Eu, minha esposa e nossos vizinhos – Parte 03

Um conto erótico de Rogério
Categoria: Heterossexual
Contém 5718 palavras
Data: 13/02/2025 21:28:15
Última revisão: 14/02/2025 18:58:54

Sou o Rogério. Sou um empresário de 28 anos, casado com a Jéssica. Esta série conta nossas desventuras no prédio onde moramos, onde alguns vizinhos e vizinhas, às vezes, parecem querer testar nosso amor. Quem puder ler os dois primeiros capítulos, só procurar as parte 1 e 2 da série.

A Jéssica tem 26 anos, é médica e tem o corpo esculpido por horas de academia e uma disciplina invejável. Ela tem 1,71, pele amendoada e lindos cabelos castanho-claro. Barriga tanquinho, seios e bundinha pequenos, mas bem proporcionais ao seu corpo escultural. Não temos filhos ainda, mas isso está no nosso radar depois que os dois trintarem.

Desde que Jéssica se formou e começou a trabalhar como médica, a gente já tinha um plano. Sabíamos que a residência médica viria e que, durante um tempo, a grana dela ia diminuir bastante. Então, começamos a guardar dinheiro na poupança para garantir que nosso padrão de vida não caísse muito quando chegasse a hora. Não queríamos passar perrengue ou abrir mão de coisas importantes por falta de planejamento.

Ela queria ser médica anestesista. Sempre gostou da parte do centro cirúrgico, da precisão e do controle que a especialidade exige. Além disso, o mercado era bom. Eu apoiava completamente a decisão dela. Jéssica era focada, determinada, e eu nunca tive dúvida de que ia se destacar.

Foi por isso que ela ainda não comprou um carro para ela. Apesar de querer a comodidade, sabia que cada centavo guardado agora podia fazer diferença depois. Era um sacrifício pequeno perto do objetivo maior. Eu até sugeri que ela pegasse um usado, mas ela preferiu esperar (... por um BYD).

O novo capítulo da nossa história começou numa noite de sábado em nossa casa. Mais precisamente no sofá da sala. Jéssica usava um shortinho de algodão que mal cobria as curvas das suas coxas e uma regata velha sem sutiã, que deixava à mostra a suave protuberância de seus seios pequenos. Os bicos ficavam evidentes sob o tecido fino, e eu me perguntava se era pelo frio do ar-condicionado ou se minha presença tinha algo a ver com isso. O cabelo castanho-claro dela estava solto, espalhado sobre o encosto do sofá. Eu sempre a achava linda, mas em momentos assim, despretensiosa, sem maquiagem, ela ficava ainda mais irresistível. Na TV, um filme da Netflix.

— Você reparou como o Carlos anda estranho ultimamente? —comentei, passando a mão distraidamente pela lateral da coxa de Jéssica. — Ele parece bem desanimado. De um jeito que não é normal.

— Reparei nisso também. — Jéssica respondeu, ajeitando-se para me olhar melhor. —Até quando encontro com ele no elevador, ele só dá um sorriso sem graça e quase puxa assunto. Não é o jeito dele, mas...

— Mas...?

— Talvez seja só impressão. Afinal, toda quinzena ela vai para aquelas surubas com a Odete — Jéssica cruzou as pernas, o movimento fazendo o short subir ainda mais. Minhas mãos coçaram para deslizar pela coxa dela.

Suspirei e dei de ombros.

— Ele me confidenciou uma coisa, mas acho que não tem problema te contar. Ele disse que só tá indo porque a Odete não pode entrar sozinha. Regras do clube de swing. Mas ele mesmo não tá pegando ninguém.

Jéssica arregalou um pouco os olhos, surpresa. Agora, seu joelho tocava minha perna.

— Como assim?

— Ele me contou, outro dia, que não tá pegando ninguém. Algumas vezes seguidas foram tão ruins que nas últimas, nem teve vontade de tentar. Mas ele continua acompanhando pra não impedir a Odete de se divertir.

— Sério? Nossa, isso é muito deprimente.

— Pois é — concordei. — Imagina ir num lugar desses e não querer nada, só ficar de vela pra esposa?

Jéssica ficou um instante pensativa, mordendo o lábio inferior, o que só destacava ainda mais sua boca naturalmente carnuda.

— Isso é pior do que eu imaginava... Você acha que é crise de idade?

— Pode ser. Ele já tá na faixa dos cinquenta e poucos, né? Deve estar sentindo o peso do tempo. Ele já me falou que tá se sentindo velho e gordo...

— Ah, mas ele está bem gordinho mesmo — ela riu de leve. — Mas nada que uma academia não resolva.

Concordei com a cabeça, mas depois hesitei.

— Eu acho a ideia excelente. Mas tenho medo de uma coisa. E se ele começar a se comparar com os caras mais sarados e ficar pior ainda?

