repente, ele inflamou.
Agarrou meu ventre, afastou minhas nádegas, plantou boa parte da giromba e levou cerca de três, quatro minutos pra me acostumar com a sensação da penetração, o foda é que nem assim o barbudo colocou tudo e ainda sobrou quase um palmo de pica fora do meu cu. Você consegue imaginar o tamanho estratosférico desse pau? 26, quase 27cm de uma pilastra arrogante, rabugenta, da cabeçona carnuda, lisa e insculpida na mais pura macharia.
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