Jéssica inclinou a cabeça para o lado, mordendo um lábio. O gesto foi tão natural e sensual que precisei desviar o olhar antes que minha mente fugisse para outro caminho.

— Bom, se ele tiver alguém pra incentivar ele, talvez não sinta tanto isso...

Eu ri.

— Você tá sugerindo que eu vire parceiro de academia do Carlos?

— Não você. Eu.

Olhei para ela, surpreso. Jéssica sempre foi dedicada à rotina de treinos, e eu não duvidava que ela poderia arrastar qualquer um para o mesmo caminho, mas ainda assim...

— Você acha que ele toparia?

— Acho. Ele precisa de um empurrãozinho. E se eu estiver lá, ele pode se sentir mais confortável. A gente treina junto, ele não vai se sentir tão perdido e ainda vai ter alguém puxando o ritmo.

— E se fosse eu? — perguntei. — Talvez ele se sinta mais confortável com outro cara. E eu já treino regularmente.

— Pode ser... — Jéssica inclinou a cabeça, ponderando. — Mas e se ele ficar ainda mais inseguro treinando com você? Você tá em forma, se cuida há anos. Ele pode acabar se sentindo ainda mais fora do padrão.

Eu considerei aquilo. Fazia sentido. Se o problema fosse autoestima, ele poderia se sentir pior ao lado de alguém que já estava em outro nível de condicionamento.

— Sim. Talvez seja melhor alguém que seja mais motivador do que competitivo. — refleti. — Alguém que vá fazer ele se sentir bem, e não pressionado.

— Exatamente.

— Vou falar com ele amanhã. Mas, por enquanto...

Sua mão deslizou devagar pela minha perna, os dedos desenhando pequenos círculos na minha pele. Um sorriso brincava em seus lábios, e seus olhos diziam exatamente o que ela queria. Eu ri baixo, balançando a cabeça.

— Você não tem jeito...

— E você adora. — sussurrou ela, se inclinando para me beijar.

Acabou que perdemos o resto do filme transando no sofá.

Na manhã seguinte, eu estava indo para o meu trabalho voluntário na ONG que ajudava crianças carentes. Mas quando cheguei à área da piscina, vi Carlos conversando com Jéssica e Eliana, que estavam deitadas nas espreguiçadeiras, tomando sol. Pensei que era um bom momento para falar com ele.

— Boa tarde, pessoal! — cumprimentei, sorrindo.

— Oi, amor! Vem se juntar a nós um pouco? — disse ela, com aquela simpatia natural que sempre me encantava.

Eliana me olhou por cima dos óculos escuros e acenou com um sorriso discreto.

— E aí, Rogério?

Carlos ergueu a mão em um cumprimento casual.

— Fala, Rogério! Chegou bem na hora, hein?

Dei um olhar rápido para Jéssica e depois para Eliana, tentando não me demorar muito na segunda. Ela usava um biquíni preto que realçava seus peitões de Sydney Sweeney e sua pele bronzeada de uma maneira quase cruel. Suas curvas pareciam perfeitamente desenhadas, e a bunda, bem... era impossível não notar. Grande, firme, chamava atenção até quando ela não se movia. A cada mínimo ajuste que fazia na espreguiçadeira, parecia provocar olhares involuntários.

Jéssica, como sempre, estava linda. Seu biquíni azul marinho se ajustava perfeitamente ao seu corpo esbelto e evidenciavam suas coxas torneadas.

Alguns homens, como o seu Lucério, o Jonas e o seu Raimundo, olhavam para os corpos das duas, e seus belos rabos virados para cima, com vontade de enrabar as duas. Eu sabia disso. A ideia de um ménage com Jéssica e Eliana, as duas mulheres mais gostosas do condomínio, era quase um santo graal entre os homens. Confesso que até eu já pensei nisso, mais vezes do que deveria e em mais “momentos relaxantes” do que minha consciência deixaria. Mas era só isso um sonho. Aposto que o marido da Eliana, Leandro, já tinha pensado o mesmo.

— O que vocês tanto conversavam? — perguntei, puxando uma cadeira para sentar ao lado deles.

— Fofocas — respondeu Carlos, rindo.

Nós batemos papo por uns minutos rápidos até que chamei o Carlos para uma partida rápida de tênis. Ele pareceu hesitar por um segundo, mas depois deu de ombros. Nos afastamos, deixando Jéssica e Eliana aproveitando o sol. Enquanto caminhávamos para a quadra, achei que seria um bom momento para tocar no assunto.

— A Jéssica andou me sugerindo algo. Você já pensou em entrar naquela academia aqui perto do condomínio? Ela estava comentando que seria uma boa você começar a malhar um pouco, sabe, por causa da saúde. A física e a mental. Ela até sugeriu que vocês fossem no mesmo horário, assim ela poderia te ajudar por lá.

Carlos me olhou, surpreso, e hesitou um instante antes de responder.

— Ela disse isso? — Havia um toque de emoção na voz dele, como se não esperasse essa preocupação.

Assenti com um sorriso fraterno.

— Sim. Você sabe como ela é. Está sempre cuidando dos amigos também, não só de mim.

Ele sorriu de leve, e eu senti que a conversa estava surtindo efeito. Talvez ele realmente precisasse de um empurrãozinho para sair daquele estado.

— Eu realmente tenho pensado em cuidar mais de mim. E se a Jéssica está disposta a ajudar, acho que vou aceitar a oferta.

Sorri e dei um tapinha em suas costas, como sempre fazia.

— Isso aí, cara! Vai ser bom para você. E, quem sabe, você até pega gosto pela coisa.

Não tinha como saber o que se passava completamente na cabeça dele, mas se isso ajudasse a melhorar seu ânimo, já valia a pena.

A partida foi rápida porque eu já estava atrasado para o meu compromisso na ONG, mas tudo bem. No fundo, o jogo tinha sido apenas um pretexto para essa conversa. Se isso ajudasse Carlos a se sentir melhor, então o tempo gasto tinha valido a pena.

Na manhã seguinte, desci para buscar umas encomendas na portaria. Assim que cheguei perto, vi que o porteiro seu Geraldo e o zelador seu Zé Maria estavam em pé na frente do balcão, conversando animadamente com a Lisandra, que estava chegando para trabalhar na casa da Andréia.

Lisandra era a diarista que trabalhava nossa casa, na da Odete e Carlos e na Andréia e marido. Ela tinha uns vinte e poucos anos, e fazia curso de odontologia à noite. Além de trabalhadora, era extremamente esperta, ligada em tudo o que acontecia no condomínio. E, claro, tinha uma beleza impossível de ignorar. Seu corpo era esguio e delicado. A pele era clara e macia. Os olhos grandes e a boca, carnuda. Havia algo nela irresistivelmente cativante. Eu sabia que ela arrastava asa para mim, mas sempre mantive a distância.

Quando me aproximei, peguei só o final da conversa que eles estavam tendo:

— Eu te falei — dizia seu Geraldo, rindo. — Aquela mulher tem uma mania esquisita. Sai de casa toda arrumada, perfumada, faz questão de dar um oi pra todo mundo e, no outro dia, tá brigando com o marido por qualquer coisa.

— Casamento complicado, viu? — comentou seu Zé Maria, coçando a cabeça.

Os três caíram na risada, e eu me aproximei.

— Se tem alguém que sabe tudo que rola no condomínio são vocês — brinquei, depois da troca de saudações. — Aposto que sabem até o que eu como no café da manhã.

— Sabemos, viu! — Lisandra piscou para mim.

— A dona Jéssica curte pão integral e café forte — comentou seu Geraldo. — Aposto que o senhor come a mesma coisa.

Eu ri.

— Só acertou no café. Eu não sou tão saudável assim.

Peguei minhas encomendas no balcão enquanto eles continuavam conversando. A Lisandra claramente era bem próxima dos funcionários. Ela falava com a desenvoltura de quem já tinha ouvido e contado muitas histórias por ali. E, pelo jeito, gostava daquilo.

— Até mais, pessoal.

— Até mais, seu Rogério! — brincou seu Zé Maria, rindo. — Manda um abraço pra dona Jéssica.

— Pode deixar.

Me afastei da portaria, mas, alguns passos depois, ainda consegui ouvir a voz da Lisandra ao fundo, falando em um tom mais baixo, mas claramente animado:

— E aí, seu Geraldo... O senhor tem a calcinha da Jéssica na coleção?

Congelei por um segundo, mas então ouvi a risada do velho.

— Oxe! Essa aí é casada demais, certinha demais. Nem tentei. Mulher fiel assim não dá brecha.

Os três riram e eu segui caminhando. Sempre soube que a Jéssica chamava atenção. Afinal, além de ser linda, tinha uma simpatia natural que fazia todo mundo gostar dela. E já estava acostumado em saber que tinha uma galera cercando ela, na esperança de achar uma brecha para tentar a sorte com ela.

Um deles era o seu Arnaldo, nosso vizinho sexagenário, aposentado e, infelizmente, chifrado pela esposa, dona Ângela, com o porteiro. Eu já tinha notado que ele se animava um pouco demais quando a Jéssica estava por perto.

Como o seu Arnaldo foi o único outro homem que viu a Jéssica peladinha, quando trepamos na frente dele nos primeiros dias do prédio, a Jéssica costuma se preocupar menos com o que vestia quando estava na companhia apenas minha e dele. Às vezes, ficava só com uma calcinha por baixo de uma blusa, como uma forma de me castigar eternamente pela ideia de exibi-la para esse vizinho.

Claro que eu reparava que ele manjava o corpo dela, mas não fazia nada para impedi-lo. Nunca saía disso. Ela atiçando sempre a uma distância segura e ele sempre babando nas curvas da Jéssica. Ela nunca deixava passar de nada que ele não visse de outras mulheres na praia. Depois, que soubemos que o coitado era corno e não sabia, acho que ela passou a fazer meio por pena.

Outro que sempre estava por perto, era o zelador Zé Maria. O magricela calvo tinha um ar sempre desconfiado, mas quando a Jéssica aparecia, ele assumia uma postura de pavão. Sempre era simpático e cordial com ela. Às vezes, a ajudava com as compras. E, claro, tanto ele quanto o seu Geraldo e os outros zeladores e porteiros sempre comiam a minha esposa com os olhos quando ela passava, principalmente com a roupa da academia que marcava bem a bunda e as coxas.

E, claro, todos eles pegaram o contato de WhatsApp dela. Sempre davam bom dia, trocavam memes ou pediam conselhos médicos. Ela era atenciosa com todos, claro. E, até onde ela me contava, nenhum deles tinha passado da linha nas conversas.

Para completar, ainda tinha o Lucério. Era um cinquentão bem muito magrelo e com a postura meio curvada. Estávamos em, digamos, lados políticos opostos dentro do condomínio. Mas isso não detinha sua safadeza.

De tanto cercar a Jéssica, eles apostaram sobre a fidelidade dela. Ele tinha até seis meses para arrumar uma prova de que ela pulou a cerca em algum momento do nosso casamento. Se conseguisse, ela aceitaria se tornar a putinha dele (por um tempo? Por uma vez?). Se falhasse, ele teria que ir embora do prédio. Como parte do acordo, nenhum dos dois poderia contar da aposta para ninguém, sob pena de derrota automática.

A Jéssica sempre levava suas apostas e sua palavra totalmente à sério. Ela não contou nem para mim, que soube apenas por acidente.

Depois daquela aposta, ele sempre aparecia na piscina para fazer na minha esposa uma massagem nos ombros. Nós três sabíamos bem onde ele queria massagear, mas ela mantinha essa pequena guerra fria para mostrar que não temia porque não devia.

Então, rolou uma noite em que cheguei tarde do trabalho. Só queria um banho, mas ouvi o chuveiro e entendi que a Jéssica estava tomando o seu. Não pensei duas vezes e entrei no banheiro.

A visão dela nua debaixo do chuveiro recuperava meu ânimo na mesma hora. Seus seios eram médios e durinhos, que tinham biquinhos rosas que apontavam para o teto. Sua bucetinha apertadinha e de pelinhos ralinhos que só conhecia a minha rola era sempre um convite.

Quando ela me viu, com a água caindo sobre o seu corpo, soltou um sorriso e logo estávamos abraçados debaixo do chuveiro, corpos colados. Não demorou cinco beijos e já fui colocando meu pau entre suas pernas, com apertando ele com força com as coxas. Eu apertava aquela bundinha perfeita, a massageava com as mãos, enquanto ela cravava suas unhas nas minhas costas.

Não precisamos falar nada. Um sabia o que o outro queria. Ela levantou a perna e eu encaixei meu pau na sua bucetinha e passamos a meter, ali mesmo, em pé.

Mudamos a posição umas duas vezes antes de eu gozar dentro dela. Ficamos ali, tomando banho, coladinhos debaixo do chuveiro, trocando carícias e carinhos por um tempo.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que transaríamos sem uma grande tensão entre os dois, teria aproveitado mais.

O apocalipse começou numa noite tranquila. Eu estava terminando de me trocar, depois de um longo dia de trabalho, quando a campainha tocou. A Jéssica abriu a porta e já foi abrindo um sorriso caloroso ao vê-lo.

— Enéias! — Ela deu um abraço apertado. Um pouco apertado demais para o meu gosto.

Enéias.

Lembrava desse nome. Era um grande amigo da Jéssica. Cresceram juntos, mas se afastaram quando ele se mudou para outro. Perderam contato por um tempo, nem para o nosso casamento foi. Ela tinha comentado por alto que eles tinham se reencontrado no hospital em que agora trabalhavam juntos depois de quase dez anos.

Era a primeira vez que o via pessoalmente ou por foto recente e o susto foi imediato. O cara era alto, muito alto, facilmente mais de 1,90m. A pele morena reluzia como se ele passasse os dias na praia e tivesse um acordo secreto com o sol para pegar exatamente o tom perfeito de bronzeado. Ele tinha ombros largos, um maxilar bem definido, olhos castanhos intensos e aquele tipo de sorriso que parecia saído de um comercial de creme dental. O cara era a porra de um modelo.

— Jéssica! — Ele retribuiu, a voz grave e cheia de entusiasmo. — Parece que a gente nunca se separou.

A ênfase no "a gente" me incomodou. Eu me aproximei, mantendo um sorriso educado.

— Oi, Enéias. Eu sou o Rogério, marido da Jéssica.

Ele me olhou e estendeu a mão com um aperto firme. Forte demais para ser apenas um cumprimento casual.

— Prazer, cara. Jéssica me falou muito de você. — O sorriso dele parecia sincero, mas a forma como ele a olhava... Ele parecia completamente apaixonados por ela. Eu sabia reconhecer esse olhar. Era diferente da forma como os outros homens olhavam para ela, era como o meu olhar para a Jéssica.

— É mesmo? Espero que tenha falado bem.

— Sempre. — Ele olhou para ela com um sorriso nostálgico. — Eu ainda lembro de você no colégio, com aquele cabelo preso de qualquer jeito e sempre estudando.

Jéssica riu.

— Você também não mudou nada. Continua metido e convencido.

— Convença-me do contrário. — Ele piscou. PISCOU.

Eu não podia acreditar. O cara estava jogando charme na minha frente. Olhei para Jéssica, esperando que ela percebesse, mas ela apenas ria da brincadeira, como se fosse algo completamente inocente.

— Vamos sentar. Aceita um café? — perguntei, tentando assumir o controle da situação.

— Se não for incômodo…

Eu queria dizer que era um baita incômodo, mas me limitei a um sorriso. A Jéssica decidiu ir até a cozinha e, por um momento, fiquei sozinho com meu novo inimigo mortal.

— Você também trabalha no hospital? — perguntei, casual.

— Sim. Cheguei há pouco tempo, mas já estou adorando. E você? A Jéssica mencionou, mas não lembro no que você trabalha.

"Não lembro". Claro. Como se estivesse interessado em saber qualquer coisa sobre mim.

— Sou empresário de...

— Quem diria que a Jéssica foi se casar logo com um capitalista do mal... — Ele disse, em tom de “brincadeira”. Havia um quê de provocação ali, uma confiança irritante. — Empresário com essa idade... Nepobaby, né?

— Eu...

Antes que eu respondesse, a Jéssica voltou com o café e se sentou ao lado dele no sofá. Ele logo quis se exibir, cruzando os braços musculosos. O bíceps parecia querer explodir a manga da camisa.

— E a sua esposa? — perguntei, tentando parecer desinteressado.

Ele deu um gole no café, saboreando lentamente antes de responder.

— Nem. Tô solteiro. No momento, focado no trabalho. Mas quem sabe o que o futuro reserva, né? — Ele lançou um olhar rápido para Jéssica.

Meu maxilar travou.

— Inclusive… — Ele colocou a xícara na mesa de centro e olhou diretamente para Jéssica. — Eu tô pensando em me mudar para cá por uns meses. Ficar mais perto do hospital, evitar trânsito… essas coisas.

Me mexi no sofá, desconfortável.

— Ah, sério? — Jéssica parecia genuinamente animada. — Isso seria ótimo!

— Gostei da estrutura daqui. Academia, piscina… um ambiente bacana. — Ele me olhou de canto de olho. — E é sempre bom estar perto de pessoas queridas.

Eu senti o sangue ferver. Ele não estava nem tentando esconder mais. Mas a Jéssica não parecia perceber nada.

— Seria muito bom te ter aqui! — ela disse, animada.

Eu me levantei.

— Enéias, que coincidência… a gente tem vários vizinhos procurando companhia. Inclusive, a dona Ângela sempre quis um amigo médico e...

Jéssica me fuzilou com o olhar, mas Enéias apenas riu, como se eu fosse inofensivo.

— Boa dica. Vou pensar nisso. — Ele se levantou também, pegando as chaves. — Mas agora preciso ir. Foi ótimo te ver de novo, Jéssica. E conhecer você, Rogério.

— Igualmente. — Eu menti.

Ele deu mais um abraço apertado nela. Foi um longo abraço. Minhas mãos se fecharam em punhos. Quando ele saiu, Jéssica virou para mim.

— Nossa, que bom revê-lo, né? Você não achou ele simpático?

Eu soltei um riso nasalado, indo até a cozinha.

— Simpático. Muito simpático.

O que estava ruim iria piorar nos dias seguintes, quando a mudança dele se tornou uma realidade. Chegaria no sábado seguinte. Nisso, um dia, enquanto a gente lavava a louça do jantar, a Jéssica soltou a bomba.

— Ah, agora que o Enéias se mudou pra cá, vou pegar carona com ele sempre que a gente bater o mesmo turno. Ele deu a ideia. Assim não vou gastar tanto Uber.

Continuei esfregando o prato, tentando manter a expressão neutra. Não queria parecer aquele tipo de marido ciumento, controlador.

— Não sei... Não é melhor ir por conta própria? Tem mais liberdade nos horários, sem depender de ninguém.

Ela riu, enxaguando um copo.

— Rogério, a gente já sai e volta nos mesmos horários. E ele mora no mesmo prédio, não tem motivo pra não ir junto.

Eu enxuguei a mão e me encostei na pia. Precisava de outro argumento.

— E aquele BYD que você estava paquerando comprar?

— Eu ainda quero o carro, só que não é prioridade agora. A gente conversou sobre isso, lembra. Menos ubers, até a grana para a residência vai aumentar.

— Eu só acho que...

— Se um dia rolar uma emergência ou desencontro de horários, eu chamo um Uber. Mas na maioria dos dias, isso faz sentido. Economizo tempo e dinheiro. O que tem de errado nisso?

Eu podia continuar insistindo, mas só ia acabar soando irracional. O pior era que ela não fazia ideia do que realmente me incomodava. Mas eu sabia. O problema não era a carona. Era o Enéias.

Suspirei, forçando um sorriso.

— Não tem nada de errado, não. Se pra você faz sentido, então beleza.

Ela assentiu, satisfeita, e me deu um selinho antes de sair da cozinha. Enquanto eu fiquei ali, olhando pra pia cheia de louça.

Naquele sábado, a Jéssica me chamou para ajudar na mudança do Enéias, a arrumar o apartamento dele. Mas eu inventei uma desculpa para não ir. Estava cansado dele e de seus comentários passivo-agressivos para o meu lado.

Eu tentava relevar e manter a compostura, mas era complicado. Já não bastava a macharada do prédio, agora tinha aquele maldito Enéias cercando a Jéssica. Como se não bastasse passar o expediente todo com ela no hospital, agora também estaria por perto nas horas vagas.

Eu precisava desabafar, e o Carlos parecia a pessoa certa para isso. Por ser um amigo com quase o dobro de idade, digo experiência, talvez pudesse me dar alguma perspectiva.

Enquanto a Jéssica estava fora ajudando na mudança, junto com o zelador Zé Maria, Carlos veio aqui em casa a meu pedido. Já íntimo da casa, ele foi abrindo a geladeira, pegando uma cerveja para si e me oferecendo outra.

— Manda — ele disse, relaxado, tomando um gole. — Eu já vi essa sua cara antes.

Suspirei, bebi um gole e contei toda a história para ele.

Carlos me olhou com um meio sorriso, balançando a cabeça.

— Você sabe que o que você está dizendo não faz sentido, não sabe?

— Como assim? — franzi a testa.

— Primeiro, Jéssica escolheu você. Ela está com você. Se fosse para estar com ele, já teria feito isso. Segundo, beleza é um diferencial só até certo ponto. Depois, só importa o que você é para ela.

Revirei os olhos.

— Fácil para você falar. Você e a Odete são livres para transarem com qualquer um. Eu e a Jéssica nunca fomos assim. Você sabe que o nosso negócio sempre foi a boa e velha monogamia.

Ele deu de ombros.

— Eu sei que esse tipo de relação não é para todo mundo. Mas, vamos lá, ter ciúmes é normal. Mas você tem duas opções aqui: ou você se desespera e fica um saco, ou você confia na mulher que você escolheu pra casar.

— Mas e se ele ficar tentando minar meu casamento? E se ele ficar dando em cima dela?

— Ah, ele vai. — Carlos riu. — Disso não tenha dúvida. Se ele realmente é tão apaixonado por ela quanto você acha, ele vai tentar alguma coisa. Agora, a questão é: A Jéssica vai cair?

Engoli em seco. Era isso que me atormentava.

— Ela diz que não tem nada. Que ele é só um amigo...

— E você acredita nela?

Suspirei.

— Eu quero acreditar.

Carlos se inclinou para a frente, apoiando os braços na mesa.

— Então pronto. Se você confia na Jéssica, confia de verdade. Se não confia, tem algo errado no seu casamento. A única coisa que você não pode fazer é se tornar um babaca inseguro. Sabe o que acontece com caras assim?

— O quê?

— Eles empurram a mulher direto para os braços do cara de quem têm medo.

A ideia me deu um frio na espinha. Carlos continuou:

— O pior que você pode fazer agora é ficar no pé da Jéssica, cobrar, reclamar, encher o saco. Isso vai irritar ela. Aí sabe o que acontece? Ela vai precisar desabafar. E adivinha com quem?

— Com ele. — Murmurei.

— Exatamente. E aí, meu amigo, você mesmo vai estar ajudando o cara a se aproximar mais dela.

Passei a mão no rosto, frustrado. Carlos tinha razão. Eu não podia agir como um babaca ciumento. Mas como diabos eu ia lidar com isso?

— Então o que eu faço? Fico parado vendo esse cara se esfregar na minha mulher?

— Claro que não, porra. Faz o que você sempre fez: continua sendo o cara foda que você é. Mostra pra ela porque ela te escolheu. Não dá espaço pro cara sem precisar fazer escândalo. Se ele vier com intimidade demais, dá um corte nele, sem drama. O cara pode ser bonito pra caralho, mas você tem uma coisa que ele não tem: a confiança da Jéssica. Até que ela dê motivo, é nela que você tem que confiar, não nele.

Assenti lentamente. As palavras dele faziam sentido. Muito sentido.

— Valeu, Carlos. Eu precisava ouvir isso.

Ele sorriu e ergueu a garrafa.

— Sempre que precisar, meu amigo. Agora, pare de se preocupar e beba sua cerveja. Ciúmes dá rugas, e você não quer ficar ainda mais feio perto do Enéias, não é?

Eu ri, balançando a cabeça. Depois que ele saiu, voltei para o quarto e tirei um cochilo.

Acordei perto do começo da noite e me encaminhei para a cozinha beber algo. Mas parei assim que ouvi vozes femininas. Era a Jéssica. A voz dela, animada, misturava-se às de Odete e Andréia. Fiquei ali por um instante, sem pressa, até que um nome me fez congelar:

— Ao vivo, o tal Enéias é ainda mais gostoso! — A voz era da Odete.

— Né? Eu já achava ele um absurdo nas fotos, mas quando vi ao vivo quase caí pra trás! — Andréia concordou, rindo. — Eu daria fácil pra ele.

— Eu também! — Odete completou, sem um pingo de vergonha.

Enéias. Claro. Ele era o tipo de cara que atraía olhares por onde passava. Alto, forte, bronzeado, confiante. Me aproximei sem fazer barulho e me escondi na sombra do corredor. Sabia que era errado escutar a conversa, mas meu instinto me impediu de seguir meu caminho. Eu precisava ouvir mais.

— Vocês são fogo... — Jéssica suspirou. — Mas já esperava essa reação de vocês. O Enéias é muito bonito mesmo, isso é inegável.

Meu peito apertou. Fiquei atento.

— Bonito? — Odete bufou. — Bonito é pouco! Eu acho que Deus caprichou no Enéias e depois ficou com preguiça do resto da humanidade!

Risadas.

— E você aí, né, Jéssica? Amiga pessoal do pecado em forma de homem! — Andréia provocou.

— Gente, para! — Jéssica protestou. — Ele é só meu amigo.

— Ah, sei... — Odete debochou. — E aqueles olhares que ele te dá? Acha que não notamos que está doidinho por ti?

Meu estômago revirou. Então não era só impressão minha? Enéias olhava para a minha esposa de um jeito que até as amigas dela notaram?

— Não tem olhar nenhum! — Jéssica retrucou, mas sua voz soava meio na defensiva.

— Ah, tem sim! — Andréia insistiu. — Eu vi, Odete viu. Aquilo não é olhar de amigo, não.

— Ele te come com os olhos, mulher! — Odete completou, rindo.

— Vocês tão inventando coisa! — Jéssica riu nervosa. — Ele olha como qualquer amigo olha.

Eu concordaria com a Jéssica se ela estivesse falando dos “amigos” Lucério, Arnaldo, seu Geraldo ou seu Zé Maria.

— Ele é só meu amigo — insistiu Jéssica.

— Só amigo, mas se você caísse no colo dele… — Odete cantarolou.

— Sei... — Andréia cantarolou. — Mas e se o Rogério deixasse? Uma vezinha só...

Meu coração bateu forte. Do que diabos elas estavam falando?

— Para com isso! — Jéssica insistiu, sua risada nervosa dando lugar a um tom mais sério. — Eu ficaria muito, muito, muito puta da vida com os dois por me tratarem como uma mercadoria que pode ser emprestada!

— E se você estivesse solteira? — Odete insistiu.

— Ai, pelo amor de Deus! — Jéssica bufou.

— Viúva? — Odete emendou antes mesmo dela terminar a resposta.

— Ah, pelo amor de Deus…

— Divorciada? — Odete seguiu com um sorriso travesso.

— O que vocês querem que eu diga? — Jéssica retrucou, impaciente. — Que ele é gostoso? Óbvio que é! Eu não sou cega!

Minhas mãos se fecharam em punho.

— Aí, tá vendo? — Andréia cutucou Odete.

— Mas isso não é o que importa pra mim! — Jéssica continuou. — Eu gosto de sentimento, de conexão emocional. Pra mim, sexo não é só carne, como se a outra pessoa não fosse importante pra mim. Tem que ter significado, sabe?

Um silêncio seguiu a declaração dela. Meu peito relaxou um pouco.

— Ah, mas o Enéias é importante pra você, não é? — Odete alfinetou. — Ele é seu melhor amigo, afinal...

Jéssica ficou muda. Quase pude sentir Jéssica tentando buscar uma resposta. Sua respiração mudou. Um peso caiu no meu peito. Ela estava hesitando? Depois de alguns segundos, falou, com um tom mais suave:

— Carlos. O Carlos é o meu melhor amigo, não o Enéias.

As outras explodiram em gargalhadas.

— Pelo amor de Deus, Jéssica! — Odete disse, tentando recuperar o fôlego. — O Carlos não conta nem como homem!

— Coitado… — Jéssica respondeu, ainda rindo, mas com um certo carinho na voz.

— Enfim, mudando de assunto, vocês...

Percebi que ela queria encerrar aquele tópico e desviar a conversa. Mas para mim, aquilo já tinha sido o suficiente. Me afastei devagar antes que me vissem. Meu coração ainda batia forte. Não sabia dizer exatamente o que estava sentindo. Mas uma coisa era certa: eu precisava ficar de olho no Enéias.

Dias depois, eu soube mais sobre o Enéias. Ele era do tipo pegador do tipo “quem perdoa é deus”. Parecia determinado a comer todas as mulheres gostosas que caíssem na rede dele, independente se eram casadas ou solteiras. Já tinha flertado abertamente com a Carolina, a Eliana e até a Andréia. Mas, se com elas ele queria sexo casual, com a Jéssica ele realmente queria casório. Mas isso vai ficar para os próximos capítulos.

PRAZO PARA O FINAL DA APOSTA ENTRE JÉSSICA E LUCÉRIO: 5 meses e 1 semana. (Vai rolar muita coisa até lá).

Pois bem, leitor. No próximo capítulo, vamos ter o aniversário da Jéssica e uma festa que virou uma suruba (embora uns não soubessem dos outros). Antes de concluir, gostaria que me respondesse nos comentários:

Quem você torce para que quem fique com a Jéssica no FINAL desta saga? E por quê?

A) Eu (ela se mantendo 100% fiel durante todo o enredo)

B) Eu (ela tendo tido algumas puladas de cerca eventuais, mas que depois tenhamos resolvido essas pendências e ficado juntos no final)

C) Enéias

D) Lucério

E) Outro personagem (quem?)

Uma outra pergunta para vocês. Se apenas UM personagem conseguisse o feito de realizar o sonhado ménage com Jéssica e Eliana, quem você torce/prefere que seja? E por que torce por ele(a)?

I) Eu

II) Enéias

III) Odete

IV) Lucério

V) Leandro, marido da Eliana

VII) Carlos

VII) O porteiro seu Geraldo

VIII) O zelador seu Zé Maria

IX) Seu Arnaldo

Antes de encerrar, gostaria de perguntar para qual resultado da aposta Jéssica vs Lucério, vocês torcem:

1) A Jéssica vence porque ela se mantém 100% fiel a mim.

2) A Jéssica vence, apesar de ter transado com algum outro personagem, porque o Lucério acaba contando da aposta para alguém.

3) A Jéssica vence, apesar de ter transado com algum outro personagem, porque o Lucério não soube/não teve como provar.

4) O Lucério vence porque a Jéssica acaba transando com algum outro personagem.

5) O Lucério vence, apesar da Jéssica se manter 100% fiel a mim, porque ela conta da aposta para alguém e ela acaba tendo que transar com ele.

6) O Lucério vence, apesar da Jéssica se manter 100% fiel a mim, porque os dois descobrem que eu sei da aposta, assumem que foi ela quem revelou de alguma forma e ela acaba tendo que transar com ele.

Coloquem nos comentários o que vocês torcem ou preferem que venha a acontecer nos próximos capítulos. Daqui a uma semana, teremos a continuação.


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Comentários

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Adorei o capítulo!! Essa é uma daquelas histórias que podem ter dezenas de partes por que tem muito material para ser abordado. Gostaria muito de ver a aposta com o porteiro e a chantagem daquele outro morador.

Também acho que sua história tem espaço para alguns vizinhos pivetes que estão cheios de hormônios e vão fazer de tudo pra ter essas mulheres.

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B, IV, 4

Seria interesante esse Enéias tentar a sorte e se dar mal na empreitada de seduzir a Jéssica. Também torço que a Jéssica perca a aposta depois que o Lucério descobrir que a Jéssica e a Eliana tem um caso, e a partir daí transforme as duas em suas putinhas submissas.

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sobe a enquete vou de A I e I e que o ENEAS se ferre no final

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É isso que da ser passional e não falar as verdades nua e crua, as vezes engolir sapo é o pior que se deve fazer.

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Há um leque de opções no seu conto. Continuo elogiando suas apostas com o leitor,mas acho que uma surpresinha além das escolhas seria uma boa.

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Já vi q vai ser mais um corno frouxo sem noção. Parei por aqui, a mesma coisa de sempre, já deu

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Vc tem um.conto que tinha tudo para ser um.dos melhoras ou o melhor mais pelo caminho que está indo ficou bem.previsivel e vI E tornar mais do mesmo que é uma pena

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A, I , 1 por enquanto mas se tiver complicidade ente Jéssica e Rogério pode ser q tenha uma terceira pessoa.

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